Sequestro Cabeludo escrita por ShiroiChou


Capítulo 2
Capítulo 2 - Plano de fuga.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754001/chapter/2

— Droga, me colocaram dentro de uma caixa.

Nami não sabia onde estava e nem quem tinha a sequestrado. Tentou abrir a caixa batendo, sem sucesso, a tampa parecia estar bem vedada. Olhou de novo para um dos buracos da caixa, mas não viu nada a não ser o escuro. Então passou a repassar os acontecimentos anteriores.

Estava no navio, mais precisamente saindo da cozinha. De repente viu um vulto correndo para trás das suas laranjeiras, e resolveu investigar... Foi ai que errou...

Mal teve tempo de reagir ou sequer assimilar o que acontecia, simplesmente foi pega e trancada dentro de uma caixa.

Minutos se passaram até sentir sua caixa ser levantada. Resolveu não falar nada, sabia que um pedido de socorro seria inútil, e provavelmente quem estivesse a carregando iria ignorar.

Pouco tempo depois, sua caixa foi colocada no chão. Ouviu barulho de fechaduras e correntes, e passos indo embora.

Quando não conseguia ouvir mais nada, sua caixa foi aberta. Na sua frente estava uma mulher alta e robusta, a lembrado de Lola, com os cabelos loiros e cacheados.

— Olá, me chamo Penélope — sorriu. — Sou sua companheira de cela.

— Ah... Oi, me chamo Nami... Como assim companheira de cela?

Olhando ao redor, Nami viu que estava realmente presa em uma cela e, do lado de fora, tinha mais e mais celas. Estava em uma prisão.

— Essa não é uma das prisões da Marinha, né? — perguntou desesperada.

— Ah não, não tem nenhum marinheiro por aqui. Aliás, eles nem devem saber da existência dessa ilha, ela é protegida por um sistema de neblina e máquinas de redemoinhos.

— Pelo menos nisso eu tive sorte... Você sabe por que estamos aqui?

— Infelizmente sei... Fomos presas pela minha irmã gêmea, a Charllote. Ela me prendeu enquanto eu dormia para que eu não ficasse no caminho de seus planos diabólicos. Eu quem era a real capitã da tripulação...

— Então ela tem um plano...

— Tem, ela pretende transformar a ilha em um salão de cabeleireiro mundialmente famoso. Não que eu seja contra isso, adoro na verdade. É só que ela não faz as coisas do jeito certo, ao invés de conversar e pedir o cabelo das pessoas ela... — se interrompeu.

— Ela... — a ruiva a incentivou.

— Ela prefere sequestrar e torturar essas pessoas e bem, como pode perceber só nós estamos aqui presas... Tinha mais pessoas, mas elas não resistiram... — explicou tristemente.

— Precisamos sair daqui — estava em choque.

— Eu já tentei, as celas são reforçadas e tem kairouseki.

— Você é usuária?

— Sim, eu tenho a Hair Hair no Mi. Posso modificar o cabelo das pessoas e até usar como arma, mas gosto mesmo é de fazer eles crescerem assim tenho perucas infinitas — sorriu animada.

— Que legal! Eu estou desarmada, mas acho que podemos usar o que está a nossa volta...

Olhou ao redor analisando o ambiente. Estava em uma cela normal feita de tijolos negros e grades grossas. Tinha duas beliches e um vaso sanitário no canto da parede.

A caixa onde ela estava antes era de madeira, e com um pouco de força talvez fosse possível arrancar as tábuas para usar.

Curiosamente as chaves das celas estavam a alguns metros de distância, a pessoa que a prendeu tinha muita confiança ao pensar que não conseguiriam as alcançar.

Pensando em uma forma de pegar as chaves, Nami teve uma ideia que, com sorte, poderia dar certo.

— Penélope, você tem alguma coisa ai que possa cortar meu cabelo?

— Tenho, por que? Seu cabelo é tão bonito...

— Vamos tirar as tábuas daquela caixa, e usaremos alguns fios de cabelo para prender uma na outra. Assim podemos pegar as chaves e dar o fora daqui — explicou animada.

— Ótima ideia, como não pensei nisso antes? Vem cá, vou fazer seu cabelo crescer para depois cortar.

Penélope começou a trabalhar, ao encostar no cabelo de Nami ele instantaneamente começou a crescer. Depois de cortar uma boa quantidade, ela deixou os fios mais fortes e ainda os trançou com grande habilidade.

As duas puxaram quatro tábuas da caixa, tomando cuidado com os pregos. Com elas soltas, prenderam uma na outra, usando as tranças como corda.

Nami habilmente passou as tábuas por entre as grades assim chegando facilmente até as chaves penduradas. Pegar elas foi fácil, difícil foi levar até a cela.

Seu corpo todo tremia pelo medo e a adrenalina, fazendo as chaves “dançarem” e quase caírem, mas com muita determinação e paciência, Nami conseguiu.

Com as chaves em mão, abriu o portão da cela e olhou para todos os lados antes de finalmente se atrever a sair. Todas as celas eram exatamente iguais, e ao todo tinha dez, sendo cinco de cada lado.

— Estamos no subsolo ou acima do mar?

— Subsolo, aqui era uma sala de descanso antes de ser transformada nisso aqui... Sair por cima vai ser perigoso, vamos ter que escapar por baixo...

— Tem saída por baixo?

— Tem, a olha é equipada com submarinos. Podemos pegar um deles e escapar!

— Ótimo, então vamos nessa!

A loira guiou Nami por um caminho escuro onde havia uma escada vertical, por onde desceram tentando fazer o mínimo de barulho possível.

O plano dela era simples: descer até onde estavam os submarinos da ilha, pegar um e escapar para a ilha mais próxima.

O caminho era realmente longo, a escada descia e descia cada vez mais fundo. Em alguns momentos era possível ver portas que davam para outros andares.

Ao todo desceram o equivalente a três andares. Penélope se pôs na frente, abrindo a porta com delicadeza. Colocou a cabeça para dentro, olhou para os lados, mas estava escuro. Como achou que não tinha ninguém, entrou e procurou o botão da luz. Antes de apertar, algo a puxou.

Nami não teve como reagir, assim que Penélope foi pega a porta voltou com tudo, batendo na sua testa e fazendo com que caísse.

Tentou se levantar, mas estava grudada no chão, como se tivessem colocado cola para que quem quisesse se aproximar dos submarinos ficasse preso.

Usou toda sua força para fugir, sem sucesso. Foi quando ouviu passos de alguém subindo as escadas. A pessoa estava se aproximando cada vez mais rápido.

Seu desespero foi tão grande que no impulso para se levantar, a cola acabou soltando fazendo com que quase perdesse o equilíbrio.

— Elas fugiram para a sala de submarinos, subam rápido seus malditos — ouviu uma voz de mulher gritando lá embaixo. 

Sem muita alternativa, Nami tirou sua sandália, pegou na mão e subiu correndo descalça, para não fazer barulho.

Subiu dois andares, entrou na porta e se trancou. Em desespero, se sentou no chão ao lado do batente da porta, ficando em silêncio, só ouvindo os passos cada vez mais próximos.

De repente os passos pararam e a maçaneta se mexeu lentamente.

— Já era — pensou se encolhendo mais ainda, rezando para escapar dessa cilada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O suspense não vai durar muito!
Até o próximo :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sequestro Cabeludo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.