Equinox escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 35
Capítulo 115


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 115

06 de maio de 2008 - terça-feira (Tuesday)

De madrugada eu acordo sentindo os braços de Esme ao meu redor e ela pergunta ao me ver abrir os olhos:

— Acordei você, querida?

— Não, mãe. Você já está aqui! Então papai já foi?

— Sim, já faz algumas horas que ele foi para o hospital.

— Vocês foram bem rápido, eu nem ouvi nada.

— Não somos tão indiscretos como nossos filhos Emmett e Rosalie que querem que todo mundo saiba o que estão fazendo no quarto...

— Você e papai fazem isso muitas vezes?

— Carol, só porque eu não fico vermelha não quer dizer que eu não me sinto envergonhada em falar desse assunto – Esme abaixa a cabeça.

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— Você ama papai, mamãe. Não há nada errado nisso. Não precisa ficar constrangida. Como é, bem, isso?

— Carol você não está apaixonada pelo meu marido, está?

— Não Esme, você sabe que não – As lágrimas ardem em meus olhos e começo a chorar por causa da acusação dela. Como ela pode desconfiar de mim? Eu amo Carlisle sim, mas não desse jeito. Eu o respeito e acima de tudo e jamais trairia Esme.

— Oh querida! Não chore, por favor. Eu não queria fazer isso com você.

— Eu amo papai, você sabe que eu o amo, mas não desse jeito. Jamais. Ele é para mim o pai que eu queria ter e não tive.

— Eu sabia, Carol. Não fique nervosa. Edward me contou, mas eu queria ouvir de você.

— Mamãe você sabe que Carlisle nunca se interessaria por outra mulher, ele escolheu você. Não há motivo para insegurança. Ele escolheu você dentre todas as mulheres para ser sua esposa. Ele a ama e jamais trocaria você por qualquer enfermeira assanhada. Como ele poderia contar o segredo de vocês para ela?

— Eu sei, querida. Eu sei quanto meu marido me ama mais do que todas as pessoas. Não é insegurança da minha parte, eu só prefiro ser precavida nesse tema... Você quer mesmo falar comigo sobre sexo?

Eu fico ruborizada e tenho certeza que ela percebeu mesmo na luz fraca do luar que entrava pela janela.

— Eu sei bastante coisa que eu aprendi sozinha porque minha mãe nunca me explicou dessas coisas. Mal me falou da menstruação o que eu precisava saber. Acho que eu também era muito acanhada e não permitia que ela fosse mais próxima de mim.

— Ainda bem que agora você mudou e fica mais próxima de mim – diz Esme rejubilando-se.

— Mamãe, eu sei que você já foi casada antes de casar com o papai... Eu queria saber se você puder me contar se eles fazem diferente.

— Ah, você quer saber se é diferente fazer amor com Carlisle do que era transar com meu ex-marido?

Fico ainda mais quente do que antes e sussurro, empurrando a palavra através do nó que parecia que se formava na minha garganta:

— É.

— Bom, é claro que fundamentalmente é o mesmo, mas com Carlisle eu sinto muito mais prazer. Fico mais tranquila, entende? Charles era violento e eu sentia mais dor do que qualquer outra coisa.

— Ai mamãe, sinto muito por você! Eu tenho medo de conhecer um homem tão perverso comigo quanto foi seu ex-marido.

— Realmente, filha, é compreensível seu medo. Hoje em dia os homens estão tão brutos e é muito difícil conhecer alguém como Carlisle. Mas você sabe, ele é meu, ok?

— Claro mãe, eu não me interesso por papai dessa forma. Eu também acho que sou assexuada.

— Você só não encontrou ainda o homem certo, querida.

— Do jeito que está atualmente, os homens assassinando as mulheres, acho que não vou casar nunca. Não quero me arriscar e entrar para as estatísticas apenas como mais um número. Não vale a pena.

— Você não quer ser mãe, filha?

— Não.

— Por que não? Você tem medo do parto? – Esme acertou bem no alvo.

— Er... é. Mas não apenas. O perigo de morte é real e não há nada que os médicos possam fazer, mesmo a medicina tendo evoluído tanto.

— Não precisa ficar assim é normal ter receio, mas eu garanto que vale a pena. Eu dei à luz uma vez e me lembro como foi. Com o tempo a memória foi ficando mais clara.

‘Apesar da origem do meu filho ter sido um estupro eu o amei desde quando soube que o carregava em meu útero. Foi um efeito bom da maldade que Charles me fez.

Fico encabulada quando Esme menciona a palavra ‘útero’ e olho para a janela querendo pular, eu poderia ir até lá, mas mamãe iria me segurar antes que eu pudesse me jogar. Eu quebraria as pernas se pulasse, não iria morrer. Não iria adiantar mesmo para o meu propósito.

E por que eu queria fazer isso? Não preciso. Não é anormal. Só eu que não me sinto bem com essa palavra, mas não é um palavrão, portanto não há motivo para ter semelhante reação. Apenas não se diz com tanta freqüência. É um órgão assim como estômago. Faz parte do corpo feminino.

— Não é apenas medo do depois, mas também um pouco do antes. Mamãe fazer sexo dói?

— Bom, eu não sinto dor porque não sinto mais nenhuma sensação humana física, mas acho que a primeira vez é suposto doer sim.

— Ah! – eu não quero passar por isso.

Nossa que tranquilizante as palavras dela, só que não. Bom, ao menos ela foi sincera e me disse a verdade. Por isso não quero transar enquanto ainda for humana. Não entendo porque Bella quis fazer isso com o meu irmão antes da mudança, foi muito arriscado e deu no que deu.

— Não fique assim, querida. Dói apenas no começo, depois seu corpo se adapta com o tamanho.

Vou falar essa palavra, ai que vergonha, espero que Esme não fique tímida:

— Mãe, o pênis do homem fica inchado, não é?

— Sim, fica. Mas não se preocupe porque nossa vagina também dilata para que possa passar.

Ai, acho que vou morrer. Como eu tive coragem de falar desse assunto com uma vampira? Estou assombrada comigo mesma. Agora que comecei vou aguentar até o fim.

— No final das contas isso é bom, não é, mãe?

— É sim, é maravilhoso. Desde que feito com carinho e respeito.

— Mamãe, papai é bom?

— Ele é ótimo, querida! O melhor dos dois maridos que eu tive sem dúvida nenhuma – Esme sorri de felicidade.

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— Obrigada, mãe.

— De nada sweetie, foi bom poder ajudar você. Agora volte a dormir que ainda são quatro horas da madrugada.

— Sim, mãe.

— Durma bem querida.

Volto a adormecer no colo dela.

...XXX...

 

Na manhã seguinte, eu acordo mais tarde e logo papai vem me examinar:

— Como passou a noite, querida?

— Bem papai. Eu e mamãe conversamos.

— Sim, ela me disse. Que bom que ela teve a iniciativa de falar com você sobre esse assunto.

— Na verdade eu já sei bastante porque eu li e pesquisei, assim é melhor saber e não corro risco de ficar com vergonha de perguntar.

— Sim, é claro. Você me deixa muito orgulhoso, filha. Mas se quiser me pedir algo pode falar sem receio.

— Claro papai – espirro e cubro a boca com o lenço. – Ai papai isso não é nada bom, não gosto disso.

— A vacina contra a gripe não deveria ser restrita. Nem deveria poder sair de casa quem está doente para infectar os outros. A escola não deveria permitir que alunos saudáveis ficassem perto de alunos doentes ainda mais numa sala fechada.

— E com 40 alunos.

— Quarenta?

Agora eu me lembro que não falei para meus pais quantos alunos tem na minha sala de aula.

— Eu acho que devemos ser 38 ou 40. Nessa faixa.

— Quarenta! – repete papai. – São quarenta pessoas ali e mais os professores. É uma zona de contágio, os vírus fazem a festa! Ainda que os professores dão aula para várias turmas e assim o vírus se espalha - No Brasil é diferente dos EUA. são os professores que trocam de sala e não os alunos. exceto na aula de artes e de educação física quando vamos para o ginásio ou para a quadra.

— Exatamente, não sei de onde eu peguei. Ninguém estava com gripe na minha sala.

— O vírus fica algum tempo latente no corpo até que a enfermidade se manifeste. Provavelmente você foi contaminada uma semana antes de apresentar os primeiros sintomas.

— Pode ser que tenha sido na hora do intervalo que eu fui contagiada – ao menos esse ano não pego mais gripe, acho.

— Agora não importa quem e nem quando. O que interessa é que com nossos cuidados você vai ficar boa logo, criança.

— Obrigada papai.

— Não precisa me agradecer, querida. Você sabe que eu cuido de você com muito prazer em poder ajudar minha própria filha a se restabelecer.

— Papai, posso lhe fazer uma pergunta de outro assunto?

— Sim, filha.

— Você ama a mamãe?

— Sim, eu amo muito Esme. Você sabe.

— Sim, eu sinto. Mas parece que ela ainda é insegura sobre o que você sente.

— Parece que é, mas ela sabe que eu a amo mais do que tudo. Provei para ela durante esses quase cem anos que estamos casados e reafirmo todos os dias.

— Papai... – fico tímida e abaixo a cabeça.

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— Pode perguntar sem medo.

— Você gosta de fazer amor com a mamãe?

— Que espécie de pergunta é essa Caroline?

— Ah, sabia que não deveria ter perguntado...

— Não, tudo bem. Eu vou responder. É claro que sim, querida. É por isso que estamos casados há tanto tempo. Nem se não quiséssemos poderíamos não fazer bem, vampiros não erram nisso, pelo menos, somos seres sensuais por excelência. Quase como o contrário dos anjos, digamos, que são seres virginais, imaculados e puros.

— Vocês não são sujos ou impuros por causa disso. ...Como assim, anjos existem?

Carlisle ignora o que eu disse e continua apesar de meu comentário:

— Uma vez que nós vampiros encontramos um parceiro é para sempre. É um casamento perpétuo. Esme me satisfaz e eu tenho certeza que eu a satisfaço também, embora no começo ela fosse mais experiente nisso do que eu.

— Você era virgem antes de casar com a mamãe?

— Sim eu era, nunca fiquei íntimo com uma mulher antes – Uau! papai era mais virgem do que Edward quando se casou com Bella.

— Você fez tudo direitinho, querido. Não se preocupe – Esme diz entrando no meu quarto e beijando o marido.

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— Caroline, você está muito atrevida! – Esme pisca para mim.

— Ela só está crescendo, querida. – diz Carlisle sem perceber que a esposa não estava zangada com minha atitude impertinente. - As meninas crescem antes que os meninos, não sabia?

— É verdade, querido. Você sempre será meu garoto – ela afaga o rosto dele.

— E você sempre será minha hot momma.

— Papai, como assim anjos de verdade existem? - pergunto alheia ao clima entre os dois e exigente em ter uma resposta.

Se os anjos existem, eu sonhava ser um anjo antigamente antes de conhecer meus pais vampiros bons. Eu não quero machucar ninguém. Mas como será que os anjos transformam as pessoas? Através do toque apenas? Ou não podem transformar ninguém? Não que eu abandonaria meu desejo de ficar para sempre com os meus pais se eu conhecesse um anjo. Eu nem sei se existem mesmo e nem conheço um. Não vou trocar o certo pelo duvidoso.

 - Não que eu já tenha visto algum, querida. Acho que se existem eles moram no céu, não concorda comigo?

 - Vocês são anjos aqui na terra, papai.

—Tentamos ser bons, é verdade.

— E vocês conseguem, são vampiros bons; teoricamente anjos porque não fazem mal às pessoas. E são imortais.

— Obrigada, criança. Você é muito condescendente conosco.

— Não faço esforço para ser, vocês são muito mais humanos do que muitas pessoas que eu conheci.

— Não existem sereias, nem fadas, nem fantasmas, nem bruxas, nem duendes, nem outros seres míticos além de vampiros e lobisomens. Embora eu não me surpreendesse se encontrasse algum deles vagando por aí tão ocultos ou até mais do que nós. Nós entenderíamos sua necessidade de anonimato tanto quanto a nossa e não teria perigo se não viessem em paz, mas sempre espero que seja um encontro pacífico. Eu não gosto de violência.

— Nem eu, papai.

— Minha garota! - Carlisle diz enquanto me afaga a cabeça.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

Trilha sonora: Angel, Beyoncé



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