Perdas e Ganhos escrita por Lucca, alegrayson


Capítulo 12
As complicadas regras do jogo


Notas iniciais do capítulo

Finalmente vamos descobrir o que Patterson queria entrando na cela de Roman. Remi e Weller vão ter um momento casal quase normal. E uma nova tatuagem exigirá muito do team. Rich vai tumultuar ainda mais as coisas.
Esse capítulo tem descrições picantes, se você não curte, melhor evitar a primeira parte dele.
Boa leitura!



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Cela de Roman – no dia anterior

Em meio a aquele vendaval de emoções e sentimentos, Patterson e Roman não conseguem mais negar a súbita atração que os rodeia. Algo que nem eles mesmos eram capazes de conceituar ou explicar.

Em meio àquele jogo ainda indefinido, mas que já simbolizava algo bem mais importante, os laços de desejo e paixão deixavam a mostra o que estaria por vir.

Roman não era capaz de desviar o olhar daquela mulher de cabelos loiros. Sentindo-se mais envolvido do que planejara, ele tenta desencadear alguma ação para disfarçar a ebulição de tudo o que estava sentindo:

— Acho que nós deveríamos começar essa partida eletrizante_ diz com o olhar fixo nela o que não suavizou o clima entre eles.

— Você ainda não me disse o que gostaria de jogar. Sabe que jogos de tabuleiro não são a minha especialidade ... porém, eu tenho um palpite. Se me deixar escolher. ..

Ele a interrompe como se adivinhasse o que ela iria falar:

— Aposto que tem a ver com jogos que "devoram"_ ele diz gesticulando com os dedos para enfatizar a última palavra.

Patterson sente a face queimar, mas esboça um pequeno sorriso de canto de boca:

— O conceito de “devorar” pode ter diferentes interpretações. Então,  vou deixar com você a escolha já que parece conhecer melhor que eu.

Roman finge não perceber ela chamava sua atenção para o jogo para disfarçar o quanto estava tensa. Ele decide não ceder e continuar com as insinuações:

— Se quiser eu posso te ensinar de forma bem prática o sentido que eu quis dar a palavra “devorar”. Podemos, quem sabe, esquecer esse jogo e partir para algo essa questão mais linguística e... você sabe.. pessoal.

Patterson respira fundo e se levanta:

— Você realmente sabe como deixar uma mulher sem graça. Acho que essa é aquela hora em que eu invento uma desculpa ridícula qualquer para negar sua proposta e vou embora.

Roman também se levanta:

— Não vá. Sabe, eu realmente achei que a paixão que compartilhamos por quebra-cabeças e enigmas podia nos aproximar. _ seu rosto se revestiu de arrependimento. _ Fique, eu prometo que vou me comportar. Trilha, dama, xadrez?_ ele insiste tentando convencê-la.

— Roman, eu não sou igual as outras.

— Eu sei, por isso quero tanto que você fique.

Ela chega mais perto dele e coloca suas mãos em seu peitoral. Depois pega coloca a mão dele sobre seu peito na direção dos botões já abertos de sua blusa. Incapazes de se evitarem por mais tempo, os dois se conectam num longo e intenso beijo com suas bocas experimentando o calor de todo aquele tesão. As mãos de Patterson correm pelo corpo dele querendo que além do seu palada, seu toque pudesse guardar cada centímetro dele na memória. Ela não para até que suas mãos chegam aonde ela mais queria...

Quando tudo parecia que explodiria e que satisfariam todos os seus desejos, Roman interrompe o contato por um momento e olha fixamente pra ela. Patterson arrisca estimulá-lo para demonstrar o quanto estava segura sobre sua decisão:

— Essa hora é a hora em que você abre o resto da minha blusa...

— Eu não acho que seja o momento...

— Você jura que vai querer buscar desculpas para fugir dessas preliminares? Ah! Roman eu achei que você fosse adepto do "Carpe diem"

Ele respira. Sabe que queria aquilo até mais que ela. O ruim era admitir que já estava envolvido quando inicialmente tudo o que ele planejou conseguir informações dela e nada mais.

— Não pode ser assim, não pode ser aqui. Você merece mais. Quem sabe um dia se eu sair daqui...

— Você acha que eu não ponderei o momento e o lugar antes de vir até você? Se eu estou aqui é porque essa é a minha escolha. Não quero mais fugir disso, Roman.

Ele abre um sorriso largo pra ela:

— Você tem razão. Eu também não vou mais fugir, não do que eu quero, do que você quer.

Ele então a joga no chão:

— Eu só gostaria de ter uma cama digna desse momento.

— Para de ser bobo ... cutie

— Cutie?

—Todo momento desses merece um apelido carinhoso. E eu sou romântica. _ ela diz não querendo transparecer o sentimento que também já tinha.

Ele ri do comentário  e, enquanto seus olhos percorrem cada detalhe do rosto dela, sua mente vagueia pensando no quanto ela estava se entregando verdadeiramente à ele. De repente, ela o chama de volta:

— Então, eu vou precisar tirar o resto da minha roupa ou..

Não foi preciso que Patterson concluísse sua fala. Roman começa a tirar a roupa dela, primeiro a blusa, admirando e provando cada pedaço de pele descoberto. Então, ele para por um momento para conectar seu olhar ao dela:

— Você não faz ideia de quantas vezes eu já desejei arrancar sua roupa. Acho que essa é a ideia que mais passou pela minha cabeça desde a primeira vez que eu te vi.

Ela cola seus lábios nos deles e decide retribuir cada carícia recebida. Não demora até que os dois o resto da roupa que vestiam para permitir que seus beijos provassem todas as partes dos seus corpos sem pressa, desfrutando da descoberta da sensualidade do outro.

Roman se lembra do monitoramento das câmeras de segurança e a questiona:

— Temos que ser rápidos? _ seu lado racional já tinha respondido que sim, mas ele se recusava a aceitar. Tudo o que queria era continuar ali com ela, acariciando e beijando aquele corpo tão sensual.

— Tempo não é um problema pra nós agora. Providencie tudo pra isso. Eu quero tudo que você pode me dar, Roman. Ou você já me mostrou tudo?_ Patterson provoca.

Ele a encara com um olhar desafiador:

 _ Na verdade eu ainda nem comecei. Algo me diz que você vai precisar de alguns dias de descanso depois disso...

SIOC – na manhã seguinte

Patterson já estava no laboratório quando Tasha entrou:

— Bom dia! Voltou ao mundo real?

A loira olhou para a amiga com expressão de dúvida:

— Eu sempre estou aqui, não estou? Bom dia.

— Eu também achava que você sempre estava aqui. Mas sentimos sua falta ontem...

— Ah, ontem..._ Patterson tentou buscar uma forma de evitar o assunto_ Eu tinha alguns assuntos pessoais pra resolver._ continuou focada no monitor à sua frente.

Tasha não deixaria isso passar assim. Se aproximou da plataforma de trabalho da amiga e se debruçou sobre ela:

— Hum... e esse assunto pessoal tem um nome?

Patterson parou de digitar, apoiou as mãos na borda da mesa, mas não fez contato visual com Tasha. Isso seria fatal para entregar a falta de veracidade em suas palavras. A latina a conhecia bem demais.

— Wizardville. Tenho um aplicativo pra gerenciar, lembra-se?

Tasha endireitou o corpo, mas não se deu por vencida.

— Qual é, Patterson, você já confiou mais em mim. Por mais que esse joguinho te faça lucrar alguns milhares de dólares, no dia em que você privilegiar isso ao trabalho que faz aqui, te levo ao médico porque sua sanidade mental estará seriamente afetada. Se sua ausência não tem um “nome” específico... Por favor, só me diga que você não está se aventurando novamente como hacker ao lado de Rich!

— Não! Claro que não...

— Eu ouvi meu nome? _ Rich falou adentrando a sala de forma nada discreta.

Zapata revirou os olhos.

— Bom dia, linda fada tecnológica. E bom dia pra você também, flor latina.

Patterson se divertiu com a forma como Rich se referiu a Tasha. Geralmente ele insistia em mencionar que desconhecia o nome da morena, mas o apelido era uma forma carinhosa dele se referir as pessoas.

— Então agora eu tenho um codi-nome?_ Zapata perguntou com a voz carregada de ironia

— Bem, acho que já está na hora de eu superar as mágoas por você ter se tornado a “garota do demônio”, aquele seu chefe terá meu desprezo eterno pelo que fez com minha deusa Jane. Ou Remi. Mas vou aliviar pra você.

Tasha bufou e encarou Rich de forma desafiadora:

— Eu não sou a garota de ninguém, muito menos do Keaton.

— Uou! Agora tenho certeza disso. Você é nossa Tasha, praticamente uma Viúva-Negra em estilo Marvel. Entenderam? Tasha-Nathasa, nada de homens.

— Rich, cala a boca, por favor!

— Ok, ok. Mas, enfim. Estou aqui porque acho que tenho algo que pode nos ajudar com uma tatuagem.

Rich apresentou a tatuagem na panturrilha de Remi e as hipóteses que levantou. Junto com Patterson e Tasha, trabalharam nos dados, tentando preencher as lacunas que ainda restavam.  Estranhamente, Patterson parecia um pouco aérea durante o trabalho. Isso não passou despercebido por Rich que lançou um olhar questionador para Tasha que achou melhor não alimentar as suspeitas do hacker.

— Patterson._ Tasha chamou.

A loira deu um sobressalto

— Oi.

— Está tudo bem?

— Sim. Tudo bem, por quê?

— Você parecia... distante.

— Só estou... fazendo conexões.

Tasha gesticulou em concordância, mas lançou um olhar suspeito pra Rich.

Mais alguns minutos de trabalho e decifraram a tatuagem. Avisaram Reade e partiram para pesquisas auxiliares. Após a chegada dele, discutiram as estratégias possíveis para reunir as provas que faltavam.

Reade não parecia nada feliz com as perspectivas à sua frente:

— É, parece que não temos outra saída. Eu não queria incomodar os dois, mas não temos outra forma de resolver isso. Vou ligar para Weller e Remi e pedir para que venham pra cá.

Apartamento de Kurt e Jane –  paralelamento aos acontecimentos do SIOC

Kurt acordou sozinho na cama. Passou a mão pelo rosto refletindo se Remi teria deixado o apartamento há muito tempo. Riu de si mesmo ao considerar que esse era o menor de seus problemas. Ele precisava de um plano de aproximação, uma forma de apoiá-la sem invadir o espaço que ela precisava para processar toda aquela confusão que eram as lacunas dos três últimos anos que viveram juntos.

Descobrir o que aconteceu na manhã do dia anterior quando Remi desapareceu era outro ponto crucial e tão delicado de ser abordado. Como se tudo isso não bastasse, ele prometeu contar à ela a verdade, ou seja, deixa-la saber de todas os eventos que ele ocultou dela e isso exigia opiniões dos médicos e psicólogos. Ele se sentia uma formiguinha diante de uma montanha a ultrapassar.

Antes que o sentimento de impotência se aprofundasse, ele ouviu barulhos vindos da cozinha do apartamento. Levantou-se devagar e foi verificar o que estava acontecendo.

Remi estava visivelmente irritada. Alguns alimentos e louças estavam organizados sobre o balcão na tentativa de preparar um café-da-manhã. Mas ela não estava se entendendo com a torradeira. Arrancou as fatias queimadas e atirou na lixeira. Com a mesma violência colocou novas fatias de pão de forma na máquina e apoiou as mãos na beirada da pia, torcendo o pescoço com raiva. Kurt riu de forma silenciosa ao imaginar se ela esperava que a torradeira se sentisse intimidada com sua postura. Recostou-se à porta e aguardou a reação dela às próximas fatias queimadas. A máquina tinha um defeito que só ele conhecia.

Novas fatias queimadas saltaram. Remi olhou para o alto e proferiu palavras inadequadas em voz baixa.

— Tsic tsic tsic. Esse vocabulário não parece adequado à essa hora da manhã._ Kurt disse se aproximando.

Remi revirou os olhos

— Então diga para essa sua torradeira colaborar, pois estou com uma fome de leão.

— Tudo é uma questão de jeito. _ ele flertou com ela no tom da voz e no olhar.

— Será mesmo? Algumas coisas após quebradas estão destinadas ao lixo. _ ela entrou no jogo.

Ele se colocou atrás dela e estendeu as mãos para o aparelho sobre a pia através lados de sua cintura. Bem próximo ao seu ouvido, sussurrou:

— Observe. _ levantou o aparelho, fez um ajuste e colocou novas fatias de pão._ Agora é só esperar.

Remi sorriu e se aconchegou a ele:

— Você está bem? E seu ferimento?

— Foi só um arranhão. Após o banho, faço um curativo. Vou sobreviver. Não acho que esse arranhão vá me levar para a lixeira.

Remi riu alto.

— Eu posso te ajudar com o curativo. Eu tenho jeito pra algumas coisas também.

As torradas saltaram da máquina no ponto perfeito.

— Eu aceito, mas primeiro vamos alimentar vocês.

Os dois comeram quase em silêncio. Após o banho de Kurt, Remi aguardava no quarto com o kit de primeiros socorros e foi extremamente cuidadosa com o curativo. Ao finalizar o procedimento, sorriu de forma gentil para ele que retribuiu.

— Bem, realmente não foi nada grave. Mesmo assim, o senhor deve evitar perseguições, socos sobre a lesão e saltos de bang-jump.

— Obrigada. Prometo me esforçar em seguir suas recomendações. Como posso lhe pagar?

Remi ficou séria e se sentou ao lado dele na cama.

— Com a verdade. Porque nos casamos?

Kurt não precisava pensar para responder à essa pergunta:

— Porque nos amávamos.

Remi olhou para a parede e suspirou, duvidando da resposta. Kurt levou a mão até suas costas:

— Sei que pode ser difícil acreditar que você amou alguém de quem sequer se lembra, Remi, mas essa é a verdade. Nosso relacionamento não foi convencional, tivemos altos e baixos, mas mesmo nos piores momentos, o amor que sentíamos nunca foi abalado.

— Kurt, eu planejei cada detalhe para que você se sentisse envolvido por mim, ou melhor, por Taylor. Mas, como você sabe, não sou ela. Talvez Jane tenha se aproveitado disso. Eu não faria isso. Não sou Jane.

Kurt colocou a mão sobre a dela e apertou forte.

— Remi, sei que parece que tudo girou em torno de Taylor, mas ela foi apenas uma desculpa para eu assumir o sentimento que desenvolvi por você desde nosso primeiro encontro. Taylor morreu aos 5 anos de idade. E Jane jamais se aproveitaria dos meus sentimentos por Taylor, assim como você. 

Remi fechou os olhos e apertou a mão dele em retribuição. Depois puxou o ar para tomar coragem, abriu os olhos e se virou pra ele:

— Kurt, eu quero muito acreditar no que você diz... mais que tudo.

Nesse momento o celular de Kurt tocou. Chamada de Reade. Ele atendeu e conversou rapidamente com o amigo. Depois se dirigiu a Remi:

— Decifraram uma tatuagem urgente. Precisam de nós no SIOC.

No SIOC

Weller e Remi chegaram em tempo recorde. Após uma breve descrição da tatuagem e das investigações que elas desencadearam, Patterson concluiu:

— Resumindo, esses assassinatos que ocorreram em diferentes partes do país ao longo dos dez últimos anos e que pareciam desconectados, estão ligados através da Up, uma empresa que fornece serviços de entretenimento para várias agências governamentais. E a Up  também está por trás do financiamento das campanhas eleitorais do senador Richard Kyle. Nossa suspeita é que todas as vítimas foram recrutadas como prostitutas para esses eventos e que o próprio Kyle é o assassino. Todas as meninas estavam trabalhando com serviços associados à Up antes de desaparecerem. E as famílias relatam salários bem acima dos convencionais para funções como garçonete, faxineira, lavadeira. Na verdade, elas trabalhavam como stripers nos “eventos” que a Up prepara para as personalidades influentes de cada estado. E amanhã vão realizar um evento aqui em NYC. É nossa chance de pegá-los.

— E vocês estão pensando exatamente no que?_ Weller perguntou.

— A única forma de pegar Kyle e a Up é com um flagrante. Temos que nos infiltrar disfarçados. Enquanto alguns de nós quebram o firewall da empresa, atraímos o assassino pra uma falsa vítima.

— Muito bem. Vamos começar a executar os detalhes para isso._ Weller parecia determinado a colaborar. Entretanto, o silêncio na sala e todos os olhares direcionados a Reade chamaram sua atenção.

Reade respirou fundo e continuou:

— Então, nós precisamos que Remi seja a striper alvo do assassino.

O olhar de Remi brilhou enquanto o sangue de Weller fervia.

— Claro. Eu posso fazer isso._ ela se prontificou de forma firme e séria.

Weller estendeu a mão tentando conter a empolgação de Remi:

— Esperem! Por que Remi?

Ela revirou os olhos:

— Eu já disse que vou. Isso é importante. Temos que parar esses caras. Você não está sendo nada profissional.

— Remi, tenho certeza da sua capacidade, mas acho que temos que considerar melhor sua segurança. Podemos mandar a Tasha._ Weller insistiu.

— Na verdade, não podemos, Weller... _ Reade tentou explicar

— E por que não?

— Porque stripers precisam ser sensuais, misteriosas, convidativas e não repelir os possíveis interessados com a promessa de “me toque e morra”. Remi vai atrair qualquer um com muito mais facilidade. Olha pra essa mulher _ e Rich acenou com as mãos para Remi de alto a baixo_ ela é um convite ao desejo e prazer.

Os rostos de Remi e Kurt queimaram. Ela constrangida. Ele com raiva.

Patterson, Tasha e Reade disseram ao mesmo tempo:

— CALA A BOCA, RICH!

Reade continuou, tentando apresentar argumentos menos inflamáveis que os de Rich:

— Não é nada disso. Existe um outro detalhe importante que ainda não apresentamos à vocês. Todas as vítimas estavam grávidas. Por isso, achamos que Remi vai chamar logo a atenção do assassino.

Weller ouviu tudo andando de um lado para o outro. Por fim, arrancou o cartão de acesso do pescoço. Até isso parecia sufocá-lo:

— Reade, é da minha mulher e do meu filho que estamos falando.

— Hei, eu não sou a “sua mulher”, Weller. Jane era. E posso muito bem cuidar da segurança do nosso filho enquanto estou em campo.

— Remi, por favor, tente entender. O risco é muito grande. Usando roupas de striper sequer poderemos te equipar com um colete à prova de balas ou uma arma pra você se proteger.

— Na verdade, uma striper não tem uma roupa convencional. A ideia é ele ficar sem roupa._ Rich preferia apanhar a perder essa oportunidade de alfinetar Weller.

Zapata empurrou o hacker na cadeira e olhou para ele de forma ameaçadora.

— Abra a boca de novo e vai perder a língua!

Weller olhou suplicante para Reade.

— Pensamos em todas as possibilidades. Eu também não gosto da ideia de Remi ser a vítima, mas não temos outra saída. Também estaremos infiltrados na festa para tentar garantir o máximo de segurança à ela.

Remi se aproximou de Weller, colocou a mão no seu peito e carregou um olhar doce e determinado:

— Vamos ficar bem. Nós não podemos deixar esses assassinatos continuarem, Kurt.

Ele colocou a mão sobre a dela e assentiu. Ela sempre lhe passava segurança e chamá-lo pelo primeiro nome foi decisivo para conseguir seu apoio. Isso era algo que ele esperava desde que ela despertou no hospital. Então, olhou para Reade:

— Eu quero estar no salão onde ela vai se apresentar e próximo ao suspeito.

— Estará. Eu não te deixaria afastado.

— Preciso de um tutorial básico. Nunca fiz um strip..._ Remi disse e se virou para Kurt_ Eu fiz?

Todos na sala olharam para Weller com total atenção à sua resposta. Rich ficou atônito aguardando a sequencia.

— Não. Você não fez! _ Weller foi firme na resposta.

— Aff. Que casamento é esse? _ Rich rosnou decepcionado recebendo olhares desaprovadores de Patterson e Zapata_ O que foi? Vocês estão tão decepcionadas quanto eu!

— Eu posso te ensinar algumas coisas. Venha! _ Zapata falou e puxou Remi pela mão para fora do laboratório.

— Hei, esperem por mim! _ Rich gritou.

— Rich, se você der mais um passo, um de nós vai acabar esse dia atrás das grades e o outro estará morto!_ Tasha ameaçou.

— Ninguém aqui entende mais de jogos sexuais do que eu. Minhas dicas são fundamentais para essa missão. Sem elas, vão descobrir que Remi é uma farsa antes do que imaginam.

— Zapata, leve o Rich. Deus, não acredito que estou dizendo isso._ Reade parecia frustrado.

Weller permaneceu imóvel com os braços cruzados sobre o peito olhando firme para o hacker.

— Pensei que Remi por si só atrairia qualquer homem. _ falou seco.

— Todo diamante pode ser lapidado. _ retrucou Rich. _ Aliás, eu poderia acompanhar Remi na missão e me apresentar com ela como um gogoboy.

Patterson segurou a risada.

O olhar de Weller fuzilou Rich:

— Talvez não tenha sido uma boa ideia..._ Rich concluiu_ Eu vou ajudar as meninas.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Ficaremos felizes se tiverem sugestões.
No próximo capítulo teremos a aula de Zapata e team disfarçado em campo!
Muito obrigada por nos acompanharem nessa loucura.



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