A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 38
Capítulo 38: A bebida da verdade.


Notas iniciais do capítulo

- Olá, mais um capítulo para vocês!

— Obrigado Love por favoritar essa história!

— Comentem!



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— A letra não é dela. – Harry ouve Pansy dizer e desperta do sono que estava quase caindo.

Ela balança as pernas para fora do sofá e vêm até ele estendendo a carta de A.

— Eu disse que não era dela, o A de Astória é mais redondo. – Pansy emparelha as duas cartas, sendo uma delas, uma recente de Astória. – Ela puxa o início do B e o K é tordo.

Pansy enviou uma carta para Astória com palavras postas estrategicamente para que fosse necessário Astória responder com cada palavra escrita na carta de A, porém numa ordem e contexto diferente para que não causasse suspeita. Harry acreditou que não iria dar certo, até que viu a carta e o sorriso presunçoso de Parkinson.

 – E como eu disse, a lei de herança do herdeiro masculino caiu em desuso após as duas guerras bruxas, muitos bruxos homens morreram. – ela passa para a carta de resposta do banco estrangeiro que guarda sua herança. – É mais fácil ampliar os herdeiros do que deixar que fique com o Ministério.

— Mas Malfoy afirmou que pagou Gladstone para livrar os pais dele. – insiste Harry sonolento. – E vamos destacar que bancos estrangeiros são bem tradicionais e conservadores, então ele teria direito a herança Black.

— Ele usou o dinheiro do pai de Astória para pagar o Gladstone. – Pansy revela. – Ele não sabia sobre os bens em bancos estrangeiros, como eu também. Esses bens em banco estrangeiros é propositalmente uma estratégia para evitar roubos ou falência. Sabe, se a família tem um parente que não tem senso de gasto ou inteligência suficiente para não ser roubado. Também, foi um prevenção contra ao que Ministério está fazendo agora.  

As coisas tem sido muito melhor entre eles. Eles tem estado trabalhando como uma equipe centrada e organizada, como nunca houvesse desentendimentos e problemas anteriormente entre eles.

Pela primeira vez, eles parecem estar do mesmo lado e com mesmo propósito.

— Então, estamos descartando os Malfoy como autores dessa carta. – reconhece Harry sentindo um pitada desapontamento.

— Estamos? – estranha Pansy incrédula. – Pensei que você iria insistir mais. Parkinson, ele foi um comensal da morte, ele pagou o Gladstone e tal...

— Estou cansado demais para correr atrás de hipóteses que não levam a lugar nenhum. – Ele fecha o pergaminho que estava lendo.

Também, Harry está dando por encerrado qualquer caso referente ao Malfoy, visto que o mesmo está atualmente preso em Azkaban. Ele quer se concentrar naqueles que não estão e que deveriam estar.

Harry volta-se sua atenção para Pansy que está parada curvando a boca enquanto analisa a carta.

— Tenho uma suposição. – informa ela. – Sobre essa carta.

— Sim? – Ele retira os arquivos que estão ao seu lado e bate no acolchoado pedindo para que ela se sente.

— A carta pode significar outra coisa do que está escrito. – Pansy estende a carta ao olhar dos dois. – Theo costumava fazer muito isso quando a carta tinha informações sigilosas e incriminatórias sobre seus negócios.

Harry se aproxima mais dela no sofá para conseguir enxergar as palavras, embora soubesse de cor o que está escrito.

— O Black pode não ter relação com a família Black, pode estar relacionado a trevas, escuridão e abismo. – Aponta ela para o Black escrito. – Os bens pode ser rendimentos, valores e tesouro. O suficiente, eu ainda não consegui pensar.

— Você está me dizendo que essa carta é um código? – questiona Harry. Ele nunca pensou que a carta poderia ser mais além do que foi escrito.

— E o A pode não ser a inicial de um nome ou sobrenome. – continua Pansy. – Pode ser a inicial de um nome fantasia, um codinome. Como anônimo, assistente.

— É por isso que nunca conseguimos prender o Nott. – bufa Harry percebendo o quanto estava a três passos atrás do Theodor Nott. – Dá para descobrir o que realmente está escrito?

— Não, nem com magia. Só a pessoa para qual a carta foi endereçada pode realmente saber. – nega ela olhando finalmente para ele. – É claro, você pode ir tentando decifrar até que faça sentindo e que te indique alguma coisa.

Harry geme alto e deitando a cabeça no encosto do sofá.

— Onde está o grande espírito investigativo de Harry Potter? – zomba ela.

 Harry vira o rosto para Pansy completamente sério e desanimado.

— No que está trabalhando? – Ela pega um arquivo com desinteresse.

— Fuga de Azkaban.

— Vejo que vai bem. – ela indica as várias bolas de pergaminhos amassadas e jogados ao chão. 

— Na verdade, vai muito mais do que bem. Eu cheguei em uma conclusão. – comunica ele com os olhos fechados.

— Que você deve desistir de ser auror e viver a vida só se aproveitando de sua fama? – caçoa ela. – Visto que investigação parece não ser sua especialidade.

— Eu diria que minha especialidade são instintos de sobrevivência.

Harry escuta Pansy soltar uma risada engasgada. Abrindo os olhos ele a vê ainda com os lábios erguidos de diversão pelo comentário dele e é difícil para ele não compartilhar com um sorriso.

— Em que conclusão você chegou, Potter? -  pergunta ela largando o que estivesse em suas mãos e se aconchegando no sofá ao lado de Harry.

— Eu acho que o auror Gray possa ser a resposta. – Ele ergue o corpo e agarra o arquivo específico que está separado de todos. – A rebelião começou com ele e foi o único que morreu na mesma época que os outros sem marca negra em seu braço. E a morte dele foi violenta tanto quantas as outras. Ele é o único que saí do padrão.

— E ele pediu demissão do cargo de auror logo depois e se mudou para longe. – continua Pansy. – Sem justificativa.

— Sim. – concorda Harry abrindo o arquivo e estendendo para ela.  – Por que ele se demitiu? Ele poderia ter pedido para ser transferido para outra área do departamento. Não precisava desistir do distintivo de auror.

— Você acha que aconteceu mais do que foi contado. – Pansy supõe ainda olhando para ele.

— Sim, mas não tem nada mais nesses arquivos que possam me falar o que realmente aconteceu. – Harry gesticula para as pilhas de arquivos espalhados pela sala. – E sei que nenhum outro auror vai me contar além do que está aqui.

A investigação sobre a fuga de Azkaban está cheia de buracos imperceptíveis que somente para um olhar mais atento e prolongado poderia perceber que algo está escondido. Harry pode estar ficando paranóico ou obcecado, mas ele tem essa intuição com ele desde de que começou a estudar profundamente a fuga de Azkaban.

— Mas eu acho que encontrei alguém que pode me contar o que fez ele desistir de verdade. – Harry aponta com o dedo para os dados pessoais de Calvin Gray no arquivo, diretamente para o nome da cônjuge, Emily Gray.    

— A família dele. – Pansy parece refletir na informação.

— Quando ocorreu a fuga de Azkaban a primeira ação de Gladstone foi mandar aurores falarem e vigiarem as famílias dos fugitivos.

— Sim, estou lembrada. – Ela se levanta do sofá devolvendo o arquivo para ele.

— Ele fez isso porque geralmente a família sabe muito mais. E são as primeiras a saberem das coisas. – prossegue Harry. – E o testemunho da esposa do Gray é tão simples e ao mesmo tempo específico que parece que foi escrito com intuito de não levantar suspeitas.

— Você vai falar com a esposa dele, é isso? – Pansy segura as duas canecas que estavam em cima da mesa de centro e entrega uma para Harry.

 Há um estralo da lareira da rede flu e Rony surge entre as chamas.

— Harry! – cumprimenta Rony alegremente antes de seus olhos cair em Pansy. – Parkinson.

Rony se esforça para demonstrar desagrado com a presença dela.

— É um prazer te ver novamente, Weasley. – sorri Pansy debochadamente se sentando no outro sofá cruzando as pernas. – O meu dia está radiante com sua presença.

— Não posso dizer o mesmo. – rebate Rony se recusando a olhar para ela.

— Você vai mandar o Weasley, o nosso rei do quadribol, falar com ela? – Pansy gira sua caneca encarando Rony astuciosamente. Ele continua em sua recusa de devolver o olhar, mas suas orelhas queimam em vermelho.

— Eu vou com ele. – conta Harry pousando sua caneca na mesa após tomar um gole da bebida quente.

— Você vai deixar ela sozinha? – Rony acena com a cabeça para Parkinson. – Ela está sob sua custódia de proteção. 

— Estou lisonjeada que se preocupe com a minha segurança, Weasley. – Pansy coloca a mão no peito teatralmente.

— Não, só estou prevenindo Harry de ter que ir procurar você, caso invente de fugir de novo. 

— Ele procura porque quer.

— Eu vou conseguir alguém para ficar de olho nela.

Harry sabe que se não intervir Rony e Pansy entrarão numa discussão sem fim.

 

 

 

A escolha de onde uma pessoa prefere residir muita das vezes são baseadas em localização, segurança e transporte. Tudo o que necessitam e querem.

Harry e Gina escolheram a casa que dividiam por ela corresponder aos critérios e necessidades de cada um, para ele havia um transporte que o levava até as entradas do Ministério, para ela havia uma chave de portal para a sede de treinamento a poucos metros da casa. Ele gostava daquela casa, não era belíssima e luxuoso, mas havia um conforto de lar.

Não é um plano e nunca foi para Harry permanecer na casa de seu padrinho. O plano principal era esperar ele acabar o treinamento de auror para que Gina e ele, juntos, escolhessem a casa oficial deles.

A casa distante de repórteres bruxos e admiradores, mas não distante o suficiente para eles ficarem isolados. Com uma extensa área verde para que Tiago pudesse jogar quadribol com seus pais e um jardim cheio de gnomos para ter que ser feito uma competição de limpeza. Uma casa com cômodos grandes, para que caiba uma comprida mesa de jantar e que acomode nos quartos cada membro da família Weasley tranquilamente.

A casa ou o lar dos Potter, o lar de Harry, Gina e Tiago. Ele ainda pretende comprar essa casa para si quando a encontrar ou talvez a construa. Mesmo que Gina não participe na escolha.

A casa trouxa de Emily Gray é uma casa que Harry gostaria de ter crescido, é uma casa que ele gostaria de ter. Uma casa com fotos espalhadas em cima da lareira e presas em cima da parede, brinquedos espalhados como decoração, músicas de desenhos e risadas infantis como som ambiente, cheiro de comida sendo preparada como perfume. É um pouco caótico, mas é reconfortante.

Contudo, a localização muito longe de qualquer povoado e quase escondido no meio de um lugar desabitado só pareceu para Harry que a família Gray pretendia não ser encontrada.

— Desculpe, meus filhos ficam agitados quando recebemos visitas. – pede a mulher afastando o filho caçula de Harry que insistiu mostrar diversas vezes o mesmo brinquedo.

— Tudo bem. – tranquiliza Harry acenando em despedida para criança.

— Isso parece minha casa. – comenta Rony com um brinquedo em mãos.

— Vocês disseram que vieram falar sobre Calvin? – a mulher retorna a se sentar na poltrona. – Na carta vocês disseram que são policiais do mundo bruxo, como meu marido era, um auror. E voltaram a investigar novamente o caso dele por acharem que há alguma relação com a fuga da prisão bruxa e um assassino?

Emily Gray ser uma trouxa facilitaria por um lado, ela não saberia muito sobre o mundo bruxo ao ponto de questionar, porém prejudicaria por outro, pois a persona famosa de Harry não terá efeito nela.

— Sim. – responde Harry. – Queremos entender a saída dele repentina do cargo. É claro que pensamos sobre ele não se sentir mais seguro por causa da rebelião na prisão, mas se fosse só isso, era só ele ter pedido transferência.

— Calvin não queria mais trabalhar como auror. – conta a mulher. – Não tem muito segredo nisso.

— Calvin, não comentou o que fez ele desistir do cargo? – questiona Rony.

A mulher mexe as mãos nervosamente na xícara.

— Ele estava decepcionado. – conta ela bebericando a xícara. – Ele escolheu virar auror por minha causa, para defender pessoas como eu contra bruxos das trevas, assim que ele os chamava. Trabalhar na prisão bruxa foi justamente para ter certeza que esses bruxos nunca iriam sair de lá para ferir pessoas como a mim. Só que a fuga ocorreu e ele acabou sentindo que fracassou no cargo.

— Ele estava com medo dos bruxos que fugiram? – presume Harry. – Estava com medo que os bruxos das trevas viesse atrás de vocês? Por isso, se mudaram para tão longe?

A mulher parece pensar um pouco olhando para xícara em sua mão.

— Ele estava com medo. – confirma ela. – Mas não somente desses bruxos.

— O que você quer dizer com isso? – pergunta ele.

A mulher ergue a cabeça e exprime um sorriso.

— Vocês querem mais chá ou bolo? – ela se levanta da poltrona.

Harry identifica a tentativa evidente de fuga dela.

— Senhora Gray. – chama suavemente Harry também se levantando do sofá. – Seu marido estava com medo? Ele achava que estava sendo perseguido?

Ela se mantém com a visão para algum lugar da casa com o corpo virado para longe de Harry.

— Os outros aurores que estavam no dia da fuga pareciam que estavam sendo perseguidos e depois foram mortos por um assassino que chamamos de assassino da marca negra. – conta Harry. – Se seu marido citou achar que estava sendo perseguido isso é de extrema importância.

— Ele não estava sendo perseguido. – fala a mulher. – Ele estava sendo ameaçado.

Harry troca um olhar rápido com Rony com expectativa.

— Por quem?

— Calvin não disse. – responde ela sua boca se curva em um semblante sombrio. – Ele só chegou bravo um dia dizendo que não deixaria se assustar por ameaças e não importava o que dissessem, ele não havia se tornado auror para fazer aquilo.

— Fazer o quê? – Harry sente Rony se levantar.

A mulher balança a cabeça em negação.

— Eu já contei tudo isso para os outros aurores. E preciso colocar meus filhos para dormir. – ela se afasta. – Se puderem voltar outro dia.

Harry busca de algum apoio ou ideia de Rony para manter a mulher na sala.

— Senhora Gray, ele não te disse mais nada? – tenta Rony.

— Como eu disse, eu tenho que colocar meus filhos para dormir.

— Senhora Gray. – arrisca Harry.  – Nós só queremos saber se...

 – Eu sei quem são vocês dois. – confessa ela. – Meu marido vivia falando sobre os atos heroicos de três adolescentes. E é por saber de suas histórias que peço que não me façam dizer mais nada. Meus filhos tiveram o pai arrancado deles de uma forma tão violenta. O pai deles era um homem bom e corajoso e um bruxo aleatório tirou a vida dele. Então, por favor não me peçam para dizer mais nada.

 Harry não consegue evitar de desviar o olhar dos olhos lagrimosos da mulher, ele passeia com os olhos pela sala desconfortável para pousar num brinquedo parecido como uma vassoura de quadribol e depois nas fotos das três crianças sorridentes na lareira.

Ele deve persistir.

— Eu tenho um filho também. – compartilha Harry. – Um menino de dois anos. Eu posso dizer que entendo o motivo de seu marido ter se tornado um auror e o seu receio. Eu e o Rony estamos aqui por não acreditarmos nos relatos e nas investigações que foram feitas sobre a morte de seu marido. E se tem algo que você saiba, peço que nos ajude, porque só assim para manter seus filhos seguros.

A mulher fecha os olhos e solta uma longa respiração.

 

 

 

— Então, Gladstone recebeu dinheiro para forjar a fuga e mandou matar a única pessoa que queria revelar tudo. – repete Pansy brilhando nas chamas na lareira de flu. – A gente já deveria ter pensado nisso, o cara era um idiota ambicioso e os outros aurores um bando de bajuladores. A morte dele foi bem merecida então. 

Harry não concorda com a morte ser a melhor justiça, Gladstone deveria passar uns bons anos em Azkaban. Mas algo ele apoia, Gladstone não merece ser reconhecido como um auror, um bruxo que deixou de lado todo código de conduta do auror só para receber um dinheiro extra não poderia estar dentro do Ministério representando a lei.

— A esposa do Gray acha que foi o Gladstone que arquitetou a morte do marido dela. – corrige Harry. – Até porque ele tinha ameaçado o Gray quando ele disse que iria revelar tudo.

— O mesmo que ele fez com Dawlish.

Harry havia completamente esquecido desse detalhe. Seria Dawlish também uma possível vítima do Gladstone?

Gladstone foi pago para que libertasse os prisioneiros de Azkaban, o pagamento foi dividido entre os aurores que o ajudaram, que coincidentemente estão mortos atualmente. Será as mortes dos aurores uma queima de arquivo? Será o assassino da marca negra uma mentira?E o Gladstone e sua morte? 

Se Harry achou que sairia com o caso completamente resolvido da casa dos Gray, ele tinha expectativa demais.

— A pergunta que ainda se mantém é quem pagou. – Boceja Pansy.

— Até parece que ela não sabe. – Harry ouve Rony murmurar por trás de si.

— Talvez as famílias dos prisioneiros. – deduz Harry.

— Só pode ter sido isso, porque foi muito dinheiro pela quantidade que fugiu e que deveria ser paga para cada auror. - Diz Pansy.

— Ninguém especial passa pela sua cabeça? – Harry questiona.

— Espero que isso não seja um pergunta de duplo sentido, Potter. – devolve ela. – Eu nunca iria pagar o Gladstone para libertar o meu pai.

— Eu não estou te incriminando, Parkinson. – defende-se Harry. Pensar nela como pagante não passou por sua cabeça.

— Espero que não esteja mesmo. – Pansy parece coçar os olhos. - É difícil pensar em alguém além das famílias que se beneficiariam com aqueles prisioneiros fora de Azkaban. Alguém do Ministério talvez?

— Talvez. – pensa Harry. – Antes de prosseguir com a investigação temos que saber se os aurores que estavam à procura dos fugitivos realmente estavam procurando ou se também foram pagos para não achar.

— Nós? – Harry não sabe ao certo, mas acha que pode ver um sobrancelha de Parkinson erguida. - Pensei que isso fosse seu trabalho, auror Potter.

— Eu vou precisar de sua ajuda. – afirma ele.

Pansy dá um sorriso orgulhoso, embora cansado.

— Se eu for trabalhar como auror quero um salário. – boceja novamente ela. – Iremos conversar mais sobre isso amanhã, minha energia se esgotou. Boa noite, Potter.

— Boa noite, Parkinson. – despede Harry vendo ela sumir entre as chamas. – Te vejo amanhã.

— Você não devia estar informando ela sobre os casos. – adverti Rony.

Harry se levanta do chão para voltar-se para Rony que se encontra sentado na cama do hotel lendo o jornal.

— Ela pode estar fingindo não saber disso. – Rony continua sem tirar os olhos do jornal. – Além de ela ser filha de um dos fugitivos, não faz nem sentido ela estar ajudando você a solucionar o caso.

Rony pode ter alguma razão nesse raciocínio, mas Harry acredita estranhamente que Parkinson esteja falando a verdade.

— Eu sei o que estou fazendo. – replica Harry caminhando para sua cama.

— Eu acho que não. – devolve Rony virando a página.

— Bem, se eu considerar que acabamos de descobrir o motivo da fuga de Azkaban. – Harry faz uma pausa dramática. – Eu só consigo enxergar que está dando certo o que estou fazendo.

 -Só estou falando para você ter cuidado. – Rony termina. – Quando se trata dela você não enxerga as coisas com clareza.

— Isso tem alguma coisa a ver com a Gina? – questiona Harry com rispidez. – Porque eu acho que Gina não vai gostar de saber que você anda batalhando em nome dela.

— Isso tem a ver com o fato que você terá um filho com a Parkinson. – declara Rony fechando o exemplar do Profeta Diário.  – Ter um filho com a Parkinson só a faz ficar mais próximo da minha família, e eu não quero filhos de comensais da morte perto da minha família.

— Rony, eu...

— Serviço de quarto! – anuncia uma voz depois de três batidas na porta.

— É nosso jantar. – Rony avisa.

Rony começa a se levantar da cama, porém, Harry toma seu lugar e vai pegar a refeição.

— Obrigado. – Agradece a bruxa que está admirada com ele.

Rony se levanta da cama e vêm pegar sua refeição.

— O que é isso? – questiona Harry para a caixa preta com um laço amarrado no topo estendida em sua direção.

 - Um presente. – responde a bruxa.

— Obrigado. – Harry fecha a porta. Ele não está com paciência para lidar com seus admiradores hoje.

— O que é? – pergunta Rony já comendo.

Harry pousa seu jantar em sua cama e puxa o laço sem muito entusiasmo. Dentro da caixa encontra uma garrafa que aparenta ser de Firewhiskey escrita “O melhor auror”.

— Harry?

Harry vasculha mais uma vez a caixa e acha um cartão e ao levar a altura dos olhos lê:

Eu poderia ter te contado, mas queria que descobrisse sozinho. Então, beba um pouco da verdade.

— Assassino da marca negra


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