Papeis, livros, eu-lírico e eu te amo escrita por Tia Lina


Capítulo 20
A pessoa mais interessante do mundo todo


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? ^^

Esse é o capítulo que postaria ontem, mas minha irmã precisou do notebook e eu joguei pra hoje, porque vocês não mereciam passar mais uma semana sem notícias desses dois ♥ E, olha... Tô me esforçando pra evoluir com a história, juro que tô, mas toda vez que começo a planejar o capítulo novo só tenho vontade de escrever cenas fofas entres eles e acabo jogando as coisas importantes mais pra frente #comofaz

Acho que preciso de auxílio psicológico para evoluir com PLELETA, desse jeito não tá dando Ç_Ç Enquanto a história não evolui, fiquem com mais essas cenas nhomnhomnhom ♥

BoA leitura ^^



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Steve imaginou que demoraria a pegar no sono naquela noite, porém, tão logo se acomodou no seu lado da cama, fechou os olhos e adormeceu. O Barnes, que voltara o caminho todo do museu entre cochilos e momentos de consciência parcial, agora parecia não conseguir mais fechar os olhos. Seu coração batia rápido demais e seus pulmões ardiam pela velocidade e intensidade com a qual puxava o ar para dentro. Estava consciente demais da presença do loiro ao seu lado, do cheiro que saía do seu cabelo e da sua pele e também do seu calor. Tentou forçar os olhos e pegar no sono, mas não conseguiu, então os abriu e olhou para Steve.

Não havia detalhe algum para se ver, estava escuro demais, mas havia uma sombra grande ao seu lado e, se buscasse no seu inconsciente, encontraria todas as referências que tinha daquele rosto para poder enxerga-lo na escuridão. Seus cílios loiros e as pintas no nariz, o queixo delicadamente desenhado e a força de seu maxilar. Steve tinha traços completamente opostos e atrativos, era tudo delicado e forte demais nele, como o mar se chocando com a rocha ou qualquer outra comparação idiota na qual conseguisse pensar. Seu cérebro definitivamente precisava de um descanso, mas seu coração não conseguia se acalmar para dá-lo.

— Steve?

Sussurrou sem saber exatamente porque queria que ele estivesse acordado. Era óbvio que não estaria, Bucky passara um tempo analisando o seu peitoral e o vendo mover vagarosa e ritmicamente, indicando que o loiro dormira há muito. Suspirou pesadamente e se virou na cama, tentando pegar no sono outra vez. Resgatou as lembranças daquela noite, de quando ainda estavam no museu, e se arrependeu por não ter dito o quanto Steve ficava bonito naquele lugar com aquela iluminação azulada. E pensando pela milionésima vez naquele sorriso de dentes retos e brancos, ele finalmente conseguiu adormecer.

Rogers se remexeu novamente na cama, sem ter consciência de que já o fazia por um bom tempo, então teve aquele sonho novamente, o de estar com a bexiga cheia demais e precisar urinar em uma privada no meio do pátio da escola, em frente a todos os alunos. Despertou no mesmo instante, sabendo que, muito provavelmente, faria o serviço na própria cama se ignorasse o aviso. Ele já esperava que fosse acordar no meio da noite com vontade de urinar, sempre acordava quando tomava água logo antes de se deitar. O que ele não esperava era encontrar o rosto de Bucky tão perto do seu.

Bucky estava todo torto do seu lado da cama, o que foi uma surpresa para o loiro. Imaginava que, sendo todo certinho como ele era, dormisse em uma posição só durante a noite toda – não que passasse a tarde toda fantasiando sobre o garoto enquanto o mesmo dormia, foi algo que passou pela sua cabeça naquele momento, – no entanto, havia uma bagunça de Barnes ao seu lado e era a coisa mais adorável que já vira. Nada nunca pareceu complementar tão perfeitamente a sua própria bagunça quanto aquela imagem do moreno agora. Com os cabelos revoltos e em todas as direções ao redor do rosto, Bucky abraçara o travesseiro no qual deitara e apoiara a cabeça na própria mão. Havia luz suficiente no quarto para Steve identificar que sua boca não estava totalmente fechada, e aquilo arrancou um sorriso de si. Steve sentiu muita vontade de beijar todas as regiões daquele rosto muito bonito.

E então sentiu novamente a bexiga reclamando e decidiu se levantar logo, antes que fizesse na cama mesmo e estragasse aquela cena encantadora. Viu que o pai já estava acordado enquanto ainda estava no meio do percurso e olhou para o relógio, que marcava 5h37 da manhã. Parou na entrada do cômodo assim que saiu do banheiro e esperou que ele terminasse um bocejo para falar.

— Bom dia, pai. Fica até tarde hoje? – Se recostou no batente.

— Ah, bom dia, filho. – Joseph sorriu um pouco em direção ao Rogers antes de responder. – Eu não sei. Tenho uma inspeção logo de manhã e depois algumas papeladas para preencher. Talvez tenha a tarde livre, mas provavelmente tirarei um cochilo no sofá do escritório, depois tenho algumas peças para averiguar e ainda precisarei passar no laboratório porque eles estão restaurando um artefato da Dinastia Shang.

— Ou seja, você tem o dia cheio e muito provavelmente não voltará até a noite. – Steve arqueou uma sobrancelha. Joseph sorriu.

— Muito provavelmente. Por quê? Você queria me pedir algo?

— Não, nada importante. – Deu de ombros. – Só queria saber se jantaria aqui para convidar Bucky para o jantar, mas podemos deixar para outro dia.

— E como foi ontem?

— Foi bem legal, Bucky ficou bem empolgado com a exposição. – Steve sorriu um pouco com a lembrança e Joseph, por reflexo, fez o mesmo. – Eu não sabia que ele gostava tanto assim da vida marinha.

— Ah, todo mundo gosta de um museu de vez em quando. – Joseph riu soprado.

— Bom, vou voltar pra cama, ainda estou com sono. – Steve deu as costas para voltar para o corredor quando parou e olhou para trás. – Espero que não se importe, mas só para você saber, Bucky dormiu aqui essa noite. Estávamos cansados e achei mais sensato parar aqui do que correr o risco de levá-lo até a casa dele. – Joseph arregalou um pouco os olhos, mas sorriu em seguida.

— Espero que vocês saibam o que estão fazendo.

— Não se preocupe, pai. – Steve sorriu e se virou novamente. – Tenha um bom dia no trabalho.

— Se cuidem vocês dois.

Bucky estava com a cabeça no travesseiro quando Steve voltou para o quarto, mas continuava com o rosto voltado para onde estivera antes. O loiro sorriu e tomou todo o cuidado de fechar a porta sem fazer barulho, caminhando na ponta dos pés até a cama e se deitando outra vez. Virou-se na direção do moreno para aproveitar aquele rosto por mais alguns minutos antes de pegar no sono, mas acabou encontrando os olhos do Barnes o encarando de volta, um pouco sonolento, mas, ainda assim, o encarando com curiosidade.

— Pensei que ainda estivesse dormindo. – Steve sussurrou. – Ainda é cedo, você pode voltar a dormir.

— Pensei que você estivesse acordado.

— Precisei ir ao banheiro e acabei conversando um pouco com meu pai.

— Ele já acordou? – Bucky arregalou um pouco os olhos.

— Eu avisei que o pessoal chegaria cedo no museu hoje. – Riu soprado. – Ele também já sabe que você dormiu aqui.

— Ele ficou muito irritado? – Bucky bocejou.

— Não. – Riu soprado novamente, não se aguentando e acariciando os cabelos do moreno. – Ele só pediu para que nos cuidássemos.

— Mas nós só estamos dormindo. – Bucky vestiu uma expressão confusa enquanto bocejava outra vez. Steve riu novamente.

— Eu sei. E agora ele também sabe. Podemos voltar a dormir? Ainda estou com sono.

— Sim, podemos. – Bucky fechou os olhos, mas continuou a falar. – Eu não sabia que você era tão gentil assim pela manhã.

— Talvez porque ainda existem coisas que você não sabe sobre mim. – Steve continuava a acariciar seu rosto.

— Ainda não acredito que isso seja possível.

— Muitas coisas são possíveis, mas do que você está falando agora? – Riu soprado. Bucky parecia muito um filhotinho de gato se aninhando em sua palma para dormir.

— De você, se interessando por alguém como eu. Isso parece muito surreal.

— Você é a pessoa mais interessante que eu já conheci, eu te disse isso um milhão de vezes. – Steve diminuiu um pouco o tom de voz quando percebeu que Bucky vagava entre o sono e a realidade. – Concordo que eu não parei para prestar atenção antes por causa das coisas que os outros inventaram a seu respeito, mas depois, quando estávamos fazendo o trabalho juntos e tive a chance de te conhecer, notei o modo como me olhava quando pensava que eu não estava vendo e percebi que você me olhava de um jeito gostoso de ser visto. Ninguém tinha olhado dessa maneira para mim antes e eu fiquei intrigado. Decidi dar uma chance a essa oportunidade que me ofereceu sem nem perceber e acabei descobrindo que é muito bom passar o tempo com você.

Steve acariciava os cabelos e nuca do Barnes com carinho e delicadeza, embalando-o num sono tranquilo enquanto sussurrava baixinho. Ele mesmo começara a vagar entre o sono e a realidade em algum momento, mas parecia haver tanto a ser dito que ele não queria perder a chance agora.

— Você é muito interessante Bucky, – repetiu, – e eu quero parecer tão interessante quanto para você também.

— Fica tranquilo, Steve, você é a pessoa mais interessante do mundo todo para mim. – Steve não esperava que ele ainda estivesse acordado, então deixou um selar nos lábios do moreno e se aconchegou melhor ao seu lado.

Com isso, adormeceram novamente.


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Notas finais do capítulo

Eu juro, juro juradinho que tem história pra acontecer ainda. Perdoa meus momentos "quero pegar todas as cenas fofas que eu encontrar e dar pra esses dois" e não desiste de mim ♥

Estão gostando?

Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*



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