Pov. Bella

—Ele está interessado em você. -Jake falou assim que fechei a porta depois de pagar a pizza ao entregador.

—Que? -Olhei pra ele não entendendo nada e ele riu. -O entregador? Mas ele apenas me pareceu simpático.

—Você não é ingênua assim, Bellinha. -Ele falou divertido e pegou a caixa de pizza da minha mão indo em direção à cozinha.

—Eu realmente não entendi. –Falei lhe seguindo.

—Edward está interessado em você.

—Que? De onde tirou isso?

—Posso fazer uma lista de onde eu tirei que ele está interessado por você... E você por ele.

—Eu acho que você anda conversando demais com Kate, está começando a ver coisas onde não tem assim como ela. Eu apenas estou começando a tratar ele bem, já que eu fazia o completo oposto.

—Você não me engana Bella. Eu te conheço desde que nasci e você é minha melhor amiga desde então.

—Eu não estou interessada nele. –Reforcei. –E ele só pode estar mais louco que você se tiver interessado em mim. Ainda sou chefe dele.

—Chefe dele e uma tremenda gostosa. –Ele falou como se fosse algo natural e parei de pegar a pizza virando para olhar pra ele. –O que? Eu posso não te olhar assim, já que te considero uma irmã, mas ele olhou e muitas vezes.

—Eu estou rodeada por loucos. –Falei pro nada e comecei a comer a fatia de pizza.

—Você pode não admitir ou ele... Ainda, mas vocês de alguma forma se atraíram e talvez essa noite presos não tenha apenas trazido uma trégua.

—Como eu disse, completamente louco.

—Vamos mudar de assunto. Que tal você me contar como foi lá em Londres? Por que você é uma péssima melhor amiga que não faz questão de me contar nada.

—Oh santo drama. –Brinquei e ele riu me empurrando levemente. –Foi bom está em família depois de tanto tempo, me relaxou em partes.

—Em partes?

—Sim, minha mãe começou com assunto namoro e bom... o resto você já sabe.

—Eu sei que você disse que não queria, mas você não acha que já está na hora dela saber o que ele fez? –Ele me olhou preocupado. –Sabe Bells, já se passaram anos e por mais que te doa muito, sua família merece saber o que você passou.

—Eu tenho vergonha de contar. –Suspirei segurando as lágrimas que já queriam descer. –A gente sempre foi muito de dizer que tem orgulho por todas as conquistas de cada um, agora imagina se descobrem que eu fui fraca. Eu tenho medo, Jake. Eu ainda consigo ouvir cada palavra dele nitidamente, consigo ver a cena da última vez que lhe vi e dói. Dói porque me sinto pequena e patética diante dele.

—Você não é pequena e nem patética. Olha aonde você chegou, você seguiu seu sonho e conseguiu alcança-lo. Você se superou e hoje está mais feliz do que antes, sua autoestima onde deveria está, cheia de força e determinação e rodeada de pessoas que te amam, te apoiam e sentem muito orgulho de você.

—É algo tão bobo, porque eu não consigo esquecer? –Questionei com a voz embargada. Algumas lágrimas já desciam. –Eu queria muito simplesmente esquecer, seguir minha vida, conseguir embarcar em um namoro, casar e ter filhos... Mas a ideia de tudo se repetindo me trava.

—Eu não posso te garantir que o primeiro que você tentar namorar vai dá certo, ou que nenhum homem vai tentar fazer o mesmo, mas eu garanto que nenhum vai conseguir fazer. Eu sempre vou está por você, Bells e me culpo muito por não ter percebido que tinha algo de errado entre você e James.

—Não foi culpa sua, eu fui fraca e não consegui sair daquilo.

—Na verdade a culpa não é sua e nem minha, a culpa é unicamente dele.

—Queria poder enxergar dessa forma.

—Passamos muito tempo procurando motivos para culpar a vítima, para culpar a situação ou o que quer que seja, mas só há um culpado, Isabela. A única pessoa que deve levar a culpa por isso é ele, ele deveria se sentir envergonhado, não você.

O resto da noite passou nesse clima triste, por mais que eu tentasse esquecer, as sensações ainda estavam presentes na minha vida. Eu me lembrava claramente da minha sensação de impotência, do medo, da vergonha e da forma que eu me sentia pequena diante daquilo tudo. Eu me sentia a maior culpada nessa história, como se de alguma forma o que eu falasse fosse evitar tudo aquilo.

Quando já estava tarde, Jacob teve que ir embora já que trabalhava no dia seguinte e eu acabei de arrumar as coisas e fui deitar, a cabeça pesada e por alguns minutos eu me permitir apenas chorar, até conseguir dormir.

Agosto de 2016

Um mês havia se passado e as coisas no restaurante não poderiam estar melhores. Depois de o jornal publicar o sucesso que foi o jantar de noivado de Jane Volturi, as reservas e eventos triplicaram o que nos fez aumentar a quantidade de funcionários.

E sobre Edward, eu havia cometido o estúpido erro de começar a me interessar por ele. Sim, depois de dizer que não ficaria com ele ou teria interesse por ele, eu comecei a ver Edward Cullen de uma forma nada saudável ou inocente. Mas a pior parte disso tudo foi perceber que Jacob estava errado sobre o fato de Edward está interessado em mim. Ele não estava e me ignorou ou foi um maldito bastardo durante todo o mês, o que fez eu me sentir ainda mais patética. Eu parecia uma adolescente com uma paixão completamente platônica pelo bonitão da escola, do restaurante na verdade.

A noite que ficamos presos passava sem parar na minha cabeça, não conseguia entender como tínhamos nos conectado naquela noite e depois conviver como malditos inimigos novamente.

Suspirei e prendi o cabelo para voltar para cozinha, nesse sábado teríamos um aniversário pela tarde. Como hoje era a folga de Garrett eu teria que ficar até muito mais tarde e prestar bastante atenção nos pratos que saiam.

Depois de saber que Kate estava grávida eu pedi que ela reduzisse a carga horária e deixasse a maior parte do serviço com Edward e Cristina, a sub chefe da pâtisserie.

Fiquei pensando por alguns dias em oficializar a sociedade com Garrett, já que ele me ajudava tanto e na prática era quase como um sócio. Claro que ele não aceitou isso, disse que ele não fazia mais o que a obrigação dele no cargo e que já era um absurdo ele receber parte dos lucros. Não parei com isso e pedi para Billi resolver a papelada.

Segui para cozinha e encontrei Kate na entrada da cozinha com um enorme sorriso.

—Vamos amanhã no shopping. -Ela falou mais confirmando do que me perguntando.

—Não sei Kate, estarei cansada de hoje. Sem Garrett ou você pra me ajudar a fechar tudo eu demoro o dobro do tempo.

—Nunca mais saímos, precisamos conversar e eu posso pedir ao Cullen pra te ajudar a fechar tudo. -Ela foi listando as coisas com o dedo.

—Não, dispenso a ajuda dele e pensarei com carinho sobre amanhã. Me liga pela tarde que te confirmo.

Entramos na cozinha e depois de lavar as mãos seguimos para o trabalho. O sábado correu agitado, mas tudo ocorreu melhor do que esperado. Os novos funcionários estavam se adaptando bem a rotina do restaurante e apesar do cansaço, eu estava feliz com tudo aquilo.

Lá para 1 da manhã os funcionários já tinham ido embora e eu estava conferindo tudo para sair. Fui nos armários e peguei minhas coisas deixando para tomar banho em casa, vi a luz do vestuário masculino acesa, provavelmente teria algum funcionário terminando o banho pra sair. Aproveitei pra ir ao meu escritório pegar meu notebook e minha bolsa. Eu estava arrumando tudo na bolsa quando ouvi a porta do escritório abrir e me virei dando de cara com Edward encostado na soleira.

—Você vai tomar banho ainda? -Ele questionou. -Eu posso esperar aqui pra você não ficar sozinha no restaurante essa hora.

—Agradeço, mas vou tomar banho em casa. -Respondi e me virei novamente para arrumar a bolsa. Tirei o toque e o avental, arrumei meu cabelo, fechei a bolsa e me virei já com as chaves na mão.

—Será que podemos conversar rapidinho? -Ele pediu e eu apenas assenti. -Eu tenho que hm... pedir desculpas a você pela forma que te tratei durante esse mês. Eu criei coisas na minha cabeça e bom, você não tem culpa de nada.

—Tudo bem.

—Eu não estou entendo muito bem o que está passando aqui, eu estava bem com nossa trégua e então você fez algo que me incomodou muito e eu comecei a agir mal com você até Kate puxar minhas orelhas, literalmente, hoje. -Ele fez uma careta e eu ri baixo.

—O que eu fiz?

—Nada, quer dizer... -Ele respirou fundo e passou a mão nervosamente pelos cabelos. -Você não fez nada que eu tivesse direito de me incomodar. Bom, eu só queria me desculpar mesmo. Até segunda, Swan.

Ele se virou pra ir embora e eu andei rápido, segurei seu braço e lhe puxei para que ele se virasse para mim. O contato entre as nossas peles era reconfortante, diferente. A proximidade fez meu coração bater mais forte e eu fechei os olhos fortemente pra arrumar a confusão que estava minha mente. Eu queria muito beija-lo naquele momento, me parecia tão certo, mas eu apenas soltei seu braço e coloquei minhas mãos no bolso da calça.

—O que te incomodou, Cullen? -Perguntei, a voz saindo rouca e baixa. Vi ele respirar fundo e abrir e fechar a boca algumas vezes.

—Eu quero te perguntar algo. -Ele respirou fundo. -Tudo bem se não quiser responder por ser pessoal demais... Você já ficou com Jacob? -Gargalhei com o que ele perguntou.

—Que? Não, nós nunca chegamos perto disso. Seria extremamente nojento. -Porque as pessoas insistiam nisso? Fiz uma careta e continuei. -Acho que pensou nisso pela forma que eu estava vestida quando estava com ele. -Ele assentiu brevemente. -Eu poderia ficar pelada na frente dele que não aconteceria nada, assim como se ele ficasse.

—Tudo bem, tudo bem. -Ele pareceu pensar por alguns segundos.

—Porque isso te incomoda, Cullen?

—Por isso.

Ele se aproximou e segurou minha cintura chocando seu corpo ao meu, sua mão seguiu em direção a minha nuca e ele me beijou. Demorou alguns segundos até eu entender o que estava acontecendo e então eu retribuir o beijo. Minhas mãos foram em direção ao seu pescoço e adentraram em seus cabelos. Merda, eles eram tão macios quanto pareciam.

O beijo rolava com intensidade, como se nossos corpos fossem entrar em combustão a qualquer segundo e bom, eu parecia realmente que iria entrar em combustão. Cada parte do meu corpo clamava por mais contato e eu tentava desesperadamente gravar em minha mente cada segundo desse momento. O gosto que os lábios de Edward tinham, a firmeza que ele segurava minha cintura, a maciez que tinham seus cabelos...

Edward apertava minha cintura com força, trazendo meu corpo para mais perto do seu, as mãos no meu cabelo seguravam firmemente e mandava choques para todo o meu corpo. O beijo foi ficando mais lento até finalizar com leves selinhos.

Abri os olhos lentamente e dei de cara com os verdes intensos dos olhos de Edward, seus lábios entreabertos faziam com que sua respiração batesse no meu rosto. Ele foi me soltando devagar e eu quase gemi em desaprovação. Porque tinha que acabar?

Pov. Edward

Respirei fundo algumas vezes tentando normalizar minha respiração. Isabella ainda permanecia calada e eu não sabia se eu ganharia um tapa ou outro beijo a seguir. O silencio já estava começando a incomodar e eu resolvi falar algo.

—Eu hm... –Pense em algo válido, Edward. Você acabou de beijar ela sem nem saber se ela iria gostar. —Desculpe?

—Isso foi uma pergunta? –Ela questionou com um sorriso no rosto.

—Depende se você gostou ou não e eu espero que tenha gostado porque eu retirei a coragem do mundo pra tomar essa atitude. –E antes que eu falasse mais alguma coisa, ela colou nossos lábios novamente retomando o beijo com a mesma intensidade de antes.

Nos afastamos quando o ar se fez necessário e ficamos com as testas coladas, o sorriso não deixava meus lábios pela satisfação que eu estava sentindo.

—Acho que isso lhe responde. –Ela falou e eu sorri mais ainda. –Mas acho que agora temos que ir, já está muito tarde.

—Claro. –Concordei e Isabella foi trancar a porta do seu escritório, enquanto isso eu apaguei as luzes deixando somente a de fora acessa que Isabella poderia apagar pelo celular.

Depois que Isabella trancou tudo eu fui seguindo em direção ao estacionamento e ela ficou parada na entrada mexendo no celular o que me fez virar para ela sem entender bem.

—Não vai embora, Swan? –Questionei e voltei para o seu lado.

—Vou pedi um taxi, não vim de carro hoje. –Ela informou e eu fiz uma careta ao lembrar com quem ela veio. –O que foi?

—Você veio com Jacob. –Falei tentando parecer normal quanto isso, mas não deu muito certo já que ela começou a rir. –Eu sei que não tenho direito de me incomodar com isso.

—Ciúmes, Cullen? Nós só ficamos uma vez e foi a poucos minutos atrás. –Ela falou e eu rolei os olhos e peguei a bolsa da sua mão.

—Vamos, eu te levo pra casa. –Informei e segui em direção ao estacionamento sem dá tempo de ela falar nada.

Quando cheguei ao carro coloquei a minha mochila e a bolsa de Isabella no banco de trás do carro e abri a porta do carona para ela entrar.

—Não conhecia esse lado cavaleiro, Cullen. –Ela zombou enquanto entrava no carro.

—Existem muitos lados sobre mim que você não conhece, Swan. –Pisquei para ela e fechei a porta do carona, indo para o outro lado.

Seguimos o caminho todo em silencio, cada um compenetrado em seus próprios pensamentos. Eu queria perguntar a Bella como ficaríamos agora, se aquilo tinha sido só um beijo e acabou ou continuaríamos ficando. Mas eu temia a resposta dela, minha atitude me pegou de surpresa, imagina a Bella.

Quando chegamos em seu apartamento ela pediu ao porteiro que liberasse a entrada e depois de estacionar ficamos um tempo sentados apenas. Eu não queria que ela saísse do carro, de alguma forma parecia que ela iria junto com a possibilidade de algo. Esse algo que eu nem sabia se queria na verdade.

—Você quer jantar comigo amanhã? –Lhe convidei e ela olhou para mim surpresa. –Podemos ir ao concorrente ver se é tão bom assim.

—Um encontro ou uma pesquisa para saber se os concorrentes são melhores?

—Um encontro.

—Esteja aqui às 8h. –Ela informou e se virou no banco pegando sua bolsa. –Não se atrase, Cullen.

—Sim chefe. – Falei rindo e ela riu também. Antes que ela saísse puxei seu corpo e dei um selinho demorado. –Boa noite, Swan!

—Boa noite, Cullen! –Ela desejou e desceu do carro indo em direção ao elevador. Eu esperei até ela entrar e acenei brevemente, liguei o carro e fui para o meu apartamento. Eu queria fazer daquele jantar um momento para, de novo, darmos uma trégua já que eu tinha agido mal durante todo o mês.

Depois do dia que eu fui à casa de Isabella buscar meu celular eu não consegui parar de pensar nela de uma forma ruim e de uma forma boa. Bom, eu não conseguia parar de pensar na noite presos, em como ela estava maravilhosa e em como nos demos bem. Por outro lado não parava de pensar que ela provavelmente tinha algo com Jacob e algo muito íntimo e isso me incomodou mais do que deveria.

Nos dias que se seguiram eu tentei agir normalmente já que ela me tratava até bem, mas toda vez que eu lhe olhava eu lembrava que estava me interessando por alguém que tinha outro e então me afastava. Não que ela tivesse a obrigação de ficar comigo, mas o ciúme estava me dominando e assim eu passei a evitar Isabella. Isso não passou despercebido por Garrett que conversou comigo algumas vezes para saber o que tinha rolado realmente, mas eu preferir não falar nada.

Me interessar por Isabella e sentir ciúmes dela, tudo ao mesmo tempo, foi muito novo e intenso e não escondo que não soube lidar. Ainda não sabia na verdade e fui levando com a barriga, tendo um dia péssimo todas as vezes que Jacob vinha ao restaurante. Eu ligava para Emmett todas as vezes e ele apenas ria e dizia como eu estava fodido. Eu rezava pra ele não comentar nada com minha mãe, se não seria questão de minutos até Isabella saber de tudo.

Hoje tinha sido um desses dias péssimos, Jacob chegou cedo junto com Isabella e eles falavam animados sobre algo o que foi como um soco na minha cara. Passei o resto do dia na cozinha saindo apenas para ir ao banheiro ou comer algo. Kate veio conversar comigo e falou o quão patético eu estava sendo.

Flashback on

Eu estava sentado no fundo da cozinha já que a maior parte do pessoal estava no refeitório e eu não estava afim de muito papo. Kate logo apareceu e se sentou ao meu lado.

—Eu deixei que você tomasse a iniciativa de me contar durante um mês, acho que dei tempo demais. –Ela falou e me olhou séria. –O que está rolando? Nem com Garrett você quis falar.

—Nada demais. –Menti.

—Claro que tem algo ai, parece que os papeis se inverteram e agora você é que se incomoda com Isabella. Mais que isso, você está correndo dela como o diabo corre da cruz.

—Estou agindo normal.

—Eu não tenho ideia do que aconteceu naquele dia e tenho quase certeza que não vai me contar, mas se resolvam de uma vez. Se ela te deu um toco, supere ou vai lá saber o que foi. –Suspirei e resolvi me render e contar a ela.

—Eu não levei um toco, mas tenho quase certeza que levaria. Eu comecei a me interessar por Isabella nesse dia e achei que tinha acontecido o mesmo, mas cheguei no apartamento dela e ela estava praticamente pelada com Jacob. –Bufei me lembrando desse dia. –Então eu estou tentando parar de agir como um patético adolescente, mas é difícil então prefiro ficar na minha.

—Então é isso? Pelo amor de Deus, Edward Cullen. Se você está afim vai lá falar com ela, tenho certeza que você mexe com ela.

—Claro que eu não vou, continuarei na minha.

—Você pode até não ir lá, mas vai parar de agir como uma criança. –Ela falou seria e puxou minha orelha fazendo com que eu gemesse de dor. Malditos hormônios. –Jacob e Isabella não têm nada, são amigos desde crianças e você fica criando suas paranoias. Eu espero que segunda feira vocês estejam aqui sorrindo, entendido Cullen? E que você peça desculpas a ela.

—Ai, entendido. –Ela soltou minha orelha e eu as massageei para amenizar a ardência. –Não precisava puxar minhas orelhas.

—Pra você entender bem. –Ela deu um meio sorriso e beijou minha bochecha e minha orelha, o que me fez rir. –Desculpa pela orelha, mas eu falava sério.

Passei o restante do dia ainda ignorando Isabella e pensando o que faria para conversar com ela, afinal agora eu que lhe devia desculpas.

Flashback off

Quando cheguei em casa me joguei na cama e fiquei pensando sobre Isabella e nosso beijo até por fim pegar no sono. Eu estava mais do que perdido com isso, me apaixonar por Isabella era a última coisa que poderia fazer.