Shinku no Kogoro escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 22
Saga do Clâ Sakuma - Vitória e Derrota




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 [No capítulo anterior, Reiji se oferece para desafiar Kogoro em uma tentativa de ajudá-lo em seu treinamento contra a Yakuza.]

Kogoro: Está me desafiando?

Reiji: Não. Só estou te ajudando. Não se preocupe. Vamos apenas ter uma batalha amigável.

Kogoro: Com a Yakuza não se tem amizade.

Reiji: Se é assim, vamos lutar até alcançarmos o nosso limite. E então, o que você acha, Kogoro?

Kogoro: O bancho da Rekka contra o bancho da Hyouki? Eu aceito.

Reiji: Ótimo. Vamos lá!

Kogoro: Hmph. Só estou fazendo isso porque isso é um treinamento. Não pense que vou facilitar as coisas pra você...

Reiji: Eu diria a mesma coisa.

Kogoro e Reiji: Vai!

[Kogoro e Reiji se enfrentam. Os dois atacam e recebem dano, mas isso não os impedem de continuar a batalha.]

Kogoro: Muito fraco!

Reiji: Muito lento!

[A luta acaba com Kogoro e Rejij desmaiados, já que ambos usaram de todas as suas forças durante a batalha]

Kogoro: Bem, foi uma luta incrível, não foi?

Reiji: Acho que a gente podia fazer isso mais umas vezes.

Kogoro: Não, eu me recuso.

Reiji: Ainda com as suas regras?

Kogoro: Graças a você, eu agora me sinto mais motivado para enfrentar a Yakuza.

Reiji: Eu também?

Kogoro: Então você pretende...

Reiji: Sim. Eu vou enfrentar os membros do Clã Sakuma para proteger não apenas o Eikichi, mas os meus colegas da Hyouki.

Kogoro: Eu tenho meus próprios motivos para lutar contra o Clã Sakuma. Devo vingar o parente de um amigo meu.

Reiji: É alguém relacionado ao Atsushi?

Kogoro: Esperto como uma raposa, não é mesmo?

Reiji: Bem, eu tenho que ir. Ainda tenho coisas a fazer... E já estou quase atrasado para a aula.

Kogoro: Eh! Agora que você me lembrou, eu já estou atrasado para a escola e ainda nem almocei!

Reiji: Nem eu. E então, vamos parar no Jiraiya Goketsu para ver se ele vai fazer algum lámen delicioso.

Kogoro: Só espero que ele não esteja com raiva de mim...

Reiji: Algum problema com isso?

Kogoro: Deixa pra lá...

[Kogoro dá umas risadas.]

Reiji: E então, vamos ao Jiraiya Goketsu?

Kogoro: É claro, porque não?

[O capítulo acaba com Kogoro e Reiji indo para o Jiraiya Goketsu, logo após um longo dia de treinamento.]

[Cenário: Mansão do Clã Sakuma, sala do chefe]

[Unami está em reunião com cinco membros do seu clã.]

Unami: E então, como está a situação envolvendo o casino?

[Um dos membros do clã, Rikiya Rikishi, explica a situação para o patriarca. Rikiya possui cabelos longos com barba e costeletas.]

Rikiya: Pelo que nós sabemos, o projeto está longe de ser uma realidade. Isso irá causar um grande prejuízo para o nosso clã.

[Outro membro do clã Sakuma, Daigo Mitarashi, tem cabelos ruivos trançados e uma cicatriz em um de seus olhos. Daigo também é pai de Daisuke, um dos ex-alunos do colégio Rekka.]

Daigo: Eu concordo com o Rikiya. Nossa família já está em tremendo débito e os empréstimos vão atrapalhar mais do que ajudar.

Unami: Eu não quero desculpas! Eu quero resultados! E vocês sabem muito bem o que vai acontecer com vocês se vocês falharem.

[Daigo e Rikiya sentem medo de Unami, pois eles já sabem que o patriarca é capaz de atirar em seus capangas quando eles falham em suas missões]

???: Um momento, chefe.

[Unami ouve a voz de seu braço direito entrando na sala. Seu nome é Tatsuhiro Kawajiri, e ele tem longos cabelos loiros e possui uma tatuagem de dragão nas suas costas.]

Unami: Ora ora... Tatsuhiro... Enfim você chegou. E então, quais são as notícias de hoje?

Tatsuhiro: Bem... Unami-sama... Acontece que eu recebi uma má notícia hoje.

Daigo: (Outra má notícia?)

Rikiya: (Essa não. Se ele souber disso, ele vai ficar furioso com a gente!)

Unami: Então diga logo!

Tatsuhiro: Parece que vai demorar para a gente receber o dinheiro do empréstimo.

Daigo e Rikiya: (Sujou!)

Unami: Diga-me... Qual foi o motivo desta demora?

Tatsuhiro: Bem, é que... De acordo com um dos nossos membros, quatro de seus homens foram brutalmente espancados ao tentarem pegar o dinheiro de um dos nossos afiliados.

[Unami, ao saber disso, fica zangado.]

Unami: Como assim, brutalmente espancados!?

Rikiya: Eu sabia...

Daigo: Agora é só uma questão de tempo para que um de nós dois acabe sendo o novo braço direito.

Unami: Tatsuhiro! Antes que eu atire em você e seus miolos, me pergunte quem foi o responsável por essa atitude drástica! Se for um dos membros da família, eu quero que mande rufiões para a casa deles imediatamente!

Tatsuhiro: Bem... Chefe... Desta vez não foi um deles.

Unami: Então, se não foi um dos membros daquela casa que fez isso, quem foi?

Tatsuhiro: Uma das vítimas falou que o responsável é um delinquente.

[Rikiya e Daigo, ao ouvirem isso, ficam surpresos.]

Rikiya: Delinquente?

Daigo: Mas que idiota. Ele não sabe com quem ele está se metendo.

Unami: Não acredito! Como se não bastassem nossos problemas financeiros, eles ainda tiveram a audácia de perderem para um delinquente!? Um delinquente!?

Tatsuhiro: Pior ainda... Ele não é apenas um delinquente... Ele é O delinquente.

Unami: Então diga o nome daquele bastardo antes que eu te mate!

Tatsuhiro: O nome do responsável por tudo isso é... Kogoro, o Escarlate.

[Daigo, ao ouvir o nome dele, fica pensativo]

Daigo: (Kogoro... Hmmm... Esse nome não me é familiar...)

Rikiya: Kogoro, o Escarlate... Eu já ouvi esse nome antes... Fala de um dos delinquentes mais infames de toda a cidade de Tóquio?

Tatsuhiro: Sim. Ele mesmo.

Daigo: (Hmph... Agora me lembro muito bem de quem ele é...)

Unami: Kogoro, o Escarlate, não é mesmo?

Tatsuhiro: Exatamente.

Unami: Muito obrigado pela informação. Agora nós sabemos quem será o nosso próximo alvo. Esta na hora de receber a sua eterna recompensa.

Tatsuhiro: Oh, muito obrigado, Unami-sama!

[Tatsuhiro vai se aproximar de Unami, e o patriarca pega o seu rifle, pronto para atirar no seu capanga.]

Tatsuhiro: Mas o que está acontecendo? Você disse que eu ia receber a minha recompensa!

Unami: Sim. Sua recompensa eterna.

[Unami atira em Tatsuhiro.]

Tatsuhiro: U... Unami-sama...

[Tatsuhiro, logo após receber um tiro no coração, cai no chão e morre]

Unami: Daigo, Rikiya! Levem ele para o porão e o deixem apodrecer!

Daigo e Rikiya: Certo, chefe.

[Daigo e Rikiya levam o corpo de Tatsuhiro para o porão]

Unami: Ai, ai... Como os tempos mudam...

[Unami sai da sua cadeira e dá uma olhada na pintura de seu avô, Tadashi Sakuma.]

Unami: Eu me lembro de como você foi uma das maiores influências da minha vida... E que me ensinou uma coisa... Que eu devo fazer de tudo para conseguir o que quero. E devo tudo a você, vovô.

[Unami volta a se sentar na sua cadeira.]

Unami: Algum dia... Algum dia... O clã Sakuma irá voltar a ser um dos maiores clãs de todo o submundo do crime, e, se os deuses quiserem, do mundo inteiro.

[Unami pega o seu smartphone e liga para um de seus capangas.]

Capanga: Aqui é Kentaro Ono falando.

Unami: Onde você está?

Kentaro: E aí chefe? Tô dando uns rolês em Kabukicho com uns amigos.

Unami: Kentaro, eu tenho um servicinho pra você. Eu quero que você encontre um tal de Shinku Kogoro e descubra as fraquezas deles.

Kentaro: Shinku Kogoro?

Unami: É, um tal de Shinku Kogoro. Você já ouviu falar dele, não ouviu?

Kentaro: Eu não sei. Como é que ele é?

Unami: Uma coisa você deve saber. Ele é um delinquente que pode colocar nossos planos em risco. Então, encontre esse Kogoro, ache seus pontos fracos, e se puder, acabe com ele!

Kentaro: Certo, chefe. Você quem sabe.

[Unami desliga o smartphone.]

[Cenário: Bairro de Kabukicho, Tóquio]

[No bairro de Kabukicho, somos introduzidos a Kentaro Ono, um membro do clã Sakuma que apesar de ser um cara divertido e gente fina, ele é tão mau-caráter quanto os seus parceiros no crime. Kentaro tem cabelos loiros, pele escura e usa um terno de cor bege com uma gravata preta. Ele também usa óculos de sol, e nunca sai sem eles.]

Kentaro: Kogoro, hein?

[Kentaro caminha um pouco para olhar as belezas de Kabukicho, mas ele também está em busca de Kogoro por ordens do patriarca Unami.]

Kentaro: Hmph, vamos ver se esse tal de Kogoro pode ser capaz de me entreter...

[Cenário: Ruas de Tóquio]

[Kogoro e Reiji estão caminhando para as suas respectivas escolas, apesar de estarem alguns minutos atrasados.]

Reiji: Kogoro-san, os lamens de seu amigo Jiraiya são deliciosos. Mas sério, eu não esperava que você e Jiraiya fossem tão amigos assim.

Kogoro: Pois é, ele e seus funcionários são como se fossem uma família pra mim.

Reiji: E então, o que você pretende fazer depois da aula?

Kogoro: Bem, eu poderia ir cuidar de algumas coisas no Jiraiya Goketsu, no entanto...

Reiji: Ainda essa coisa do clã Sakuma?

Kogoro: É. Eu nunca vou perdoar esses bastardos. Eles podem não ter ferido o meu melhor amigo, mas o machucaram por dentro.

Reiji: Bem, eu estou mais preocupado com a situação do Eikichi, mas eu não posso deixar que isso tome conta da minha vida.

Kogoro: No que você está pensando?

Reiji: Em um plano para derrotar o clã Sakuma.

Kogoro: Mas pensei que...

Reiji: Olha, eu estou preocupado com o Eikichi e preciso protegê-lo. Ainda assim, as questões envolvendo o clã Sakuma são do clã Sakuma.

Kogoro: Não sei o que você está pensando, mas te entendo.

Reiji: Certo. Alunos hoje, vingadores amanhã.

Kogoro: É... Vingadores amanhã...

[Kogoro e Reiji param um pouco para conversarem.]

Reiji: E então Kogoro, a gente pode se encontrar amanhã para irmos até a sede dos Yakuza?

Kogoro: Pode ser. Mais saiba que nós temos diferentes motivos para lutarmos contra eles.

Reiji: Mais isso não nos impede de sermos aliados.

Kogoro: Aliados temporários, mas ainda aliados.

Reiji: Hmph...

[Kogoro e Reiji se encaram. Os dois então saem e seguem para seus respectivos colégios.]

[Cenário: Colégio Rekka, cantina.]

[Na cantina, Kogoro e Atsushi conversam no colégio enquanto comem onigiris]

Atsushi: Kogoro-san, é verdade que você vai ir lutar contra os membros da Yakuza?

Kogoro: É claro. Eles finalmente terão o que merecem por terem arruinado a vida do seu pai.

Atsushi: É isso que me preocupa.

Kogoro: O quê?

Atsushi: Eu tenho medo de que algo de mal aconteça com você... 

Kogoro: Você se preocupa demais Atsushi. Eles não sabem com quem eles estão se metendo...

Atsushi: Mas desta vez eu tenho bons motivos para me preocupar. Os Yakuzas não são como os delinquentes que você enfrenta no colégio ou nas ruas. Pra você ter uma ideia de quão ruins eles são, os patriarcas da família são quase como reis do submundo do crime.

Kogoro: Reis do submundo do crime?

Atsushi: Eles são capazes de tudo. Capazes de tudo! Há um bom motivo porque todas as pessoas, tanto no Japão, quanto no mundo inteiro, tem medo dos Yakuza. E isso inclui delinquentes.

Kogoro: Hmmm...

Atsushi: Por favor, Kogoro. Não ouse enfrentar os Yakuza. Se você se meter com eles, você colocará todos nós em perigo!

Kogoro: Eu sinto muito Atsushi, mas eu não posso fazer nada. Se eu não posso deter os Yakuza, quem pode? É por isso que alguém deve fazer a diferença contra estes caras.

Atsushi: Kogoro-kun...

Kogoro: Atsushi.... Como bancho da Rekka, é meu dever proteger não apenas os alunos deste colégio, mas todas as pessoas que eu amo e importo. E isso inclui sua família, Atsushi.

Atsushi: Kogoro-kun...

[Tsubame olha para Kogoro e para Atsushi, preocupada com os dois]

Tsubame: (Tomara que você não se meta em encrencas...)

[Cenário: Colégio Rekka, entrada do colégio]

[Kogoro está parado no colégio enquanto os outros alunos saem da escola. Tsubame vai conversar com ele.]

Tsubame: Eu sei que você está preocupado, mas seu amigo tem razão. Você não pode enfrentar a Yakuza.

Kogoro: Infelizmente, isso é algo que eu devo fazer. Pelo Atsushi e pela família dele.

Tsubame: Como presidente do conselho estudantil, eu não vou deixar que você se envolva em mais encrencas, especialmente com uma das organizações mais perigosas do submundo do crime.

Kogoro: Eu já fiz minha decisão. Se eu não deter a Yakuza agora, muitas pessoas vão sofrer!

Tsubame: Mas se a Yakuza souber de tudo sobre suas ações, todos os seus entes queridos sofrerão!

Kogoro: Eu não me importo!

[Tsubame tenta dar um tapa nele, mas Kogoro consegue se defender pegando o braço dela.]

Kogoro: Como eu disse antes, isso é algo que eu devo fazer. Deter a Yakuza não é um direito – É um dever.

[Tsubame, ao ouvir tudo que Kogoro disse, começa a chorar.]

Kogoro: Adeus Tsubame... Se você valoriza a sua própria vida tanto quanto eu, não me siga.

[Kogoro então segue o seu próprio caminho. Tsubame se ajoelha e observa o delinquente caminhando, sem poder fazer nada.]

Tsubame: Porque Kogoro... Porque você teve que fazer essa escolha?

[Cenário: Ruas de Tóquio]

[Kogoro está caminhando em busca de alguns membros da Yakuza que são conectados ao clã Sakuma. Sem que ele saiba, porém, ele é observado por Kentaro, que parece se interessar pelo delinquente.]

[Cenário: Jiraiya Goketsu, sala de jantar]

[Jiraiya está preocupado com Kogoro, já que ele está demorando para chegar em casa. Ele deixou um lámen de frango para o delinquente jantar.]

Jiraiya: (Kogoro... Onde será que você está?)

[Cenário: Bairro de Shibuya, Tóquio]

[Kogoro chega em Shibuya. Ele acaba encontrando alguns membros da Yakuza ameaçando duas jovens garotas.]

Garota 1: Por favor, esperem mais um pouco. Eu juro que meu pai vai dar o dinheiro que vocês devem!

Garota 2: É isso aí. Meus mordomos também nunca me decepcionam.

Membro da Yakuza 1: Garotas ricas são todas iguais. Esbanjam da grana que tem, mas são umas irresponsáveis.

Membro da Yakuza 2: É. Aposto que gastaram o dinheiro todo em roupas e maquiagens.

Membro da Yakuza 3: Além de sapatos e pedras preciosas.

[Os membros da Yakuza riem das duas garotas]

Garota 1: O que vamos fazer agora?

[Uma das garotas pega o celular pra ligar pra um de seus mordomos.]

Garota 2: Droga, porque será que o Doumoto está demorando tanto? Ele disse que ia aparecer com o dinheiro!

Garota 1: Meu pai também está demorando pra chegar...

Membro da Yakuza 1: Não se preocupem garotas... Existe sempre um outro jeito da gentee conseguir o que quer. Vocês tem apenas duas escolhas.

Membro da Yakuza 2: Ou vocês nos mandam o nosso pagamento ou vocês irão com a gente ser as nossas novas amantes.

Membro da Yakuza 3: Não se preocupe. Vocês terão uma vida muito, mais muito  melhor do que vocês tiveram. Terão dinheiro, poder, fama e até vários garotos aos seus pés.

Membro da Yakuza 1: Tudo o que vocês precisam fazer é se juntar a gente, pelo menos até o dia em que alguém pague o resgate exigido.

Garota 1: Nunca vamos render nossos corpos pra vocês!

Garota 2: Podemos não ser puras de corpo, mas somos puras de coração!

Garota 1: A Yakuza nunca terá a gente!

Membro da Yakuza 1: Que meninas mais teimosas. Bem, há sempre um jeito de dominar éguas selvagens...

[O membro da Yakuza pega um chicote para atacar as garotas, mas ele acaba sendo impedido por Kogoro.]

Membro da Yakuza 1: O quê?

Membro da Yakuza 2: O quê?

Membro da Yakuza 3: Mas o quê?

Garota 1: Será esse o nosso fim?

Garota 2: Não. Um lindo príncipe encantado nos salvou!

[Kogoro consegue impedir que as meninas sejam atacadas pela Yakuza.]

Kogoro: E aí garotas, vocês estão bem?

Garota 1: Sim. Graças a você.

Garota 2: Agora é só uma questão de tempo para que nossos parceiros cheguem com o pagamento.

Kogoro: O quê!?

Membro da Yakuza 1: Ahahahaha! Como elas disseram antes, os parceiros delas acabaram se metendo em assuntos em que não deviam e agora elas tem que pagar o preço.

Garota 1: É verdade. Meus pais perceberam que gastei todo o meu dinheiro para uma emergência e não tiveram outra escolha exceto pedir um empréstimo para a máfia.

Garota 2: Eu também. Quando soube que tive que trazer um presente de aniversário para uma amiga minha, me envolvi com a Yakuza e precisei de uma boa parte do dinheiro para que eu conseguir aquele presente.

Membro da Yakuza 2: Só por curiosidade, o que foi aquele presente?

Garota 2: Uma gigantesca maleta de maquiagem.

[Kogoro, ao ouvir isso, se sente decepcionado]

Kogoro: (Todo esse alvoroço por uma maleta de maquiagem!?)

Membro da Yakuza 1: Agora garoto, saia daqui agora mesmo e deixe que a gente resolva esse problema.

Membro da Yakuza 3: É isso aí. Hora de sumir.

Kogoro: Não enquanto eu estiver aqui...

[Kogoro está prestes a enfrentar os membros da Yakuza quando ele acaba ouvindo sons de carros]

Kogoro: O quê?

Membro da Yakuza 1: Haha. Enfim chegaram.

[Os dois carros chegam, e em um deles sai um homem maduro, de cabelos cinzas e algumas rugas no rosto, vestindo uma roupa preta com alguns detalhes dourados chegando com uma mala. Em outro, vemos três mordomos, um de cabelo curto, outro de cabelo longo e  um de cabelo que chega até os ombros, com cada um deles chegando com uma mala.]

Garota 1: Papai!

Garota 2: Riki! Shinji! Onishi!

Pai de uma das garotas: Misuzu!

[Misuzu abraça o seu pai.]

Misuzu: Ah papai, você está bem. Estava preocupada com você.

Pai da Misuzu: Me desculpe, é que eu tava em uma reunião e eu não pude sair dela.

Misuzu: E então, você trouxe o dinheiro.

Pai da Misuzu: Sim. Trouxe tudo o que eles nos devem.

Riki: Nos desculpe, Kumiko-sama!

Shinji: A gente falhou em chegar na hora, mas conseguimos chegar com o dinheiro.

Onishi: Pode nos perdoar?

Kumiko: Considerando que o dinheiro ainda esteja seguro, sim.

Riki, Shinji e Onishi: Muito obrigado, Kumiko-sama!

[O pai de Misuzu e os mordomos da Kumiko dão para os membros da Yakuza as quatro malas cheias de dinheiro. Kogoro, ao ver tudo isso, fica enfurecido.]

Membro da Yakuza 1: Agora vocês fizeram a escolha certa. Valorizam mais a vida de suas entes queridas a ponto de fazer tudo por elas.

Membro da Yakuza 2: E agora que a gente tem o nosso pagamento, está na hora da gente sair de fininho.

Membro da Yakuza 3: Muito obrigada pelo pagamento de vocês. Agradecemos muito pelo seu apoio.

[Os três membros da Yakuza atiram bombas de fumaça e fogem com o dinheiro.]

Misuzu: Papai, eu estou com medo... Quero ir pra casa.

Pai da Misuzu: Não se preocupe filhinha, vamos voltar pra casa agora.

Kumiko: Garotos.

Riki: Sim, Kumiko-sama?

Kumiko: Vamos voltar pra casa. Não posso decepcionar o meu pai.

Onishi: Certo, Kumiko-sama.

[Misuzu, Kumiko e seus familiares vão para os seus respectivos carros para sair do local. Kogoro, ao ver que ele não conseguiu deter a Yakuza, fica furioso.]

Kogoro: (Eles escaparam... Com o dinheiro...)

[Frustrado por não ter conseguido defender as duas garotas da Yakuza, Kogoro volta pra casa. Sem que ele saiba, porém, o delinquente está sendo observado por Kentaro.]

Kentaro: (Muito interessante...)

[Kogoro caminha para a casa quando ele acaba encontrando dois delinquentes chutando um garoto que usa um uniforme do colégio Rekka.]

Kogoro: Mas o que é isso?

[O estudante é espancado por delinquentes mal encarados que usam uniformes pretos.]

Estudante da Rekka: Argh... Alguém me ajude...

Kogoro: Um estudante da Rekka... Droga... Como se não bastava...

[Kogoro vai defender o seu colega de classe...]

Kogoro: Ei vocês! Parem de bater nele!

Estudante da Rekka: Ei, você é...

Delinquente 1: Há! O pirralhão vai tentar defender o seu amiguinho!

Delinquente 2: Vamos ver se ele é capaz contra a gente!

[Os dois delinquentes partem pra cima de Kogoro, mas os mal encarados não são páreos para o bancho da Rekka. Kogoro espanca os dois delinquentes sem dó nem piedade, e o estudante testemunha tudo isso.]

Estudante da Rekka: Ko... Kogoro!

[Enquanto os dois delinquentes são espancados por Kogoro, Kentaro observa a luta entre os três, analisando o estilo de combate do bancho da Rekka.]

Kentaro: (Esse Kogoro... Parece ser um lutador cheio de fibra...)

[Os delinquentes, que já não aguentam mais serem espancados por um impiedosamente violento Kogoro, não tem outra escolha exceto se renderem.]

Delinquente 1: Chega! Não aguentamos mais!

Delinquente 2: A gente se rende! A gente se rende! Por favor, pare com isso agora!

[Kogoro está prestes a dar um chute na cara de um dos delinquentes, mas eventualmente ele para de dar o golpe. Ainda assim, o pé do bancho estava alguns centímetros perto de chutar o mal-encarado.]

Kogoro: Saiam daqui.

[Os delinquentes continuam parados, tremendo de medo por causa do Kogoro.]

Kogoro: Eu disse... Saiam daqui!

Delinquente 1: Certo, certo. Fica frio, fica frio...

Delinquente 2: Vamos sair de fininho e fingir que nada tinha acontecido...

[Os dois delinquentes correm como se não houvesse amanhã. Kogoro então ajuda o colega a se levantar]

Kogoro: Você está bem?

Estudante da Rekka: Muito obrigado.

Kogoro: Ainda bem que eu te salvei.

Estudante da Rekka: Você... Kogoro Minazuki, não é mesmo?

Kogoro: O primeiro e único.

Estudante da Rekka: Bem, eu tenho que ir agora. Ah, eu ia me esquecendo. Meu nome é Raito Ichihara, estudo no primeiro ano do colégio.

Kogoro: Valeu.

Raito: Até mais, senpai!

[Raito então vai para a sua casa. Porém como ele está muito ferido, ele chama um táxi. Kogoro observa Raito sair das ruas de Shibuya.]

Kogoro: (Apesar de tudo isso, eu não pude impedir a Yakuza de fugir com o dinheiro... Mas pelo menos eu consegui salvar um dos meus...)

[Kogoro então vai voltar para a sua casa.]

[Cenário: Jiraiya Goketsu, sala de jantar]

[Kogoro recebe uma bronca de Jiraiya, já que o delinquente demorou pra jantar.]

Jiraiya: Onde você estava! Eu esperei você por uma hora e meia! Não venha me dizer que você se meteu em brigas novamente, porque você sabe muito bem que se meter em brigas durante a noite, além de ser imoral, é perigoso!

[Kogoro come o seu lámen sem problemas, apesar dele estar frio.]

Kogoro: O lámen tá com um sabor bem diferente.

Jiraiya: É por que você demorou para ir jantar!

[Cenário: Mansão do Clã Sakuma, sala do chefe]

[Unami e Kentaro estão conversando.]

Unami: Colégio Rekka, hein?

Kentaro: Sim. O nome do garoto chama se Kogoro Minazuki, e ele é o bancho do colégio Rekka.

Unami: Hmph. Ouvi falar que o colégio Rekka era um colégio famoso nos anos 90. Hoje em dia não passa apenas de mito. No entanto...

Kentaro: O quê?

Kentaro: O poder de luta daquele garoto... É absurdo. Ele conseguiu brutalizar dois delinquentes sem problemas! Não é a toa que ele conseguiu vencer alguns de nossos capangas...

Unami: Esse rapaz é uma ameaça...

Kentaro: Concordo... O que podemos fazer com ele?

Unami: Hmph... Vamos capturá-lo e matá-lo. Todos os nossos opositores, sejam crianças ou não, devem ser mortos para servir de exemplo para aqueles que se opõem aos nossos ideais.

Kentaro: Mas como vamos fazer isso?

Unami: Com uma armadilha. Já que pelo menos você sabe de alguma coisa sobre o delinquente, use seu cérebro para criar uma trama mirabolante para capturar o nosso amiguinho.

Kentaro: Eu não entendi o que você disse, mas eu vou fazer o meu melhor. Conte comigo, chefe.

[Kentaro então sai da sala do chefe. Unami vira a sua cadeira e observa a foto de Tadashi.]

Unami: Logo, logo eu terei um casino e o clã Sakuma voltará aos seus tempos de glória... E todo o submundo do crime irá se curvar a mim.

[Unami dá um sorrisinho malicioso enquanto observa a pintura do seu avô.]

Unami: Agora, é hora do show. Vamos esquecer o nosso passado e abraçar o nosso futuro. Sem aquele delinquente na nossa cola, vamos finalmente dar um grande passo para a nossa família! O clã Sakuma reinará!

 [O capítulo acaba com uma visão da mansão do Clã Sakuma.]


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Notas finais do capítulo

Shinku Kogoro é uma referência a "Shinku no Kogoro".



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