Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 4
Impostora


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas...
Quarto capitulo
Espero que gostem :)
boa leitura...



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 POV Bella

 

 

Acordei novamente no quarto. Olhei para a janela, eu não sabia se estava amanhecendo, ou entardecendo.

Meu bebê estava ao lado da minha cama, em uma incubadora de vidro.

Eu precisava sair dali.

Levantei-me da cama, indo em direção ao armário. O vestido que Tanya havia me emprestado estava ali, impecavelmente pendurado e limpo.

Então o telefone começou a tocar.

Merda!

Eu deveria atender? E se fosse a mãe de Tanya? Ou o pai?

O telefone deu mais um toque.

— Sra. Cullen, o seu telefone está tocando? — ouvi a voz da enfermeira se aproximando de meu quarto.

Voltei correndo para minha cama, o telefone ainda tocava.

— Querida, seu telefone. – a enfermeira entrou no meu quarto, indo em direção ao telefone.

— Não... – eu tentei dizer.

Tarde demais, a enfermeira atendeu.

— Sim? – ouvi ela dizer. – Claro. Vou passar para ela.

Merda!

— Alô? – eu finalmente disse.

A enfermeira saiu do quarto, dando-me privacidade.

Alô — uma voz feminina falou do outro lado. - É Esme Cullen, mãe de Edmund.

Mãe de Edmund?

S-senhora Cullen. – eu gaguejei. - Meu Deus me sinto péssima. – eu deixei escapar.

Ah minha querida, eu imagino.— sua voz doce falou do outro lado. – Sinto muito não termos nos falado antes, em uma situação melhor.

Não Sra. Cullen, o que eu quero dizer é que...- como eu poderia explicar a ela?

Tudo bem querida, não precisa dizer nada. – ela me interrompeu. – Acontece que eu queria muito vê-la aí no hospital, mas os médicos me proibiram de viajar. Estou surpresa de não me amarrarem a cama.

Não tem problema Sra. Cullen, não precisa... – tentei dizer.

— Não querida, está tudo bem. Sei que não tem nenhum familiar. – ela fez uma pausa.—  Sinto muito ser indelicada neste momento tão difícil, mas Edmund havia me contado isso.

Tanya não tinha família?

— Então gostaria que considerasse nossa casa...

Isso já era demais.

— Sra. Cullen, eu agradeço muito mais...

Sou sua sogra. Não irei aceitar não como resposta.— ela disse. – Além do mais, está com meu neto, não quero que vocês fiquem longe de mim.

— Mas Sra. Cullen...

— Já mandei um carro para busca-la do hospital. Estaremos aguardando a chegada de vocês.

Então ela desligou.

Estou ferrada.

Estou ferrada.

A enfermeira veio novamente em meu quarto.

— Sra. Cullen, vou levar seu bebê para o banho. – ela se aproximou da incubadora.

— Tudo bem. – eu disse.

Eu precisava sair dali antes do carro chegar.

Tomei um banho rápido, colocando o vestido azul de seda. Meu bebe já estava ali no quarto, trocado. Peguei ele no colo.

— Ah docinho. A mamãe está encrencada. – o bebe me encarou com seus olhos azuis acinzentados. – Sabe, você precisa de um nome. - eu disse.

Pensei em dar seu nome de Charlie, mas depois de tudo que havia acontecido...

— Edmund. Mas como você é só um bebezinho, vou chama-lo apenas de Ed.

Arrumei as poucas coisas que havia para levar, a cestinha de mamadeira, chupetas e lenços, os ursinhos e uma pequena mala preta de roupas que pertenciam a Tanya, e sai em direção a porta.

Então um homem apareceu.

— Sra. Cullen? – ele disse.

— Não. – eu tentei dizer.

Comecei a andar em direção oposta de onde ele estava.

Ele segurou o meu pulso, onde ainda estava a pulseira de identificação.

— É o que está escrito aqui. – ele disse levantando uma sobrancelha.

Merda, eu havia esquecido de tira-la.

— Não deveria acreditar em tudo que está escrito. – eu tentei dizer.

— Vamos. – ele disse divertido, enquanto me ajudava a carregar as coisas.

Descemos de elevador até o salão de recepção. Depois caminhamos sob um gramado verde e aparado impecavelmente. O hospital parecia ser muito sofisticado. – e caro.

Céu, devem ter gasto uma fortuna comigo, e eu nem mesmo sou a pessoa certa.— pensei sentindo-me culpada.

Havia uma limusine preta parada em frente ao hospital.

— O que é isso? – perguntei.

— Um Rolls Royce. – O homem disse.

— É o Cadillac dos automóveis, né?

— Não. O Mercedes Bens é o Cadillac dos automóveis. Isso é um Rolls Royce. – ele falou. – Me de seu bebê.

Peguei Ed e entreguei para ele. O homem tinha uma aparência tão grande, não parecia saber segurar um bebê.

— Tome cuidado com ele. – eu avisei. – olhe, sobre antes, eu só queria dizer que...

— Não, não, tudo bem. Você não precisa explicar nada para mim. – ele disse me interrompendo. – Sou só Emmett, o motorista. Se tiver que explicar algo, explique a Sra. Cullen, que aliás, está te esperando.

— Mas...

Então Emmett fechou a porta.

O trajeto de carro foi um pouco longo. Passamos por diversas paisagens verdes, seguidas de construções monumentais.

Eu estava muito nervosa durante o trajeto.

— Então... Emmett. – eu comecei a falar. – Sou do jeito que imaginava?

Emmett olhou-me do espelho retrovisor.

— Na verdade não Madame. Edmund sempre preferiu mulheres loiras, elegantes, altas, sofisticadas...

Puta merda.

— Bem... Ele se cansou desse tipo. – tentei dizer em minha defesa. – E ele nunca havia enviado fotos minhas? – perguntei.

— Não. - ele disse balançando a cabeça. - Edmund não gostava de câmeras. Tinha que lembrar de por filme, mandar revelar, depois buscar... Era muita responsabilidade. Edmund era assim. Pobre homem. – Emmett suspirou.

Suspirei também.

Estávamos passando por um bairro muito sofisticado, com várias casas nobres.

Então Emmett parou o carro em frente a um imenso portão preto de grades.

O portão automático abriu, Emmett continuou andando com o carro dentro da propriedade. Havia uma pequena estrada, com varias arvores na entrada. Aos poucos a casa foi se revelado.

Casa não, mansão.

 Ela era enorme. Ela tinha três andares, feita em pedras e vidros. A construção era antiga, mas muito sofisticada. Ela tinha um estilo europeu.

— Meu Deus. – eu disse.

Emmett parou o carro, e desceu do carro, abrindo a minha porta.

— Dê-me a criança, para você poder sair do carro. – ele estendeu os seus longos braços.

Entreguei a ele, e em seguida sai do carro, pegando Ed de seus braços.

Emmett pegou o restante das coisas do carro.

Segui ele até pararmos na porta de entrada da casa.

Senti meu coração palpitar. Emmett colocou a mão na maçaneta, abrindo a porta.

Entrei dentro da casa.

Parecia um salão de festa. A sala tinha um carpete dourado, e uma longa escadaria em espiral branca.

— Olha Emmett, eu não...

— Tanya!

Uma mulher elegante de uns 40 anos surgiu do topo da escada. Ela tinha cabelos caramelo até os ombros, um rosto adorável em formato de coração. Ela veio descendo as escadas ao meu encontro.

— Sra. Cullen. – eu disse. – algo terrível aconteceu. – tentei dizer.

— Eu sei querida. – ela disse calmamente, vindo em direção onde eu estava.

— Sei que algo terrível aconteceu a senhora, mas estamos falando de coisas diferentes. – eu disse.

— Eu entendo. – ela disse parando na minha frente. Olhei para seu rosto mais de perto, percebendo que ela tinha o mesmo tom verde dos olhos de Edmund. -Você perdeu um marido, e eu um filho. – ela disse olhando para Ed.

— Quer segura-lo? – eu disse.

— Meu neto! – ela disse.

Esme segurou Ed, o balançando.

— Sabe, já faz tanto tempo que não faço isso. – ela disse sorrindo.

— Está se saindo muito bem. – eu disse a ela.

— Que nome deu a ele?

— Edmund. Bem, mas por enquanto, vou chama-lo apenas de Ed por que...

Esme interrompeu-me com um abraço inesperado.

— Ah querida! Isso é tão lindo!

— Err. – fiquei sem jeito.

— Ah, sinto tanta a falta dele! – ela disse com os olhos cheios de lágrimas, abraçando meu filho.

Eu não sabia o que dizer. Embora tivesse conhecido Edmund por pouco tempo, eu sabia que ele era uma pessoa boa.

Olhei ao redor da sala. Era tão grande, tão sofisticada.

— Mãe?

Uma voz masculina falou. Olhei em direção a escada, e senti meu coração parar.

Meu Deus!

Aquilo era um fantasma, ou Edmund tinha um irmão gêmeo?


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Notas finais do capítulo

Comentem :)