Questão de Sorte escrita por Hakiny


Capítulo 78
Casa




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Uma velha senhora se reunia com duas crianças no pátio da mansão Yamamoto.

— Nossos ancestrais nos aconselham em direção aos melhores caminhos e eles acreditam que vocês serão felizes juntos...

— Eu não quero me casar com ela! — O garotinho gritou.

— Masumi! — A senhora usou um comprido galho de macieira para acertar a cabeça do retrucante.

A menina permaneceu em silêncio encarando o altar montado a sua frente.

— Eles sabem mesmo, vovó? — A criança curiosa voltou-se para a senhora.

— Sabem sim, pequena Yuki.

Mergulhada em um líquido escuro, a caçadora sentia aquelas lembranças penetrarem seu peito.

— Eles estão atacando! 

Haviam gritos confusos.

— Como nos acharam?

— São os malditos rastreadores!

Uma invasão em um pequeno vilarejo, dezenas de mortos, havia fogo por toda parte e as memórias estavam confusas.

— Zola! — Uma mulher negra segurava uma criança morta em seus braços.

Não teve tempo de chorar seu luto antes de ser arrastada e envolta em raiz de laranjeira.

— Meu Zola… — A caçadora chorava ainda imersa naquele líquido negro.

Ela não conseguia entender, quem de fato era ela. Poucas coisas faziam sentidos e todas as lembranças pareciam ser suas.

— Você sabe seu nome? — Uma voz feminina familiar ecoava em sua cabeça.

— Eu sou você.

— Não… — Uma sombra a amparou em seus braços — Quem você era? Eu me chamo Núbia Lundala. Sou uma bruxa do sexto reino, da cidade de Hiaba. Quem é você?

Enquanto se agarrava inconsolavelmente as roupas de Núbia, a caçadora sussurrava seu nome.

— Yu...ki.

— Diga mais alto…

Nas margens de Shima, Masumi estava tranquilo. Seu coração estava em paz e por isso ele apenas se sentou de frente para a criatura e retirou sua relíquia do bolso. Com a jóia na mão ele começou a recitar o que parecia ser uma poesia ou talvez um feitiço.

A criatura rugia cada vez mais alto. Os sons graves pareciam se tornar cada vez mais estridentes. A energia da relíquia começou a tomar forma e envolver o híbrido.

— Yurrrrrrrr — A besta berrava.

Masumi se levantou e em passos calmos se aproximou ainda mais do monstro.

— Diga seu nome, pequeno floco de neve — Masumi tocou a cabeça dela.

— MIREM NA BESTA! — O exército já havia chegado.

Um redemoinho de água tomou a praia e fez impossível a aproximação de qualquer pessoa ou projétil.

— Diga seu nome! — Núbia gritava dentro da cabeça do monstro.

— Diga seu nome… — Masumi concentrava sua energia do lado de fora.

— YUKI! — Um berro ensurdecedor foi ouvido em todo arquipélago.

Aos poucos a massa peluda se desfazia e uma pele limpa surgia de seu meio.

— Eu me chamo Yuki… — Não havia mais garras, apenas as finas mãos de Yuki se agarrando a túnica de Masumi — Eu me chamo Yuki Yamamoto…

A garota nua desfaleceu nos braços do monge, gentilmente ele a cobriu com sua capa e carregou em seu colo. A tempestade cessou e os guardas estavam a postos, esperando o que estava por vir.

Masumi caminhou calmamente pela aldeia com o orgulho da família Yamamoto em seus braços.

— Senhorita Yuki? — Um guarda a reconheceu — Mas o que está acontecendo?

— Contate o senhor Hiroshi — Masumi disse com uma expressão séria em seu rosto — Uma guerra está prestes a estourar.

Já estava próximo da hora do almoço, quando Catherine voltava para o seu quarto. Já na porta deparou-se com Denize. Um frio atordoante percorreu-lhe a espinha e ela cessou seus passos imediatamente.

— Eu disse que seu lugar não era aqui — Denize caminhou até Catherine e jogou um pacote em sua direção. Não se certificou de que a bruxa o havia pegado e saiu sem olhar para trás.

Desconfiada e ainda bastante nervosa, Catherine correu em direção ao adulto mais confiável que conhecia ali dentro.

— Por que você trouxe isso para mim? — Cindy encarava o pacote com estranhamento.

— Porque uma bruxa maligna me deu! — Catherine explicava com um ar de quem estava falando algo óbvio — E se isso explodir e tiver um gás venenoso carregado de magia secular?

— Daí você não gostaria de morrer sozinha? — Cindy carregava um olhar pretensioso em seu rosto.

— CINDY! — A jovem bruxa do azar se irritou.

— O que? — Cindy erguia as mãos a frente do corpo em sinal de defesa — Mas isso vai lhe custar duas barras de amendoim.

Catherine se sentou e silenciosamente continuou a encarar a bruxa.

— Uma?

— Fechado! — Catherine estendeu a mão e as duas fecharam o contrato.

Cindy ergueu a mão direita e sussurrou um feitiço. O pacote brilhou e se ergueu no ar, depois caiu em seguida.

— Só tem papel, aí… Feliz? — Cindy dizia com desdém.

— Se é só papel, não vale um chocolate.

— O trato não foi esse!

— Se eu tivesse aberto sem a sua ajuda estaria bem tranquila. — Catherine sorriu maldosamente.

— Quer um feitiço mortal? — Cindy estalou as mãos — Posso te dar um!

— NÃO! — Catherine retirou uma barra do bolso rapidamente a entregou a bruxa — Obrigada Cindy…

A bruxa do azar se sentou com o pacote em seu colo e o abriu rapidamente. O remetente era do seu pai e tinha uma espécie de selo judicial. Antes de ler o documento, ela leu a carta que continha a caligrafia de Ivan.

 

“Meu bebê, dias de difíceis estão se aproximando. Por favor, seja forte e não se esqueça de que sempre estarei do seu lado!”

 

Um pouco receosa, a bruxa pegou o documento e começou a ler. Era uma intimação, avisando a data do seu julgamento. Dentre os processos, havia a exigência de sua saída do Santuário.

— Cat, o que têm aí? — Cindy estava preocupada — Por que você está tão pálida?

— Abriram um processo judicial para me tirarem do Santuário… — Catherine tinha uma voz abafada.

— Eu não acredito que a Denize foi tão longe…

— Não… — Catherine estava chorando — A Denize não chega nem perto dessa pessoa… Blanc Lagunov é meu inimigo!

Sensibilizada, Cindy apenas abraçou a jovem bruxa.

Em Otium, Ivan estava jantando quando ouviu sua porta bater. Ao abrir a porta, se deparou com uma visita inesperada. Josh Lagunov.

— B-boa noite… — Josh estava vacilante.

— Entre, por favor — Ivan deu espaço para o caçador.

Josh entrou com passos nervosos e ficou em pé no meio do corredor.

— Já jantou? — Ivan sorriu.

— Não, mas…

— Eu fiz ensopado de carne de cabra — Ivan dava pequenos empurrões no jovem caçador para o direcionar até a mesa — Eu preciso aproveitar enquanto a Cat não está em casa, já que ela não gosta muito que comamos carne.

Josh se sentou, extremamente tímido.

— Se incomoda de comer comigo? — Ivan servia um prato a mais.

O garoto apenas balançou a cabeça em negação.

A comida estava gostosa, mas Josh não poderia descrever o quanto estava desconfortável com fato de que Ivan não havia tirado os olhos dele nem por um único segundo.

— Ah… — Ivan percebeu o quanto estava sendo invasivo — Me desculpe… Mas é que você se parece muito com o seu pai, quando era jovem. Quer dizer, sem aquela expressão carrancuda que ele sempre teve. Mas formato dos seus olhos e o seu porte fisíco… — Ivan deu uma pequena gargalhada — Sinto que ainda estou nos tempos da academia.

— O senhor conheceu o meu pai na academia do Minus? — Josh estava confuso.

— Statera.

Josh engasgou.

— É... o mundo dá voltas — Ivan deu de ombros.

— Eu nunca imaginei que meu pai poderia ter vindo do Statera…

— Quem é a sua mãe? — Ivan estava empolgado — Sempre quis saber com que tipo de mulher o Blanc se relacionaria.

— Eu não sei… — Josh ficou um tempo encarando o nada com uma expressão confusa — Sei que ela era uma bruxa. Mas deve estar morta.

— Uh… — Ivan coçou a cabeça — Me desculpe.

— Não se preocupe — Josh cortava o pedaço de bife em seu prato — Descobri isso faz muitos anos sabe? Já me senti mal e já me recuperei também.

— Eu sou um velho tolo a procura de uma história de amor do meu antigo amigo.

— O senhor e o Blanc eram amigos? — Josh foi totalmente surpreendido por aquela afirmação.

— Melhores amigos! — Ivan dizia com nostalgia — Quer ouvir da vez em que ele engasgou com um pedaço de maça e vomitou no uniforme de uma veterana?

O velho caçador estava empolgado com a presença de Josh e desatou a contar história de sua adolescência no Statera. Josh, por sua vez, ouvia tudo com muita atenção. Embora boa parte do que Ivan contava, parecia não se ligar com o que ele conhecia do seu pai.

Duas horas haviam se passado, e Josh finalmente se lembrou o que o havia levado ali.

— Híbridos! — O garoto se levantou do sofá com brutalidade — Tem cinco híbridos escondidos em uma taverna na rua debaixo.

— O que?

— Sim, o dono da taverna me devia um favor porque uma vez eu dei uma surra em um bruxo que controlava o vento. Ele sempre bebia sem pagar e afastava os clientes…

— Você conseguiu capturar cinco híbridos? — Ivan estava perplexo.

— Não fiz isso sozinho — Josh coçou a cabeça — Um outro amigo da Catherine me ajudou… Mas enfim! O julgamento é depois de amanhã e nós precisamos nos preparar...

— Obrigado — Ivan suspirou — Obrigado de verdade.

Na mansão Yamamoto, havia uma reunião dos patriarcas dos principais clãs de Shima.

— É INADMISSÍVEL! — Zao, patriarca do clã Meng, esmurrava a mesa com vigor — Agem como se fôssemos insignificantes.

— Aquele que ferir um filho de Shima, ferirá todos! — Ji-Hyo, matriarca do clã Kim, dizia quase como quem declamava um cântico.

Reiko, matriarca do clã Koyama, permanecia em silêncio diante da discussão. Seu clã era pequeno e apenas mais dois no arquipélago eram compostos por bruxas, ela sabia que entrar em confronto com uma organização de caçadores seria extremamente prejudicial para o bem estar da sua família.

— Eu acredito que devemos tentar resolver essas questões dentro dos nossos limites políticos e legislativos — Masumi entrou na sala de reunião.

— O que esse pirralho está fazendo aqui? — Zao resmungou.

— Talvez devêssemos dar uma chance para ouvir o que ele tem a dizer — Reiko intercedeu.

— O clã Koyama não pode ter dois votos! — Zao vociferou.

— O clã Koyama não pode ter nenhum voto se for da sua vontade estimado patriarca Zao — Masumi tinha um sorriso pretensioso em seu rosto — Todavia, o fato do senhor cultivar uma opinião extremamente preconceituosa sobre a nossa raça, não interfere nos nossos direitos como cidadãos de Shima.

— Moleque atrevido! — Zao se aproximou de Masumi a ponto de ficar alguns centímetros de seu rosto — Você não tem voz aqui.

— Masumi, assuma meu lugar como representante do clã — Reiko disse depois de um suspiro — Não tenho mais energia para lidar com o temperamento do velho Zao.

— Obrigado, mãe — Masumi beijou as mãos da senhora simpática.

— Ela pode fazer isso? — Zao se virou para Hiroshi.

— Não há regra que proíba — Hiroshi deu de ombros.

Zao deu uma última olhada feia para Masumi antes de voltar para o seu lugar.

— Bom, como eu dizia... — Masumi sorriu.

No santuário, Catherine já havia se recolhido para dormir, embora não houvesse tantas coisas para fazer naquele local.

“Talvez seja melhor voltar para casa…” A bruxa agarrava o travesseiro.

“Sinto falta do meu pai e também sinto falta do Ryu…”

— Também sinto sua falta.

Catherine sorriu, feliz do seu feitiço ter dado certo novamente. Dessa vez, ela se viu em um quarto pequeno, aquecido por uma lareira. Ryu estava de pijama, sentado na cama e sorrindo para ela.

— Você está melhor com os feitiços de projeção, aprendeu durante as aulas?

— Eles não me deixam assistir as aulas — Catherine se sentou ao lado de Ryu — Querem me expulsar e vão conseguir.

— Não, não vão — O guardião tinha um tom firme — Eu vou provar que você é uma boa bruxa e acredite… isso é muito difícil de se encontrar.

Catherine apenas sorriu para seu companheiro.

— Te ver assim na minha frente me faz querer te abraçar — Ryu tentava tocar a projeção que se desfazia por entre os seus dedos e se reconstruía quando nada mais interferia sua imagem.

— E eu sinto vontade de te beijar — Catherine se aproximou de Ryu, deixando apenas milímetros separando os seus lábios.

De repente a imagem de Catherine desapareceu, deixando Ryu mais uma vez sozinho. O guardião apenas suspirou com certa decepção e voltou a arrumar suas malas. Ele havia saído de Otium no dia anterior, não avisou a ninguém sobre sua viagem. Passou por Ita, Vanitas e seu último destino era Pack.

— Droga! — Catherine protestou já em seu quarto — Meu coração ficou acelerado!

Embora não tivesse tido um estudo aprofundado sobre aquele feitiço, os métodos empíricos deram a Catherine algumas dicas de como ele funcionava. Se ela pensasse com muita força em alguém poderia se projetar no mesmo local que essa pessoa, mas precisava se manter concentrada e calma.

— Como eu poderia ficar calma quando eu falo em beijar o Ryu? — A bruxa cobriu o rosto totalmente vermelho.

No Minus, um caos estava instalado. A missão de capturar a bruxa do azar havia falhado, o general do Minus foi afastado e a imagem da corporação estava manchada.

Ryan havia passado os últimos dois dias caçando e matando bruxas e bestas que atormentavam os arredores de Montis e no momento que chegou na sede foi recebido com olhares curiosos e vacilantes.

Sem se importar em perguntar o motivo do alvoroço ele apenas seguiu em direção aos seus aposentos.

— Senhor! — Naira se aproximou do soldado recém chegado — Aqui está o que senhor me pediu.

O caçador encarou o comunicador na mão da garota e sentiu seu coração apertar.

— Acho que não preciso mais disso…

— VOCÊ PRECISA SIM! — Naira empurrou o carregador em direção ao peito do combatente — Eu fiquei horas da minha vida procurando esse negócio, conversei com um maluco no depósito e estou te esperando faz dois dias! — A garota rosnou — Você não pode só mudar de ideia! Guarde como lembrança, jogue no lixo… Não me importa o que você vai fazer com isso! Boa tarde!

Ryan ficou perplexo com a atitude da garota, mas não a culpou. Nesses dias ele havia sido bastante temperamental. Talvez ele fosse se desculpar em outra ocasião… ou demiti-la, ele ainda não tinha decidido.

Já sozinho em seu quarto ele largou suas coisas no tapete, tirou a roupa e foi para o banho.

Enquanto sentia a água quente escorrendo pelo seu corpo e lavando toda a sujeira de um intenso período de caçadas, ele refletia sobre tudo o que havia acontecido naqueles momentos. A imagem de Benjamin se transformando em uma fera diante dos seus olhos, o fez refletir sobre todas as feras que matou naquele dia.

“General Blanc, gostaria de perguntar se por acaso aqueles monstros que enfrentamos em Montis são nossos companheiros soldados?” Ryan ensaiava em seus pensamentos. Mas como ele poderia descobrir o que estava acontecendo? Embora houvesse diversas suspeitas, ele só sentia que estava maluco. Desligou o chuveiro, se enrolou na toalha e saiu do banheiro. Ao chegar no quarto, viu Safira sentada na cama com uma expressão confusa encarando seu comunicador.

— O que foi? — Ryan preguntava com curiosidade.

— Você tem uma mensagem — Safira apontava para o objeto.

— Deve ser algum comunicado oficial — Ryan dava de ombros.

— Esse pisca pisca me incomoda — Safira segurava o objeto — Posso tirar?

— Você está cada vez mais ranzinza — Ryan dizia enquanto trocava de roupa.

— Deve ser a idade — A bruxa respondeu enquanto clicava no objeto.

“Yuki Yamamoto se apresentando, senhor. Relatório de investigação”

No momento que ouviu a voz de sua antiga companheira, Ryan sentiu seu corpo inteiro tremer. Teve, por alguns segundos, a sensação de que seu coração saltaria para fora de seu peito.

“Depois de notar atividades suspeitas, segui Benjamin e o Dr. Hoffman até um laboratório escondido em uma sala secreta na ala 9, que leva ao subterrâneo. Lá são praticadas atrocidades que vão contra todo o código de honra dos caçadores e até burla leis da monarquia e da igreja.”

Ryan tomou o comunicador da mão de Safira e o pôs no ouvido.

“Não confie em Blanc. Ele, assim como muitos dentro da unidade, está compactuando com esses crimes. Durante a minha fuga, me encontrei com o Gaspar e ele foi executado na minha frente por outros membros do Minus… Pelos seus próprios amigos…”

— Gaspar… — Ryan estava atônito.


Eu sinto muito... Eu só soube que ela e Gaspar haviam saído escondido para essa missão difícil, pouco depois de receber os corpos…

A voz de Blanc ecoava em sua mente, as mentiras ditas tão dissimuladamente.

“Eu estou gravemente ferida e estou sendo perseguida nesse momento. Consegui provas em vídeo e fotos de todos os crimes, estão armazenadas em um pendrive que eu escondi enquanto fugia. Não vou revelar a localização do objeto, pois se essa gravação for interceptada estarei pondo em risco a única prova que temos.”
Ryan segurava o comunicador com tanta força, que estava a ponto de quebra-lo.

“— Eles estão chegando… — O choro da garota era nítido — Por favor… Não seja um deles… Você é única pessoa que eu confio aqui dentro… Relatório encerrado”
Já não mais se contendo por qualquer que fosse o motivo, Ryan chorou. Chorou alto, a ponto de que se alguém passasse do lado de fora do seu quarto, poderia ouvir seus gemidos. Ele sentia seu corpo inteiro doer, seu coração parecia estar dentro de uma máquina de compressão. A voz chorosa de Yuki, machucava. Ela morreu pelas mãos de quem confiava e pelo que acreditava.
Desesperada, Safira o abraçou. O garoto enterrou o rosto nos ombros da bruxa e chorou ainda mais desesperadamente.
Ryan adormeceu, não porque estava em condições de fazer aquilo, mas pela influência da magia de Safira, que acreditava ser dor demais para que aquela pobre criança digerisse de uma única vez.


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