A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 3
Capítulo 3: Um novo assassinato.


Notas iniciais do capítulo

- Desculpem a demora.

Final de ano é sempre muito corrido, mas agora estou tendo um pouco mais tempo para escrever.

—Comentem.



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A casa havia perdido toda excitação da comemoração, a mulher que horas antes estava belíssima agora se encontrava aos prantos com o vestido amarrotado enquanto tentava se atentar as perguntas de Gladstone.

Harry e Rony não demoraram a responder o chamado quando seus distintivos brilharam em seus bolsos minutos antes de começarem a beber, sem perderem tempo os dois aparataram no local do crime prontos para ação.

— Vejo que chegaram rápido! – comenta Gladstone ao vê-los. – Termine as perguntas para mim, Denis. E vocês me acompanhem.

Harry e Rony seguem Gladstone pela casa, passam pela a sala bem mobiliada e chegam até o escritório. Eles já adentram o local com o olhar investigativo analisando cada detalhe que possa ser uma pista, o corpo não havia sido mexido e ainda se encontra debruçado em cima da mesa com os olhos azuis estáticos.

As recordações que Harry tem desse auror que recentemente se aposentou não são agradáveis, tentar prender Alvo Dumbledore em seu quinto ano em Hogwarts é uma delas, porém isso não significa que ele queria ver John Dawlish morto.

— Nenhum vestígio de maldição imperdoável. – declara Gladstone de maneira monótona. – Verifiquei a varinha dele, o último feitiço foi a causa da marca negra em seu braço. Até o momento nenhum suspeito pelo que a senhora Dawlish me disse ele estava sozinho.

— Então ele que fez a marca negra? – questiona Rony olhando para o braço esquerdo do corpo em carne viva.

— Ou alguém usou a varinha dele. –adiciona Harry.

Harry caminha em volta da mesa pelo lado que o olhar de John Dawlish está direcionado ao se aproximar dela, acaba chutando um copo de whisky que estava caído no chão para baixo da mesa, após pegar o copo ele vê um pequeno resquício de um líquido brilhante, então leva ao rosto para cheirar e sente uma fragrância diferente do usual Firewhisky.

— O que ele estava bebendo? – pergunta procurando pelo recipiente da bebida pelo escritório.

Eles vasculham o escritório até que Rony encontra três recipientes num cofre atrás dos livros. As garrafas eram de poções comuns como poção do sono e elixir para Induzir euforia, somente uma não há marcação.

— Que poção é essa? – agarra o recipiente que continha uma líquido com um coloração próxima ao ciano.

— Não conheço. –responde Harry se segurando para não abrir o recipiente, pois por experiências passadas abrir um recipiente poderia ocasionar uma cegueira temporária ou uma tosse que quase expeliu o seu pulmão.

— Você acha que ele possa ter sido envenenado? – indaga Rony indicando o copo na mão do Harry.

— Isso que vamos descobrir. – interfere Gladstone. – Potter, leve o copo e a poção para a Comissão de Poções. Weasley você pode ficar responsável pela investigação que irão fazer no corpo.

Harry percebe por um breve segundo um olhar triste em Gladstone ao se referir ao corpo de John Dawlish, o que acaba surpreendendo ele que está acostumado ver Gladstone frio e indiferente as vítimas.

Harry conjura um plástico para colocar em volta do copo e da poção, assim manteria a veracidade das possíveis provas.

— Senhor! – chama o auror loiro mel na porta. - Terminei o interrogatório. Posso liberá-la?

— Só tenho mais uma pergunta para ela.

Gladstone se retira da sala com Harry e Rony logo atrás. A senhora Dawlish uma senhora de meio idade encontram-se um pouco mais calma mantêm um olhar triste.

— Senhora Dawlish, o John costumava beber muito?

— Por que a pergunta?

— Senhora Dawlish responda a pergunta, por favor.

— Sim, ele dizia que o trabalho de auror não o deixava descansar e que só as bebidas trazia o descanso, como vocês mesmo devem saber.

— O que ele costumava a beber?

— Bem, Firewhisky e poção do sono.

— Você já o tinha visto tomando essa poção? – Gladstone pega da mão de Harry e mostra para ela.

Ela estuda a poção por um momento antes de negar.

— Obrigado senhora Dawlish, deixarei você atualizada quando obter as informações. – Gladstone coloca uma mão no ombro dela. – Lamento por sua perda.

Harry percebendo que seu trabalho havia terminado ali aparata para levar as pistas para a Comissão de poções.

Quando ele entra na Comissão de Poções, não se surpreende em ver o mesmo homem que havia conversado de manhã em uma das mesas de trabalho cortando ingredientes, só que desta vez seu jaleco cinza está limpo. Quando se aproxima da mesa o bruxo olha para ele interrogativamente por trás de seu olhos redondos.

— Preciso que você identifique essa poção e se a mesma estava nesse copo. – Harry entrega a ele. – Você saberia me dizer quanto tempo vai levar para eu obter o retorno?

O homem examina a poção e a coloca junto ao copo em cima de sua mesa.

— Vai demorar um pouco. – ele arruma os óculos antes de prosseguir. – Posso saber do que isso se trata?

Harry hesita antes de falar, visto que as mortes estavam em segredo. A situação atingiu uma gravidade perigosa, além da inexplicável fuga de Azkaban que até o momento só há especulações de como a fuga ocorreu, mas com nenhuma prova concreta, agora há dois assassinatos para completar a lista.

— No momento não é relevante. – Harry diz firme.

O homem olha para ele em silêncio. Harry ergue o queixo para manter a postura firme.

— Entendi, eu aviso a você quando descobrir a respeito da poção. – o homem retorna ao seu trabalho de cortar ingredientes. 

— Obrigado. –Harry se retira da sala.

Logo após a portar se fechar, passos de alguém descendo em uma das escadas que leva para as gigantescas prateleiras de ingredientes é reverberado na sala.

— Ele continua tão arrogante. – comenta Pansy ao chegar na mesa com dois frascos de ingredientes nas mãos.

  - Ele só está fazendo o trabalho dele. – ele tira os ingredientes que ela trouxe de suas mãos e pega o que Harry havia trazido. - Tenho outro trabalho para você senhorita Parkinson, investigue isso.

 

 

Largo Grimmauld, nº 12

 - Eu pensava que você estivesse feliz, que era isso que você queria! – grita Harry.

— Eu quero mais que isso! – grita ela em resposta a alteração de voz dele.

— Mais do que já temos?!

  - Sim!

Um estrondo vindo do lado de fora da casa os força interromper a discussão. Harry sendo um auror treinado pega rapidamente sua varinha em cima da mesa e se coloca em frente a Gina com a varinha apontada para a porta.

Outro estrondo seguido por luz.

— Vá pegar Tiago! – ordena Harry.

Enquanto Gina corre em direção ao quarto de Tiago, Harry se prepara para o que viria. A porta da sala é aberta, porém não há ninguém, então Harry caminha cuidadosamente até porta com a varinha ainda em punho, os ruídos dos ventos da noite faz seu corpo todo arrepiar, mas não tanto quanto uma figura encapuzada que está parada do outro lado da rua. Harry está preste a apontar a varinha na direção da figura quando sua mão é agarrada por dedos palitos e finos.

Harry tenta se soltar usando sua outra mão, ele puxa os dedos do aperto do seu pulso.

— Mestre?

Harry olha assustado e ofegante para os olhos grandes de Monstro.

— Mestre estará atrasado se não se levantar imediatamente. – Monstro aconselha.

Harry coça os olhos antes de colocar os óculos e se senta na cama para respirar. Monstro como sempre pega as vestes de Harry e coloca na cama, o que ele já havia deixado claro que não era preciso fazer, como o costume Monstro ignorou.

 Harry não tinha intenção de ter um elfo doméstico e nem morar do Largo Grimauld, mas após seu término com Gina e os pedidos de Hermione sobre Monstro, que na época estava com uma tristeza profunda por ter sido tirado de seu único lar, Harry decidiu juntar o útil ao agradável. No momento presente, ele tem uma casa e a ajuda do elfo doméstico.

Ele mudou o aspecto da casa, mudou o tom das paredes, substitui alguns móveis e deixou aconchegante, sem pragas e maldições das trevas. Somente um lugar foi mantido como era, o quarto do Régulo, por consideração ao Monstro, Harry transferiu todas as coisas grotesca que pareciam das trevas para lá deixando somente o quadro da senhora Black onde sempre estivera. Harry é claro ocupou o quarto do seu padrinho e manteve as coisas relacionadas a Grifinória, que o faz sentir perto de Sirius. No final de tudo, Harry e Monstro tinha algo em comum os dois chamava aquele lugar de lar e mesmo que os dois só se toleram, um faz o outro se sentir menos solitário, não que Monstro fosse a melhor companhia para se ter, além do mais, que atualmente ele está velho e ser rabugento é seu habitual.

Harry já vestido vai a cozinha para tomar o seu café da manhã feito por Monstro, ele se senta e começa a comer tentando ignorar os resmungos de Monstro.

— Monstro tem que avisar ao mestre que sua poção do sono já está chegando ao fim. – Monstro interrompe a refeição e lhe mostra o frasco vazio.

Harry realmente nunca teve uma noite de sono tranquila, após a guerra os pesadelos se tornaram frequentes e com os recentes acontecimentos eles se intensificaram e ficaram mais intensos e quase sempre relacionados ao Lorde das trevas. Sua única saída foi recorrer a poção do sono para pelo menos ter uma noite de sono em que ele não fique acordando a cada hora por causa de um pesadelo, o que pelo visto não estava funcionando já que ele se sente como não tivesse dormido absolutamente nada.

— Obrigado Monstro, irei comprar mais hoje. – Harry volta sua atenção para as linguiças em seu prato.

 Monstro retoma a resmungar coisas como “Garoto petulante” e “Se minha patroa soubesse” até ser interrompido pelo o barulho de uma coruja entrando para entregar exemplar do Profeta Diário, Harry caminha até a coruja e dá um biscoito para ela que o come e vai embora logo depois. Ele volta a mesa para ler o Profeta Diário e a notícia estampada na capa o faz cuspir o café.

 

Morte após a fuga de Azkaban

Após a estranha fuga de Azkaban o Quartel de Aurores tem em mãos agora o assassinato do auror John Dawlish recentemente aposentado para solucionar.

Uma testemunha que acalentou a senhora Dawlish no momento da descoberta do corpo afirma que havia uma marca negra no corpo.

Será que a fuga e o assassinato estariam relacionado?

 

Harry não termina de ler a notícia e nem seu café da manhã. Com a capa na mão e varinha no bolso, ele encaminha-se ao Ministério e se prepara mentalmente para um longo dia de trabalho

O Ministério está uma loucura com repórteres com os flashes de suas câmeras na entrada do Quartel dos Aurores. Harry consegue se desvencilhar de alguns deles que tentam inutilmente tirar respostas quando ele passa, depois da guerra fugir de repórteres virou uma especialidade dele, a perseguição a sua pessoa muito famosa tornou sua vida insuportável com o passar de alguns anos. A cada passo que ele dava havia uma câmera que em seguida se tornava um artigo na revista Witch Weekly, até o seu término com Gina virou uma edição especial, no entanto o que deixou ele realmente irritado foi a notícia de primeira página do nascimento de Tiago que na época tinha acabo de nascer já tinha sua foto espalha pelo mundo bruxo.

Harry deixa sua capa de auror em cima de sua cadeira na mesa de trabalho antes de ir em direção a pequena aglomeração de cinco aurores ao redor da mesa de Simas Finnigan, que está com um exemplar do Profeta diário em mãos e espalhado sobre sua mesa há o dinheiro da aposta que alguns aurores haviam feito, acerca de quanto tempo a mídia levaria para descobrir a respeito dos assassinatos. Harry entende que a falta de jogos de quadribol levou ao aurores a fazer esse tipo de aposta e é por esse motivo que ele não julga.

— Eu sabia que o sigilo dos assassinatos não iria durar muito tempo. – Harry ouve Simas se gabar. – Devíamos mandar prender a pessoa que abriu a boca.    

— Boa sorte com isso! Ninguém disse que é crime dar entrevista ao Profeta diário. – fala o auror loiro mel que Harry reconhece da noite passada, mas olhando atentamente para ele sua aparência é muito jovem para um auror formado.

— O que  você estava fazendo lá? Você está em fase de treinamento. -  interroga Simas.

— Eu estava organizando umas papeladas com Gladstone quando ele foi chamado, então ele pediu que eu fosse junto.

— Falando em Gladstone. Alguém já falou com ele? – Harry pergunta.

— Ele está falando com a senhora Dawlish, por isso essa multidão de repórteres. – Simas aponta para o escritório de Gladstone.

— O que eu perdi? – surge Rony atrás de Harry. – Fui conversar com o medi-bruxo sobre o corpo do Dawlish.

— O que ele disse? – Harry afasta Rony da mesa de Simas e dos outros aurores 

— Inconclusivo.

— O quê?

— Dawlish bebeu várias coisas naquela noite que é quase impossível identificar a causa da morte. O medi-bruxo acredita que talvez tenha sido isso excesso de poção, mas para confirmar, ele precisará do relatório da Comissão de poção.

— O chefe da Comissão disse que me falaria quando estivesse pronto. – a porta do escritório de Gladstone é aberta e Harry observa a senhora Dawlish sair com aparência melhor do que ele havia visto na noite passada. – Talvez com a situação atual eles acelerem o processo da investigação da poção.

Harry acompanha com os olhos a senhora Dawlish ser protegida por aurores quando passa pelos repórteres.

— O que será que Gladstone vai fazer com a pessoa que deu entrevista?

— Não sei.

— Pelo menos vamos ter o baile beneficente para distrair a mídia. Assim vamos ganhar mais tempo.  

— Eu espero que sim.

— Mudando de assunto, chegou uma carta de Gina hoje. Ela virá passar o Natal na Toca.

— Eu nem olhei as correspondência hoje. – Harry se censura por ter esquecido isso. – Da última vez que falei com ela, ela disse que não saberia se conseguiria vir para o Natal e que talvez só mandasse Tiago.

— Ele já está falando pelo que ela me disse.

— Sim, ele está.

Embora a notícia da vinda de seu filho o alegre, Harry sente um pontada de tristeza, pois ao rever seu filho veria também o quanto ele está distante dele.

 

Comissão de Poções.

Um interrogatório com Potter já havia aborrecido Pansy o suficiente por um mês e trabalhar para ele seria não só desagradável como uma tortura, ainda mais nas circunstâncias atuais que ele possui um distintivo e poder.

“O ego dele deve estar nas alturas.” pensa ela.

Mesmo em protesto Pansy está sentada em sua bancada de trabalho examinando o resquício de poção no copo. Na primeira vez que olhou para o resquício sabia que não seria tão complicado descobrir a poção, com um feitiço de avolumamento a pequena gota se tornou uma quantidade razoável de líquido para a análise e quando a cor da poção brilhou no recipiente ela suspeitou o tipo da poção.

Com o arquivo de “Poções proibidas” em mãos, Pansy refaz a poção detalhe por detalhe e se surpreende de sua capacidade de reproduzir uma poção tão complexa, ao averiguar a correspondência entre a duas poções ela entra num outro processo de investigação cheio de dúvidas e a primeira que surge em sua mente é:

— Por que ele estava tomando essa poção?


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