Brincadeiras, Erros Mortais escrita por 2Dobbys


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

ui, sorry pela demora.
Agora ficam a saber qual o plano do Dumbledore para parar as agulhas... e o da nossa Line ^-^

bjooooooooo



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VIII

Dumbledore entrou na enfermaria e ficou surpreso por ver um rapaz de rebeldes cabelos negros asa de corvo, em pé, de braços cruzados, olhando atentamente para a jovem deitada muna das camas, abanando a cabeça de um lado para o outro, revirando levemente os olhos sob as pálpebras.

- Harry?

O rapaz virou os seus olhos verde-esmeralda para o Director, acenando com a cabeça:

- Professor.

- O que fazes aqui?

O jovem ponderou seriamente antes de responder – Esperava que ela acordasse para lhe falar… e também…

- Sim…? – insistiu o mais velho ao ver a hesitação dele.

- E… para me tentar lembrar de onde a conheço.

Dumbledore franziu o sobrolho – 'De onde a conheces'?

- Sim, eu acho que a conheço, mas não sei de onde… o nome dela, Line Nelini… não me é estranho.

- Então ela já te foi apresentada?

- Foi ela que veio ter comigo. – corrigiu Harry.

- Ah, sim?

- Professor, isto pode soar estranho, mas… confio nela. Acho que ela nos pode ajudar a resolver este problema das agulhas.

O Director ficou genuinamente surpreendido – Como é que tens a certeza? Há quanto tempo falaram?

- Falámos pela primeira (e última) vez quando alguns dos seus amigos foram atacados… ela disse-me que sabia como parar esta chacina; só me falta dizer como.

- E tu acreditaste? Mesmo ela sendo uma Slytherin?

- Ela… sim, ela é dos Slytherin, mas é como se não pertencesse lá! Ela é… não sei explicar; confio nela e ponto final.

Dumbledore teve uma leve sensação de dejá vu… também Line alegara confiar plenamente no jovem. Mas como isso seria possível se apenas tinham falado uma única vez?

- Bem, Harry, temo que tenhamos de falar…

- Já sabe como parar isto?

- Antes de mais: quero que saibas que pensei em tudo o que poderíamos fazer sem ser isto.

- Mas é assim tão mau? – perguntou o rapaz desconfiado.

Albus suspirou – É um pouco pior… temo que sozinhos não consigamos parar esta chacina. Só com magia negra se pode parar este tipo de maldição.

- E…? Não me vai dizer que não há aqui ninguém que saiba praticar magia negra? – disse o mais novo, deboche.

Dumbledore entendera a indirecta – O professor Snape tem conhecimentos extremamente limitados, não sendo suficientes para tal.

- Boa, ainda por cima é um inútil… - disse o jovem para si mesmo baixinho - Então o que tem em mente?

Albus decidiu ser directo – Temos de unir forças com Voldemort. Ele é o único capaz de semelhante proeza.

Harry gelou. Não, não podia ser, ele só podia estar a brincar… certo? Que brincadeira de mau gosto…CERTO?

Vendo que o jovem estava prestes a explodir mal encontrasse a voz de novo, apressou-se a acrescentar – Harry, eu não estou nem um pouco contente com a solução, mas é a única que temos! Já dei as mais variadas voltas ao assunto, mas vai tudo dar ao mesmo…

Harry não se conteve, esquecendo-se de onde estava e com quem estava a falar – MAS QUE PORRA DE PLANO É ESSE? JUNTAR FORÇAS COM VOLDEMORT? O QUE É QUE VAI DAR EM TROCA, A MINHA VIDA NÃO? JÁ AGORA!

O caldo estava entornado. O moreno estava completamente alterado, parecia mesmo um animal selvagem, prestes a atacar.

- Harry, por favor, acalma-te! Tenta perceber a minha situação…

- COMO É QUE ESPERA QUE EU ME ACALME? DIZENDO QUE, NO FINAL, TUDO VAI ACABAR BEM, QUE SÃO APENAS TRÉGUAS MOMENTÂNEAS, QUE É APENAS UMA FASE E QUE DEPOIS TUDO VOLTA AO MESMO, COMO SE NADA TIVESSE OCORRIDO? O QUE É QUE O LEVARIA A AJUDAR-NOS? ELE MATAR-ME-IA NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE! ATÉ PARECE QUE NÃO O CONHECE, DUMBLEDORE!

- Harry…? – chamou uma voz fraca.

Por milagre, foi como um bálsamo: a voz tivera o dom de acalmar Potter, que se dirigia à dona da voz.

- Line… estás bem? – perguntou Harry enquanto lhe pegava na mão. Não sabia desde quando estava tão íntimo assim dela, mas naquele momento nada disso importava. Ela tinha de o ajudar… se é que podia.

Ela sorriu-lhe de volta – Agora sim… acho que te devo agradecer… se não fossem os teus gritos talvez continuasse perdida em memórias. Obrigada.

Harry corou. Era a primeira vez que o seu descontrolo ajudara alguém em alguma coisa. Normalmente era ao contrário.

- Mas porque é que estavas a gritar? – ao olhar por cima do ombro do rapaz, vislumbrou o Director, que os olhava com uma expressão neutra, que não a convenceu. – O que é que estão a fazer aqui?

- Era precisamente disso que precisava de falar contigo – disse Harry muito depressa; mas ao ver a expressão dela, acrescentou – Quero dizer… se puderes e te sentires bem, é claro…

- Sim, podemos falar… está tudo bem ou mais alguém foi vítima? O Ty e a Sophie estão bem? – perguntou ela preocupada.

Harry descansou-a – Respondendo à primeira parte da tua pergunta: não, ninguém mais foi vítima; os corpos das vítimas anteriores foram enviados para St. Mungus através de uma magia especial do hospital… mas as agulhas estão a demorar a passar pelas paredes grossas do castelo, felizmente…Respondendo à segunda parte: se te referes ao rapaz e à rapariga nervosos que não te largavam o tempo todo, tipo lapas, ficas a saber que consegui convencê-los a irem dormir um pouco. Estão a salvo.

Ela deu um pequeno sorriso, efémero - Mas então… o que é que se passa?

Harry inspirou fundo, tentando manter a calma – O professor Dumbledore contou-me a sua ideia para pararmos com esta chacina…

Olharam-se nos olhos. Ela continuava curiosa – E ela é…?

- Dumbledore acha que devemos juntar forças com Voldemort.

Line suspirou, fechando os olhos. Harry esperava que ela começasse aos gritos, dizendo que a ideia era suicida, algo do género, mas nada o preparara para a reacção dela.

- Ele tem razão, Harry… mesmo que ele não desse essa hipótese, era mesmo isso que eu te ia dizer.

Harry tinha os belos olhos arregalados, abrindo e fechando a boca sem emitir um único som. Estava em estado de choque. Ela tinha sido a sua única esperança.

- MAS TODA A GENTE ENLOUQUECEU?

- Harry, ouve-me!

Ele mordeu a língua, fazendo um esforço para isso. Ela continuou a explicar:

- Poderíamos convencê-lo facilmente, e sem haver mais mortes.

Harry riu sem vontade – E como faríamos isso? Apenas oferecendo um último sacrifício? Tipo… EU?

- Harry, não estás a ajudar nada… controla o teu temperamento que eu passo a explicar o que parece que o Director não conseguiu percepcionar. Este é o meu ponto de vista, são as minhas ideias… se não as quiseres ouvir, é só dizeres.

- Continua… - disse o rapaz, derrotado, fazendo com que o ancião deixasse escapar um sorriso tímido, enquanto analisava atentamente uma jarra com orquídeas.

Ela inspirou fundo antes de continuar – Poderemos contactá-lo, explicando a situação, e explicitando que as agulhas passam por TUDO… ou seja, podem mesmo sair do castelo. Creio que o seu comportamento depende do tipo de energia que encontra.

- O que é que estás a insinuar? – perguntou Dumbledore, que se decidira a juntar à conversa. Para ser sincero, ainda não encontrara uma razão suficientemente forte que fizesse o Lord das Trevas ceder ao desejo de matar alguém, muito menos que os ajudasse.

- Eu acho que a única razão porque as agulhas continuam nas mesmas direcções é o facto da energia em Hogwarts ser muito homogénea, graças à sua enorme capacidade de protecção, construída e melhorada através de séculos de feitiços. Creio que elas, a partir do momento em que saiam deste recinto, se vão dirigir à sua fonte energética de eleição: Magia Negra. Agora pensem um pouco: onde é que a magia negra é mais concentrada?

Harry e Dumbledore chegaram à mesma conclusão: as agulhas iriam direitinhas aos Death Eaters e ao próprio Voldemort… o próprio Lord das Trevas só estaria seguro dentro das paredes da escola.

- Vejo que chegaram à conclusão que pretendia. – disse ela orgulhosa.

- Assim, ele vai ter de vir, de qualquer maneira… e não pode matar nenhuma pessoa aqui de dentro, correndo o risco de ser atingido. – disse Albus pensativo. – Brilhante…

Line sorriu.

Harry estava um pouco confuso – Mas esperem lá… isso de o convencer a cá vir já percebi… mas porque razão é que ele não se atreveria a matar fosse quem fosse? Como é que correria o risco de ser atingido?

Line olhou-o, entediada – Por Merlin, nunca te deste ao trabalho de ler "Hogwarts, Uma História", pois não?

Harry quase teve vontade de rir. Line iria dar-se muito bem com Hermione – Não.

Ela revirou os olhos – Hogwarts consegue manter a magia aqui existente equilibrada graças às pessoas que aqui estão. É claro que não nos apercebemos, mas é graças à nossa estadia que o castelo se consegue manter a salvo (embora precariamente, neste caso, já que todas as pessoas podem ser atingidas) de coisas deste género… a nossa magia é, em parte, canalizada para a protecção da escola, contribuindo para a sua homogeneidade.

Harry anuiu, dando sinal de que a ouvia com toda a atenção, fazendo-a continuar a explicação - Se assim não fosse, as agulhas iriam direitinhas para quem apresentasse um maior nível de magia negra em si; toda a gente tem a sua dose, uns mais do que outros, mas muito pouca gente se apercebe e menos ainda consegue controlar. Os que têm um maior nível que não controlam costumam ser os que seguem os passos dos feiticeiros negros que já caminharam nesta terra… como todos os que se tornaram Death Eaters. O mesmo aconteceu com o próprio Voldemort. – o resto que disse, foi mais para si própria do que para os outros dois - No entanto, há sempre alguém que aprende a controlar esse seu lado, por mais negro que seja…

- Brilhante! - Harry deu uma pequena risada, brincando um pouco de seguida – E eu bem que precisava de me controlar melhor; pelo menos não chateava tanta gente quando ficasse de mau humor…

Dumbledore parecia ter sido o único que entendera a mensagem encriptada da rapariga, na sua última frase – Line, tu és uma dessas pessoas, não és? Das que controlam o seu nível de magia negra, que supostamente seria muito mais poderosa do que o teu nível de magia benigna… estou certo? – perguntou sorridente, olhando-a por cima dos seus óculos de meia-lua. – Por isso é que o chapéu seleccionador te pôs nos Slytherin.

Harry olhou-a, espantado. Ela acenava com a cabeça, suspirando, derrotada. No entanto, aquela não era a explicação completa, e ela faria os possíveis para deixar isso para mais tarde. Dumbledore ainda não entendera tudo – Mas esse tipo de pessoas são muito raras, é preciso um treino intensivo… como é que conseguiste fazê-lo antes de entrares cá?

- Foi a minha mãe que me ajudou nisso… - e vendo a tenção dos dois homens de perguntar alguma coisa mais, retorquiu imediatamente - Mas essa história terá de ficar para segundas núpcias… as coisas serão reveladas a seu tempo. Neste momento, é mais urgente contactar Voldemort. Convém que eles cheguem antes que as agulhas tenham tempo de sair do castelo, ou irão matar montes de gente pelo caminho, até chegarem às fontes mais abundantes do seu tipo de energia.

Dumbledore levantou-se – E vou tratar disso agora mesmo… dêem-me licença. – quando ia para sair, deteve-se – Menina Nelini, lamento muito o que se passou consigo. Se não fossem as suas ideias continuaríamos de mãos atadas e com o Harry a gritar com toda a gente que lhe aparecesse à frente, sem ninguém saber como agir. É uma autêntica líder, e lamento não termos começado com o pé direito. Por vezes torno-me demasiado protector em relação a esse rapaz à sua frente, esqueço-me de que ele já sabe perfeitamente em quem deve ou não confiar.

Line sorriu – O erro foi mútuo, professor. – e ele saiu, com um sorriso bondoso na face.

Harry não percebera muito bem aquilo – O que foi isto?

- Foi devido a uma conversa prévia com ele que vim aqui parar… ele queria saber coisas acerca do meu passado, das minhas verdadeiras intenções de me aproximar de ti, ao dizer que confiava em ti… ele desconfiou de mim, eu desconfiei dele… começámos mal. Eu começo a ficar enervada quando alguém tenta saber coisas a meu respeito sem que eu queira.

- É, há quem tenha essa tendência… - disse o moreno sorrindo-lhe e piscando-lhe o olho, encantador – És muito parecida comigo nalguns aspectos…

Ela riu – Por acaso é mais ao contrário…

- Hey, eu sou mais velho do que tu, mesmo que seja um ano! – disse ele a rir – Logo, tu é que és parecida comigo.

- E quem é que te disse que tinhas sido tu a nascer primeiro?

Harry ficou confuso – Mas… nesse caso, serias tu mais velha do que eu… estarias tu no sétimo ano em Hogwarts; não faz sentido.

- Faz, se tivermos em conta que alguém impediu o meu crescimento físico e mental durante três anos… como se tivesse estado em hibernação permanente.

Harry ficara sem reacção. Line era um poço inesgotável de surpresas. – Mas porque é que alguém faria uma coisa dessas? Aliás, como é que isso é possível sequer, mesmo com magia?

Ela suspirou. Andava cada vez mais regularmente a ter essa reacção – Harry, isso será explicado mais tarde… não agora. Agora concentra-te na tarefa que temos em mãos. E chama-me aqueles dois, devem estar super preocupados comigo…

- E tu com eles. – disse Harry, ainda embrenhado em pensamentos. Line era fantástica… tinham-se conhecido há pouquíssimo tempo, mas falavam como se conhecessem desde sempre… mas de onde é que a conhecia?


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Notas finais do capítulo

muito bem!
perguntas respondidas, e outras levantadas... sou mesmo assim, não há volta a dar... rsrsrsrs

bjooooooooooooo

Reviews!!!!!!!!!!!!!!



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