Little Things escrita por Siaht


Capítulo 13
XIII. lex malla, lex nulla


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!!! ;D
Tudo bem com vocês?
Como prometido, o capítulo de hoje. Espero que gostem! ♥



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XIII

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{lex malla, lex nulla)

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— Aquele idiota repulsivo, babaca arrogante, filho de uma mandrágora desgraçado... — Albus Severus xingava, borbulhando em ódio, enquanto andava de um lado para o outro no dormitório. Ainda usava as vestes de Quadribol, os cabelos pingando pelo suor do treino, a vassoura abandonada em um canto qualquer do quarto.

Sentado na cama, Scorpius Malfoy apenas observava em silêncio a explosão do amigo. Não era seguro interromper quando o Potter estava daquele jeito. Algo que só acontecia quando uma pessoa estava envolvida: Bradley Wood. O goleiro da Grifinória era o único ser humano capaz de deixar Albus daquela forma. Não que o menino não se irritasse com frequência, pelo contrário, Al vivia em um estado constante de rabugice e exasperação. No entanto, era sempre uma irritação seca e calculada, até mesmo divertida. Comentários sarcásticos, revirares de olhos, respostas afiadas com um punhal. A raiva do garoto costumava ser fria e lógica. Menos quando Wood estava envolvido. Porque quando Wood estava envolvido, Albus se tornava um vulcão em erupção; incontrolável e irracional.

Deitada na cama ao lado, Rose se forçava a segurar o riso. A menina não deveria estar ali. Estar em um dormitório masculino – e de uma casa que nem era a dela – era contra todas as regras, mas isso não queria dizer muita coisa para a garota. Na concepção da Weasley, o sistema de casas de Hogwarts era arcaico e limitante, servindo apenas para gerar competição no ambiente de ensino e estereotipar pessoas. Scorpius tendera a concordar, após a ruiva apresentar seus argumentos. Contudo, eles já estavam no quarto ano e o Malfoy havia se apegado um pouco a ideia de ter a sonserina como parte de sua identidade.

Quanto à presença feminina em um dormitório masculino... bom, ela afirmava que era ofensivo presumir que garotos e garotas iriam necessariamente partir para o sexo, se passassem dois minutos no mesmo lugar. No fim, aquela era apenas mais uma regra arcaica e estúpida. E quando Rose Weasley achava uma regra estúpida, ela se recusava a segui-la.

Então, a garota estava deitada na cama de Albus, completamente à vontade, tentando não rir do surto do primo. Os cabelos alaranjados se espalhavam pelo travesseiro, o rosto sardento se contorcia para conter o deboche. O Malfoy desejou ter uma câmera fotográfica, para registrar aquele momento. Desejou ter algum talento artístico, para retratar aquela cena em toda sua glória.

Quando Al finalmente se cansara de esbravejar e fora para o banheiro, tomar banho, Scorpius e Rose trocaram um olhar e caíram na gargalhada.

— Nós somos amigos péssimos. — a menina disse, recuperando o fôlego.

No começo, Scorpius ficava preocupado com as brigas entre Albus e Bradley e tentava ouvir e aconselhar o amigo. Agora a coisa toda estava se tornando apenas cômica, especialmente porque os rapazes pareciam encontrar motivos cada vez mais idiotas para discutir. O Malfoy achava que os dois se odiavam tanto que não conseguiam sequer existir no mesmo espaço. Rose achava que eles apenas sentiam prazer em brigar um com o outro, ainda que não soubesse disso de forma consciente.

— Nah, a gente esperou ele sair, para rir da cara ele. Acho que isso nos dá um “excede expectativas” no quesito amizade.

Rose riu mais um pouco e Scorpius sentiu algo se repuxando em seu estômago. Ele gostava muito do som daquela risada. Gostava ainda mais de ser a pessoa que a provocara. 


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Notas finais do capítulo

Estou passando um pouco mais rápido pelos anos deles, para chegarmos na parte em que eles estão mais velhos e teremos o romance efetivamente haha O primeiro ano precisou mais longo, porque era a base de tudo.
Espero que tenham gostado! ♥
Beijinhos,
Thaís