Papeis, livros, eu-lírico e eu te amo escrita por Tia Lina


Capítulo 5
Pequenas experiências científicas culinárias


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus caramelinhos, tudo bem com vocês? Tia Lina tem uns avisos, vai ser rápido, prometo ^^

Este ano farei nENEM porque pretendo prestar vestibular no ano que vem (e começa tudo outra vez) :S Calma, não vou abandoná-los ♥ Eu só quis avisar para vocês irem se preparando caso ocorram alguns atrasos (estou me programando para que não aconteçam, então não vamos nos preocupar por hora ^^ Agora vamos ao que realmente interessa

BoA leitura ^^



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A casa, como o usual, estava vazia naquele horário, o que o deixaria à vontade para fazer suas tarefas  domésticas – que consistiam em arrumar tudo o que já estava organizado, uma vez que seus pais tinham mania de organização. Bucky agradecia ao fato de Natasha ter não ter ido ao colégio naquele dia, dando a ele uma oportunidade de descansar a mente no dia que antecedia a ida até a casa de Steve Rogers. Subiu para seu quarto e se trocou, descendo as escadas e iniciando suas tarefas.

A sala e a cozinha tomaram pouco mais de seu tempo, unicamente por serem as áreas comuns mais utilizadas. O banheiro ao final do corredor não parecera tão cansativo como nas outras vezes, e ele atribuía isso o fato de sua mente permanecer divagando em outro universo, em outra casa, em outro sorriso. Terminado seus deveres, Bucky subiu novamente para seu quarto e se banhou, vestindo uma camiseta e uma bermuda qualquer assim que saiu, se jogando na cama em seguida. Decidiu que seria melhor dormir um pouco antes que os pais chegassem, e se tivesse sorte, acordaria a tempo de finalizar aquela correção daquele trabalho de conclusão de curso antes de se deitar à noite.

Acordou tempo depois com o quarto todo alaranjado pelo pôr do sol e se levantou preguiçosamente, obrigando-se a tomar lugar na mesa de seu computador para finalizar a correção. Tinha tempo de sobra até o jantar, afinal. Acomodou-se de frente para o seu notebook em na mesinha e se pôs a terminar a revisão daquele trabalho que, com sorte, terminaria naquele mesmo dia. E falando em sorte, tivera muita com aquele, uma vez que o garoto que lhe enviara o arquivo tinha uma escrita fluída e nada cansativa. Bucky ainda tinha comichões cada vez que se lembrava do último projeto que corrigiu.

Perdeu-se no tempo e quando percebeu, a mãe o chamava para ajudá-la a arrumar a mesa para o tão esperado jantar e ele terminava a revisão da bibliografia do trabalho. Salvou o documento e se levantou, sentindo as costas reclamarem pela posição que assumiram pelas últimas... três, quatro horas? Ele nem sabia dizer, só sabia que escurecera lá fora. Desceu as escadas e caminhou até a cozinha, deixou um beijo na testa da matriarca e voltou para a mesa de jantar com os jogos americanos nas mãos. Seu pai chegou quando a mesa já estava posta e Bucky experimentando cada um dos alimentos nas panelas borbulhantes.

— Talvez eu volte tarde para casa amanhã. – Bucky disse assim que se sentaram.

— E por quê? – A mãe questionava enquanto era servida pelo marido.

— Preciso terminar o projeto para a aula da senhora Wright e estarei na casa da minha dupla. – Bucky colocava o guardanapo no colo, encarando qualquer lugar que não fosse o rosto dos pais. Ele realmente não queria trazer o assunto à tona.

— Hmmm, você vai passar o dia na casa de Steve? – O pai zombava, fazendo graça ao dizer o nome do loiro.

— Pai, por favor, já é difícil o suficiente sozinho, eu não preciso da ajuda de ninguém para me sentir pior. – Ele suspirou, revirando os olhos.

— Ora, e qual o problema de falarmos abertamente sobre Steve? Não é como se fosse um grande segredo que você é apaixonado por ele desde os doze anos. – Ele deu de ombros, servindo ao filho.

— Falar sobre ele torna as coisas mais difíceis para mim, porque logo começarei a ter fantasias que jamais se tornarão reais e terei que passar sozinho por todas as fases do esquecimento e superação quando tudo der completamente errado. – Suspirou novamente, agradecendo ao patriarca por servi-lo.

— Sozinho não, estaremos sempre aqui para qualquer coisa que precisar. – A mãe acariciou a sua mão, sorrindo. – Mas me conta, como anda o projeto?

— Bem, ele concluiu a leitura e a parte dele, nós vamos ler e juntar tudo o que temos amanhã, talvez chegue somente depois do jantar em casa.

— Você quer que eu passe na casa dele para te buscar? – Ela questionou.

— Não, tomarei o ônibus, tem uma linha que passa em frente à casa dele e que tem parada a dois quarteirões daqui. Não será necessário, mãe, eu agradeço.

— Você quem sabe. – Ela deu de ombros.

— Bucky, tente ser mais simpático quando estiver com Steve. – O pai aconselhou.

— Sou sempre simpático. – Ele respondeu sem emoção.

— Um poço de simpatia, meu filho, um campeão unânime! – O pai zombou. – Estou falando sério, você consegue fazer mais que isso, vai?

— Pai, eu não vou me tornar alguém que eu não sei ser só para que ele goste de mim. Eu quero que ele goste de mim, desse jeito sem graça e bagunçado que vocês estão vendo. Se ele não for capaz disso, então é porque não era para ser e eu vou superar em algum momento.

— George, querido, pare de atormentá-lo, James não precisa se esforçar para impressionar ninguém, ele nunca precisou disso, não precisará agora.

— Tudo bem, Winny, vamos jantar, certo? – Sorriu para a esposa, segurando a sua mão gentilmente sobre a mesa. Bucky, pelo jeito, sobraria novamente naquela data comemorativa.

O Barnes estava com sono naquele início de tarde, mas precisava se esforçar para se manter acordado, ainda tinha uma tarde inteira para concluir o projeto ao lado de Steve e queria ser útil. Tomou o último gole de seu café e jogou o copo no lixo antes de parar em frente à casa que o loiro indicara no mapa que lhe enviara por mensagem no dia anterior. Tomou um longo e demorado fôlego antes de finalmente reunir toda a sua coragem e caminhar até a porta, tocando a campainha quase sem vontade. Muitos minutos passaram até o Rogers aparecer com um sorriso muito bonito enfeitando a face. Ele usava uma camiseta azul royal e um moletom de cor chumbo, mas não usava nada nos pés. O Barnes prendeu a respiração quando percebeu que os poucos e quase imperceptíveis músculos do Rogers ficavam evidentes naquela camiseta. Steve alargou o sorriso, apoiando-se na porta.

— Você vai entrar ou precisarei trazer o meu notebook aqui para fora?

Bucky aquiesceu, sem saber se aquilo fora uma pergunta digna de resposta, ele só sentiu que precisava dar algum indício de que estava ali. Steve riu soprado, escancarando a porta e chamando-o com a mão, então ele finalmente entendeu que a questão feita segundos antes tinha a ver com o fato de ele estar plantado há alguns minutos feito um idiota do lado de fora da casa. Encontrou a força das suas pernas e deu três passos adiante, finalmente adentrando a casa do loiro. Steve riu novamente e o empurrou gentilmente para poder fechar a porta. Em seguida, começou a caminhar para a cozinha, mas parou no meio do caminho quando notou que o Barnes não o seguia.

Bucky estava fascinado com a decoração daquela casa. Cheia de fotos e miniaturas e vasos e quadros, aquele parecia exatamente o estereótipo feito sobre a casa de uma família comum. Tudo naquele lugar parecia vivo de algum jeito, o Barnes sentiu que poderia viver ali para o resto da vida e sentia que ainda haveriam coisas a serem vistas e descobertas. Conteve um sorriso bobo quando avistou algumas fotos de Steve quando ainda bebê e outras de quando era criança, com aquele rosto tão conhecido e aquele sorriso que sempre parecia grande demais para caber naquela boca bonita.

— Bucky? – Desviou a atenção de uma imagem de um Steve que aparentava ter uns três anos e ria enquanto brincava na água. – Você vem ou não?

— Sim. – Ele sorriu encabulado. – Perdoe-me.

— Tudo bem, alguém me disse uma vez que é natural se sentir curioso com as fotos dos outros na primeira vez que se visita uma casa. – Steve arqueou uma sobrancelha, o que fez o outro rir soprado. – Venha, vou te dar algo para comer antes de subirmos para o meu quarto.

— Tudo bem, eu não tenho fome.

— Você prometeu que experimentaria os meus waffle, não é justo quebrar sua promessa agora.

— Ah, os waffle do nosso pequeno experimento científico, como pude esquecer? – Ele riu soprado. – Ok, vamos comer os seus waffle.

— Eu caprichei muito desta vez, espero que nosso experimento seja um sucesso. – Steve continuava a caminhar para a cozinha, desta vez sendo seguido de perto por Bucky.

O moreno apenas sorriu levemente, sem se importar se o loiro via ou não o seu sorriso.

Quando adentraram a cozinha, Bucky se sentiu tentado a rir da bagunça que Steve fizera ali só para poder concluir a sua receita de waffle. Chegava a ser adorável. Tomara um lugar à mesa, aguardando o loiro lhe trazer um prato com a sua porção do alimento, o que não tardou muito a ocorrer. Visualmente, o waffle era muito bonito e parecia apetitoso, pelo menos Steve tinha um excelente dote artístico para montar um prato, e isso já contava muitos pontos a seu favor. Quando o Rogers se sentara ao seu lado, os dois se puseram a comer.

Bucky não comera muitos waffle ao longo de sua vida, não era assim tão fã de doces, os únicos que provara foram o de sua mãe e o de sua tia, mas se ele tivesse que dar uma medalha para algum, seria aquele de Steve. Tinha alguma coisa sobre o açúcar derretido por cima e a massa crocante, porém macia que ele não conseguia definir. E o caramelo não era assim tão doce quanto imaginava que seria, Steve conseguiria conquistar a pessoa que ele quisesse somente com aquele caramelo agridoce se ele desejasse, mas era claro que o Barnes não diria isso a ele. Ao final da refeição, Steve parecia uma criança esperando os pais darem o veredicto sobre o desenho feito na aula de artes.

— Bem, definitivamente você tem um dom especial para fazer waffle. – Disse sem muita emoção na voz. – Mas não acho que isso seguraria alguém por vinte anos.

— Hmm... Você não me convenceu. – Ele coçou o queixo. – Tem certeza? Porque você pareceu bem empolgado aí.

— Eu estava com fome, não confunda as coisas. – Bucky limpou os lábios num guardanapo de papel que ele lhe dera.

— Bom, então você pode voltar aqui em outro momento para tentar de novo, quando estiver com o estômago devidamente preenchido e o paladar mais apurado, que tal?

— Podemos nos preocupar com o projeto da senhora Wright antes disso? – O Barnes questionou.

— Eu vou ignorar o fato de você ter acabado de fugir do assunto. – Ele sorriu e Bucky sentiu algo derreter dentro dele exatamente como aquele caramelo sobre o waffle quente.


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Notas finais do capítulo

Ah, meu povo, me perdoa enrolar tanto pra "fazer acontecer", mas eu gosto de trabalhar com essas nuances do "antes", sabe? Pra deixar todo mundo feliz, eu vou revelar que faltam 5 capítulos pro primeiro beijo #prontofalei

Vejo-os na quarta que vem ♥ Obrigada pela paciência e companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*



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