Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 3
Um equívoco


Notas iniciais do capítulo

terceiro capitulo!
Obrigada a todos que estão acompanhando essa fanfic!
Boa leitura :)



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POV James

 

 

— Já vai! – gritei irritado, quando o som da campainha soou novamente. Levantei do sofá, tirando a perna de Victória de cima da minha.

Abri a porta, e um homem de aparência de uns 40 anos estava parado, usava um terno cinza claro.

— Sr. Nomad?

— Sim.

— Encontramos essa bolsa, e uma foto 3x4 do senhor, junto com esses documentos, Sra. Isabella Swan. Este nome lhe é familiar?

— Isabella Swan? – Tentei dizer confuso. – Não, nunca ouvi falar.

— Tem certeza? – o homem olhou-me desconfiado. – Por que alguém teria algo tão pessoal assim na carteira?

Não soube o que responder, ao invés disso, tentei responder com outra pergunta.

— Por que, o que aconteceu? – tentei mostrar interesse.

— A sra. Swan se envolveu em um acidente de trem.  Na verdade, todos os telejornais estão falando sobre isso. 153 Mortos, e 162 sobreviventes.

— Ela morreu? – eu disse surpreso.

— Sim senhor. Tem certeza que não a conhecia? – ele perguntou.

— Sim. – disse com minha voz calma. – A foto pode ter sido achada por aí. – Eu disse tentando soar o mais natural possível. – Sinto muito não poder ajudar.

— Tudo bem, obrigado. – agradeceu o homem, então fechei a porta.

Bella estava morta.

E ela estava esperando um filho meu. Eu deveria sentir remorso? Talvez eu devesse enviar flores...

Não.

Voltei para sala, Victória acendia um cigarro.

— Bella morreu. – eu disse a ela.

Ela deu uma grande tragada, depois soltou a fumaça.

— Quem é Bella? – ela disse de mal humor.

— Aquela vaca que fez escândalo naquele dia de chuva. – eu disse.

— Morreu? – ela disse.

— Morreu. – eu afirmei.

 

 

POV Bella

 

 

Vultos voavam em minha mente, minha cabeça parecia pesada. Um som estranho vinha em algum lugar. A claridade em meus olhos estava me incomodando.

Abri os olhos, assustada.

Haviam varias mangueiras em minha volta. Olhei ao redor eu estava em um quarto branco.

Era um hospital.

Olhei para minha barriga, já não havia mais volume nela.

Meu bebê.

Onde estava o meu bebê?

O acidente de trem.

Será que... Não!

— Meu bebê! – eu gritei. – Meu Bebê!

Não, não pode ser.

Uma enfermeira baixinha veio correndo em minha direção, ela tinha o cabelo preto curto espetado, e vestia uma roupa cor de rosa.

— Calma. – ela disse.

— Meu bebe. – eu disse, as lágrimas escorrendo em meus olhos.

— Seu bebe está bem. – ela disse, fazendo encarar seus grandes olhos cor de mel.

— O que? – eu disse confusa.

— Ele está bem. – ela disse tranquilizando-me.

— Quero ver o meu filho... ou filha, sei lá. – eu disse a ela.

— Sim, vou traze-lo, um minuto.

Ela saiu pela porta graciosamente, deixando-me sozinha no quarto.

Olhei ao meu redor. O quarto estava repleto de balões, bichinhos de pelúcia, flores em volta de minha mesa. Quem se prestaria a tantos mimos assim? James?

Não.

Imediatamente descartei a ideia em minha mente. Só podia ser o casal que eu havia conhecido.

De repente senti um grande aperto em meu peito. Como será que estavam Tanya e Edmund? Será que eles estava bem? E seu bebe?

A enfermeira baixinha entrou novamente no quarto, empurrando uma incubadora de vidro, colocando-a do lado de minha cama.

— Aqui está. – ela disse, entregando-me a pequena criatura frágil da incubadora.

— Vou chamar o médico. – ela disse.

— Está bem. – eu disse sem prestar atenção nela.

O pequeno bebe era tão frágil, tão pequeno. Sua pele era rosada, estava enrolado em uma manta de microfibra azul clara.

— Olá. – eu disse. - Vamos ver... dois bracinhos, duas perninhas, 1,2,3,4,5 dedinhos... Olhei para dentro de sua frauda, revelando seu sexo. — Ah, um garotinho. – eu disse. – Tome cuidado com isso aí docinho, pode causar um grande estrago.

O Bebe me encarou com seus pequenos olhinhos acinzentados.

Pensei em James. Ele tinha a mesma cor de seus olhos.

Olhei para seu pezinho, havia uma pulseirinha branca de identificação.

MENINO CULLEN.

Ah não. Aquele não era o meu bebe.

Merda.

— Que pena- eu disse ao bebê. – por que eu te achei uma gracinha.

Toquei o botão, para chamar pela enfermeira.

Quando ela não apareceu comecei a chama-la.

— Enfermeira! – gritei – Você trouxe o bebê...

Olhei para meu pulso, que também tinha uma pulseira de identificação.

CULLEN, TANYA.

Foi então que olhei para a outra mão.

Eu ainda usava o anel de Tanya.

Merda.

Um médico loiro, de cabelos cacheados apareceu no quarto, juntamente com a enfermeira. Ela lhe entregou a prancheta.

— Obrigado Alice. – ele disse. - Sra. Cullen.

— O que? – eu disse automaticamente.

— Vim ver como se sente.

— Vocês fizeram tudo errado! – eu tentei dizer.

O médico veio até o lado de minha cama, retirando o bebe dos meus braços, entregando a enfermeira.

— Não seria a primeira vez. – ele disse. – Lembra-se do acidente? – ele perguntou.

— Claro! Sofri um acidente de trem, seria difícil não me lembrar! – eu disse irritada. – Alias, há quanto tempo estou aqui?

Ele olhou para mim, encarando-me com seus olhos verde água.

— Hoje faz oito dias.

Oito dias!

Puta merda!

— Onde estou? - eu disse.

— No Edward Hospital Main Campus, Naperville.

Naperville?

— Onde está a outra grávida do trem? – eu perguntei desesperada.

Ele franziu as sobrancelhas.

— Você a conhecia? – ele perguntou.

Conhecia?

Meu deus...

— Ela. – respirei fundo. – Morreu?

— Sra. Cullen... – o médico tentou se esquivar de mim.

— Para de me chamar assim! – eu disse irritada.

A enfermeira se aproximou da minha cama.

— O que é isso? – eu disse, quando vi uma seringa em suas mãos.

— Nada, apenas medicamentos para você relaxar. – respondeu o médico, dando sinal para a enfermeira aplicar o medicamento em meu soro.

— Eu não quero relaxar! – eu disse ainda mais irritada. – eu só quero esclarecer! Eu não... sou...

Senti meus músculos relaxarem, sentindo a sonolência me dominando.

(...)

Abri novamente os olhos, eu estava sozinha no quarto, já estava tudo escuro.

Sentei – me na cama, olhei novamente para minha mão. Eu ainda usava o anel de Tanya.

Isso não estava certo, eu precisava falar com Edmund, explicar a ele aquela grande confusão.

Pobre Edmund, um homem tão bom, será que ele sabia sobre Tanya e o bebê?

O bebê...

Meu bebê. Eu queria vê-lo mais uma vez.

Levantei-me da cama, felizmente já não haviam mais mangueiras de soro ligadas em meu braço. Calcei um par de pantufas brancas e macias, que estavam no pé de minha cama.

Quando levantei, senti-me estranha. Eu já havia me acostumado com o peso extra que eu estava carregado há tantos meses, agora já não havia mais nada ali.

Andei para o corredor, tentando não fazer barulho, e fui em direção ao berçário. Não foi difícil encontra-lo, ficava no mesmo andar em que eu estava.

Olhei o imenso vidro, haviam varias incubadoras, com diversos bebês enrolados em mantinhas com a separação de azul para meninos e rosa para meninas.

A luz fraca iluminava o ambiente, reconheci meu filho assim que vi.

Ele estava na primeira fileira, no meio dos outros recém-nascidos.

Eu estava distraída, admirando meu filho, quando senti duas mãos em meus ombros.

— O Doutor Jasper disse que podia passear? – A enfermeira baixinha disse me censurando.

— Não. – eu disse. – Há algo importante que eu queria lhe dizer.

— Sra. Cullen, por favor, volte para o seu leito, o Dr. Jasper ainda não te deu alta. – ela disse, empurrando-me em direção ao quarto.

— Não, espere!- eu disse alterando o tom de minha voz.

— Querida, vamos ter um dia ruim? pensei que íamos ter um dia bom. – ela disse.

— Vai ser bom. – eu disse. – Eu sei que mais cedo eu fiquei histérica, e ninguém quis me ouvir. – disse rápido. – Então, agora que eu estou calma, eu preciso dizer que houve aqui um mal-entendido!

Desta vez eu esperava que pelo menos a enfermeira me ouvisse. Eu precisava esclarecer toda aquela situação.

— Um mal-entendido? – ela disse confusa

— Sim! – eu tentei dizer. – Primeiro, preciso falar com Edmund, para tentar esclarecer essa confusão...

O rosto da enfermeira murchou, ela tinha um olhar de pena em seus olhos.

Ah não!

— Edmund também? Meu deus! – eu disse.

Ele não merecia isso, nenhum deles. Eram pessoas tão boas!

Comecei a chorar desesperada, a enfermeira pegou novamente a seringa.

Merda!

  


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Notas finais do capítulo

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