Shinku no Kogoro escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 21
Saga do Clâ Sakuma - Motivos para lutar




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[Cenário: Casa dos Nagano, sala de estar]

[No capítulo anterior, Mayoi diz a Atsushi sobre a situação do pai dele.]

Atsushi: Como assim? Explique tudo!

Mayoi: Pelo que eu sei, uns caras maus espancaram o seu pai e mano, foi horrível.

[Atsushi, ao ouvir o que aconteceu, treme de medo.]

Mayoi: Mano, ele foi torturado e não pude fazer nada para ajudá-lo. E pra piorar, os homens que o espancaram fazem parte da Yakuza.

Atsushi: Yakuza?

Mayoi: O mínimo que eu pude fazer foi chamar uma ambulância para tentar salvar o seu pai. Tomara que ele não perca muito sangue até ele chegar ao hospital...

[Atsushi fica apenas calado.]

Mayoi: Atsushi-kun, você está bem? Atsushi-kun...

Atsushi: Mayoi-san...

Mayoi: O quê?

Atsushi: Eu tenho que desligar.

Mayoi: Mas... Atsushi-kun...

[Atsushi desliga o smartphone.]

Atsushi: (Não... Não pode ser... Meu pai... Ele foi...)

[Cenário: Casa dos Nagano, corredores]

[Atsushi acaba encontrando Kogoro. O jovem garoto explica a situação para o delinquente.]

Kogoro: Atsushi, o que está acontecendo?

Atsushi: Kogoro, isso é horrível. O meu pai... Ele...

Kogoro: Seu pai? O que aconteceu com ele?

Atsushi: Meu pai tá no hospital. Ele foi espancado por caras maus...

Kogoro: Espancado? Por quem?

Atsushi: Eu não sei. Mas ele está no hospital recebendo tratamento.

Kogoro: Atsushi.

Atsushi: Kogoro?

Kogoro: Vamos.

Atsushi: O quê?

Kogoro: Eu disse vamos. Vamos ao hospital.

Atsushi: Certo.

[Cenario: Hospital Metropolitano de Tóquio, quarto 5]

[Kogoro e Atsushi vão ao quarto em busca de Kazuhiko.]

Atsushi: Papai!

Enfermeiros: O quê?

Atsushi: Papai, você está bem?

Kazuhiko: A-Atsushi...

Enfermeiro 1: Sinto muito, mas ele ainda está sendo tratado.

Atsushi: Mas o papai...

Enfermeiro 2: Tentem voltar mais tarde.

[Kogoro é segurado pelos enfermeiros]

Kogoro: Ei, o que esta acontecendo?

Enfermeiro 3: O senhor Kazuhiko Nagano precisa de tratamento médico. Ele não pode receber visitas agora.

Enfermeiro 4: Ele perdeu uma grande quantidade de sangue naquela briga.

Kogoro: E daí? Eu não vou deixar que vocês separem o pai de um filho! Atsushi!

Atsushi: Papai, o que aconteceu com você?

Kazuhiko: Ya... Yakuza...

[Kogoro, ao ouvir a palavra “yakuza”, fica indignado]

Atsushi: Yakuza?

[Cenário: Mansão do Clã Sakuma, sala do chefe]

[Os três membros da Yakuza avisam a Unami, patriarca do clã Sakuma, sobre o acordo que eles fizeram para o pai de Atsushi.]

Unami: E então, aquele bastardo aceitou a proposta?

Homem 1: Não. Ele ainda se mantém firme na sua decisão.

Homem 2: Um cachorro teimoso...

Unami: Hmph. Vocês falharam comigo de novo.

Homem 3:Por favor, patriarca Sakuma! Nos dê mais uma chance!

[Unami pega um rifle e atira na testa em dois de seus homens.]

Homem 3: Não! Espere! Nós pelo menos conseguimos espancar aquele filho da...

Unami: Seu tolo! O plano era convencer aquela empresa a construir o casino! E espancar um de seus funcionários não era parte do plano!

Homem 3: E daí! Existem outros trabalhadores melhores do que aquela mula teimosa!

Unami: Só que aquela mula teimosa fazia parte daquela indústria de construção! E graças a atitude e o fracasso de vocês, nós perdemos nossa chance de vencer!

Homem 3: Patriarca Sakuma...

[Unami atira no último homem que sobrou]

Unami: Vocês! Joguem os corpos no porão!

[Unami chama os guardas, que levam os três corpos para fora da sala do chefe]

Unami: Kazuhiko Nagano... Aquele bastardo ainda se recusa a aceitar minha proposta. Mas pelo menos aqueles três fizeram algo de bom. Sem aquele idiota no meu caminho eu posso convencer aquela indústria a construir o meu novo casino...

[Unami pega o seu charuto e vai fumar. Em cima da mesa, o nome completo do patriarca é revelado: Unami Sakuma.]

Unami: O Clã Sakuma renascerá das cinzas!

[Depois desse discurso, vemos a mansão do Clã Sakuma, esconderijo de um dos poderosos clãs criminosos de todo o Japão.]

[Cenário: Hospital Metropolitano de Tóquio, sala de visitas]

[O capítulo começa com Kogoro e Atsushi sentados e preocupados com Kazuhiko. O delinquente, apesar de estar calmo por fora, está zangado por dentro, pois não foi capaz de proteger o pai de Atsushi.]

Kogoro: (Porque eu não tive a oportunidade de protegê-lo...)

[Preocupado, Atsushi olha para Kogoro.]

Atsushi: Kogoro-kun?

Kogoro: (Pelo menos eu já sei quem são os responsáveis por trás desta tragédia toda...)

[Um flashback acontece. Kogoro se lembra do momento em que Kazuhiko revelou quem foram os responsáveis pelo massacre que o pai de Atsushi sofreu.]

Enfermeiro 1: De acordo com o paciente, ele foi espancado por membros da máfia japonesa quando ele estava indo para o trabalho.

Enfermeiro 2: Ele teve parte do seu corpo todo quebrado. Ainda bem que se não fosse por aquela menina, as coisas teriam piorado.

Atsushi: Mayoi...

Kogoro: Então, o que aconteceu?

Kazuhiko: Membros da Yakuza me espancaram. Eles me deram uma oferta de construir um casino, mas eu recusei.

Atsushi: Ainda bem que você fez o que achou certo.

Kazuhiko: Atsushi...

Atsushi: Eu e a mamãe estávamos preocupados com você quando soubemos disso. Ela estava triste e com raiva...

Kazuhiko: Noriko... Eu a decepcionei...

Kogoro: Kazuhiko Nagano... Esse é o seu nome, não é?

Kazuhiko: Sim.

Kogoro: Bem, você sabe quais são os responsáveis por trás dessa tragédia?

Kazuhiko: Clâ Sakuma.

Kogoro: Sakuma?

[Fim do flashback]

Kogoro: (Clã Sakuma... Os responsáveis pela tortura do pai de Atsushi. Não posso deixar que eles saiam impunes deste crime.)

[Noriko chega ao hospital para ver o seu marido]

Noriko: Com licença, onde posso encontrar Kazuhiko Nagano?

Recepcionista: Ele está no quarto nº 5.

Noriko: Muito obrigada.

Recepcionista: Aliás, o que você quer com ele?

Noriko: Eu sou a esposa dele. Meu nome é Noriko Nagano.

Recepcionista: Noriko Nagano... Acho que eu lembro de você. Você sofreu um acidente durante um ataque com os motoqueiros da Blitz Thunder, certo.

Noriko: Sim. Ela mesma.

Recepcionista: Sua família realmente não tem muita sorte. Inclusive seu filho veio aqui para ver o pai. Ele e o amigo estavam em completo desespero.

[A recepcionista aponta para Atsushi e Kogoro, que estão sentados em uma das cadeiras. Noriko vai falar com os dois.]

Noriko: Vocês me devem uma explicação. E quando eu digo vocês, eu falo dos dois.

Atsushi: Bem, é que...

Kogoro: Acontece que...

Atsushi: Estavamos preocupados com o papai... Então fomos ao hospital.

Kogoro: Ele estava muito ferido. Por que... Por que... Por que eu não pude protegê-lo?

Noriko: Kogoro?

Atsushi: Mamãe, por favor. Visite o meu pai. Você queria vê-lo de novo, não queria?

Noriko: Atsushi...

[Noriko se vira para a recepcionista]

Noriko: Quarto nº 5, certo?

Recepcionista: Esse mesmo.

Noriko: Muito obrigada.

[Noriko vai em busca de seu marido.]

[Cenario: Hospital Metropolitano de Tóquio, quarto 5]

[Noriko encontra Kazuhiko sendo tratado pelo médico e pelos enfermeiros]

Noriko: Querido!

[Noriko corre para ver o seu marido.]

Médico: Senhora, você não pode entrar aqui. Seu marido ainda.

Noriko: Calado! Eu quero ver meu marido de novo! Kazuhiko!

Kazuhiko: No... Noriko...

Noriko: Ainda bem que você esta salvo. O que aconteceu?

Kazuhiko: Yakuza... Eles...

Médico: Seu marido recebeu várias feridas profundas em seu corpo. Vai demorar entre duas a três semanas para poder recuperá-lo. Eu sinto muito.

Noriko: Não!

[Noriko se ajoelha e chora.]

Noriko: Kazuhiko... Você não pode... Você não pode...

Kazuhiko: Noriko-san... Por favor... Seja forte...

Noriko: É tão bom ver você de novo...

[Noriko se levanta e aperta calmamente uma das mãos de Kazuhiko.]

Kazuhiko: Noriko...

[Lágrimas caem nos olhos de Kazuhiko. Ele vê a esposa chorando.]

Kazuhiko: Obrigado por me acompanhar.

Noriko: Atsushi... Ele veio te visitar, não veio.

Kazuhiko: Sim. Mesmo sendo um pai ausente, meu filho se importa muito comigo...

Noriko: Claro. Você fez seu melhor para cuidar dele, mesmo com seus próprios problemas...

Kazuhiko: Mas você sempre esteve ao lado dele, sempre tratando as suas feridas.

Noriko: Nosso filho... Ele é um tremendo encrenqueiro, não é mesmo?

Kazuhiko: É. Puxou o pai em tudo.

[Noriko e Kazuhiko se encaram.]

Médico: Com licença. Mas nós ainda temos que continuar a operação.

Noriko: Oh. Eu sinto muito.

Kazuhiko: Tudo bem.

Noriko: Bem, eu tenho que ir. Tenho que cuidar do Atsushi.

[Noriko olha para o médico]

Noriko: Cuide do meu marido, está bem?

Medico: Eu e minha equipe vamos fazer o nosso melhor.

Noriko: Obrigada.

[Noriko se curva para o médico e sai. Kazuhiko olha Noriko com tristeza.]

Kazuhiko: Noriko-san...

[Cenário: Hospital Metropolitano de Tóquio, sala de visitas]

[Kogoro e Atsushi encontram Noriko]

Atsushi: E então, o que aconteceu?

Noriko: Seu pai... Ele está ferido.

Atsushi: Eu sei disso. Eu o vi. E sua situação não é a melhor de todas.

Kogoro: Noriko-san. Eu posso falar uma coisa?

Noriko: O que quiser?

Kogoro: Seu marido foi atacado por membros da Yakuza.

Noriko: Não pode ser... Mas isso é...

Atsushi: Ele foi atacado por membros do clã Sakuma.

Noriko: Isso não é o maior de seus problemas.

Kogoro: Huh?

Noriko: Quero que saiam do hospital. Quero falar algo especial a vocês.

[Kogoro, Atsushi e Noriko saem do hospital]

[Cenário: Hospital Metropolitano de Tóquio, fachada]

[Kogoro, Atsushi e Noriko discutem em relação ao clã Sakuma]

Kogoro: Casino?

Noriko: Sim. De acordo com o meu marido, os membros da Yakuza estão atrás dele para que ele e a sua indústria construam um casino pra ele.

Kogoro: Sério mesmo? Tudo isso por causa de um casino?

Noriko: Kazuhiko está se opondo a Yakuza desde que ele entrou na indústria. Para ele, casinos são conectados ao submundo do crime.

Atsushi: Meu pai é uma pessoa honesta. Ele nunca teria coragem de trabalhar com alguém dentro do submundo.

Kogoro: Vocês tem um ponto. Kazuhiko pode não ser um pai presente, mas ele é honesto. E isso me dá um bom motivo para quebrar a cara daqueles homens!

Noriko: Infelizmente, a máfia japonesa não é o tipo de organização capaz de aceitar rejeições. Eles farão de tudo para que seus objetivos sejam cumpridos. Até mesmo assassinatos.

[Atsushi e Kogoro, ao ouvirem a palavra “assassinato”, ficam assustados. Kogoro, por sua vez, fica enfurecido.]

Kogoro: Isso é imperdoável...

Noriko: Kogoro?

Kogoro: Como eles se atreveram a machucar uma pessoa inocente... E ainda honesta?

Atsushi: Mamãe, o Kogoro, apesar de ser uma pessoa decente, possui um temperamento forte. Ele não é uma pessoa capaz de perdoar injustiças.

Kogoro: O clã Sakuma... Eles vão pagar por isso...

[Kogoro sai um pouco para pegar ar.]

Atsushi: Kogoro pode até ser um delinquente... Mas ele possui seu próprio senso de honra. E todos aqueles que se metem com seus amigos devem pagar pelos seus crimes.

[Noriko observa Kogoro]

Noriko: (Aquele garoto... Seria essa a razão porque Atsushi se mete em encrencas?)

[Cenário: Ruas de Tóquio]

[Kogoro caminha um pouco. Ele pensa nos eventos que aconteceram.]

Kogoro: (Clã Sakuma... Foram eles que arruinaram a vida de meu melhor amigo...)

[Kogoro dá uma olhada em vários homens que o olham com um sorrisinho malicioso. Eventualmente ele acaba encontrando um garoto sendo espancado por quatro membros da Yakuza]

Garoto: Por favor, pare com isso!

Membro da Yakuza 1: Hahahaha. Eu não te ouvi. Grita mais alto, vai!

Garoto: Por favor, por favor!

Membro da Yakuza 2: Nem vem. Sua família nos deve uma grande quantidade de dinheiro que eles emprestavam.

Membro da Yakuza 3: E olha que é bem grande. Um total de 20 milhões de ienes.

Membro da Yakuza 4: E então, você acha que vai conseguir pagar tudo isso?

Garoto: Não... Esperem um pouco... Os meus pais podem pagar... Eles... Eles...

Membro da Yakuza 1: Nós já demos várias chances a eles... Três para ser exato.

Membro da Yakuza 2: Suas contas já estão no vermelho. Hora do pagamento!

[Quando os homens mal-encarados vão tentar atacar o pobre garoto, eles ouvem a voz de Kogoro.]

Kogoro: Parem!

[O garoto e os membros da Yakuza olham para Kogoro, que não está feliz ao ver o que está acontecendo.]

Garoto: Socorro, me ajude!

Kogoro: Ei garoto, você está bem?

Garoto: Não... Aqueles caras malvados... Eles querem o dinheiro da minha família!

Membro da Yakuza 1: Ora ora ora... Esse pirralho acha que é o homem mais durão do universo.

Membro da Yakuza 2: Hmph. Ele não vai durar nem cinco minutos com a gente.

Membro da Yakuza 1: Escuta pirralho. É melhor você sair daqui e deixar essa conversa entre nós e esse bandidinho maligno.

[Kogoro aponta para os quatro membros da Yakuza.]

Kogoro: Os únicos bandidos que eu vejo aqui são vocês quatro!

[Os homens mal-encarados, ao ouvir o que Kogoro disse, vão enfrentar o delinquente.]

Membro da Yakuza 3: Ora seu atrevido...

Membro da Yakuza 1: Peguem ele! Vamos mostrar para ele a força do nosso clã!

[Os quatro membros da Yakuza partem pra cima de Kogoro]

Kogoro: Vamos lá!

[Kogoro enfrenta os membros da Yakuza com vários socos e chutes. Apesar dos membros da Yakuza serem fortes e perigosos, o delinquente parece não sentir muita dificuldade nesta luta.]

Membro da Yakuza 2: Esse delinquente não é humano!

Membro da Yakuza 3: Seus idiotas! Não podemos deixar que ele nos intimidem!

[Os membros da Yakuza pegam suas facas para atacar Kogoro.]

Kogoro: Que idiotas...

[Kogoro desvia dos golpes dos rufiões, e ataca os membros da Yakuza sem piedade.]

Kogoro: Acham mesmo que eu iria deixar uma jovem criança inocente ser machucada por pessoas como vocês?

[Kogoro continua atacando os homens maus. O garoto testemunha tudo com medo, mas ele também sente um pouco de coragem em seu coração. Eventualmente, Kogoro consegue acabar com os membros da Yakuza.]

Kogoro: E então, vocês querem mais?

[Os membros da Yakuza começam a sentir medo do Kogoro.]

Membro da Yakuza 1: (Esse garoto é perigoso demais... É como se ele soubesse de nossos movimentos!)

Membro da Yakuza 2: (Eu não sei como, mas sinto como se eu estivesse com um frio na barriga...)

Membro da Yakuza 3: Você... Você...

[Kogoro se vira]

Membro da Yakuza 1: Quem é você? Mostre a sua cara, seu desgraçado!

[Ao ouvir isso, Kogoro se vira mais uma vez para olhar para os rufiões o qual ele machucou]

Kogoro: Hmph. Vocês querem que eu diga meu nome pra vocês? Certo, mas lembrem-se que todos aqueles que ouvem o meu nome tem bons motivos para terem medo de mim.

Garoto: (Não pode ser... seria ele...)

Kogoro: Meu nome é Kogoro, o Escarlate. Bancho do colégio Rekka, e um dos delinquentes mais durões de toda a Tóquio!

[Os membros da Yakuza saem de fininho, mas antes eles ameaçam Kogoro.]

Membro da Yakuza 2: Hmph. Você pode até ter vencido a batalha, mas lembre-se de uma coisa... Essa é uma declaração de guerra que você fez contra o Clâ Sakuma.

[Com a saída dos homens maus, Kogoro vai encontrar o garoto.]

Kogoro: Está tudo bem agora.

Garoto: É sério?

[Passo a passo, o garoto se aproxima de Kogoro.]

Kogoro: Ainda bem que eu consegui salvar você a tempo.

Garoto: Muito obrigado...

Kogoro: E então, o que aconteceu para esses caras tentarem te atacar?

Garoto: Eles queriam o dinheiro da minha família. Acontece que a minha família tava precisando de grana para uma operação cirúrgica.

Kogoro: Operação cirúrgica?

Garoto: Nada pessoal, mas minha mãe está com câncer no ovário e ela precisa muito de tratamento médico, ainda que seja mais caro.

Kogoro: Pelo menos sua família está salva.

Garoto: Por enquanto...

Kogoro: Há uma chance de que aqueles patifes possam atacar novamente, e eu estou com medo...

[Kogoro dá um cafuné no garoto]

Kogoro: Mantenha a calma. Você tem a mim agora. Eu posso ser um delinquente, mas eu tenho um coração de ouro. Não precisa mais se preocupar.

Garoto: Valeu.

Kogoro: Aliás, qual é o seu nome?

Garoto: Eikichi Shinguuji.

Kogoro: Então se cuida Eikichi.

Eikichi: Até mais!

[Kogoro se despede de Eikichi. Ele tem um flashback do momento em que um dos homens do clã Sakuma o ameaçou.]

Membro da Yakuza 2: Hmph. Você pode até ter vencido a batalha, mas lembre-se de uma coisa... Essa é uma declaração de guerra que você fez contra o Clâ Sakuma.

[O flashback acaba]

Kogoro: (O clã Sakuma é mais perigoso do que eu pensava. Tenho que tomar cuidado...)

[Cenário: Jiraiya Goketsu, sala de estar]

[Kogoro entra na sua casa]

Kogoro: Cheguei!

Jiraiya: E aí Kogoro, como está? Tá tudo bem com você?

Kogoro: Bem...

Jiraiya: Hmmm, você não me parece bem. O que aconteceu entre você e o Atsushi?

Kogoro: Bem, nada de especial. Eu e Atsushi estamos quites.

Jiraiya: E então?

Kogoro: (Não sei se devo contar a ele a situação do Atsushi... Porém...)

[Kogoro balança a cabeça para a esquerda e para a direita]

Kogoro: (Não! Ele deve saber disso! Jiraiya é uma das poucas pessoas em que eu posso confiar essa notícia!)

Jiraiya: E então Kogoro, posso te ajudar em alguma coisa?

Kogoro: Jiraiya-san!

Jiraiya: Kogoro, o que aconteceu?

Kogoro: Eu tenho uma coisa pra falar.

Jiraiya: Calma, calma, respira.

[Jiraiya inspira e expira o ar com o seu nariz.]

Jiraiya: Agora é a sua vez.

[Kogoro tenta inspirar e expirar o ar com o seu nariz.]

Jiraiya: Pronto. O que você quer me dizer?

Kogoro: Jiraiya-san... O Atsushi...

Jiraiya: O quê?

Kogoro: Ele teve que ir ao hospital hoje cedo.

Jiraiya: Não acredito... O que foi que ele aprontou...

Kogoro: Só que desta vez ele não se meteu em alguma encrenca.

Jiraiya: Como assim?

Kogoro: Ele teve que ir ao hospital para visitar seu pai. É ele que se machucou.

Jiraiya: Seu pai?

Kogoro: Precisamente.

Jiraiya: Que pena.

[Jiraiya vê que Kogoro ainda não está bem]

Jiraiya: Kogoro, o que foi?

Kogoro: Eu não consegui protegê-lo... O pai de Atsushi está ferido e eu não fui capaz de protegê-lo...

Jiraiya: Calma, calma. Não é bem assim.

Kogoro: Mas como? Eu só descobri agora que o pai do meu melhor amigo foi espancado por vários brutamontes! Se eu tivesse impedido aqueles mal-feitores antes, isso não teria acontecido.

Jiraiya: Kogoro... Eu sei que você não teve a intenção de deixar que o pai de Atsushi seja espancado por pessoas más, mas também não pode se continuar culpando por algo que você não fez.

Kogoro: Mas eu...

Jiraiya: Kogoro. Fique calmo e mantenha a situação sobre controle, ainda que ela seja a mais difícil.

Kogoro: Jiraiya-san...

Jiraiya: Olha, o que você deve fazer é esperar e torcer para que o pai de Atsushi consiga sobreviver. Felizmente, ele está no hospital, o que aumenta muito suas chances de sobrevivência.

Kogoro: Mas ainda assim... Eu ainda não sei se ele é capaz de sobreviver tudo isso. Jiraiya-san... Eu estou preocupado. O que posso fazer por ele?

[Kogoro vai entrar no seu quarto]

Jiraiya: (Ele está muito mais preocupado do que o normal... Isso não é um bom sinal...)

[Cenário: Jiraiya Goketsu, quarto do Kogoro]

[Kogoro está deitado em sua cama, pensando nos eventos que ocorreram anteriormente.]

Kogoro: (Pobre Atsushi... Ele deve estar sofrendo muito com a perda dos pais...)

[Kogoro tem um flashback em que ele e Atsushi estão visitando Kazuhiko.]

Kogoro: Ei, o que esta acontecendo?

Enfermeiro 3: O senhor Kazuhiko Nagano precisa de tratamento médico. Ele não pode receber visitas agora.

Enfermeiro 4: Ele perdeu uma grande quantidade de sangue naquela briga.

Kogoro: E daí? Eu não vou deixar que vocês separem o pai de um filho! Atsushi!

Atsushi: Papai, o que aconteceu com você?

Kazuhiko: Ya... Yakuza...

[Kogoro, ao ouvir a palavra “yakuza”, fica indignado. O flashback acaba.]

Kogoro: (Não! Eu não vou deixar que mais alguém sofra nas mãos do clã Sakuma!)

[Kogoro tem outro flashback no qual ele enfrenta os membros da Yakuza que estavam atacando Eikichi]

Kogoro: (Especialmente pessoas inocentes...)

[O flashback acaba]

Kogoro: (Bem, eu tenho que me preparar. Se eu quiser encarar a Yakuza, nem que seja a máfia inteira, eu vou ter que treinar bastante... Nem que eu tenha que faltar várias tarefas de casa pra isso.)

[Cenário: Terreno baldio]

[Algumas horas depois, Kogoro treina seus socos e chutes para as suas futuras batalhas contra o clã Sakuma e os membros da Yakuza]

Kogoro: Há! Tome isto!

[Enquanto isso, Reiji, o bancho do colégio Hyouki, está caminhando tranquilamente quando ele vê Kogoro treinando. Reiji para um pouquinho para ver o treinamento do delinquente. O tempo passa, e Kogoro percebe que Reiji estava observando os seus esforços esse tempo todo.]

Reiji: Está cansado?

Kogoro: Reiji?

[Kogoro se aproxima de Reiji.]

Kogoro: O que está fazendo aqui?

Reiji: Nada de especial. Eu só estava vendo o seu treinamento.

Kogoro: Hmph.

Reiji: Eu soube que você conseguiu enfrentar alguns membros da Yakuza sem nenhum problema. Isso é verdade?

Kogoro: Como sabe disso?

Reiji: Eikichi me contou sobre isso.

Kogoro: Eikichi? Então vocês dois são amigos?

Reiji: Não exatamente, mas estudamos no mesmo colégio. Nem somos colegas de classe, afinal ele é um ano mais novo que eu.

Kogoro: (Fala de séries ou de idade?)

Reiji: E então, o que você está fazendo aqui?

Kogoro: Nada que te interesse.

Reiji: Que rude. Pois eu sei muito bem o que você está fazendo.

Kogoro: Hã?

Reiji: Treinando para enfrentar a máfia japonesa, certo? Típico de alguém como você.

Kogoro: Muito esperto...

Reiji: Eu também estava pensando nisso, mas não tenho certeza se vou conseguir sobreviver a uma luta contra os membros da Yakuza. Eu faria a mesma coisa pelos meus amigos, até para a Ayane.

Kogoro: Eu sei...

[Kogoro continua se exercitando]

Reiji: Então Kogoro... Eu estava pensando...

Kogoro: O quê?

Reiji: Ficar lutando com essas pilhas de lixo não vão lhe ajudar em nada.

Kogoro: Hmph. Você está errado.

Reiji: Queria me oferecer para te ajudar no seu treinamento. Pode ser?

Kogoro: Está me desafiando?

Reiji: Não. Só estou te ajudando. Não se preocupe. Vamos apenas ter uma batalha amigável.

Kogoro: Com a Yakuza não se tem amizade.

Reiji: Se é assim, vamos lutar até alcançarmos o nosso limite. E então, o que você acha, Kogoro?

Kogoro: O bancho da Rekka contra o bancho da Hyouki? Eu aceito.

Reiji: Ótimo. Vamos lá!

Kogoro: Hmph. Só estou fazendo isso porque isso é um treinamento. Não pense que vou facilitar as coisas pra você...

Reiji: Eu diria a mesma coisa.

Kogoro e Reiji: Vai!

[Kogoro e Reiji se enfrentam. Os dois atacam e recebem dano, mas isso não os impedem de continuar a batalha.]

Kogoro: Muito fraco!

Reiji: Muito lento!

[Kogoro e Reiji continuam lutando até o fim. Eventualmente os dois acabam sem energia para lutar e cansados, caem no chão.]

Kogoro: Você lutou bem... Tava mais forte do que da última vez que nos encontramos...

Reiji: Não... Você é que tava mais forte...

[Kogoro e Reiji começam a rir]

Reiji: Ah, nunca pensei que a gente ia se encontrar de novo.

Kogoro: É, nem eu. Acho que isso é um golpe do destino.

Reiji: Eu discordo.

[Kogoro e Reiji se levantam.]

Kogoro: Bem, foi uma luta incrível, não foi?

Reiji: Acho que a gente podia fazer isso mais umas vezes.

Kogoro: Não, eu me recuso.

Reiji: Ainda com as suas regras?

Kogoro: Graças a você, eu agora me sinto mais motivado para enfrentar a Yakuza.

Reiji: Eu também?

Kogoro: Então você pretende...

Reiji: Sim. Eu vou enfrentar os membros do Clã Sakuma para proteger não apenas o Eikichi, mas os meus colegas da Hyouki.

Kogoro: Eu tenho meus próprios motivos para lutar contra o Clã Sakuma. Devo vingar o parente de um amigo meu.

Reiji: É alguém relacionado ao Atsushi?

Kogoro: Esperto como uma raposa, não é mesmo?

Reiji: Bem, eu tenho que ir. Ainda tenho coisas a fazer... E já estou quase atrasado para a aula.

Kogoro: Eh! Agora que você me lembrou, eu já estou atrasado para a escola e ainda nem almocei!

Reiji: Nem eu. E então, vamos parar no Jiraiya Goketsu para ver se ele vai fazer algum lámen delicioso.

Kogoro: Só espero que ele não esteja com raiva de mim...

Reiji: Algum problema com isso?

Kogoro: Deixa pra lá...

[Kogoro dá umas risadas.]

Reiji: E então, vamos ao Jiraiya Goketsu?

Kogoro: É claro, porque não?

[O capítulo acaba com Kogoro e Reiji indo para o Jiraiya Goketsu, logo após um longo dia de treinamento.]


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