Hit And Run escrita por Any Sciuto
Derek sabia dos riscos que ambos corriam estando no FBI. Ela estava de volta, porém o que isso custou? Cinco anos afastados, uma vida marcada por assassinos e três filhos maravilhosos.
Era a única parte que ele não se arrependeu. Filhos. Ele nunca quis filhos com Tamara Barnes porque ela o sufocava. Ele nunca queria aceitar seus sentimentos com Penelope porque Kevin era um impedimento.
Kevin. Maldito. Ele começou uma cadeia viciosa de eventos que quase custaram a vida dela várias vezes.
Derek abriu a porta de casa com Penelope nos braços, ainda dormindo. A cama que eles dividiram sempre estava pronta para ela.
Ele a colocou suavemente como ele sempre fez e a tirou do cabelo chique, deixando os fios agora loiros outra vez caírem no travesseiro florido. Ele colocou uma coberta fina e tirou os sapatos dela.
Ele pegou uma das camisolas dela. Ele não queria mais ver ela nessas roupas chiques demais. Queria sua menina de volta. Abrindo o vestido ele notou pequenas contusões e cicatrizes no abdômen dela. Ele passou um dedo suave em cada contorno.
— Eu te amo, Derek. – Penelope disse no sonho, mas podia ser muito real.
— Eu também te amo garotinha. – Derek respondeu. – E eu nunca mais vou deixar você ir embora.
— Você promete? – Era um sonho real.
— Não tenha dúvidas, Baby Girl. – Derek a vestiu com a roupa de noite.
Ela adormeceu de novo em seguida e Derek estava feliz em ver ela dormir calmamente. Ele poderia ficar uma noite inteira vendo ela assim.
Ele deslizou ao lado dela e se deixou dormir. Ele estava no céu agora. O seu próprio céu.
Penelope estava sonhando.... Tendo um pesadelo era a melhor definição.
E não era algo de bom. Nunca foi. Era mais um flash do tempo com Gabriel.
3 anos atrás...
Sicília....
Ver sua filha dormir era algo mágico para ela. Ela queria que Derek estivesse aqui para ver sua filha.
Gabriel chegou por trás e a puxou pelo braço até o quarto onde ela dormia no final do corredor. Ele a empurrou contra a parede e começou a agredir Penelope de um jeito forte. Ela fechou os olhos esperando acordar com Derek.
— Eu vou fazer direito da próxima vez. – Garcia gritou. – Desculpe.
— Eu queria que você aprendesse sua vadia. – Gabriel chutou mais forte. – Você já tinha um bebê dele e agora eu não consigo o meu.
— Por favor. Eu sinto muito. – Ela tentou levantar, mas caiu contra a porta de vidro do quarto.
Ela ficou deitada lá, sentindo o vidro passar em suas costas, com medo de que se começasse a se mexer o sangue correria. Ela ficou lá por um tempo, até que um médico veio em sua ajuda.
— Com calma. – Ele tinha um ajudante. – Apenas relaxe.
Dando algo para dor, ela apagou.
— Vamos tirar esses vidros e fazer curativos. – Ele olhou para Gabriel. – Sabe que ela poderia ter morrido.
— É. Eu sei disso. – Gabriel tentou ser menos suspeito. – Ela se machucou caindo nessa porta de vidro.
— Tente deixar ela descansar. – O médico pediu. – Ela precisa curar.
Ela se sentiu flutuando com mãos embaixo dela.
Agora...
— Não. – Ela murmurava durante o sono. – Não me toque. Derek! Derek!
Derek acordou num segundo, assustado. Ela estava agitada.
— Não deixe ele me tocar Derek. – Ela jogava pernas e pés para cima, ainda de olhos fechados.
— Está tudo Baby Girl. – Derek a abraçou, segurando seus membros em uma tentativa de fazer ela relaxar. – Eu vou perseguir esse cara e matar ele durante seu sonho.
— Meu herói. – Ela disse de volta.
Derek sorriu. Era o que ele queria fazer.
Ele dormiu ao lado dela, abraçando cada centímetro dela.
Quando amanheceu e Derek acordou ela não estava lá. Ouvindo a água correr no banheiro ele bateu e esperou.
— Entre meu Chocolate. – Ela estava de volta. – Ainda não terminei.
Derek ficou parado, apenas admirando Penelope na porta.
— Em todos esses anos, você só melhorou Baby Girl. – Derek brincou. – Quer que eu me junte a você? Se você não quiser eu posso esperar.
— Eu não tenho medo de você, Derek. – Ela ronronou do chuveiro. – Você sempre me fez feliz.
— Estou entrando. – Derek anunciou.
Ele abriu o box e viu Garcia sem nada embaixo da água quente. Suspirando pela visão a sua frente ele foi mais para frente.
— Eu já disse que você é uma deusa hoje? – Derek a abraçou por trás.
— Acho que não. – Ela se virou para ele e o beijou. – Mas mesmo se tivesse eu adoraria ouvir de novo.
— Você Penelope Grace Morgan é uma deusa do universo Derek. – Ele brincou na orelha. – E eu amo cada pedacinho de você.
— Eu fiz coisas horríveis Derek. – Ela se afastou. – Eu me deitei com aquele homem sempre que ele queria.
— Você fez isso para sobreviver. – Derek mordeu o lóbulo dela. – E para dar a nossa filha a segurança.
— Então não me odeia por isso? – Ela estava confusa.
— Se eu tivesse sabido onde você estava eu iria correndo te salvar. – Derek disse. – É só que eu tenho uma questão.
— Diga. - Garcia congelou.
— Como você nunca engravidou dele? – Derek apenas queria tirar isso a limpo.
— Lisa Jenkins. – Penelope respondeu. – Uma das empregadas de Gabriel me dava alguns anticoncepcionais dela escondida. – Penelope riu. – Gabriel gastou muito dinheiro com médicos porque queria um bebê até que eu o convenci que eu não poderia dar mais filhos a ele.
— Mais filhos? – Derek arqueou uma sobrancelha.
— Ele morreu achando que Clara era filha dele. – Penelope disse. – Apesar de dizer as vezes e principalmente quando estava bêbado que ela não era dele.
— Você nunca disse para ele que ela era minha? – Derek não conseguiu entender.
— Ele me violentou na primeira noite em Paris. – Ela começou. – Então ele acreditava que era filha dele.
— E concordava para a segurança dela? – Derek a abraçou ainda mais. – Minha salvadora.
— Meu herói negro. – Penelope beijou Derek. – Algum dia vai me contar sobre essas cicatrizes?
— Ele me jogou por uma porta de vidro. – Ela respondeu. – E depois buscou um médico porque um pedaço ficou dentro e impediu o sangue de sair. Isso me salvou.
— Filho da puta. – Derek apertou os punhos. – Se eu tivesse chance eu o mataria.
— Vamos ficar no quarto hoje? – Ela provocou. – Apenas curtindo?
— Acho que a nossa equipe vai querer ver você. – Derek a viu congelar.
— Não acho que seria recebida com flores e cartões. – Ela se sentou na cama. – Eles me odeiam.
— Sua sala não mostra isso. – Derek mostrou uma foto. – Mantida limpa e pronta para você se quiser voltar.
— Não foram desativados? – Ela lembrou.
— Hotch falaria com o diretor para voltarmos. – Derek disse. – Acho que a diretora Barnes não sabe o quanto ele pode ser persuasivo.
— Eu quero muito voltar. – Ela confessou. – Sentir o poder de conseguir pegar um Unsub maravilhoso.
— Unsub maravilhoso? – Derek riu da definição. – Querida, se visse o ultimo que pegamos você diria que ele era tudo menos maravilhoso.
— Conte-me. – Ela puxou Derek até a cama, ainda pingando.
— Ele cortava as vítimas e colocava no freezer. – Derek falou.
— Santa mãe. – Ela tapou os olhos. – E pegaram ele?
— De certa forma. – Derek recordou. – Ele se colocou dentro de um dos freezers e só percebemos umas quatro horas depois. Ele ainda estava ligado para preservar uma vítima que achávamos que era, porém quando abrimos de vez, ele era o Unsub.
Ela não sabia se chorava pelas vítimas ou se ria pela estupidez do homem.
— Conclusão: - Derek ergueu um copo de água como se estivesse brindando. – Nunca entre em um freezer com uma fechadura com fechamento por fora.
— Eu realmente te amo, Hot Stuff. – Ela rolou para ele. – Vamos ficar alguns minutos aqui.
— Está certo. – Derek a abraçou. – Eu concordo, Baby Girl.
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