Papeis, livros, eu-lírico e eu te amo escrita por Tia Lina


Capítulo 3
Referências literárias


Notas iniciais do capítulo

Olááááá, meus caramelinhos, tudo bem com vocês?

Estou postando hoje porque eu precisava dar alguns avisos, então, lá vai:

Estava trabalhando no plot de PLELETA (parece uma palavra esquisita, mas é só a sigla da Stucky fluffy msm huahauhaua) e eu conclui que ela não será tão longa. Não sei se chegará aos 30 capítulos, mas vou vendo conforme for trabalhando ^^ No entanto, escolhi os dias de postagens e quis trazer para vocês.

Às segundas eu postarei Toská. Para quem não lê, é a minha Stucky da sofrência.

Às quartas nós usamos rosa ~zueirinha~ às quartas eu postarei Papeis, Livros, Eu-lírico e Eu te Amo, que para quem não lê, é a minha Stucky fluffy.

Hoje estou postando excepcionalmente as duas porque eu queria que vocês soubessem direitinho ♥ Preparados? Então

BoA leitura ^^



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Fazia um tempo que já não falavam mais sobre o trabalho, mas era tão fácil conversar com o Barnes que Steve simplesmente não queria ir embora. Num dado momento, ele se levantou e começou a caminhar próximo à estante de livros enquanto o moreno o observava curioso da cadeira do computador. Aquela parecia mais uma das cenas de suas fantasias mais secretas, Bucky não podia desgrudar os olhos das costas do loiro enquanto ele passeava para lá e para cá. No seu quarto.

Steve Rogers estava em seu quarto, analisando sua coleção de livros. Se fosse mesmo um sonho, mataria o primeiro a acordá-lo.

— Eu não acredito! – Bucky despertou de seu devaneio enquanto Steve se adiantava até sua estante, tirando de lá um livro que ele não conseguiu ver em um primeiro momento. – Você também gosta de Wynonna Earp?

Analisou o livro que o Rogers exibia todo empolgado em sua direção e sorriu levemente.

— Não são meus, esses quadrinhos pertencem à Natasha. Ela os deixa aqui para quando fica entediada. – Deu de ombros. – Sinto desapontá-lo, mas não curto muito quadrinhos, sou mais literário.

— Tá brincando, né? – Steve sorriu de viés, devolvendo o quadrinho ao seu lugar de origem e voltando a se sentar na cadeira que ocupava anteriormente. – Olha o tamanho da coleção incrível que você tem aqui! Como alguém se sentiria desapontado num quarto como esse? – Steve sorriu levemente, sentindo-se desconfortável logo em seguida. – Cara, eu preciso me desculpar. Foi mal ter te julgado tão mal antes, foi uma puta bola fora. Espero que possa me perdoar, Barnes.

— Bem, tem uma condição para que isso aconteça. – O moreno o encarou seriamente, sorrindo em seguida. – Pare de me chamar pelo meu sobrenome.

— E quer que eu te chame do quê? – Steve sorriu novamente, ajeitando-se na cadeira. – James?

— Minha mãe é a única pessoa a me chamar assim, não faça isso, é esquisito. – Ele gargalhou. – Pode me chamar de Bucky, todos os meus amigos, que consistem somente na Natasha, me chamam de Bucky. – Ambos riram.

— E você pode me chamar de Steve. – Ele apoiou uma das mãos no ombro do moreno por um breve instante. – Então está tudo perdoado?

— Claro. – Bucky sorriu. – Mas eu ainda não acredito que você acredita nas histórias que aqueles demônios lunáticos daquele manicômio que o Governo chama de escola contam.

— Ah, qual é? Nunca te vi entregar um trabalho sequer em todos esses anos.

— Isso porque sou sempre o primeiro a entregar, e também sou sempre o primeiro a chegar na sala de aula. – Deu de ombros. – Não tenho muitas obrigações, sabe? Sou um adolescente, minha única obrigação é estudar.

— E você faz isso muito bem, pelo jeito. – Steve zombou. – E por que você nunca foi eleito o melhor da turma?

— Esse é o seu posto, mas eu estou logo atrás de você no ranking. – Ele sorriu de viés quando o loiro arregalou os olhos. – Que foi? Nunca percebeu que sou o segundo melhor aluno da turma desde que começamos a estudar juntos?

— Você é o segundo melhor aluno desde a segunda-série? – Dessa vez foi Bucky quem se surpreendeu. Steve riu soprado. – O quê? Seu armário fica quase ao lado do meu desde que me entendo por aluno daquele colégio, achou que eu nunca tivesse o notado na sala de aula? Talvez seu esforço em passar desapercebido não tenha sido assim tão bom ao longo dos anos. – Ele arqueou uma sobrancelha, zombando. Bucky se esforçou muito para não sorrir.

— Eu só não gosto de atrair atenção desnecessária. – Bucky suspirou, dando de ombros. – Não faço questão de ser lembrado por nenhuma daquelas pessoas, vou me esquecer de todas elas daqui uns cinco anos. Digo, de quase todas.

— E de quem não vai se esquecer? – Steve perguntou por perguntar.

— Não vou me esquecer, por exemplo, do babaca que acredita em fofoca adolescente. – Bucky gargalhou.

— Ei, isso é injusto, eu me redimi. – Steve também acabou rindo. – Cara, por que nós nunca nos falamos antes?

— Porque você é o crânio popular do colégio e eu sou o cara esquisito que paga pros outros fazerem o meu trabalho. – Ele revirou os olhos.

Steve riu soprado, mas a piada acabou perdendo a graça com o tempo e ele suspirou.

— Você mencionou isso antes e eu fiquei curioso... Natasha realmente é sua única amiga naquele lugar?

— Ela é minha única amiga na vida. – Bucky riu soprado da expressão do outro. – Digamos que não sou muito bom em fazer amizades, as pessoas não gostam de se associar com um cara solitário que troca qualquer evento por uma "noitada" relendo Harry Potter pela décima nona vez, entende? Às vezes nem a Nat aguenta. – Riu outra vez. – Não estou dizendo isso para que sinta pena, ok? É só a verdade. Eu não sou exatamente interessante, prefiro ficar no meu quarto lendo à noite toda a sair por aí para conhecer pessoas. Pessoas reais não são tão interessantes quanto Hermione Granger ou Elizabeth Bennet.

— Acho louvável que goste tanto assim de ler, e concordo que Harry Potter e Orgulho e Preconceito sejam boas companhias, mas não é desperdiçar demais a vida viver trancafiado aqui quando tem um mundo inteirinho lá fora pra você aproveitar? Eu sei que a vida não é uma aventura de C. S. Lewis, mas eu posso garantir que o mundo não é assim tão chato quanto aparenta. Digo, tem seus dias de Romeu e Julieta, mas também tem dias de As Brumas de Avalon.

— Se você está tentando me conquistar com referências literárias, Steve Rogers, fique sabendo que está funcionando. – Eles riram. – Eu sei disso, eu só não consigo me importar com isso, entende? Saber algo é diferente de se importar com algo. Eu tenho a Nat, não sinto que me faltam amigos reais, embora a ouça reclamar o tempo todo sobre o quão ruim eu sou em tentar fazer amizades e que eu preciso de um amigo novo, mas eu estou contente assim.

— Contente não é feliz. – Steve arqueou uma sobrancelha.

— Mas a felicidade não é um ponto de chegada, Steve, a felicidade é o caminho, e ela tem picos. O problema com o mundo é que todos pensam que, quando se atinge a felicidade, a pessoa vai ficar lá pra sempre.

— Eu sei disso, mas eu não disse que a felicidade era um ponto de chegada, eu quis dizer que, sendo contente, você jamais será feliz. Vai sempre faltar algo.

— Me explica, como foi que saímos de Shakespeare e entramos em Aristóteles e Nietzsche? – Eles riram novamente.

Steve resumiu sua resposta num sorriso bonito antes de se levantar.

— Eu preciso ir agora, já está escurecendo e meu pai deve estar preocupado. – Seguiu para o canto do quarto, onde descansava a sua mochila, mas antes de deixar o cômodo, ele dedicou mais um sorriso na direção do Barnes. – E você tá completamente errado, Bucky, você sabe muito bem fazer amizades e é muito mais interessante do que imagina. Te vejo amanhã na escola.

Bucky assistiu Steve sair pela porta e a fechar, e continuou atônito por muitos minutos depois de ele ter partido, porque aquele só poderia ter sido o melhor sonho que ele tivera. Não dava para acreditar no dia que passara, ele não queria ter que acreditar para acordar com o som do seu despertador no dia seguinte. Então ele deixou sua cabeça cair com tudo na mesa de seu computador, sentindo sua fronte doer com o impacto, fazendo-o xingar baixinho e massagear o local. Abriu um sorriso maior do que conseguia suportar e desceu as escadas correndo, em busca de sua mãe.

A mulher cozinhava tranquilamente ao som de algum blues muito antigo quando ouviu os passos do filho na escada, sorrindo calorosamente assim que ele entrou atropelado pela cozinha e depositou um selar em sua bochecha. Ela conhecia muito bem o motivo daquela animação toda.

— Como foi a tarde de estudos? Conseguiram progredir?

— Fizemos a divisão das tarefas e eu deixei que ele levasse dois dos meus livros. – A mulher arregalou levemente os olhos.

— Você emprestou seus livros para alguém com quem nunca falou antes? Eu estou entendendo bem ou você está me pregando uma peça?

— Nós precisamos fazer esse trabalho, não custava nada. – Bucky deu de ombros. – E também, não é como se tivesse emprestado meu box exclusivo da edição capa dura de A Divina Comédia. – Ele revirou os olhos.

— Mesmo porque, ele é somente a sua primeira paixão, para conquistar A Divina Comédia precisariam estar casados há uns vinte anos, certo? – A mãe zombou.

— Você sabe que isso não tem graça, não é? – Bucky disse enquanto pegava um pêssego da fruteira.

— Se visse a sua expressão, entenderia que tem sim. – Ela riu novamente. – E pare de comer frutas, o jantar está quase pronto e seu pai já está para chegar.

— Nada de contar a ele que emprestei dois dos meus livros ao Steve.

— Steve? – Ela arqueou uma sobrancelha. – Agora o chamamos de Steve?

— Agora o chamamos de Steve? – O pai apareceu na cozinha, afrouxando o nó da gravata e repetindo o que a esposa dissera.

— Ah, não! – Bucky bufou.

— Espere só até descobrir que Bucky emprestou dois livros a ele hoje.

— A Divina Comédia? – O pai arqueou uma sobrancelha enquanto deixava um selar na testa de esposa e outro na do filho.

— Não, eles ainda não se casaram.

— Ufa! Pensei que tivesse perdido a festa! Vou tomar um banho e vocês me deixam a par desse relacionamento.

— Que relacionamento? – Bucky uniu as sobrancelhas, indignado. – Eu não acredito que eu contei a vocês, eu realmente não acredito!

Subiu as escadas contrariado enquanto ouvia as gargalhadas dos pais ecoarem por todos os cômodos.


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Notas finais do capítulo

Quem é muito fã de Wynonna Earp aqui? o/ Eu precisava dar um lugar de destaque pra ela, gente ♥ E a relação de Bucky com os pais ♥ Eu sou apaixonada por essa relação ♥

Bem, vejo-os na quarta-feira ♥ Obrigada pela companhia e pelo tempinho que dedicou a esta história hoje ♥ Até breve e XoXo ;*



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