Desvendando o Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 11
Lar, doce lar!


Notas iniciais do capítulo

Pessoal!
Eu sei que eu abandonei vocês no final de semana, mas vou postar um capítulo extra amanhã para compensar. Estou passando por muitas coisas e precisava tentar colocar a cabeça no lugar. Ou seja, teremos capítulos hoje, amanhã e quinta! Por isso, não me abandonem!
Amo vocês!



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—Cameron? O que faz aqui?

—Sammy.- Seus olhos encontraram os meus e ficamos nos encarando por um tempo.- Eu vim buscar a minha irmã. - Disse ele finalmente. - Não sei se te contou, mas ela virá morar comigo.

—Isso é impossível, Cameron.- Respondi.- Ela me disse que está aqui há semanas e me ofereceu um quarto no apartamento dela. - O moreno fechou os olhos com força e passou a mão nos cabelos. Eu finalmente entendi. - Ela nunca pensou em vir para Nova Iorque, não é? - Ele balançou a cabeça em negativa.

—Vem. - Ele pegou uma das malas das minhas mãos.- Eu vou te dar uma carona.

Fomos até o carro deste, que me deixou impressionada. Não falamos nada até a metade do caminho. O clima estava pesado e estranho, então me pronunciei:

—Pode me deixar em algum hotel ou algo do tipo. Amanhã eu penso em como resolver a questão moradia.

—Deixe de besteira, Samantha. - Retrucou sem nem parar para pensar.- Em uma parte a Emma não mentiu, eu realmente tenho um quarto extra.- Ele pareceu lembrar de algo.- Isto é, se seu noivo não for ficar incomodado.

—Tudo bem, Cameron. Obrigada. - Olhei para ele, finalmente.- E não tem mais noivo. - Bufei e ele olhou para mim.- Parece que a minha sina é ser sempre traída, de alguma forma, pelos meus namorados.- Sim, eu joguei a indireta.

—Sinto muito por isso.- Respondeu ele, me deixando em dúvida se estava falando de si mesmo ou de Alex.

***

—Cá está. Lar, doce lar.- Disse Cam abrindo a porta do apartamento.- O seu quarto é a esquerda.

Eu tinha que confessar, Cameron tinha um ótimo gosto. O parlamento inteiro era decorado em preto, branco e cinza, com os móveis em madeira. Na frente da porta de entrada, era possível ver uma janela enorme, que cobria toda a lateral da sala, mas com uma cortina preta e pesada, que não permitia que as luzes da cidade ultrapassassem. Todo o apartamento tinha um conceito aberto, com exceção dos quartos. em cada uma das pontas da sala, era possível ver um pequeno corredor que dava para os quartos, ambos com suíte, eu supunha.

O meu quarto era enorme e branco, sem nenhuma decoração, mas com uma cama de casal, uma escrivaninha de frente para a janela, uma prateleira em cima desta e um guarda-roupa, tudo em madeira branca, com os puxadores em preto.

Abri a mala e peguei uma roupa mais confortável, uma toalha e minha necessaire, entrando no banho logo em seguida.

Saí do quarto ainda secando meu cabelo com a toalha e encontrei Cam sentado no banco da cozinha com o telefone grudado a orelha:

—Você realmente não conhece ela. - Disse simplesmente, fazendo com que ele me olhasse. - Copos?- Perguntei. Ele apontou para um armário em cima da pia.

—O que quer dizer?

—Que, se eu ainda te conheço um pouquinho, você está tentando ligar para a Emma neste exato segundo. - Ele tirou o celular da orelha e desligou. - Ela não vai te atender.- Dei de ombros. - Se ela armou tudo isso, como eu tenho certeza que fez, ela vai dar um gelo em nós dois até pararmos de ligar.

—Eu odeio como você conhece a minha irmã melhor do que eu.

—Eu sei. - Respondi piscando para ele antes de me virar para o armário que ele tinha apontado e tentar, em vão, alcançar um copo.

Senti sua mão em minha cintura e meu corpo inteiro esquentou. Era como se tivessem acendido a lareira depois de muitos dias no frio. Trazia uma sensação de acolhimento. E uma série de lembranças. Com a mão ainda em minha cintura, ele esticou a outra para pegar o copo no armário.

Isso fez com que uma lembrança em específico viesse muito forte em minha mente. O dia que Cam brigou com Nate em uma festa e eu o encontrei na cozinha. Ainda com seu corpo grudado ao meu, me virei para encará-lo. Ele colocou um copo em minha mão:

—Sabe, Sammy. Você realmente pode ficar se quiser. - Ele afastou seu rosto levemente.- Eu preciso de alguém para dividir as contas e você precisa de um lugar para morar. Uma mão lava a outra.

—Me dá alguns dias para pensar, Cameron? - Pedi com carinho.- Não é uma decisão tão simples assim.

—Claro, Sammy. - Ele respondeu, aproximando sua boca do meu pescoço. Sem pensar, tombei a minha cabeça para o lado, dando mais espaço para ele. O ouvi sorrir e senti um leve frio na barriga. - Mas só se você me chamar de Cam, você sabe como me sinto sobre meu nome. - Aquela voz, aquele cheiro, aquele olhar. Tudo nele me inebriava.

—Uhum. - Respondi apenas, com medo de que a minha voz falhasse. Ele me deu um beijo na bochecha e se afastou bruscamente.

Não consegui mais olhar para ele. Peguei água na geladeira, tomei, lavei o copo, e voltei para o meu quarto.

 

***

No dia seguinte, foi o meu primeiro dia de trabalho na editora. Eu estava deslumbrada. Completamente deslumbrada. As pessoas eram gentis comigo, eu não precisava comprar café para ninguém. Pelo contrário, me perguntavam o que eu queria.

E me deram coisas para ler! As pessoas realmente queriam saber a minha opinião sobre os materiais.

Isso sem falar da cidade. O que era Nova Iorque? Eu estava no centro do mundo, não precisava de nada além disso.

Vaguei um pouco pela cidade depois do expediente antes de voltar para o apartamento. Realmente, o apartamento de Cam ficava bem no centro e era bem maior do que os da maioria da região. Talvez fosse proveitoso morar lá. Talvez eu conseguisse morar lá. Abri a porta e fiquei estarrecida com o que vi.

Talvez não conseguisse morar lá, afinal.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que estão achando até agora? Conversem comigo!

Beijos.



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