Papeis, livros, eu-lírico e eu te amo escrita por Tia Lina


Capítulo 4
Extracurricularidades na biblioteca


Notas iniciais do capítulo

Olááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? Bem, antes de mais nada, quero pedir desculpas pelo atraso Ç_Ç Tirei essa semana para organizar meu planejamento para o ano e acabei me distraindo com outras coisas durante minha "folga". Espero que esse atraso não se repita no futuro Ç_Ç
E antes que me esqueça, gostaria de avisá-los que esse ano vai ser bem pesado pra mim Ç_Ç Vou me esforçar ao máximo para concluir as histórias antes de começar toda essa correria que já agendei Ç_Ç Torçam por mim ~por favor~

Agora sim

BoA leitura ^^

P.S.: Não, essa palavrona do título não existe, eu inventei mesmo hahauhauahua

Edit.: Eu quase me esqueci de avisá-los que modifiquei uma coisinha no capítulo anterior. Steve disse que "os pais ficariam preocupados" quando postei, mas alterei a fala para "meu pai deve estar preocupado" porque Steve mora somente com o pai. A história completa será contada mais adiante ^^



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— Ei, Steve, onde você vai? – Sam observava o amigo juntar seus materiais antes de sair de sua mesa.

— À biblioteca, Bucky está me esperando.

— Bucky? Quem é esse?

— Minha dupla do projeto da senhora Wright. – Steve se levantou, jogando a mochila nas costas,

— Agora o chamamos de Bucky?

— Você não, mas eu chamo. – Ele sorriu de maneira brincalhona. – Não vou assistir à aula do senhor Johnson, não tô a fim de correr de novo entorno do campo.

— Wow! Então Bucky  já está sendo uma péssima influência? – Sam arqueou uma sobrancelha enquanto o provocava com o nome do garoto. – Cuidado para não perder seu rendimento como galã também.

Steve deu o dedo do meio para o amigo ao mesmo tempo em que seguia o seu caminho para fora da sala de aula. Ele realmente não estava nem um pouco a fim de aturar duas aulas de educação física enquanto tinha um projeto todo para finalizar. Também não poderia deixar Bucky fazer todo o trabalho sozinho enquanto ele iria ficar correndo pela quadra como um babaca.

As partes boas em ir à biblioteca naquele horário eram o silêncio e as mesas vazias. Pouquíssimos alunos cabulavam aula para estudar, ainda mais numa sexta-feira. Steve riu soprado assim que adentrou o recinto e avistou o moreno concentrado em seu notebook. Agora que estava acostumado a observá-lo de longe, Steve percebeu que o Barnes trazia sempre um livro consigo, às vezes ele só estava muito concentrado em algumas anotações e andava sempre alheio ao universo ao seu redor. Não era de se estranhar ele passar desapercebido, Bucky estava sempre ocupado, fosse lendo ou estudando, parecia nunca ter tempo para se envolver com gente de carne e osso, e também parecia muito confortável com essa situação. Ele se sentou ao seu lado e depositou a mochila na mesa, e sequer isso atrapalhou a concentração do Barnes. Steve uniu as sobrancelhas quando leu parte do conteúdo digitado.

— Outro trabalho universitário? – Bucky levou um susto ao ouvir a voz do loiro ecoar tão próxima. – Desculpe-me, deveria ter me anunciado.

— Não, imagina. – Ele riu soprado. – É, mas desta vez é um trabalho de graduação.

— Isso não é, tipo, crime?

— Não estou fazendo o trabalho, Steve. – Bucky riu soprado. – Estou apenas revisando e corrigindo as normas técnicas. Eu não faço trabalhos de conclusão de curso para graduação e pós-graduação, apenas os corrijo. São os que mais me rendem lucro.

— Ah, é? – Steve apoiou o cotovelo no encosto da cadeira do Barnes, aproximando-se ainda mais enquanto permanecia atento à tela do eletrônico. – E quanto você tira por trabalho? – Distraidamente, corria os olhos pelo texto.

Bucky se esforçou muito para não se alarmar com a aproximação enquanto mantinha os olhos também grudados na tela.

— Depende. – Deu de ombros, sentindo o coração na boca ao encostar sem querer no outro. Engoliu seco, num gesto desesperado para engolir os próprios batimentos cardíacos antes que Steve ouvisse. Isso era possível? Preferiu apostar que não. – Com um trabalho escolar eu costumo fazer de U$1 a U$2 por página. Já para um trabalho acadêmico eu peço de U$3 a U$4 por página, dependendo da dificuldade do tema. Revisão de trabalho de conclusão eu não faço por menos de U$10 a página.

— DEZ DÓLARES? – Steve arregalou os olhos, elevando a voz, desculpando-se com o bibliotecário quando este chamou sua atenção. Baixou o tom em seguida. – Isso não é muita coisa?

— Faz ideia do tamanho do material que eu precisei juntar para ficar realmente bom nisso? Acha que unir todas as normas técnicas e todas as regras de exigência de cada universidade das redondezas custou barato? – Bucky o encarou por alguns segundos, mas desistiu quando percebeu que Steve estava muito mais próximo do que imaginava. – Eu cobro o menor valor do mercado se quer saber, tem professor por aí que cobra U$20 dólares a cada 1000 palavras.

— Quando disse que tirava uma grana extra eu não imaginava que tirava tanta grana extra assim. – Steve riu, finalmente se ajeitando em sua própria cadeira. – Ei, antes que me esqueça. – Ele abriu a mochila e retirou os dois livros que o Barnes lhe emprestara na terça-feira. – Concluí as leituras e as sinopses, valeu por me emprestar os livros. – Ele sorriu encantadoramente quando Bucky desviou atenção de seu trabalho para pegar os volumes.

— Não tem por onde. – O moreno sorriu de volta, numa resposta desajeitada ao sorriso bonito do outro. – Gostou?

— Digamos que Shakespeare não faz muito a minha cabeça. – Fez uma careta involuntária, arrancando um riso mais alto do outro, o que fez Steve sorrir de novo.

— Tá tudo bem assumir que ele é chato, Steve, eu não vou julgá-lo.

— Ufa! Sinto-me bem melhor agora. – O loiro sorriu outra vez, porque tanto quanto conversar, sorrir para o Barnes também se mostrou ser tarefa fácil. – Então, podemos ir pra minha casa hoje? Sabe, pra discutir sobre os livros e as sinopses e chegarmos num consenso. Eu não quero te deixar fazendo todo o trabalho pesado sozinho, é desconfortável. – Coçou a nunca.

Bucky achava adorável a forma como as mãos do loiro sempre encontravam caminho até sua nuca toda vez que ficava sem jeito frente à uma situação. Era inevitável não querer tocá-lo ali toda vez que Steve fazia aquele gesto, e fora realmente difícil manter as suas próprias no teclado de seu notebook e não traçando o mesmo caminho para acariciar o mesmo local, só para descobrir se ficar naquele lugar era tão bom quanto aparentava ser. O moreno suspirou e sorriu educadamente em seguida.

— Meus pais comemoram aniversário de casamento hoje, eu preciso preparar tudo, sinto muito.

— Você cozinha? – Steve pareceu surpreso.

— Não. – Bucky riu soprado. – Eu vou fazer uma faxina e deixar a cozinha apresentável para que minha mãe faça o jantar. Ela faz questão de preparar o mesmo prato todo aniversário de casamento, costuma dizer que é para trazer sorte para os próximos anos ou algo do tipo. – Ele deu de ombros, salvando e fechando o documento, se preparando para desligar o eletrônico. – Eu não acredito muito nesse tipo de coisa, mas tem funcionado por vinte anos para eles, então talvez não entenda tanto assim. – Voltou a olhar para Steve depois de fechar o notebook. – E você? Cozinha?

— Não muito. – O loiro também deu de ombros. – Digo, eu faço um excelente waffle com caramelo, e esta é minha única especialidade. Acho que não vou prender ninguém com isso. – Riu soprado.

— Existem pessoas que adoram comer waffle, não desista. – Bucky sorriu levemente, fazendo com que Steve sorrisse também.

O loiro – num ato provocativo e zombeteiro – voltou a se aproximar, ainda mantendo alguma distância entre os dois, então alargou o sorriso e apoiou sua canhota do outro lado do encosto da cadeira do Barnes, como se fosse envolvê-lo num abraço lateral, o que o fez engolir seco outra vez.

— Bom, talvez você deva provar os meus waffle e me dizer se isso seria suficiente para prender alguém ao meu lado por vinte anos, o que acha? – Arqueou uma sobrancelha.

— Você quer me tornar uma cobaia da minha própria teoria? – Ele falou baixinho, fazendo um esforço hercúleo para não olhar para os lábios rosados do Rogers e estragar tudo.

— Oras, mas os melhores cientistas não acabam servindo como cobaias de suas próprias análises? – O timbre macio do loiro e suas provocações eram demais, Bucky só conseguia pensar no quão ferrado ele estava por ter começado aquilo.

— Bem, nós podemos testar essa teoria quando eu for à sua casa. – Ele sorriu sem graça, tentando se afastar ainda mais de Steve quando percebeu que seus ombros se encostaram levemente.

— Prepare-se para se apaixonar por mim amanhã. – Steve sorriu e voltou ao se ajeitar na sua própria cadeira. O Barnes emitiu um som esquisito ao soltar um riso desesperado.

— Vou dar o melhor de mim para evitar essa catástrofe. – Como se isso fosse possível, pensou por fim.


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Notas finais do capítulo

E para alegrar vocês e também me redimir pelo atraso, vou contar que o capítulo do beijo já tá pronto, só esperando pra ser postado ♥ Espero sinceramente que gostem de como ficou ♥ Muito obrigada pela companhia e paciência com essa tia caduca ♥ Até quarta, meus caramelos ♥ XoXo ;*

P.S.: Nunca utilizei desses métodos, mas conheço gente que já e sei que trabalhos de graduação geram MUITA grana pra algumas pessoas. Por favor, não sejam esse tipo de pessoa que paga para alguém fazer o "trabalho sujo", ok? Vocês são capazes, a tia Lina acredita e confia na inteligência de cada um ♥



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