Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 36
Hora a vingança.




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Duas horas atrás...

Quando Rossi sugeriu a Derek que levasse Esther até Penelope e corresse atrás de seu final feliz novamente ele achou a idéia vaga.  Como se diz a filha adolescente que sua mãe está de volta sem assustar?

A resposta é uma só: não há meio certo. Derek dirigiu até a escola de Esther e a buscou dando uma desculpa estúpida como um médico ou algo de última hora.

Esther conseguia ver algo nos olhos de Derek que ela sabia automaticamente que ele estava mentindo para ela.

— Pai. – Esther começou. – Seja o que for, eu não fiz nada.

— Esther. – Derek evitou o contato visual. – Sua mãe está de volta.

Ele olhou para a garota chocada ao seu lado.

— Eu vim te buscar. – Derek continuou. – Quero saber se você a quer ver. E eu preciso te dizer que ela passou por muita coisa nesse tempo.

— Sempre achei que ela não iria voltar. – Ela tinha lágrimas nos olhos. – Que ela tinha esquecido da gente.

— Não Esther. – Derek não tinha certeza se contar isso era seguro. – Ela foi feita refém por cinco anos, desenvolveu síndrome de Estocolmo. Passou por muita coisa.

— Ele a ameaçava de morte, não é? – Esther perguntou, sabendo a resposta.

— Ela teve uma filha durante esse tempo. – Derek anunciou. – E ela é minha.

— Como ela pode ser sua, pai? – Esther queria saber. – Ela ficou quase seis anos longe.  

— Ela não sabia que estava esperando um bebê meu quando sumiu. – Derek respondeu. – Acho que você vai deixar de amar ela.

— Nunca pai. – Esther estava animada. – Eu quero ver minha mãe.

— Achei que você a odiasse. – Derek confessou.

— Eu nunca poderia odiar minha mãe, pai. – Esther respondeu. – Ela se sacrificou por essa garotinha que no caso é minha irmã. Temos que pegar Hank e levar ele também.

— Já falei com sua avó. – Derek disse. – Ela leu o ato de motim quando eu disse que Penelope voltou, porém se arrependeu quando eu disse porque ela passou cinco anos com esse cara.

— Ela estava chateada. – Esther apenas disse. – Temos que pegar Hank.

— Estamos indo pegar ele. – Derek falou. – E sobre a menina?

— Quero conhecer ela. – Esther disse decidida a amar sua irmã.

Depois de pegar Hank sem dizer onde eles estariam indo, Derek dirigiu para a casa onde Penelope estava ficando. Ele se anunciou com a credencial do FBI e foi permitido.

Esther tinha um plano: sentar no sofá, como se ela pouco ligasse, com o celular nas mãos e então assim que ela visse sua mãe ela correria e a abraçaria.

Hank foi puxado por Clara para a sala de jogos. Meio ansioso, ele sabia que a menina era sua irmã. Esther já havia contado a ele no caminho.

Derek saiu do escritório meia hora depois. Esther estaria pulando se as sessões de terapia não a fizessem acabar com a ansiedade.

Quando ela viu Penelope visivelmente abatida, ela se esqueceu do telefone e da amiga com quem ela falava e correu para a mãe.

— Eu te amo, mãe. – Esther a abraçou como se sua vida dependesse disso e depois começou a chorar quando Garcia envolveu seus braços também. – Eu te esperei.

— Eu sinto tanto. – Penelope a abraçou. – Eu nunca quis ficar longe de você.

— Você vai ficar sempre comigo mãe? – Esther queria ouvir.

— Eu tenho que iniciar minha vingança agora. – Penelope disse, se afastando dela. – Não é justo colocar você em perigo. Ou seu pai e Hank.

— Você vai voltar, certo? -  Esther perguntou, preocupada.

— Assim que eu completar isso. – Penelope voltou ao olhar para Derek. – Posso falar com você?

— Claro. – Derek a acompanhou até o escritório. – Então?

— Preciso que você cuide de Clara até que isso esteja finalizado. – Penelope disse, direto. – Eu não quero ela no meio disso.

— O que você vai fazer? – Derek tinha medo. – Não faça algo que você vai se arrepender.

— Eu pensei em matar todos e acabar com isso. – Ela confessou. – Não posso seguir com esse plano.

— Então? – Derek queria saber. – O que você pretende fazer?

— Há uma droga paralisante que faz com que os nervos se paralisem, então se eu colocar na comida de cada um, a polícia pode fazer seu trabalho.

— Não é arriscado? – Derek perguntou, preocupado.

— Vou precisar de você. – Ela disse. – Sabe, eu também vou ter que ter um pouco de entorpecimento.

— Porque? – Derek estava ainda mais preocupado.

— Porque pode ser um bom jeito de eu não ser culpada. – Ela mostrou o frasco do "remédio". – E eu preciso de você para me tirar de lá.

— E te carregar? – Derek falou com uma ironia. – E te levar para a minha cama.

— Sim. – Ela o beijou. – Senti sua falta.

— Não tanto quanto eu senti a sua, Baby girl. – Derek sorriu sedutoramente. – Onde está Clara? Eu quero conhecer minha filha.

— Vou buscar ela. – Penelope saiu do escritório e foi ao encontro de Clara e Hank.

Penelope bateu na porta da filha, esperando a menina abrir a porta, porém foi Hank quem abriu.

— Hank. – Penelope não sabia se abraçava o filho ou não.

— Mãe. – Hank pulou nos braços de Garcia. – A senhora está linda.

— Obrigado Hank. – Penelope abraçou o garoto. – Você um homem lindo também.

— Sabe o que é mais legal, mãe? – Hank apontou para Clara. – Ela é minha irmã.

— É verdade, meu menino. – Penelope estava ajoelhada ao lado de Hank e Clara. - Clara, che ne dici di mostrare a tuo fratello quello che sai in inglese? (Clara, que tal mostrar ao seu irmão o que você sabe em inglês?)

— Certo, mamma. – Clara respondeu. – Oi Hank sou Clara.

— Belo inglês, Clara. – Derek apareceu. – Está aprovado.

Clara olhou para o homem alto e negro a sua frente. Examinando de cima a baixo ela deu um sorriso grande.

— Prazer papai. – Clara disse, surpreendendo Penelope e Derek. – Sou sua menina.

Derek deu um sorriso e pegou Clara no colo, tirando sorrisos da menina.

— Desculpa, Baby Girl. – Derek usou o apelido carinhoso. – Eu não queria machucar você.

— Nah. – Ela se agarrou a Derek. – Você foi um doce. Papai.

Derek não conseguia parar de sorrir.

— Você pode cuidar das crianças? – Penelope interrompeu. – Eu preciso fazer isso.

— Eu estarei lá hoje à noite. – Derek prometeu. – Apenas se cuide.

Penelope beijou cada criança e saiu.

— Quem quer brincar com quebra-cabeça? – Derek perguntou para quebrar o clima.

— Vamos lá. – Clara tirou vários quebra-cabeças do baú de brinquedos.

Penelope desceu e começou a armar a cena. Eram quase seis da tarde e um grande números de maus elementos, amigos de Gabriel estariam jantando com ela.

Ela ligou para Hotch, que explicou para seu amigo das operações especiais a situação. Se tudo desse certo, Penelope seria inocentada de vários crimes atribuídos a ela.

A mesa estava pronta e a comida batizada. Derek se esgueirou pela cozinha como um empregado e esperou o momento certo.

A refeição começou normal, vinho e as primeiras garfadas. Quando todo mundo começou a sentir sono, Penelope se sentiu cansada também. Os primeiros a dormir foram dois traficantes de armas e assim por diante, um a um começaram a dormir.

Garcia tentou levantar da mesa, ir até o arco da sala, porém caiu. Enquanto perdia a consciência Derek apareceu meio borrado no alto de sua visão.

— Vai ficar tudo bem, Baby Girl. – Derek a levantou e levou para o sofá.

Abrindo a porta, os agentes entraram e Derek os guiou enquanto Hotch ficava cuidando de Garcia.

— Ela vai ficar bem? – Hotch perguntou a Derek.

— Sim. – Derek a puxou para os braços e à levou para casa. – Hora de ficar em casa, baby Girl.


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