Desvendando o Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 12
Doí demais


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, cá estou de volta com o capítulo de hoje!
Espero que estejam gostando!

Quero muito que conversem comigo e me contem suas opiniões!

Beijos de luz!



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P.O.V. CAM

 

 

Pedi o dia de folga para buscar a minha irmã no aeroporto naquela quarta-feira. Pelo menos, eu achei que fosse buscar a minha irmã. Eu encarava o portão de desembarque, quando ela saiu. Ainda mais linda do que eu me lembrava e com uma luz ainda maior da que emanava nas fotos:

—Cameron? O que faz aqui?

—Sammy.- Foi tudo o que consegui dizer antes dos meus olhos encontrarem os dela. Fiquei imerso naquela imensidão antes de lembrar que ela havia feito uma pergunta.- Eu vim buscar a minha irmã. Não sei se te contou, mas ela virá morar comigo.

—Isso é impossível, Cameron.- Ela respondeu.- Ela me disse que está aqui há semanas e me ofereceu um quarto no apartamento dela. - Merda. O que a minha irmã achava que estava fazendo? Tentando bancar o cupído? - Ela nunca pensou em vir para Nova Iorque, não é? - Ela perguntou e eu balancei a cabeça em negativa. Não podia deixar a garota no meio do aeroporto.

—Vem. -Peguei uma de suas malas.- Eu vou te dar uma carona.

Passamos metade do caminho em silêncio antes que ela criasse coragem de dizer algo:

—Pode me deixar em algum hotel ou algo do tipo. Amanhã eu penso em como resolver a questão moradia. - Não, Sam, eu não consigo simplesmente te largar em algum lugar e rezar para que fique bem. Queria dizer isso a ela, mas o que saiu da minha boca foi algo diferente.

—Deixe de besteira, Samantha. Em uma parte a Emma não mentiu, eu realmente tenho um quarto extra.- Me lembrei que Sam era comprometida agora, não aguentaria se ele viesse também, no meio da noite. Olhei para sua mão de relance e não vi um anel. Resolvi perguntar.- Isto é, se seu noivo não for ficar incomodado.

—Tudo bem, Cameron. Obrigada. - Ela me olhou, o que fez com que, por um segundo, perdesse o foco da estrada.- E não tem mais noivo. - Ela bufou e olhei para ela. Não tem?- Parece que a minha sina é ser sempre traída, de alguma forma, pelos meus namorados.- Por um acaso ela estava querendo insinuar alguma coisa? Fingi que não entendi e disse apenas.

—Sinto muito por isso.

 

***

Depois de chegarmos em casa e eu a deixar instalada, tentei ligar para a minha irmã. Como ela poderia fazer algo assim comigo? Estava sentado na cozinha, tentando, pela trigésima vez, discar seu número, quando Sam apareceu:

—Você realmente não conhece ela. - A encarei. Linda, como sempre, mesmo com os cabelos molhados e bagunçados.- Copos?- Ela questionou e eu apontei o armário.

—O que quer dizer? - Questionei sobre a primeira afirmação que ela tinha feito.

—Que, se eu ainda te conheço um pouquinho, você está tentando ligar para a Emma neste exato segundo. - Pelo visto ela me conhecia. Desliguei o telefone. - Ela não vai te atender.- Deu de ombros. - Se ela armou tudo isso, como eu tenho certeza que fez, ela vai dar um gelo em nós dois até pararmos de ligar.

—Eu odeio como você conhece a minha irmã melhor do que eu. - Fui sincero.

—Eu sei. - Ela piscou para mim. Como eu precisava beijá-la. Como eu sentia falta dela.

Ela se virou e tentava alcançar os copos. Fui até ela e coloquei uma mão em sua cintura, para que parasse de pular. Com a outra, alcancei o copo. Me lembrei que nosso quase primeiro beijo aconteceu da mesma forma.

Ela se virou para mim e eu coloquei o copo em sua mão.

—Sabe, Sammy. Você realmente pode ficar se quiser. - Afastei meu rosto levemente para conter o impulso de beijá-la.- Eu preciso de alguém para dividir as contas e você precisa de um lugar para morar. Uma mão lava a outra.

—Me dá alguns dias para pensar, Cameron? - Aquela voz. O que ela me pedisse, eu daria. Mas, ao mesmo tempo, me partia o coração de ouvi-la falar meu nome inteiro.- Não é uma decisão tão simples assim.

—Claro, Sammy. - Disse e aproximei meu rosto de seu ouvido. Ela tombou a cabeça, me deixando mais pele disponível. Ela me queria. Sorri com aquilo, desesperado para tomá-la em meus braços. Respirei fundo e falei em seu ouvido - Mas só se você me chamar de Cam, você sabe como me sinto sobre meu nome. -  Eu precisava daquela mulher.

—Uhum. - Ela respondeu. Eu não podia mergulhar no mar que era Samantha Vermond novamente. Eu, com certeza, me afogaria. Dei um beijo em sua bochecha e voltei para trás do balcão.

Eu queria, mas tínhamos acabado de nos encontrar. E eu não queria que ela sumisse da minha vida por mais quatro anos.

 

***

No dia seguinte, estava decidido. Eu esqueceria Samantha Vermond, custe o que custasse. Assim que saí do trabalho, liguei para uma amiga. Aquele tipo de amiga que você liga quando precisa esquecer alguém.

Ela entrou no apartamento já me beijando e me empurrando para o sofá. Eu até tentei desviá-la para o quarto, mas foi em vão. A garota parecia estar tão sedenta quanto eu. Entrou na minha casa já tirando a minha camisa e abrindo os botões da minha calça. Alcancei o preservativo na carteira.

Estava tão inerte naquilo que esqueci que Sam poderia chegar a qualquer momento. E ela realmente chegou. Quando ouvi o barulho vindo da porta, olhei para esta, me deparando com a cara de desapontamento de Sam:

—Desculpa, não sabia que…-Eu queria que ela estivesse embaixo de mim naquele momento. Queria beijá-la e pedir perdão, mas meu cérebro deu outra resposta.

—Ta tudo bem, Encosto, já acabou o clima.- Eu percebi o quão errado aquilo tinha sido no momento em que saiu da minha boca. Ela sustentou o olhar no meu durante alguns instantes antes de correr para dentro do quarto e bater a porta. Olhei para minha amiga.

—Acho que preciso resolver as coisas com ela. Me desculpa. - A garota deu de ombros, já se vestindo, e saiu.

Fui até o quarto de Sammy e bati a porta. Ela não respondeu. A abri do mesmo jeito. Sam colocava as roupas com força dentro da mala e correu até o banheiro, recolhendo seus pertences:

—O que você está fazendo?

—Indo embora, Cameron. - Ela olhou para mim com firmeza.- Como eu deveria ter ido quando te vi no aeroporto. - Aquilo doeu, mas foi merecido.

—Me desculpa, Sam. Eu não tive a intenção de te deixar tão magoada. - Passei a mão pelos cabelos. - Eu sei o quanto esse apelido te machuca e mesmo assim usei. Fica, por favor. - Falei a frase que deveria ter pronunciado anos atrás.

—Doí demais, Cameron. - Agora eu via lágrimas formando em seus olhos. Queria abraça-la. E assim o fiz.

—Eu sou um bobo, Sam.- Respirei fundo. - Sempre fui. Não sei como agir perto de você.

—Eu fico, Cam. - Ela disse por fim.- Mas, pelo bem da minha sanidade mental, sem sexo na sala. - Me afastei. Ela estava com ciúmes?

—Você quer dizer que não gosta de me ver assim, Sammy? - Disse, apontando para o meu próprio corpo, tentando fazer uma piada, só agora criando consciência de que estava apenas de cueca. Ela ruborizou e eu mordi o lábio em resposta. Como eu queria Sam de volta.

—Não é isso, Cameron. - Ela revirou os olhos de um jeito fofo.- Não quero encontrar sua namorada nua pela casa.- Se dependesse de mim, a única namorada nua na casa seria ela.

—Eu não namoro, Sammy.- A fiz olhar para mim. - Não mais. Aquilo foi só uma ligação desesperada.

—Sua ou dela?

—E isso importa?

—Não, na verdade.

—Então por que perguntou?

—Não sei, Cam. Eu não sei de tudo.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam?

Vejo vocês amanhã!



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