Papeis, livros, eu-lírico e eu te amo escrita por Tia Lina


Capítulo 18
Uma noite no museu - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oláááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? ^^ Só queria dizer que estou orgulhosa de mim essa semana, porque consegui finalizar capítulos pra vcs ♥ Yeeeeey! Então, vamos lá ^^

BoA leitura ^^



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— Está com fome? – Steve perguntou depois de ficar muito tempo observando Bucky passear por todo o espaço.

— Não exatamente, por quê? – Bucky arqueou uma sobrancelha. – Você preparou um piquenique também? Existe algum limite para o quão meticuloso uma pessoa pode ser, Rogers? – Steve riu.

— Sinto decepcioná-lo, Bucky, não preparei um piquenique, mas agora penso que deveria, perdi uma chance e tanto de impressioná-lo outra vez.

— Ah, não precisa se chatear, você terá outras chances. – Riram soprado enquanto Bucky se aproximava do loiro. – Então, o que temos para comer?

— Alguns sanduíches de geleia e manteiga de amendoim e suco.

— A mim soa exatamente como algo que poderia comer agora. – Bucky sorriu e se sentou no chão assim que o loiro fez menção de fazê-lo.

O silêncio recaiu sobre eles quando começaram a comer, e Bucky estava achando tudo aquilo fantástico demais para merecer. Até mesmo o sanduíche, feito com um pão qualquer e manteiga de amendoim e geleia compradas no supermercado. Desejou elogiar, mas não sabia se faria sentido enaltecer a receita de empresas multimilionárias que destruíam o meio ambiente para fabricação de produtos que – certamente – matariam a população em poucos anos em troca de lucro quando, na verdade, a única coisa que realmente interessava ali era Steve, o garoto que, aparentemente, era incapaz de mastigar um pedaço de pão sem sorrir feito um bocó.

Bucky sentiu um calor gostoso no coração, porque era àquilo que era grato. A existência de alguém como o Rogers e aquele sorriso bobo que ele começara a vestir depois que se conheceram. De repente se sentiu outro bocó com todo aquele clichê, tinha certeza que vários de seus escritores favoritos já haviam descrito cenas exatamente como aquela, e que em todas elas um dos personagens descobria magicamente que o outro era o grande amor de sua vida, e que a luz da lua se refletia de uma maneira curiosamente fascinante nas piscinas azuis daquele que seria o objeto de interesse do principal da narrativa.

De fato, a lua realmente fazia o seu papel daquela claraboia, mas Bucky não saberia dizer se Steve era o grande amor de sua vida. Sentia um grande amor por ele, sim, mas uma vida dura muito tempo e ele não saberia o que fazer se o Rogers lhe dissesse que o quereria por todo esse período. Curiosamente, também não saberia o que fazer se ele dissesse o contrário.

— Em que tanto pensa? – Steve interrompeu sua linha de raciocínio com um dos seus sorrisos.

— Em nós. – Foi honesto outra vez, porque realmente sempre fora, principalmente com ele.

— Algo feliz ou algo triste? – Arqueou uma sobrancelha, intrigado.

— Depende do ponto de vista. – Bucky deu de ombros. – Passar muitos anos ao meu lado é algo feliz ou triste para você?

— A mim soa exatamente como algo que estou a fim de fazer. – Seu sorriso aumentou consideravelmente.

— Então podemos dizer que estou pensando em algo bem feliz. – Bucky sorriu também.

— Então quer dizer que já está fantasiando com uma vida toda ao meu lado? – Ele arqueou uma sobrancelha e Bucky riu soprado.

— Não era exatamente uma fantasia, foi somente algo que passou pela minha cabeça em um breve momento de contemplação. Não sei se você conseguiria me aturar por tanto tempo assim.

— Você subestima o meu incrível poder de ignorar as partes ruins da vida enquanto vivo intensamente as boas. – Steve negava com a cabeça de maneira zombeteira, mantendo uma expressão séria. – Um dia aprenderá da pior forma possível que não sou tão fácil assim de ser vencido pelo cansaço, Bucky. – Riu soprado, aproveitando para acariciar o queixo do moreno. – E você? Saberá lidar com toda a minha intensidade e meus amigos esquisitos?

— Se você conseguir lidar com Natasha, tenho certeza que seus amigos não serão problema. – Riu soprado também.

— Eu te apresentei ao meu ex namorado no nosso primeiro encontro, não vejo como alguém pode ser pior que isso.

— Dylan é um cara legal. – Bucky deu de ombros. – Por que terminaram?

Não sabia se deveriam mesmo se enveredar por aquele assunto, mas antes que pudesse se retesar ou engolir a questão, a dúvida tinha escapado de sua boca como água escapa entre os vãos dos dedos.

— Tem certeza que este é o melhor momento para falarmos sobre o passado? – Steve arqueou uma sobrancelha, parecendo saber exatamente o que se passava na mente do outro.

— Eu não sei quando é um bom momento, nem se  um momento que seja bom para falarmos sobre isso. Sequer sei se devemos mesmo falar, te disse que não faço ideia do que fazer.

— Não acho agradável falar sobre alguém com que nos envolvemos no passado. – Steve coçou a cabeça, claramente sem jeito. Bucky não conseguiu evitar, daquela vez realmente acariciou o braço do loiro. Steve uniu levemente as sobrancelhas com o ato repentino, sem entender nada daquilo.

— Desculpe. – Afastou a mão. – É que eu realmente acho bonito quando faz isso e minha mão se moveu por vontade própria. – Steve sorriu, aproximando-se o suficiente para selar-lhe os lábios.

— Não peça desculpas por querer me tocar, me sentirei um monstro se o fizer. Você pode me tocar se desejar, e se eu não gostar, prometo te dizer. Você pode fazer o mesmo, que tal? Estamos combinados?

— Acho justo. – Ele concordou.

— E respondendo suas dúvidas, não acho que devemos construir nosso relacionamento baseados em algo que deu errado. Nós não precisamos analisar cada ato, palavra e situação do passado para que possamos entender o que se passa conosco. O que estamos construindo é nosso e eu quero muito começar o aqui e agora com você. – Steve acariciou o rosto do Barnes antes de continuar. – Mas se quer mesmo saber, Dylan e eu decidimos terminar porque não estávamos mais acontecendo como casal. Passávamos mais tempo conversando como dois amigos do que vivenciando a vida como namorados. Demoramos um pouco para percebermos que nossa amizade não valia o preço de um relacionamento ruim e decidimos terminar antes dele ir para a faculdade. Somos ótimos amigos, mas péssimos namorados. Fomos intensos, sim, mas foi algo que passou. Não me arrependo de nada do que vivemos, mas teria feito algumas coisas diferentes se precisasse passar por isso de novo.

— Quando me levou até a festa, pensei que ainda estivessem juntos. – Confessou sem graça. Steve sorriu levemente e roubou mais um selar.

— Como disse, somos ótimos amigos. Dylan é um cara legal e gosta muito de mim, querendo ou não, tivemos uma história e ele é do tipo saudosista. Não estou dizendo que ele gosta de reviver nossos momentos, é só que ele se apega às pessoas com muita facilidade e às histórias que elas proporcionaram. Quando contei sobre você, ele me infernizou para que o convencesse a ir até à festa, estava louco para saber quem era esse garoto de quem tanto falava. Dylan não mentiu quando disse que eu certamente te achava merecedor por tê-lo levado. – Bucky arregalou os olhos e Steve riu. – Desculpe, nós falamos muito sobre tudo e não temos muitos segredos, espero que não se chateie com isso. – Acariciou seu rosto. – Enfim, ele te disse isso porque foi ele quem me disse “se esse cara não valer a pena, é melhor nem trazê-lo até aqui, não me faça perder tempo”. – Steve o imitava da melhor maneira possível, o que arrancou uma risada fraca do moreno. O Rogers sorriu com aquilo e o beijou de novo. – Dylan gosta muito de você, Bucky. Ele te achou um cara legal.

— Nós mal conversamos...

— E foi exatamente por isso que ele gostou tanto de você, Dylan é o centro da festa e você deu isso a ele. – Steve riu. – Estou brincando. Parcialmente brincando. – Arqueou uma das sobrancelhas, sorrindo em seguida. – Ele gostou de você porque nos parecemos em diversos aspectos, mesmo sendo tão diferentes. No fundo, ele só estava dizendo que aprova nosso relacionamento porque fomos feitos um para o outro.

Bucky riu com a última frase e se deixou ser puxado para perto do loiro. Aquele sanduíche era a segunda melhor coisa da noite, porque a primeira – com certeza – era beijar Steve Rogers.


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Notas finais do capítulo

Noite com muitos beijos e sanduíches ♥ Tão fofos ♥ Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ Espero vê-los em breve ♥ XoXo .*



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