Brincadeiras, Erros Mortais escrita por 2Dobbys
IX
Uma varinha apontada a si fê-lo tremer. Já sabia o que aí viria… como é que continuava vivo? Tinha a certeza de que o se corpo estava nas últimas… já não aguentaria muito mais…
Nem conseguiu ouvir direito o feitiço pronunciado, pois logo de seguida sentiu a pele ser cortada lentamente.
Nenhum som saiu da sua boca. Os cruciatus eram bem piores… ou não. Nada o preparava para o que lhe aconteceu de seguida, fazendo-o gritar do âmago, um grito desesperado, implorando que o matasse.
O homem de meia-idade que estava a ser torturado começou a sentir a pele anteriormente golpeada ser puxada, arrancando-se da carne, fazendo com que os locais de corte sangrassem abundantemente. Se ele já tinha pouco sangue devido às sessões anteriores de tortura, desta é que iria morrer por falta dele. O problema é que sabia que o louco que lhe fazia aquilo não o iria deixar morrer tão rapidamente…
- Ahhhhhhhh!
Mais um puxão de uns quantos centímetros… afinal, quem o mandara especializar-se em Psicologia Mágica? Quem o mandara ser conhecido principalmente por ajudar as pessoas a relembrarem partes das suas vidas para resolverem problemas actuais? Quem o mandara ter fama de nunca ter falhado na sua ocupação?
Agora estava a pagar por isso…
- AHHHHHHHHHHHH!
Sentia o suor a escorrer-lhe pelo corpo todo, não conseguindo parar com os tremores violentos que o seu organismo demonstrava inatamente, como reacção à violência a que estava a ser sujeito.
Ao abrir um pouco um dos olhos, olhando de canto, percebeu que a divisão estava mais vazia.
Muitos dos seguidores do louco tinham-se retirado com um ar esverdeado. Apenas uma mulher de expressão sádica completamente demente tal como o seu 'senhor' e dois homens se encontravam, para além do seu torturador.
Um dos homens – se é que lhe poderia chamar isso – tinha um ar extremamente selvagem, como se fosse uma pessoa que estivesse na fase de transição para lobo mas tivesse parado a meio caminho. Deveria ser o tão famoso Fenrir Greyback... este olhava-o com ar predador, os olhos florescentes, como se ele fosse a sua próxima refeição. O outro tinha longos cabelos loiro-platinados, quase como se tivesse sangue de Veela misturado. Estava extremamente pálido mas tinha um olhar firme, embora estivesse a fazer um óbvio esforço sobre-humano para aguentar ver aquelas cenas horripilantes até ao fim.
A mulher estava deliciada com o que via. Ele tinha a certeza de que a vira numa notícia de um jornal há alguns anos atrás… uma tal Veladix, Delatrix… Bellatrix! Era isso. Ela tinha graves problemas psicológicos, isso era mais do que certo!
- Então, meu caro Luthargo… - disse a voz sibilante e horrível do auto intitulado Lord Voldemort – Vai-me dizer como é que posso conseguir as memórias que quero?
- E-eu… já lhe disse… - respondeu o homem banhado em sangue com extrema dificuldade, pois a mulher tinha-lhe dado alguns golpes na garganta, não sendo suficientemente fundos para o impedir de falar – A sua mente é mais complexa do que qualquer outra que tenha perscrutado… só posso chegar à conclusão de que não passam de sonhos…
- MENTIRA! Crucio!
Mais uma vez, Luthargo gritou, contorcendo-se no chão, já tatuado permanentemente com a cor do seu sangue. Greyback lambia lentamente as próprias mãos, que punha no chão para depois provar o seu sangue, com olhar lascivo. Se Luthargo não tivesse com tanta falta de sangue, esta era a altura que empalideceria, sendo que o sangue lhe afluiria ao estômago, fazendo-o vomitar. Mas isso não aconteceu. A sua visão já estava a ficar turva…
Um trovão fez-se ouvir, juntamente com o som de múltiplas pancadas numa janela de vidro. Voldemort deixou a sua vítima momentaneamente de lado, para abrir a janela, deixando entrar uma elegante coruja-das-torres com uma mensagem.
- Não é possível… - murmurou Voldemort para consigo. Uma carta de Dumbledore?
- Bella, podes brincar um pouco com ele enquanto leio isto – disse ele sem olhar para os outros, que não se aperceberam de quem era a carta.
Bellatrix sorriu ainda mais do que antes, se é que fosse possível – Será um prazer, meu senhor…
E começou a fazer-lhe um corte bem lento e profundo, desde o baixo-ventre até ao externo, deixando um vislumbre dos órgãos interiores à vista.
O homem loiro estava tão verde que parecia fora de prazo; não aguentou mais. Levou a mão à boca e saiu rapidamente, com os olhos fortemente fechados. Greyback parecia estar numa festa interior; só lhe faltava abanar a cauda e pôr a língua de fora, como os cães, a arfar de contentamento… aliás, pouco faltava para isso.
Enquanto decorria o festim para os outros dois e o suplício para o tal de Luthargo, Voldemort estava completamente absorto na carta com a caligrafia bem definida do seu maior oponente. O seu semblante ficava cada vez mais carregado, a cada linha que lia. As mãos começaram a tremer-lhe, embora ele nem o notasse.
- NÃOOOOOOO!
Bellatrix assustou-se com o berro do seu amo, parando imediatamente de sorrir e de torturar Luthargo. – Meu senhor…? – perguntou a medo. Nunca vira o Lord das Trevas tremer tão convulsivamente. A carta estaria enfeitiçada? Seria ódio? A sua mente deixou de formular perguntas quando viu Voldemort virar-se na sua direcção, com os olhos focados em coisa nenhuma, mais vermelhos do que o costume, as fossas que tinha em vez do nariz perigosamente dilatadas… isso não era nada bom sinal.
- CRUCIO! – gritou Voldemort apontando para Bellatrix e Luthargo ao mesmo tempo. Ambos gritaram, contorcendo-se, Bellatrix mais do que Luthargo, que estava já no limbo. O Lord olhou para o homem, directa e intensamente, que o olhou de volta, como se a lucidez lhe tivesse vindo por momentos. Uma súbita e improvável hipótese passou-lhe pela mente, permitindo-o ter um certo vislumbre de compreensão do que sucedera. Quando Voldemort se apercebeu disso, apontou directamente para o homem, murmurando baixinho, com rancor – Avada Kedavra.
Um jacto de luz verde atingiu-o, mas não antes de impedir que um leve sorriso lhe aflorasse aos lábios abertos pelos cortes.
Greyback não demorou a saltar para cima do corpo sem vida, começando a sua mais preciosa tarefa: o desmembramento.
Bellatrix estava com um olhar tristonho, já que tinha perdido a sua maior diversão, para além de ter sido vítima, mais uma vez, da fúria que tomava conta do seu senhor.
Este virou-lhe as costas, voltando-se de novo para a janela, ignorando a coruja que esperava pela resposta, piando baixinho, ao seu lado.
- Bella… chama os outros, imediatamente! Temos problemas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
N.A.: E aki tá a desaparecida! haha desculpem por este cap ser tão pequeno, mas tinha mesmo de ser. desculpem também por n ter postado antes, mas não consegui arranjar tempo -.-'
mas pronto, aki tá mais um capítulo um pouco mais violento, desta vez fora de Hogwarts ^^
O que será que o Voldie queria do Luthargo? isso é o que será revelado a seu tempo ;-P
Bjos a todos o que andam a ler a fic: para os que comentam, um muito obrigada! Aos que não: espero que ao menos se estejam a divertir com a história ^o^ ! Bjoooooooooooo