Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 5
Edward


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Mais um capitulo, e gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando esta fanfic, e deixando comentários :)
Boa leitura!



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POV Bella

 

 

Senti minha pressão cair.

— Tanya? – ouvi a voz de Esme do meu lado. – Querida você está pálida!

— Edmund...

— O quê? – ela disse.

— Edmund. – eu disse apontando para a figura  que vinha descendo as escadas.

— Ah querida! – Esme disse. – Edmund não falou que tinha um irmão gêmeo?

Não era um fantasma.

Suspirei.

Esme esperava por minha resposta.

— C-claro. – eu tentei dizer. – É que eu não sabia que eram tão idênticos assim. – disse.

Esme balançou a cabeça, com o olhar de compaixão.

— Ah querida, deve ter sido um grande choque para você! – ela disse abraçando-me mais uma vez.

— Ainda estou tão confusa por causa do acidente. – eu disse. Tecnicamente não era uma mentira.

— É claro querida. Qualquer pessoa com bom senso teria pensado nisso. – ela disse olhando para o homem de cabelos cor de bronze que se aproximava dela.

A figura parou ao lado de Esme levantando uma sobrancelha.

— Obrigado mãe. – ele disse com mal humor. – Sou Edward Cullen.

Ele estendeu a mão em minha direção.

Segurei sua mão. Senti como se uma grande corrente elétrica tivesse passado por nós.

— Gostaria de tê-la conhecido em uma circunstância melhor. - ele falou.

— Não, tudo bem. – eu tentei dizer.

— Isto é. Antes do acidente. – ele disse, seus olhos verdes me encarando.

— Claro. – concordei. - Quer segurar seu sobrinho? – eu ofereci, em uma tentativa de desviar seus olhos dos meus.

Esme se aproximou mais de Edward.

— É uma criança adorável. – Esme disse colocando Ed em seus braços.

Edward segurou seus dedinhos.

— Por sorte ele não se parece com nenhum de nós. – ele disse encarando-me.

Oh não.

Será que ele havia notado?

— Edward! – Esme disse censurando-o. – Venha Tanya, vou lhe mostrar o seu quarto. Emmett, por favor, suba com as coisas da Sra. Cullen.

— Sim Madame.

Esme pegou Ed dos braços de Edward.

Subi as escadas com uma estranha sensação de que Edward me encarava.

O corredor era imenso. As portas eram brancas e esculpidas, havia um longo tapete vermelho pelo corredor.

Esme abriu a porta, revelando o quarto.

UAU.

Parecia uma suíte presidencial. Era tão grande, maior do que o cubículo que morei nos últimos meses.

Havia uma imensa cama de casal com dossel, uma penteadeira branca, o berço de Ed ficava encostado na parede, ele combinava com o restante dos moveis.

— Espero que se acomode bem. – ela disse colocando Ed no berço. –  Emmett coloque essas coisas em cima daquela cômoda ali. – ela apontou para ele.

Depois que terminou, ele saiu do quarto.

— Eu já volto. - Esme saiu pela porta deixando-me sozinha.

Onde eu estava com a cabeça?— eu pensei. – Isso não vai dar certo.

O que eu deveria fazer? Contar a ela?

Não.

Eu precisava pensar em meu filho agora.

Eu jamais poderia dar a ele uma vida digna.

Por outro lado, a culpa estava me consumindo.

— Aqui está - Esme disse entrando no quarto.

— Mãe Cullen. – eu disse.

Esme sorriu para mim.

— Sabe, foi como chamei minha sogra quando a conheci. – ela disse. – ela era tão fria e distante!

— E depois, como a chamou? – eu perguntei.

— De Mãe Cullen. Por que ela era mesmo fria e distante. - Ela disse rindo da minha reação.– Sente-se aqui, quero lhe mostrar uma coisa. - Ela disse batendo no acento da cama.

Esme segurava um grosso álbum de fotos de couro marrom.

— Fiz este álbum quando Edmund escreveu dizendo que estavam vindo. – ela suspirou. – São fotos dos meninos pequenos, para atormenta-la. – ela disse sorrindo.

Esme abriu o álbum revelando a primeira foto.

— Esta daqui Edmund morria de vergonha. – ela apontou para a foto de um bebê de barriga para baixo, com a bunda de fora.

— Que graça. – eu disse rindo.

— Edmund odiava tirar fotos. – ela disse balançando a cabeça.

— Eu sei. – eu disse me lembrando do que Emmett havia dito.

— Pois é. – ela suspirou, virando a página do álbum. Haviam muitas fotos sobre a infância dos meninos, então ela parou em uma foto.

Havia um homem loiro em pé, junto com os gêmeos.

— Quem é este, seu marido? – eu disse apontando para o homem da foto.

— Sim. – ela disse suspirando. – Carlisle, meu falecido marido. – Edmund chegou a mencionar isso para você?

Eu precisava agir normalmente. Pigarreie tentando limpar a garganta.

— Sim, ele disse. – tentei dizer, sem me envolver muito.

— Ele morreu há três anos, mas as vezes parece que faz mais tempo. – ela suspirou. -Sabe, acho que não tenho mais forças para chorar.

Ela disse levantando-se da cama, indo em direção ao berço.

—  Ele é tão adorável... – ela disse olhando para Ed. - Agora que perdi meu Edmund...Tudo o que me resta é Edward, você e meu netinho. – ela disse colocando a mão em Edmund.

Eu me senti tão mal, tão culpada.

Mal sabia ela que seu verdadeiro neto e nora estavam mortos.

— Bem...- ela disse indo em direção a porta do quarto. – Vou deixar o álbum para você poder olhar com mais calma. - ela disse. - E deixa-la descansar um pouco. Mais tarde servirão o jantar.

— Tudo bem. Obrigada Sra. Cullen.

— Chame-me de Esme.

— Esme. – eu sorri.

Ela virou-se novamente.

— E obrigada Tanya.

— Pelo que? – eu disse confusa.

— Pela vinda de meu neto. Foi o melhor presente que eu poderia ter recebido neste momento tão doloroso. – e virou-se deixando-me no quarto.

Meu coração pesou com o sentimento de culpa.

Levantei-me da cama, colocando o álbum de fotos de lado, indo em direção ao berço.

— Ah Ed. – eu disse olhando para meu filho que dormia. – Será que a mamãe vai presa? – perguntei como se ele fosse me dar uma resposta.

Oh Deus, por quanto tempo conseguirei sustentar esta mentira?

 

 

POV Esme

 

 

Edward estava na sala de jantar, preparava um copo de Whisky com gelo. Eu estava deitada na poltrona.

— Onde acha que Edmund a achou? – ele disse estendendo a bandeja com água e whisky.

Fiz menção em pegar a bebida.

— A água mãe! – Edward advertiu. Os médicos haviam me proibido de ingerir álcool depois que quase tive um infarte há três anos.

— Onde podem ter se conhecido?

— Edmund mencionou uma vez que haviam se esbarrado em um parque. – eu disse. – Por que, o que está insinuando?

— Não sei, parece ter algo muito estranho nesta história. – ele disse entregando-me os comprimidos. – ela não parece ser da nossa...

— Classe? - eu completei.

— Isso mesmo. – ele disse ingerindo sua bebida. – Deve admitir, há uma certa...Pobreza nela.

 Ri de seu comentário.

— Como criei um esnobe? – eu disse.

— É um mistério. – ele disse sarcástico. – Talvez devêssemos perguntar aos serviçais. – ele disse saindo da sala.

Levantei do sofá, aproveitando que Edward não estava vendo, e joguei um pouco de conhaque em minha água.

— Sabe Edward, acho que deveria dar uma chance a Tanya.

Uma moça tão adorável, como ele poderia pensar qualquer coisa ruim a seu respeito?

— Desculpe. – ele disse encostando-se a soleira da porta. -  Acha que eu a pré-julguei?

— Chama-la de sem classe e pobre não lhe parecem termos depreciativos? – eu disse levantando uma sobrancelha.

— Tem razão. – ele disse. – Talvez ela só seja uma pessoa estranha, ou muito excêntrica. – ele disse. – Mas sabemos poucas coisas a seu respeito.

Balancei a cabeça para ele.

— E o que você quer saber? – disse.

— Só sabemos que eles se conheceram, se casaram e agora tem uma criança. E que Edmund a traria ela aqui, esperando que aceitássemos uma completa estranha de braços abertos. – ele falou em tom rude. – Admita, se Edmund estivesse vivo, a senhora estaria ralhando com ele neste momento.

Senti meu coração afundar com a menção de Edmund.

— Você está sendo muito insensível. – eu disse a ele.

Edward suspirou.

— Me desculpe mãe. – ele disse. - Tudo bem, quer saber? Saberemos isso durante o jantar! – ele falou retirando o copo de minhas mãos.


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Notas finais do capítulo

Comentem! :)