Desvendando o Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 10
Eu Aceito


Notas iniciais do capítulo

Hey!

Como estao?

Falem comigo!

Quero saber a opiniao de voces!



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—É por isso que eu te pergunto, Samantha Vermond, meu bombom, - Ele se ajoelhou, tirando uma pequena caixinha de joia do bolso.- Você aceita se casar comigo?

Uma palavra veio a minha mente naquele momento: Segurança. Alex podia não ter o melhor beijo que eu já tinha provado na vida, o melhor sexo, meu coração podia não sair pela boca quando eu ouvia a sua voz, mas pelo menos ele me dava apoio, ele estava ali, ele era real. Querendo ou não, tínhamos construído uma vida nos últimos três anos.

Respirei fundo, dei o meu melhor sorriso, e respondi com toda a empolgação que consegui juntar:

—Sim, eu aceito.

 

***

Dez meses depois, ainda não estávamos organizando o casamento, pois achamos melhor guardarmos dinheiro por um tempo, para estarmos mais estabelecidos. Como eu disse, segurança.

Toda a noção que eu tinha dessa palavra desmanchou numa tarde de terça-feira. Eu esqueci alguns papeis em casa para a divulgação de um livro. Enquanto estava na faculdade, recebi uma proposta para trabalhar como assistente em uma editora de livros e aceitei. Por incrível que pareça, era melhor do que dar aulas para o ensino médio.

Quando entrei em casa, ouvi um barulho vindo do quarto e entrei para investigar. Erro meu. Ou acerto, neste caso. Alex estava na cama com outra mulher:

—Mas que porra está acontecendo aqui? - Perguntei, olhando diretamente para o meu noivo.

A cena seria cômica, se não fosse trágica. Lá estava Alex, vestindo apenas meias e com as mãos amarradas com uma algema a cabeceira da cama. A garota, que aparentava ser, pelo menos, três anos mais nova, estava com orelhas, maquiagem e um rabo de gato preso a cintura. Ela saiu de cima dele devagar, que gemeu com a movimentação sobre seu membro.

Olhei para ele incrédula e não conseguia encontrar arrependimento em seu olhar. Passei meus olhos para a garota, que tentava cobrir o corpo com os braços:

—Coloque a sua roupa, por favor.- Disse para a garota. Ela, apressadamente pegou a sua saia e regata pretas, e tentou vestir.- e saia o quanto antes da minha casa. - Minha voz era firme, mas eu não chegava a sair da minha compostura. Ela se vestiu e saiu, batendo a porta da frente.

Durante todo esse tempo, eu apenas olhava fixamente nos olhos de Alex.

Eu peguei seu celular, que estava na mesa de cabeceira e coloquei dentro da gaveta. Olhei para ele amarrado a cama e simplesmente disse:

—Quando eu voltar a gente conversa. - E saí para trabalhar.

É obvio que chorei no caminho do trabalho e novamente no banheiro deste. Eu havia sido traída pela segunda vez, e aquilo doía demais para expressar em palavras. Sim, com o tempo, me convenci de que Cam me traía com a tal garota. Não era possível ele simplesmente começar a namorar a garota com um mês de diferença do nosso término. Eu tinha certeza que algo acontecia entre eles antes.

Voltei para encarar meu noivo outra vez ao final do dia. Ele dormia, com os braços ainda presos a cabeceira da cama. Como eu pude me sujeitar a isso?

Peguei uma mala grande de viagem em cima do armário, montei a caixa que tinha comprado no meio do caminho, e coloquei todas as minhas coisas nestas. Em algum ponto, Alex acordou:

—Meu bombom, me ajuda a sair daqui. - Ele disse com a voz doce quando me viu.- Vamos conversar.

—Não tem o que conversar, Alex. Você me traiu.

Comecei a jogar as coisas com mais raiva dentro da caixa. Ouvi um barulho de algo se quebrando. Olhei dentro desta e o que vi partiu meu coração. Um pequeno pássaro azul de porcelana, agora com a cabeça decapitada:

—Merda, merda, merda. - Peguei as partes do pássaro e enrolei em uma camiseta, colocando, com cuidado, dentro da mala.

—Eu prometo que vou ser fiel, meu bombom. - Vi lágrimas formarem em seus olhos.

—Você não tem o direito de chorar. - Respondi brava, apontando em sua cara. Fechei a mochila, coloquei a caixa embaixo do braço e deixei tudo na porta antes de voltar.

Peguei o celular de Alex de dentro da gaveta, desbloqueei e disquei o número que eu já sabia decor:

—Oi, filho. Está tudo bem?

—Oi, sogra. É a Sam. O Alex esqueceu o celular na minha bolsa, mas te pediu pra passar lá em casa.

—Samantha, não. Por favor. - Alex me suplicou

—Precisa ser o quanto antes, porque ele está meio enrolado em uma situação. - Desliguei o telefone e me virei para ele.

—Não me procure, não me ligue e nunca mais mencione o meu nome.

Minha sogra morava na cidade vizinha e eu sabia que chegaria logo. Finalmente, e sentindo como se estivesse tirando um peso do peito e amarras dos pulsos, tirei o anel de noivado e coloquei no mindinho do pé dele, antes de sair do apartamento de vez:

—E aliás, eu odeio esse apelido de merda que você me deu.

***

 

Comecei a procurar empregos em outros lugares no dia seguinte, não aguentaria continuar naquela cidade e arriscar encontrar com Alex ou alguém de sua família. Recebi algumas propostas um mês depois, mas a que mais me interessou, foi para trabalhar como editora assistente em Manhattan. Aceitei a proposta sem pensar duas vezes.

Era uma cidade grande e a chance de eu encontrar alguém conhecido era pequena. Além disso, era suficientemente longe de Alex e de casa, já que estar lá me trazia muitas lembranças, dolorosas demais naquele momento.

Assim que estava tudo certo, comecei a ligar para algumas pessoas e contar a novidade. Comecei por meu pai, logo antes de Tyler e, por fim, Emma:

—Como assim você vai para Nova York? - Ela ficou em silêncio por um tempo.- Ah, não sei se te contei, mas vou me mudar para lá também, tinha pensado em te contar quando estivesse estabelecida em um apartamento.

—Mentira! Que incrível, amiga. - Sorri largo. - Não estaremos mais separadas.

—Você pode vir morar comigo. - Disse ela.- Estou tentando alugar um apartamento de dois quartos bem no centro, devo mudar em breve.

—Isso seria maravilhoso, Emma. - Respondi aliviada.- Fiquei tão empolgada com o emprego que esqueci de pensar onde ficaria.

—Só a coisa mais importante. - Respondeu ela com ironia.- Você só esqueceu a coisa mais importante, Sammy. - Ri em resposta.- Quando você chega?

—Quarta-feira que vem.

—Perfeito. Vou checar os últimos detalhes do apartamento e te busco no aeroporto, combinado? - Eu não tinha uma amiga incrível?

—Combinadíssimo.

 

***

E lá estava eu, subindo no avião, com destino ao meu futuro. O voo foi tranquilo, mas não consegui dormir, pois estava ansiosa demais.

Desci do avião, peguei as minhas malas, e passei pelos portões, procurando a minha melhor amiga. Entretanto, a pessoa que eu vi me deixou um pouco mais mexida do que Emma conseguiria:

—Cameron? O que faz aqui?

 


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