A Filha de Mycroft Holmes escrita por Jace Jane


Capítulo 2
Capítulo 2 - O jogo começou


Notas iniciais do capítulo

Olá! Postando um novo capitulo ao som de Adam Lambert. O capitulo é um pouco maior que o primeiro, espero que gostem.



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 Com a saída da cliente sem potencial pode voltar a aproveitar os efeitos do adesivo de nicotina, em quanto deitado no sofá. Passou a noite toda com a sensação que tinha deixado alguma coisa passar que era importante. Merope Richards, quinze anos, por sua reação ao entrar e deparar com os seus adesivos de nicotina tinha um viciado na família, provavelmente a mãe. Filha única. Desesperada para sair de casa.

Richards...

Agatha Richards, geneticista consultora do MI6, trabalhava para uma facção de dentro da organização para criar o espião perfeito, os arquivos relacionados foram apagados antes que pudesse interceptar, nunca pode provar judicialmente que a geneticista tinha feito algo ilegal.

Só se envolveu no caso do MI6 quando seu irmão fora sequestrado pela facção. Dezesseis anos depois a filha da geneticista relacionado ao caso aparece em busca do pai desaparecido, coincidência? Como dizia seu irmão, o universo não seria tão preguiçoso.

— Só pode ser ela! Tem que ser ela. – Deixou o sofá com um pulo – O espião perfeito criado pela ciência, com os genes do meu irmão. É claro, aquele olhar superior tinha que ter vindo dele. WATSON!

Sem nenhuma cerimônia invadiu o quarto de seu parceiro, acordando-o brutalmente.

— Sherlock..? – Resmungou John Watson confuso.

— Eu pensei que ela fosse só mais um caso chato, mas estava errado. – Estava eufórico, tinha julgado mal o caso de Merope Richards.

— Sherlock.. – Seus olhos embriagados de sono olharam para o relógio ao lado da cama, para então se voltar a mim. – São duas da manhã, não podia esperar até amanhã?

— Preste atenção Watson, isso é importante. – Disse com um olhar serio – Merope Richards é filha de uma ex-consultora do MI6.

MI6 foram às siglas que despertaram o médico.

— Como é?

Antes de revelar minha teoria bizarra que meu irmão tem uma filha criada por uma cientista maluca o fiz se levantar da cama e preparar um chá. Dois minutos depois estávamos sentados um de frente para o outro.

— Então, Sherlock.

— Dezesseis anos atrás fui colocado em um caso do MI6, era de extrema importância, o MI6 estava com as lealdades divididas. A primeira decisão inteligente que tomaram foi chamar meu irmão, assim que ele entrou no caso e começou a investigar ele desapareceu, fui colocado no caso pelo superior do Mycroft para resgata-lo.

— Espera! – Pediu Watson desconfiado. – O que exatamente esta querendo dizer, Sherlock.

— Que Mycroft tem uma filha com a Doutora Agatha Richards.

— O que? Isso não faz sentido nenhum, Sherlock! – Tive que então explicar para sua mente subdesenvolvida como um caso estava relacionado com o outro.

— Se você quer fabricar um espião perfeito você seleciona genes superdesenvolvidos, como os do meu irmão. E Mycroft desapareceu no meio da investigação, nunca soubemos o que aconteceu em quanto ele estava sob posse deles. Faz todo sentido agora! – Eu precisava encontrá-la, não só a Merope, mas a mãe dela, e saber tudo o que aconteceu ao meu irmão.

— Talvez ela só tenha o mesmo sobrenome, e não tenha nenhuma ligação com essa geneticista. – Watson estava certo, eu precisava de provas.

— Amanhã iremos caçar Merope Richards. O jogo começou!

***

Depois que fugi de casa fui direto para um abrigo de sem tetos, não era a primeira vez que eu aparecia por lá, tinha feito algumas amizades até, Chole Jones era minha Best Friends Forever, ela era voluntária no abrigo, e estudava na mesma escola que eu, lá era a popular, falava com todo mundo, queridinha dos professores, eu era como sua sombra, o que era bem divertido, minha escuridão se unia a dela, seus segredos eram meus segredos, e meus segredos eram os dela.

— Você esta péssima. – Delicada como um coice de cavalo.

— Jura? Se você não tivesse me falado eu não teria percebido. – Seus olhos rolaram com minha ironia. Deixei um riso escapar ao encarar sua expressão emburrada.

— Idiota.

— A sua idiota. – Sorri ao vê-la sorrir sem graça.

Suas mãos delicadas cuidaram das feridas em meu rosto, quando ela tirou aqueles algodões de perto do meu nariz pude sentir seu cheiro, alvejante, olhei para sua blusa e estava amassada, o que fez meus olhos irem direto ao seu pescoço, estava levemente rosado. Lhe lancei um sorriso cheio de malicia.

— Parece que alguém deu uns pegas no Bradley no armário de limpeza. – Uma concentração impressionante de sangue se reuniu em suas bochechas.

— Não sei do que esta falando, Merri. – Seus olhos deixaram de encarar os meus, estava envergonhada.

— Me explique então esse cheiro de produtos de limpeza na sua roupa, ou porque ela esta amassada. – Arqueei a sobrancelha esperando suas explicações.

— Estava limpando o chão antes de você chegar, e estou o dia inteiro com essa roupa, é normal que ela esteja neste estado. – Ela achava mesmo que podia mentir para mim? Eu era um detector de mentiras em forma humana.

— E esse vermelho no seu pescoço? – Perguntei com um sorriso largo no meu rosto. – Não precisa mentir para mim, boneca. Eu sei que você e o Bradley fingem serem inimigos mortais, mas se pegam no armário de limpeza, por mim tudo bem! Só deve ser cansativo viver essa vida dupla, afinal porque você faz isso?

— Eu.. Não tenho certeza.

Quando acordou na manhã seguinte se deparou com uma chuva horrorosa, o mundo parecia estar caindo. Alguns voluntários corriam pelo cômodo carregando potes de plástico para colocar embaixo das goteiras que caiam do teto. Suspirou com a visão deplorável. Aquela era sua vida, e seria até conseguir arrumar um emprego para se sustentar, seu plano de contingencia tinha ido por água baixo quando Sherlock Holmes negou seu caso.

— Desanimada logo cedo? – Disse Martha, uma mulher em seus quarenta anos. Estava devidamente agasalhada. Ela não vinha somente nos sábados?

— Hoje é sábado? – Perguntei confusa.

— É melhor você comer para acordar. – É, hoje era sábado, o dia da Martha. – E come rápido, tem dois cavalheiros querendo falar com você.

Fui tomar meu café da manhã alheia de tudo, depois de terminar foi que me toquei do que ela tinha dito. Quando me aproximei dos tais cavaleiros pude distinguir o mais velho como o Dr. Watson, então o outro era...

— Sherlock Holmes. – O detetive se virou para mim com os lhos brilhando de entusiasmo. Se estivéssemos dentro de um desenho animado teria um grande ponto de interrogação brilhando em cima da minha cabeça.

— Tenho novidades. – Disse o detetive. – Irei aceitar seu caso.

Arqueei a sobrancelha confusa.

— Agora estou interessada, o que fez o meu caso ficar interessante para você?

— Seu caso pode estar ligado a um antigo caso. – Respondeu.

— Mas para termos certeza, vamos precisar de evidencias. – Disse o Dr. Watson. Ele parecia animado.

Suspeito, muito suspeito.

— E como eu posso oferecê-las? Não estariam aqui se não precisassem de mim.

Sherlock Holmes tirou uma pequena caixa do bolso interno do seu sobretudo. Li as letras gigantes do objeto com a sobrancelha arqueada. Encarei o detetive com expressão cética.


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Notas finais do capítulo

Não pretendo alongar muito a história, terá poucos capítulos, bem, esse é o plano, mas eu sou como o Leonard Snart, faço o plano, executo o plano, espero ele da errado e jogo o plano fora. Hahah.