Eu acordei com uma fraca brisa que passeava pelo quarto, estava realmente frio. Formos dormir cedo ontem, todos estávamos cansados. Abri um pouco a janela e vi uma coisa que eu não esperava ver, Lupin estava sentado em baixo de um grande pinheiro.

- Você não devia estar aqui. – cheguei perto e sentei no chão gelado.

- E você também não. – falou grosseiramente.

- Calma, vim em paz. – fiz o sinal da paz, e nós dois rimos. – O que foi que aconteceu?

-A lua cheia, está chegando. – Lançou um olhar triste para o céu, eu não sabia exatamente o que fazer, e num impulso o abracei.

- Não precisa se preocupar estamos aqui para ajudar. – Ele retribuiu o abraço ainda receoso.

- Obrigada. – ele sussurrou, dava para ver pelo seu tom de voz que ele estava realmente abatido.

- Para sempre com você, lembra? – eu perguntei fazendo-o lembrar do terceiro ano, em que fizemos uma promessa de sempre ajudar o outro quando precisar, e nunca desistir da nossa amizade.

- para sempre com você. – ele repetiu as palavras um pouco menos tenso. – É melhor nos irmos, já estou congelando.

- Eu também. – respondi e rumamos para a mansão. Assim que chegamos vimos Thiago sentado no sofá lendo o profeta diário.

- Pensei que vocês estavam dormindo. – ele se levantou e veio na nossa direção.

- Fomos dar uma volta. – Lhe depositei um selinho.

- E isso é motivo de ciúme? – ele fingiu estar indignado.

- Óbvio. – fiz uma pausa. - que sim. – falamos em uníssono. E depois começamos a rir.

- Vocês estão com fome? – ele perguntou depois de algum tempo rindo.

- Morrendo. – Falamos e fomos comer algo enquanto os outros ainda dormiam. O dia estava com cara que ia esquentar um pouco, o sol começou a sair de trás das nuvens, mas mesmo assim ainda estava muito frio, mas diferente de Hogwarts, não estava nevando, como todo ano. O dia passou depressa, mais rápido do que eu imaginava. Depois do almoço fui fazer algumas comidas, junto com as meninas e logo terminamos, Emily nos ensinou um feitiço para fazer a comida ficar quente e não esfriar, deixamos tudo arrumado e fomos nos arrumar também.

- Nossa, ficou mesmo lindo. –  Falei olhando para Fernanda que estava me ajudando a arrumar meu cabelo. Ela fez um rabo de cavalo deixando algumas mechas soltas de propósito, amarrou com um laço branco e deixou minha franja solta. – Eu não sei o que eu faria sem você.

- Não viveria. - Eu ri e voltamos a nos arrumar.

- Gente o que acham? – Emily saiu de dentro do banheiro.

- Nossa, você está linda. – eu falei indo em sua direção. – Sua maquiagem está perfeita e sua roupa também.

- Não é para tanto.

- É para tanto sim. – Fernanda completou, Emily estava usando a camisa que tinha comprado e um short jeans junto com um salto.

- Obrigada meninas. – ela sorriu enquanto terminava de ajeitar seu cabelo. Passamos mais algum tempo nos arrumando e finalmente estávamos prontas. Eu tinha colocado minha camisa branca e minha jaqueta, vesti um short jeans escuro e uma meia calça preta, Fernanda usou o vestido de listras e um salto muito alto.

- Vocês duas também estão perfeitas. – Emily falou pegando um brilho e colocando no bolso.

- Podemos ir? – eu perguntei e elas concordaram.

- Onde será que os meninos se meteram?

- Acho que estão lá fora.  – Rumamos para o jardim e lá estavam eles sentados nos bancos de madeira.

- Achamos vocês. – falei chegando mais perto.

- Já estão prontas? – Lupin falou espantado.

- Estamos sim, por quê? – Emily sentou-se também.

- Sei lá, no dia do baile, vocês demoraram bem mais que isso

- É porque simplesmente era o baile. – ela deu ênfase ao “o” antes do baile, começamos a rir.

- Vocês estão lindas de qualquer forma. – Thiago pegou  minha mão. Pegamos algumas cervejas e conversamos varias coisas. Sirius deu uma de humorista e contou varias piada e rimos de todas elas, ele realmente tinha talento para isso.

- Ei Lupin, você lembra quando nós três estávamos correndo atrás de alguma coisa que eu nem me lembro o que era e Thiago escorregou nesse barranco. – ele apontou para um barranco que ficava a uns cinqüenta metros.

- Claro que lembro, ele quebrou quase metade do corpo. – Eles dois riam e Thiago ficou de cara feia. – Ele sempre foi descuidado, sempre era ele que levava quedas e fazia a brincadeira acabar.

- É verdade, lembro que só em um verão ele quebrou cinco partes diferentes do corpo. – Sirius completou rindo.

- Não sei por que isso tem graça. – Thiago falou emburrado como uma criança.

- Seus ossos não tinham graça mesmo não, o engraçado era suas quedas. – Os dois começaram a rir de novo e Thiago também não se conteve e riu junto com eles.

- As minhas realmente eram as piores.

- falando em piores, e sua tia Thiago? – Sirius sorriu.

- Nem me fale dela, ainda bem que essas férias ela me deu folga.

- O que tem de tão ruim com ela? – eu perguntei.

- Não tem como explicar, ela era simplesmente insuportável, vivia seguindo agente para onde quer que nos fossemos e ficava nos vigiando. – ele falou fazendo careta ao lembrar

- Com certeza vocês deram motivos para ela fazer isso. – Fernanda falou olhando para os três.

- É claro que não, nós éramos uns santos. – Sirius piscou os olhos algumas vezes fazendo cara de criança.

- Eu imagino.

- Quer dar uma volta amor? – Thiago me perguntou em meu ouvido.

- Eu adoraria. – eu respondi e deixamos os quatro conversando. – Para onde vamos?

- Só ver a decoração da rua. – ele sorriu e beijou minha testa, saímos da propriedade e andamos em passos lentos na direção contraria.

- essa rua a cada ano fica mais enfeitada. – ele afirmou.

- Tem muitos trouxas por aqui?

- Acho que metade das pessoas que moram aqui são trouxas, por isso as casas ficam tão enfeitadas.

- É realmente muito lindo aqui.

- Sempre gostei de morar aqui nessa rua, é bem animada nas férias. – ele falou sorrindo.

- E eu posso saber quais são as animações daqui?

- Festas, muitas garotas e muita bebida também. – Ele falou e eu cruzei os braços fingindo está com ciúmes. – Estou brincando. – ele riu.

- Que bom, por que se não eu ia ter que vim todas as férias para lhe vigiar.

- Então eu retiro o que eu disse, tem muitas festas sim. – ele falou rápido ainda rindo e eu peguei novamente em sua mão. 

- Com festas ou não, nunca vou sair de perto de você. – Lhe beijei delicadamente nos lábios.

- Eu espero que cumpra o que diga. – Ele sorriu e nós voltamos a andar pela rua, sentamos num banco que ficava em uma parte mais clara da rua. Ele passou os braços pelos meus ombros e me abraçou, comecei a dar selinhos em seu pescoço e senti seu perfume tomar conta dos meus sentidos, não era um perfume que poderia ser comprado, e sim um perfume natural, um perfume que contaminava cada parte de seu corpo, que mexia comigo cada vez que eu o sentia, é doce e forte ao mesmo tempo, um perfume que eu nunca poderia confundir com nenhum outro, é simplesmente o perfume dele, de Thiago Potter.  Ajeitei-me um pouco em seus braços fazendo ele me abraçar com mais força.

- Nunca estive tão feliz como agora. – ele entrelaçou seus dedos aos meus.

- Eu também não. – beijei sua mão delicadamente.

- Já faz quatro meses que nós estamos juntos, o tempo passa muito rápido mesmo. – Ele completou.

- Quem diria que íamos ficar assim algum dia?

- Eu. – ele sorriu. – Eu sempre acreditei nisso, sempre soube que ia se tornar real. – Ele tirou uma mexa de cabelo de meus olhos.

- E eu nunca acreditava em você.

- Se arrepende disso?

- Não. – fiz uma pausa e ele me encarou. – Gosto das coisas como estão, talvez se fosse mais rápido ou mais devagar não fosse do mesmo jeito. E para mim agora está perfeito. – Passei meus braços por seus ombros largos e começamos a nos beijar novamente.

- Você sempre certa.

- Se você acha. – falei rindo junto com ele, aquela risada me deixava ainda mais apaixonada.

- Está ficando frio, é melhor voltarmos. – ele levantou-se do banco, eu concordei passando a mão por suas costas e ele pelos meus ombros. Começamos a andar novamente e ele me ofereceu a sua jaqueta. Passamos por um jardim de uma casa que eu não havia notado antes, e ele pegou um lírio e me deu.

- A flor que representa você. A mais bonita de todas. – Assim que falou isso colocou ela em meu cabelo.

-É linda amor, obrigada.

- Não mais que você. – Beijou minha testa e voltamos a andar. Assim que chegamos no portão de entrada vimos Fernanda e Sirius se agarrando onde nós estávamos antes.

- esses dois... – Eu falei rindo da sitiação.

-  Esse era um casal que eu realmente achava que não ia dar certo. – Thiago falou sorrindo. - Mas minha opinião mudou drasticamente.

- É verdade, nunca pensei neles como um casal. – Passamos um pouco longe deles para não atrapalhar e rumamos para dentro da casa.

POV Fernanda.

- O que foi que eu fiz para merecer você? – Sirius me perguntou mordendo meu lóbulo esquerdo.

- Quem disse que merece?- eu falei me afastando um pouco para respirar, ele sabia que minhas orelhas eram meu ponto fraco.

- É só uma suposição. - ele voltou a atenção para mim só que agora mordiscava meu pescoço.

- Assim você me... – Ele não me deixou completar a frase aproximando seu dedo indicador de meus lábios, logo me surpreendeu com um beijo caloroso e urgente, senti sua língua juntando-se a minha num ritmo perfeito, deixando meu corpo tremulo, ele sim sabia como me deixar assim, só ele. Passei minhas pernas por cima das suas, para me virar de lado, ele apertou ainda mais minha cintura e me forçou a sentar em seu colo, comecei também a mordiscar seu lóbulo e depois desci para seu pescoço.

- Isso vai ficar marcar. – ele falou enquanto eu estava concentrada em seu pescoço.

- Eu espero que sim. – Eu sorri e voltei a beijá-lo. Ficamos assim por um bom tempo até que o frio venceu o calor de nossos corpos.

- Tome minha jaqueta. – Ele falou tirando-a e me entregando.

- Obrigada. - falei aceitando.

- Esse com certeza é o melhor natal da minha vida. – ele beijou minha testa e depois meus lábios.

- Você não teve muitos, não é? – Eu sorri para ela e continuei. – Para mim também.

- Vamos entrar?

- Aham. – falei levantando de seu colo e pegando em sua mão.

- Estou com um pouco de fome, será que Thiago e lily já chegaram?

- Eu acho que sim, já faz muito tempo que eles foram.- Entramos e vimos os quatro conversando na sala de estar.

- Alguém ai está com fome. – Sirius perguntou.

- Morrendo. – responderam em uníssono.

- Por que não foram nos chamar? – Eu perguntei.

- Não queríamos interromper. – Lupin falou rindo e eu logo senti minhas bochechas queimarem.

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- Quem é? – perguntei olhando um porta-retratos no quarto de Thiago.

- Meu tio por parte de pai, Lucian. – Ele respondeu olhando a foto.

- Seu quarto é tão organizado.

- E por que não seria? – ele perguntou cruzando os braços.

- É que estamos falando de você... – fiz uma pausa enquanto ele chegava mais perto. – Você não faz o tipo organizado. – Eu sorri maliciosamente.

- E qual é meu tipo?

- desleixado.

- E como foi que concluiu isso?

- Pelo seu cabelo. – Eu respondi, geralmente julgava meninos pela forma de pentearem seus cabelos.

- Só por que meu cabelo não gosta de fica no lugar? – ele já abraçava a minha cintura.

- E outras coisas mais. – Puxei seus cabelos forçando o encontro de nossas bocas, ele apalpava com uma das mãos minha cintura e eu arranhava de leve suas costas por cima da camisa fina. Ele foi me guiando até sua cama, batemos em alguns moveis antes de acertarmos o caminho, mas logo deitou na cama me fazendo cair em cima dele, fez um movimento brusco e logo estava em cima de mim pressionado seu corpo ao meu. Desci minha mão até a barra de sua camisa e tirei-a rapidamente revelando seu corpo malhado. Continuei arranhando suas costas só que agora com mais força, senti que ele estava gemendo como se fosse um pedido para continuar. Eu queria a todo custo tirar suas roupas e sentir sua pele junta a minha, precisava daquele contato, então tirei seus sapatos e sua calça enquanto ele se contentava em tirar apenas minha jaqueta. Thiago estava só de cueca que deixava bem a mostra seu estado de excitação, em um piscar de olhos minhas roupas também sumiram e ele acariciava minha intimidade por cima da calcinha, cravei minhas unhas novamente em suas costas e ele massageava cada vez mais rápido, ele parou um pouco e eu soltei um gemido de reprovação, devagar ele tirou minha calcinha mordendo a parte inferior de seus lábios, me apoiei em meus cotovelos para ter aquela visão por completo, ele voltou a massagear só que agora nada o impedia, subiu um pouco seu corpo e começou a sugar meus seios com isso afundei minha cabeça no travesseiro para sentir todo o prazer que ele me proporcionava. Deixou um pouco de acariciar-me com as mãos e logo foi dando beijos fazendo uma trilha pela minha barriga até chegar a o ponto final, começou apenas dando beijinhos em meu sexo, mas logo depois sua língua já passeava por dentro de mim e seu polegar massageava rapidamente meu clitóris, após algum tempo meu corpo já não agüentava mais e chegou ao clímax liberando orgasmo. Sorri de leve para ele ainda um pouco abalada, mas logo comecei a acariciar seu membro que por incrível que pareça estava mais duro no que antes, tirei sua cueca rapidamente, dei alguns selinhos em sua cabeça e em toda a sua extensão, ele colocou a mão em minha cabeça e logo abocanhei seu membro, ele me ajudava empurrado minha cabeça contra ele, jogou sua cabeça para trás gemendo um pouco, ora eu lambia toda sua extensão ora eu abocanhava por completo, comecei a ir cada vez mais depressa e ele finalmente chegou ao clímax.

- Eu vou.. – ele dizia em meio aos seus gemidos. Continuei e logo senti seu gosto invadindo a minha boca. Subi a cabeça e voltei fazendo a mesma trilha que ele fez em mim, beijei seu rosto e logo estávamos embalados em um novo beijo apaixonado. Eu acariciava sua barriga e ele massageava meus seios apertando de vez em quando meus mamilos que estavam rígidos. Ficamos mais algum tempo ali, não sei exatamente o quanto.

- Eu te amo. – ele sussurrou em meu ouvido, mordendo meu lóbulo esquerdo.

- Então me faça sua. - respondi num súbito desejo de ter ele dentro de mim, me preenchendo, me tornando só dele. Nesse exato momento ele me encarou para saber se eu tinha dito mesmo aquilo, Thiago sempre me respeitou acima de tudo e isso é o que eu mais quero nesse momento.

- Tem certeza? – ele perguntou ainda surpreso com minha resposta.

- Nunca na vida tive tanta certeza. – falei e ele me puxou novamente para um beijo e eu me separei dele por um instante. – Só tem uma condição.

- Qualquer uma. – ele falou me encarando, eu peguei sua varinha que estava na cômoda, sussurrei um feitiço e logo depois apareceram dois frascos em minha mão.

- Tome isso. – eu lhe entreguei um e antes que ele perguntasse para que servia eu respondi. – Essa porção é como se fosse um anticoncepcional.

- Anti o que? – ele perguntou assustado.

- É para eu não engravidar. – sussurrei em seu ouvido.

- Você sempre pensando em tudo. – Tomamos a porção e voltamos a nos beijar. Deitamos na cama, e ele ficou por cima de mim, senti seu membro encostando-se na minha entrada e nesse momento ele me fitou como se fosse uma permissão para continuar, foi chegando mais perto até que a cabeça de seu membro finalmente penetrou em mim,  senti uma grande dor e ele ficou imóvel por alguns instantes para que eu me acostumasse com aquela sensação, a dor foi parando um pouco e ele foi enfiando cada vez mais até finalmente conseguir me preencher totalmente.

- Ahhhhh. – gemi alto, a dor ainda me incomodava muito. Ele tirou e colocou novamente um pouco mais rápido, eu cravei minhas unhas em suas costas incentivando-o a continuar e a cada entocada ele aumentava a velocidade e a dor ia sendo trocada por prazer, baguncei seus cabelos enquanto uma de suas mãos passeava pelos meus seios, a outra massageava meu clitóris me fazendo sentir ainda mais prazer, ficamos ali por algum tempo até que nossos corpos estremeceram chegando ao clímax juntos, senti um liquido quente dentro de mim, me invadindo por completo, ele deitou ao meu lado, seu tórax estava suado e suas costas vermelhas de tantos arranhões, sorriu deliciosamente e me beijou, estava feito, agora eu e ele éramos apenas um, ele me pertencia e eu pertencia a ele.

- Eu te amo. – ele falou em meu ouvido.

- Eu te amo mais. – falei abraçando-o e deitando na cama junto com ele, adormecemos ali, nos amando.