A Filha de Mycroft Holmes escrita por Jace Jane


Capítulo 1
Capítulo 1 - Respeito


Notas iniciais do capítulo

Umas semanas atrás pedi uma fic no grupo do nyah que tivesse um descendente do Mycroft Holmes, mas não encontrei nada. Um amigo meu disse 'se não encontra a referencia, seja a referencia', e foi o que eu fiz, escrevi a fic que eu procurava.

Essa história não é só para minha satisfação, é para todos aqueles que deram um Up no meu post e que estavam loucos por ela também.

AVISO: Tem cenas fortes de agressão neste capitulo.



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O medo de qualquer filha que tem uma mãe ou um pai viciado em drogas e de chegar em casa e o encontrar morto, então quando encontrei minha mãe caída no moquifo da nossa casa meu coração acelerou, joguei minha mochila no chão e me ajoelhei ao seu lado, coloquei dois dedos em seu pescoço, ao sentir a pulsação pude respirar aliviada. Seus olhos arderam com as lagrimas que teimavam em escorrer por seu rosto. Não podia continuar com aquilo, não podia viver aquela vida.

Peguei minha mochila jogada no chão e saí de casa, nem me dei ao trabalho de trancar a fechadura, com a minha mãe naquele estado duvido que consiga achar a chave quando acordar.

As ruas de Londres eram barulhentas em qualquer hora do dia, o que não é nenhuma surpresa para os londrinos, os turistas é que ficavam surpresos. Estava tão cansada, não só mentalmente quanto fisicamente, minha escola ficava longe da minha casa, e por minha mãe ser uma viciada nunca tinha dinheiro para passagem de metrô, minha única opção era andar a pé, então aquela altura meus pés estavam me matando.

Há algumas semanas ouvi uma conversa das minhas colegas de classe sobre um blog que relatava casos de um detetive particular pelo ponto de vista do seu parceiro, tinha vários casos peculiares e eram resolvidos de forma ainda mais peculiar. Eu sempre gostei de um pouco de mistério, então não foi surpresa nenhuma eu ir para a biblioteca na primeira aula vaga do dia. Fui até a um computador livre e pesquisei pelo blog de John Watson.

Uma ideia surgiu na minha cabeça, era uma ideia louca, mas não é como se eu tivesse alternativas. Minhas pernas cansadas me levaram até a Baker Street 221B, eu iria contratar Sherlock Holmes para achar meu pai.

Assim que coloquei os pés dentro da sala de estar de Sherlock Holmes minha imagem do ilustre detetive foi por água abaixo, ele era um viciado como a minha mãe, mas ao invés de agulhas ele usava adesivo de nicotina. A governanta me anunciou e o detetive e o Dr. Watson se sentaram em seus lugares e eu a frente deles.

— Sou Merope Richards, vim porque preciso de ajuda para encontrar meu pai. – Holmes me encarava com aqueles olhos alterados de um viciado, reprimi uma careta.

— Chato! – Bufou Holmes.

— Sherlock! – Censurou o Dr. Watson.

— Meu caso o entedia. – Observei – Não é tão interessante quanto o Estudo em Rosa.

— Uma fã do Watson! – Exclamou Sherlock Holmes, seus cabelos estavam grudados em seu rosto por conta do suor.

Suspirei irritada.

— Sabe qual é o maior medo de uma familiar que tem um parente drogado, senhor Holmes? – Perguntei ao me levantar, não havia motivos para insistir com aquilo, ele não iria me ajudar. – É chegar em casa e o encontrar morto. Quero encontrar meu pai para não precisar mais passar por isso.

Deixei Baker Street furiosa, como eu pude achar que Sherlock Holmes poderia me ajudar?

Quando cheguei em casa ao anoitecer ela estava lá me encarando, com os braços cruzados, encostada no armário da sala, com um olhar repreensivo, como se tivesse o direito de me cobrar alguma coisa.

— Onde estava até essa hora? – Arqueei a sobrancelha indignada. Agatha Richards usava a mesma camisa manchada de molho de tomate e jeans surrados que usava antes de eu chegar em casa, seus cabelos castanhos grudavam em seu rosto. Suas pupilas ainda estavam dilatadas. Bufei.

— Me frustrando – Respondi – A única coisa que faço desde que aprendi a pensar. E você, se levantou do chão e ficou me esperando? Não pensou em tomar um banho, ou em trocar de roupa? – Fechei a porta e me tranquei no quarto, não demorou um minuto para que ouvisse batidas na minha porta e ela começasse a gritar.

— Quem você pensa que é para falar assim comigo, garota? – Cerrei os punhos tentando conter a raiva que eu sentia que estava prestes a explodir do meu peito. – Eu sou tua mãe tu me respeita!

— Respeito? – Gritei indignada – Você se droga no chão da sala e me vem pedir respeito?

— Abra essa porta agora!

Tapei meus ouvidos, xingando meus antepassados por terem se reproduzido.

A porta cedeu às batidas agressivas da minha mãe. Arregalei os olhos ao encara-la, ela estava naqueles dias, aqueles que ela não se importava comigo. Seu punho fechou em quanto corria até mim, recebi um soco no nariz, me deixando desnorteada, mas não por muito tempo, segurei seu punho antes que me desse outro soco e revidei. Bati em suas orelhas com a palma da mão aberta, tinha visto o golpe em um vídeo, é ótimo para desnortear alguém. Saí correndo.

Dessa vez eu não voltaria para casa.


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Notas finais do capítulo

Minha primeira fic nesta categoria, espero que gostem.