Questão de Sorte escrita por Hakiny


Capítulo 49
A Loucura dos Bortoluzzi Part.2


Notas iniciais do capítulo

Capítulo bem tenso, nosso penúltimo da temporada espero que gostem ♥



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Na estação de trem que ligava os 7 reinos, Helena, juntamente com seus soldados e as crianças resgatadas, esperavam o horário de embarcar.

— Você não o fez… — Uma pequena nuvem de poeira, tomou a forma de uma mulher ruiva.

— Claro que fiz! — Helena sorriu — Salvei os órfãos que haviam sido sequestrados, infelizmente não consegui matar os Chermont, mas estou satisfeita com a minha missão.

— Que se danem os Chermont e essas malditas crianças! — Agnes se irritava — A bruxa do azar ainda está viva!

— São palavras muito feias para saírem da boca de uma sacerdotisa — Helena tinha um tom sarcástico — A vida não deveria vir acima da punição?

— A vida de milhares de pessoas está em jogo, Helena! — A bruxa estava a ponto de explodir — Você não consegue agir com coerência nem uma única vez?

— Eu ajo como julgo correto! — A caçadora assumiu um tom sério — Eu fui criada e treinada para proteger a humanidade. Já tirei mais vidas do que pude contar, mas sei que tudo o que eu fiz foi de acordo com os meus princípios.

— Ela ameaça a humanidade!

— Para mim, Catherine Gibran tem sido tão vítima do mundo quanto esses órfãos que resgatei — Helena tinha uma expressão tranquila em seu rosto — Eu não machuco crianças, Agnes. Quando ela se tornar o demônio destruidor que você tanto prega, pode voltar a me chamar, pois aí estarei disposta a matá-la.

— Você é igualzinha ao seu irmão! — A bruxa suspirou — Como o lado pacífico da família não me trouxe resultados, terei que novamente recorrer ao maluco do seu pai.

— Boa sorte! — A caçadora sorriu — Se está em busca de um assassino sem escrúpulos, estará indo ao lugar certo.

— Aparentemente é disso que eu estou precisando — Agnes deu de ombros — Ela poderia ser um musculoso com cara de psicopata ou uma assassina em série… mas não, tinha que ser uma adolescente fofinha.

Distante dali, sem nem ao menos descansarem, Ryu e Catherine decidiram seguir viagem.

— Oi meu neném — Catherine fazia carinho em Tommy e falava com uma voz engraçada — Sentiu falta da mamãe? Sentiu falta da mamãe?

O cavalo se balançava de um lado para o outro como um cachorro eufórico.

— Não entendo porque o Josh não nos acompanha — A bruxa dizia enquanto ajeitava suas coisas no cavalo — Ele poderia parar de se fazer de difícil e viajar conosco.

— Parar de se fazer de difícil? — Ryu encarou Catherine — Está pedindo muito para o senhor misterioso!

— EXATO! — Catherine se empolgou — Ele é como personagem clichê de anime com uma atitude sombria!

— Não, ele é como um otaku que finge ser um personagem clichê de anime com uma atitude sombria… — Ryu corrigiu.

Catherine teve uma pequena crise de risos.

A caminhada seguiu em direção a floresta, que Ryu julgou ser uma boa forma de fugir da rota óbvia para o Minus. Vários minutos se passaram sem que nenhum dos dois dissesse nenhuma palavra, o que não era nada comum desde que saíam de Otium. Mesmo que fossem ofensas, o que era extremamente comum, eles sempre tinham algo a falar um com o outro.

— Falta muito? — Catherine soltou.

— Algumas horas de caminhada apenas. — Ryu respondeu calmamente e sorriu.

Por mais educado que aquilo parecesse, era extremamente incômodo para Catherine. Era simplesmente educado demais, quase como se fossem estranhos.

— Se não tivéssemos problemas com os Chermont, provavelmente já teríamos chegado. — Ela tentou alongar a conversa.

Mas assim que terminou sua frase, viu a expressão de Ryu se enrijecer. Em partes se sentiu culpada por tocar naquele assunto, mas por outro lado, entendeu exatamente o que havia criado aquela barreira entre eles.

— Você não tem culpa… — A bruxa estava receosa — Pelo que eu soube, eles são bruxos antigos e poderosos, demos o nosso melhor!

Ryu apenas acenou positivamente com a cabeça.

— Eu estou bem e bom… as crianças estão a salvo também… — A bruxa tentava mudar aquela situação.

Ryu permaneceu em silêncio, seguindo pelo campo vazio em direção a floresta que rodeava a cidade.

— Por que você está assim? — Catherine se rendeu — Eu não sei mais o que fazer para te alcançar…

— Catherine… — Ryu suspirou — Faltam poucas horas até o santuário, não precisamos ter essa conversa.

Ao fim da frase de Ryu, a bruxa puxou as rédeas do cavalo, o fazendo frear bruscamente.

— Quem é Catherine? — A garota desceu do animal rapidamente.

— O que? — O guardião estava confuso.

— Eu sou a Cat! — Ela se aproximou dele e o encarou — E de fato temos apenas poucas horas a frente, e é exatamente por isso que eu quero resolver essa situação! Se eu me der mal nos estudos por estar pensando em você, não vou te perdoar!

Ryu manteve os olhos fixados nos de Catherine por alguns segundos mas em seguida os voltou para o chão.

— Vamos lá… — A bruxa se aproximou mais — Pode ser sincero comigo.

— Eu te feri… — Ryu sussurrou — Não consigo lidar com isso.

— Então era isso — Catherine deu um leve sorriso e em seguida levantou o rosto de Ryu de forma que seus olhos se encontrassem mais uma vez — Quantas vezes você se feriu por minha causa?

— Eu te machuquei Catherine… — Ryu estava incrédulo com a comparação da garota — Com as minhas mãos…

— Eu te feri com a minha existência, com os meus sonhos e com a minha teimosia! — A bruxa rebateu enquanto se deprimia — Se eu tivesse escolhido ficar em Otium, você provavelmente teria escoltado uma bruxa menos complicada e talvez nem tivesse enfrentado quaisquer dificuldades.

— Eu não trocaria nenhum dia que tivemos, nem mesmo os mais difíceis, por uma travessia tranquila com outra bruxa — Ryu segurou firme a mão de Catherine que estava em seu rosto, enquanto dizia com determinação — Você foi a minha melhor escolha!

A garota se surpreendeu com aquelas palavras, a ponto de perder a fala.

Sem que ao menos percebessem, o jogo de consolo havia se alternado, pois agora era Ryu que lutava para deixar a bruxa bem.

— Então você me entende… — Catherine sorriu um pouco sem jeito — Assim como eu te entendo… Cada arranhão, cada hematoma… — ela caminhava com os dedos pelas cicatrizes que Ryu carregava em seu braço — … não houve uma noite após uma batalha que eu não chorei.

— Não chore por isso Catherine! — Ryu abraçou a bruxa — Eu não me arrependo de nada.

— Se quer saber eu até me sinto bem por me machucar — Catherine se agarrava a blusa de Ryu enquanto enterrava o rosto em seu peito — Assim sei que não é só você a sofrer nessa jornada.

— Não diga asneiras! Eu sou o seu guardião! — Ryu a apertava com mais força —  Eu tomaria todas as suas dores se pudesse! Essa é a minha missão, no fim das contas!

— Por favor não se afaste de mim Ryu… — A aquela altura Catherine já estava aos prantos — Não me trate como uma estranha…

— Eu só queria levá-la até o santuário… deixá-la segura de qualquer coisa… — Ryu também chorava.

— Você age como se o santuário fosse o fim — A bruxa empurrou Ryu e o encarou irritada — Eu não quero que você saia da minha vida! Você sempre está tão preocupado se fere a minha pele mas nem percebe que está quebrando meu coração!

— Quebrar o seu coração? — O guardião a encarou com uma expressão surpresa.

As bochechas de Catherine ficaram vermelhas e ela não conseguiu pensar em uma boa resposta. Sem muitas alternativas ela se virou e continuou andando, rumo a floresta que cercava Ferrum.

Ryu sentiu seu coração acelerar, por mais que tivesse desconfiado em alguns momentos, jamais acreditou que Catherine abriria mão de seus conceitos tão estabelecidos… por ele.

— Cat… — Ele tentava alcançar a garota — O que quer dizer?

— Eu gosto de você, Ryu! — A bruxa era incapaz de olhar em seus olhos e continuava caminhando cada vez mais depressa — A sua companhia me faz bem.

— Eu também gosto de você Catherine! — Ryu tinha um sorriso bobo em seu rosto.

— Você não entende! — Catherine estava a ponto de chorar de desespero.

— Não entendo mesmo? — Ryu puxou o braço da bruxa e a encarou firme — Me diz o que sente?

A garota deu alguns passos para trás e respirou fundo. Buscava por palavras que pudessem ser boas o suficiente para descrever o que sentia. Mas ao mesmo tempo acreditava ser uma péssima idéia nutrir aquele sentimento, afinal, era biologicamente incompatível e socialmente inaceitável.

Antes que pudesse formular qualquer frase, foi surpreendida por um clarão, seguido de um barulho de explosão. O impacto a fez ser arremessada para longe. Enquanto tentava recuperar os sentidos, que devido ao estrondo estavam confusos, ela se viu diante de uma cortina de fumaça.

— Ryu… — Catherine se arrastou na direção do corpo que avistou no meio da fumaça.

Quando finalmente o alcançou, a bruxa se deparou com a imagem do guardião, coberto de queimaduras pelo corpo e inconsciente.

— Ai meu deus… — A bruxa se viu completamente sem reação e teve medo de tocá-lo.

— Então vejo que o noivado não durou muito, não é mesmo? — A voz de Claire, ainda distante, alcançou a garota — Era de se esperar que uma caipira jamais se juntaria a nobreza.

— C-como… Por que? — Catherine estava em choque — POR QUE FEZ ISSO CLAIRE?

— Porque ele fez escolhas erradas. Porque ele é insignificante. E diante da sua reação, porque isso te fere. — A bruxa tinha uma expressão psicótica em seu rosto.

— Você passou de todos os limites… Eu não entendo… — Catherine levava a mão a cabeça, completamente desesperada.

— Não entende? Além de tudo agora você também é uma dissimulada? — Claire tinha ódio em sua voz — VOCÊ passou de todos os limites quando roubou o meu guardião, o meu noivo e ainda me humilhou publicamente! Você… uma maldita bruxa impura, bastarda e insignificante! Você é pior do que lixo!

Claire lançou mais uma onda de energia na direção de Catherine, fazendo um círculo de destruição ao redor dela.

A bruxa do azar se encolheu sobre o corpo de Ryu, na tentativa de protegê-lo.

— Isso mesmo! — Claire vibrava — Se encolha como um rato assustado! Pois é isso que você é, um rato sujo… uma órfã tirada diretamente do lixo!

Enquanto caminhava na direção da inimiga, Claire pisou em uma rocha coberta de lodo e escorregou. Apesar do seus esforços para se pôr de pé novamente, a vegetação crescida parecia impedir seus movimentos, se enrolando cada vez mais em seus membros.

Aproveitando aquela deixa, Catherine arrastou o corpo de Ryu até Tommy, que se agachou para facilitar o trabalho da bruxa.

— Não a deixem fugir! — Claire gritava aos quatro guardiões que haviam chegado no local, mas eles  permaneceram parados — O que estão fazendo?

— Não somos assassinos, senhora. — Um deles respondeu, claramente assustado.

Ele sabia, que mesmo com toda a influência da família Bortoluzzi, um assassinato certamente os condenaria a forca.

— Inúteis! — A bruxa usou sua magia para explodir tudo o que estava ao seu redor, conseguindo dessa forma se libertar.

— Tommy, vai! — Catherine deu um tapa no traseiro do cavalo.

O animal a olhou, um pouco confuso por ela não o acompanhar, mas fez como o mandado.

— Você vai queimar, sua rata imunda! — Claire berrava enquanto corria em direção a bruxa do azar.

Ciente de que não tinha chances de enfrentar aquele inimigo em um duelo, Catherine se embrenhou na floresta.

Uma intensa chuva começou a cair, tornando o trajeto ainda mais difícil para Cat.

Ela sabia que aquilo era fruto da sua magia, mas era incapaz de controlar os seus nervos o que consequentemente acionava seus poderes.

— Tenha um pouco de dignidade pelo menos diante da morte, maldita caipira! — Claire gritava enquanto destruía tudo o que se opusesse ao seu caminho.

A imagem da Bortoluzzi era aterradora, seus cabelos molhados cobriam parte do seu rosto, deixando a mostra apenas seus olhos arregalados, o visual macabro se completava com o vestido sujo de lama.

Encolhida entre as raízes de uma árvore, Catherine apenas ouvia o que se passava ao redor. Os troncos sendo destruídos, os berros de Claire, as explosões.

O céu nublado, juntamente com a floresta com mata fechada, fazia quase impossível enxergar alguma coisa. Volta e meia os raios de Claire iluminavam o cenário, mas isso tornava tudo mais assustador.

Uma onda de terror percorreu o corpo da bruxa, em partes por sentir a morte certeira se aproximando, mas o medo que Ryu morresse era o que mais a incomodava, afinal, onde Tommy poderia encontrar socorro?

— Te encontrei! — Claire estava diante de Catherine.

Os olhos da bruxa se arregalaram diante da feição doentia da Bortoluzzi. Uma luz prateada envolveu a palma da nobre e ela a estendeu bem próximo ao rosto de Catherine.

— Vou explodir essa sua cara imunda! — Claire sorria diabolicamente.

Catherine fechou os olhos e por isso só ouviu um grito se distanciando, ao abrí-los novamente, se viu sozinha.

Sem entender o que havia acontecido, ela apenas se levantou e correu para longe dali.

Enquanto isso Claire era arrastada na lama pelo braço que estava preso a um chicote.

— Quem você pensa que é?  — Ela tentava se livrar do couro amarrado ao seu punho.

— Um caçador! — Josh respondeu de forma ríspida.

Claire sentiu seu corpo inteiro tremer. Em toda a sua vida, jamais havia se imaginado nas mãos de um caçador. Tomada por desespero, ela tentou atacar o inimigo, mas Josh agiu rapidamente e envolveu os punhos da bruxa com raiz de laranjeira. O resultado foi imediato, e Claire caiu de joelhos, completamente sem forças.

— Afaste-se dela! — Um grupo de quatro indivíduos, cercou o caçador.

Josh sacou suas cimitarras e avançou para a batalha.

— TOMMY! — Catherine gritava enquanto corria pela densa floresta.

Mas não havia sinal do cavalo, ou de nada conhecido, por instante ela sentiu que estaria perdida para sempre.

Um som de cascos se chocando contra as rochas, fez a bruxa se assustar, não se tratava de um mas de vários, por isso ela se escondeu em um tronco oco.

— Foi aqui mesmo que a bruxa disse que eles estariam? — A voz de Benjamin foi fácil de reconhecer.

— Sim, a Agnes nunca erra. — Ryan respondeu.

— Edgar, conseguiu sentir o cheiro de alguma bruxa por aqui? — Benjamin perguntou.

Naquele momento, Catherine sentiu seu coração acelerar. O Minus estava ali, e ela estava sozinha, perdida e desesperada.

— Sim… — O rastreador respondeu — Mas está mais à frente.

Um súbito alívio tomou o corpo da garota, talvez o fato de estar mergulhada em lama até o pescoço contribuiu para que passasse despercebida.

“Que sorte!” A bruxa pensou com animação, mas ao se lembrar que isso provavelmente seria uma fala de Ryu, ela sentiu uma tristeza muito grande em seu coração. Queria gritar por Tommy mais uma vez, mas temeu ser ouvida pelos caçadores.

— Depois de incendiar Ita e tentar assassinar outra bruxa — Josh jogava o corpo de Claire sobre seus ombros — Terá sorte se conseguir apenas o exílio.

Os quatro guardiões estavam caídos no chão, muito feridos e inconscientes.

Enquanto procurava por uma rota conhecida, Josh foi surpreendido por um ataque repentino. Uma foice havia sido cravada em seu ombro e uma corrente amarrada a ela foi puxada, o fazendo cair de costas.

— Hajam rápido! — Benjamin gritou — Ele é perigoso!

Uma porção de soldados saltaram de seus cavalos e correram em direção a Josh. Com um movimento rápido ele lançou seu chicote na direção de Benjamin e o derrubou de sua montaria.

Aproveitando a oportunidade, arrancou a lâmina de seu ombro e sacou suas espadas. Antes que pudesse tomar posição de batalha foi atingido por um soco no estômago. Diante da surpresa do inimigo, Ryan se preparava para desferir mais golpes, mas foi surpreendido por um contra ataque imediato, que resultou na quebra do seu nariz.

Não permitindo que aquele ferimento o parasse, o jovem combatente continuou investindo contra o ex Minus.

Em um momento de distração Josh teve a cimitarra de sua mão direita arrancada por Benjamin e sua Kusarigama.

Benjamin atacou mais uma vez, mas diferente da última tentativa, Josh agora desviou da lâmina e se segurou firme na corrente. Usando de sua força expressivamente superior, o híbrido arrastou Benjamin e o lançou o mais longe que conseguiu.

“Sinto muito, Marie, mas isso é necessário.” Josh se comunicou com a sua espada.

Ryan avançou na direção do inimigo, mas foi parado por um golpe que rasgou seu peito e abdómen e em seguida foi atingido por um chute que o fez voar pelo campo de batalha, parando somente depois de quebrar um tronco de árvore.

— Joane! — Josh gritou enquanto corria.

A espada imediatamente voou para a sua mão.

Vários caçadores tentaram impedir a saída do híbrido, mas no momento em que tiveram suas lâminas cortadas pelas cimitarras de cristal, recuaram assustados.

— Anabel! — Josh soou mais um comando.

De repente, uma cortina de fumaça tomou o local, tornando incontível a fuga do ex Minus.

— Maldito! — Benjamin pragrejava — Ele é um animal! Não tem como pará-lo!

— Não é atoa que ele e a irmã lideravam a elite — Ryan tinha uma expressão vazia, enquanto suas feridas se fechavam instantaneamente..

— Você está bem tranquilo, não é? — Benjamin o encarou irritado — Posso saber o motivo de você não ter mandado aquele merda para o espaço com seus fogos de artifício?

— Pelo simples fato de Safira não reagir contra ele. Confiar nas habilidades dela na minha última batalha resultou na minha derrota e quase morte. — Ryan deu um suspiro e continuou — E além do mais, não tenho interesse no híbrido, meu alvo é o guardião da bruxa do azar… Ryu!

— Baboseira! — Benjamin se irritava — Você deveria subjugá-la de uma vez e fazer dela sua escrava!

— Quando você conseguir subjugar a alma de uma bruxa do nível de Safira, poderemos colocá-lo no lugar do Blanc na liderança do Minus! — Ryan tinha um tom debochado — Afinal de contas, nem mesmo ele foi capaz de tamanha proeza.

Benjamin encarou Ryan com raiva, mas escolheu não continuar aquela discussão.

Ryan por outro lado, estava intrigado com as mudanças em seu velho amigo. Além da sua força física praticamente dobrar, seu corpo parecia cada vez mais musculoso a ponto de ter inúmeras veias destacadas. Benjamin sempre foi grande e forte, mas aquele ganho de massa era repentino demais. A recuperação da perda do braço também era assustadora, mesmo com o auxílio da prótese mecânica, era necessário meses de reabilitação, entretanto, poucos dias foram suficientes Tudo isso sem falar no seu humor, que estava cada vez mais instável. Ele não sabia o que estava por trás desses fenômenos, mas estava realmente curioso.


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Notas finais do capítulo

Que capítulo eletrizante né? AUSHAUHSAH desculpa eu não consegui me segurar hauhauha
E aí, o que acharam?



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