He Is My Captain escrita por Airi


Capítulo 10
Como ratos


Notas iniciais do capítulo

Aeeee, ai está a vencedora #Luna_Kraut# . Poxa, em primeiro lugar gostaria de agradecer as meninas que se esforçaram para mandar, eu li todos como tinha prometido e ficaram oootimas ! Ressaltado que AMEI o personagem novo que a Clari inventou, serio, foi de me arrancar suspiros! E a Mandy que me comoveu com sua escrita 8 Queria dizer tambem que todas vocês foram otimas, e foi muito bom ler e ver o que vocês escrevem, o jeito principalmente, vocês conseguem imitar direitinho a Mary e ela está muito feliz tambem ! #umalteregodaaoutora# . Bom, espero que gostem tanto quanto eu desse maravilhoso capitulo ! ; Todos os creditos a Luna_Kraut, e todo o meu amor e carinho as que mandaram, eu realmente amei
Agora, boa leituuura o/



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Encontrava-me acordada, mas ainda mantinha os olhos fechados. A lembrança da noite anterior ainda pulsava em minha mente, inebriando-me. Lembrança ou sonho? Não sabia dizer. Parte de mim, aquela que amava Henry, queria que fosse lembrança; a outra, aquela que prometera a Katherine ajudá-la na conquista de seu amor, queria que fosse sonho.

            Espreguicei-me demoradamente e abri os olhos bem devagar. O quarto estava mais claro do que eu esperava. Sentei-me e esfreguei os olhos enquanto esperava que eles se acostumassem com a luz. Minha visão voltava aos poucos, desfazendo a minha dúvida ao acordar. Foi real!

            Nossos corpos colados naquela dança única entre dois amantes. O calor compartilhado, as carícias trocadas, os beijos e abraços dados um ao outro sem receio algum em uma harmonia perfeita. Sorri automaticamente.

            Corri os olhos pela cama e, logo depois, pelo aposento. Henry estava sentado na poltrona encarando-me. Seus olhos cor de mar eram pura malícia. Isso me remeteu a verdadeira realidade. Ele conseguira! Realizou seu maior desejo desde quando me vira pela primeira vez. Como pude ser tão idiota?

            Irritada levantei-me e comecei a vestir as minhas roupas espalhadas por todo o quarto.

            - Achei que não acordaria mais! Tem noção da hora?

            - A culpa é sua! Eu disse que devíamos ter ido atrás delas ontem a noite mesmo. Você disse que não, que estava cansado e...

Não conseguia mais dizer nenhuma palavra. Primeiro porque voltei a tossir. Desta vez, porém, sem sangue, o que me aliviou muito. Não seria nada legal voltar àquele momento dramático em que estávamos no navio antes de Mercedes chegar toda cortada. O que me lembra o segundo motivo: ele me enganou e conseguiu o que sonhava. Fez-me trair as cortesãs, Matt e a mim mesma de uma só vez. Idiota!

            - Hei! Não se estresse, não quer morrer mais cedo quer?

            Saí do quarto ignorando o que dizia. Bati a porta. Talvez ele não seja tão burro quanto pensei, talvez nada passe de um plano. Não! Deixe de ser tola Mary. Katherine nunca aceitaria participar de um plano assim, muito menos Mercedes se cortaria daquele jeito só para atender os caprichos de Henry. Aceitariam?

            - Aonde pensa que vai? A floresta é para o outro lado! Lembra que ainda temos donzelas para salvar?

            Que lindo! Agora vai dar uma de herói? Aposto que se não fosse por mim você ainda estaria naquele porto comum choramingando com o “Teddy”. Na espera de ser capturado pela guarda.

            Mesmo durante o dia a floresta parecia-me assustadora. As copas das árvores eram tão entrelaçadas que era raro um feixe de luz solar rasgá-la. Tive de ir à frente cortando aquela teia de cipós que se formavam perto do solo impedindo nossa passagem. É claro que o fresco do Henry ficou estático diante da primeira tarântula que apareceu na frente dele. Tive que “assumir o comando” e fazer todo o trabalho sozinha, só para variar um pouco.

            Henry estava estranhamente calado. Recusei-me olhar para trás e perguntar se estava tudo bem. Não queria conversar com aquele capitão fajuto, estava irritada de mais para isso. Além do mais, só deveria estar apavorado de mais com a idéia de ter que enfrentar Black Bart.

            Meu estômago reclamou um pouco me lembrando que não comera nada desde ontem. Olhei para as árvores perto de mim. Para meu azar nenhuma frutífera. Cogitei minhas opções: perguntar para Henry se ele trouxera comida ou passar fome até salvar as garotas. Escolhi a segunda opção. Tudo para não encarar aquele traidor...

            - Não está com fome? Saiu tão irritada do quarto que nem mexeu na bandeja de comida que aquela senhora preparou com tanto carinho.

            Agora deu para ler pensamentos? Não respondi. Continuei meu trabalho escravo cortando milhares de cipós imaginando que fossem muitos Henryzinhos.

            - O que eu fiz para você me ignorar? –Dei mais umas quatro ou cinco espadadas com força. –Hei! Olhe para o seu Capitão quando ele fala com você!

            Disse autoritário puxando meu braço e me obrigando a olhá-lo. Seus olhos de mar pareciam confusos, tão intensos que eu podia sentir o cheiro de sal. Cheiro de sal?

            - Desculpe Capitão. –Disse azeda, soltando meu braço. –Só não queria me distrair da nossa busca, acabar logo com isso. Você também está sentindo o cheiro do mar?

            A entrada da floresta ficava bem no meio da ilha. Isso significava que tínhamos chegado à outra extremidade. Não deu outra. Mais alguns minutos de árduo trabalho, apenas de minha parte, nos revelou um lindo mar azul.

            Chegava a ser contraditório. Um lugar tão lindo com guardas tão feios. Sim, guardas para todos os lados.

            - Ótimo! Qual é o plano agora Capitão? –Disse irônica. Sabia ele não teria plano algum. Ah! A não ser o de se aproveitar de mim, mas esse já foi executado.

            - O plano? –Henry esforçava para pensar em alguma coisa de última hora. Era melhor eu intervir antes que começasse a sair fumaça daquela cabeça linda e fundisse de vez. Eu disse linda?

            - Que tal a gente se enrolar em alguns cipós e folhas, margear a floresta e achar um ponto cego?

            - Exatamente o que eu estava pensando maruja! Continue assim e dará uma ótima pirata.

            Continue assim e vai ficar idiota. Ops, esqueci. Você já é um!

            Revirando os olhos abaixei para pegar os cipós e colocar meuplano em prática. Amarrei como pude o maior número de “cordas naturais” nojentas de tal forma que não limitassem meu movimento, mas me escondessem dos vigias. Olhei-me em uma poça d’água ali perto. Nada mal.

            - Como está indo?

            Não contive o riso. Henry parecia um cesto verde. O cesto verde mais estranho que já vi na vida.

            - Por que está rindo? Não tem a menor graça... –Disse um Henry emburrado.

            - Claro que tem! Você está ridículo...

            - Não pense que você está uma bela donzela porque não está. Venha. Vamos acabar logo com isso. Katherine terá que me fazer uma bela massagem depois que tudo acabar.

            Fiquei com raiva de mim mesma por sentir uma pontada de ciúmes quando Henry falou de Katherine. Tudo bem que não foi do jeito mais amoroso da face da Terra, mas mesmo assim, só de imaginar a cena dos dois... Ah, deixa pra lá.

            Conseguimos entrar na fortaleza abandonada pelos fundos. Julguei abandonada por estar caindo aos pedaços. Black Bart deve ter tido sorte ao encontrar este lugar, ou era muito mal zeloso com suas coisas. Suprimi o riso.

            - Fique atrás de mim ok?

            - Não adianta tentar dar uma de herói para cima de mim não. Eu te conheço Henry! Aposto que na primeira oportunidade você vai fugir com o rabinho entre as pernas como naquela vez em que eu deixei Black Bart caolho.

            - E quase morreu fazendo isso.

            - Pelo menos eu fiz alguma coisa.

            - Não vem com essa não! Se eu não tivesse chegado lá no momento que Black ia acertar você com a espada, nem estaria aqui para me atormentar! Até que não seria má idéia... –Eu o fulminei com o olhar. –Agora fica quietinha e faz o que eu mando pelo menos uma vez na vida ok?

            Tive que me calar. Odiei dever minha vida a Henry com todas as minhas forças. Era assim que os marujos se sentiam? Que droga!

            Detesto ter que admitir, mas tenho que tirar o chapéu para Henry. No assunto de entrar de fininho e encontrar donzelas até que ele se sai muito bem. Tomara que também se saia bem salvando donzelas que estão conscientes e que realmente querem ser salvas, como não era meu caso naquele dia em que ele destruiu minha família, minha vila, minha vida.

            - Katherine! Olhe! É o Henry. Bem que você disse que ele viria!

            Katherine tampou a boca de Carly com as duas mãos. A cortesã mais jovem quase denunciara nossa presença. Estávamos dentro de um salão enorme com tudo que as cortesãs poderiam precisar. Água, vestidos, camas, e... Comida! Muita comida!

            Caminhei discretamente para a mesa de guloseimas tentando não ficar enjoada com o agarra agarra de Katherine e Henry. Era estranho como tudo havia sido fácil de mais! Por que Black Bart seria tão gentil com as cortesãs? Arrependeu-se de seus pecados e queria viver com elas feliz para sempre? Alguma coisa não me cheirava bem e não era a comida!

            Preparávamos para sair quando todas as portas e janelas do aposento fecharam-se de uma só vez. Eu sabia! Era uma enrascada

            - Ora, ora, ora! Não é que o ratinho medroso resolveu sair da toca e mordeu a isca na ratoeira?

            Nossa! Que Criativo! Quanto tempo será que Bart passou planejando essa “frase de efeito”? Horas? Sua vida inteira?

            - Black Bart!

            - Falso “pirata mais temido”.

            Sabe aquelas cenas de faroeste que lemos nos livros? Lembrou-me muito uma. Agora faltava cada um pegar suas armas. Dar uma distância e matar um ao outro. A imagem de ver Henry morto não agradou muito meu coração, mas ele teria de que acostumar-se. Ainda pretendo ir embora daquele barco maldito!

            Minha tosse voltou com força total. Dessa vez não teve jeito, veio com sangue e tudo. Isso chamou a atenção de Black e deu uma chance a Henry.

            Black Bart foi rápido, porém. Conseguiu defender-se de Henry e revidar com toda a força. O barulho do choque de espadas era amplificado pela sala resultando em um som ensurdecedor. As cortesãs davam gritinhos de susto ou de excitação, não pude identificar. Só conseguia prestar atenção á luta. Metade de mim torcendo para Henry vencer e, para minha surpresa, a outra também...

 


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Notas finais do capítulo

Aiaiai, estou tão animada ! Espero que tenham gostado e por favor, deixem as reviews, lembrando que quem escreveu não foi eu heim ! então nao deem creditos a mim, se for pela ideia eu deixo, mas o capitulo é dela ><!
hahaha, obrigada por ler e até o proximo capitulo