Papeis, livros, eu-lírico e eu te amo escrita por Tia Lina


Capítulo 17
Uma noite no museu - parte I


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááááá, enfermeira! Tudo bem com vocês? ^^ Eu avisei que este capítulo estava quase pronto e que teria essa semana, só não postei ontem porque ontem fui assistir Guerra Infinita (em respeito a quem não assistiu, nós não vamos falar sobre o filme, ok? Por favor, nada de dar spoilers aos coleguinhas). Se quiserem falar sobre o filme comigo, me procurem no privado que estou aqui de coração e braços abertos para que possamos nos ajudar com tanto sofrimento com todos aqueles tiros levados ♥ E enquanto não temos as respostas que queremos, vamos ler um pouquinho, certo?

E no final das contas, o capítulo acabou ficando mais fofo que sexy huahauhauahua Mas calma, terá uma continuação dessa pernoitada ;D Vamos lá? Então...

BoA leitura ^^

P.S.: Não terá imagem por um tempinho porque as que sobraram dão spoiler DEMAIS pra história huahauhauahua Mas elas voltarão ^^ Vocês têm direito a mais 3 delas ♥



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— Você tem certeza de que está tudo bem fazermos isso?

Steve riu soprado e passou um dos braços pelos ombros do Barnes, trazendo-o para mais perto de seu corpo. Fazia frio naquela noite e ele notara que o garoto trouxera apenas um casaco verde militar consigo – não que estivesse reclamando, aquilo seria uma excelente desculpa para poder ficar próximo do moreno a noite toda. Tirou as chaves do bolso e destrancou a entrada do museu, puxando o Barnes para dentro antes de trancá-la novamente. Bucky sentiu um arrepio percorrer sua espinha no momento em que pisou no museu, sentiu-se um rebelde sem causa de repente, alguém que invadia prédios históricos e depredava patrimônios públicos. Aquilo, de alguma forma, fez seu coração bater acelerado de um jeito prazeroso.

O esqueleto de tiranossauro rex em tamanho real recepcionou os dois naquele hall parcamente iluminado, e logo na recepção havia um senhor vestindo o uniforme característico da segurança. Steve não mentiu ao dizer que possuía algum tipo de aval para ir e vir em qualquer horário, porque o senhor sorriu para os dois e o cumprimentou com algum comentário sobre o jogo dos Knicks. O Rogers fez questão de dar atenção a ele antes de continuar o trajeto, seja lá para onde levasse. Passaram por algumas exibições de personagens de cera até chegarem em uma espécie de portal, então Steve parou e se aproximou da fechadura, olhando para Barnes antes de começar a destrancar.

— Você já visitou o hall da vida marinha antes?

— Talvez quando tinha seis ou sete anos, faz muito tempo que não piso aqui para ser honesto.

— Ótimo. – Ele sorriu. – Então eu tenho o prazer de apresentar a você – Steve abriu finalmente a porta, – o hall da vida marinha do Museu de História Natural de Nova Iorque.

Os olhos de Bucky dobraram de tamanho e ele tomou a dianteira, sem se incomodar se era seguido ou não pelo loiro. A iluminação fora cuidadosamente planejada para se parecer com o fundo do mar – não a parte mais profunda, obviamente, mas aquela até onde o sol alcança. Do teto pendiam diversos animais marítimos, alguns dos quais ele sequer tinha conhecimento, outros dos mais conhecidos e diversos. Havia uma réplica em tamanho real de baleia azul no teto desde que se conhecia por gente, e ela já não parecia mais um objeto solto no meio de um galpão vazio, parecia somente outra peça para aquele quebra cabeça que, agora sim, estava completo.

Steve o observava de longe, fascinado com os olhos brilhantes do garoto que, naquele instante, parecia uma criança que acabara de descobrir o mar. Sentiu um súbito desejo de destruir aquela cena bonita e pegá-lo nos braços, mas a vontade de assisti-lo em silêncio acabou vencendo o seu coração ansioso. A iluminação azulada e aquele efeito de água em movimento eram refletidos no Barnes, fazendo-o mais como uma parte daquela exposição do que um expectador da mesma. Aquela não fora a primeira vez que Steve pensara que Bucky se parecia exatamente como uma obra de arte, mas fora a primeira que tivera certeza de que estava certo desde o início e de que agora sim ele estava exatamente no lugar onde pertencia. Não conseguiu conter um sorriso abobalhado quando o moreno, parado no centro do salão, sorriu em sua direção.

— Isso aqui é lindo, Steve. – Sussurrou alto o suficiente para que o loiro ouvisse. Steve alargou o sorriso.

— Ah, é? Deveria ver desse ângulo que estou vendo. – Bucky não pareceu entender, mas já não fazia tanta diferença naquele momento. Steve se aproximou calmamente, ainda sorrindo. – Pode assumir, sou o melhor namorado do mundo todo, não sou?

— Namorado? – Bucky arqueou uma sobrancelha, tentando disfarçar a surpresa.

— Rápido demais? – Steve vestiu uma expressão de dúvida que parecera tão adorável ao Barnes que ele riu soprado.

— Não sei. – Deu de ombros. – Quanto tempo é necessário para saber que se trata de um namoro?

— Acho que essa resposta você mesmo é capaz de dar, Barnes. – Steve também riu soprado, aproximando-se um pouco mais e colocando a destra no peito do moreno. – Quanto tempo acha que precisou para saber?

— Acho que desde a festa. – Steve riu soprado. – Apressado demais?

— Não. – O Rogers riu novamente. – Só não esperava essa resposta tão honesta.

— Sou sempre honesto, com você principalmente.

— E eu agradeço todos os dias por isso. – Steve sorriu e selou rapidamente os lábios do Barnes. – Eu acho que fui um pouco mais lento que você, porque precisei do domingo todo para perceber.

— Acho que posso perdoá-lo por isso. – Ele riram. – Só... Isso, por acaso, é algum tipo de sonho?

— Não acredito que nossos cérebros tenham criado o mesmo universo ao mesmo tempo. – Steve respondeu após ponderar por um momento. – Por quê?

— Porque faz cinco anos que sou apaixonado por você, e imaginei que jamais vivenciaria isso um dia. Isso é meio que demais para mim. – Assumiu baixinho e Steve precisou de uns minutos a mais até absorver aquela informação.

— Você... Cinco anos? – Ele acenou positivamente. – Por que nunca falou comigo antes?

— Porque eu sou o garoto folgado que não faz o trabalho de casa e se apoia nos outros e você é o cara mais inteligente da turma. – Deu de ombros. – Sou o nerd esquisito e sem graça e você o geek interessante e com o sorriso encantador.

— Ah, Bucky, alguém deveria ter te contado que eu meio que tenho um fetiche por nerds esquisitões e sem graça. – Riu soprado. – Mas falando sério, você é a pessoa mais interessante daquele colégio inteiro, me arrependeria eternamente se não vivenciasse isso aqui. Você é tipo o parágrafo que faltava para o livro ficar perfeito. – Bucky sentiu-se arfar e Steve sorriu.

— Nós mal nos conhecemos...

— E é justamente para isso que servem os namoros, embora alguns digam que é somente para sexo e amassos. – Deu de ombros, rindo em seguida. – Não que não sirvam também. – Sorriu de viés.

— Eu não sei namorar. – Suspirou.

— E eu já disse que estou aqui para ajudá-lo. – Steve acariciou seu rosto quando finalmente tirou a mão que ainda repousava no peito do Barnes e a pousou em seu rosto. – Eu não sei que tipo de história rola pelos corredores daquela escola, mas eu só tive um namorado, Dylan, que por acaso você conheceu. – Sorriu graciosamente. – Acho que pude aprender coisa ou outra com ele para poder ensiná-lo, e eu sei que existe muito mais por vir, mas nós as vivenciaremos juntos, certo? Porque eu também não sei todas as respostas e eu também me sinto inseguro às vezes. O que acha disso, Bucky? Você aceita ser a minha força quando precisar se eu te prometer ser a sua quando não tiver nenhuma?

— Você me trouxe aqui para me pedir oficialmente em namoro? – Bucky arqueou novamente a sobrancelha e Steve riu soprado outra vez.

— Talvez.

— Está tentando me comprar com uma iluminação bonita e réplicas perfeitas de animais interessantes, Steve Rogers?

— Depende... – ele também arqueou uma sobrancelha antes de continuar, – Funcionou?

— Sim. – Bucky disse com uma convicção que ele não sentia somente pela ânsia de não perder aquela chance que o destino, ou seja lá que nome as pessoas dão a essas coisas, colocara em sua frente.

— Então sim. – Steve sorriu e selou os lábios do Barnes, separando-se rapidamente. – Sei que não gosta de beijar em locais públicos, mas estamos sozinhos aqui e eu prometo que não há ninguém prestando atenção na gente pelas câmeras.

— Tá tudo bem, Steve. – Bucky riu soprado. – Acho que existem coisas das quais precisamos falar, certo?

— Coisas?

— Eu nunca disse que não gosto quando me beija em locais públicos, eu disse que não gosto de servir de plateia. – Ele fez uma careta involuntária. – Não gosto de demonstrações públicas de afeto e de declarações exageradas no meio da multidão, não acredito que as pessoas precisem mesmo disso.

— Não gosta de receber carinho em público? – Bucky podia perceber que o loiro se esforçava para entender, mas não conseguiu manter-se impassível por muito tempo, Steve era adorável demais e precioso demais para ser ignorado. Acariciou seu rosto e selou seus lábios rapidamente antes de continuar.

— Não, Steve, eu gosto de receber carinho e não me importo se for em público, o que eu não gosto é de comoções e atos exagerados. Não gosto do “circo” montado e de me sentir como em uma peça teatral. Não consigo acreditar que tudo se resuma a isso, e para ser honesto, creio fielmente que todas essas “declarações” nascem do ego humano e da necessidade de mostrar aos outros algum tipo de dominância sobre o outro. Pode ser besteira minha, mas não acredito nessas demonstrações públicas de amor, não acredito em nenhuma dessas comoções.

Steve sorriu contido e acariciou o rosto do moreno por um momento. Bucky era tão valioso e trazia tantas novidades, havia tanto a ser compartilhado e tanto a ser aprendido que ele desejava estender aquela noite por um ano inteiro, porque aqueles minutos eram preciosos. Cada segundo ao lado do Barnes era precioso, mas isso porque ele, por si só, era alguém precioso. O Rogers sentiu o sorriso aumentar no rosto antes de beijá-lo com vontade, tendo aquelas réplicas de animais marinhos e câmeras não vigiadas como testemunhas daquele sentimento bom que aflorava nos corações juvenis dos dois garotos.


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Notas finais do capítulo

Habemus pedido! huahuahauhaua Não sou lá a melhor pessoa com "pedidos oficiais" pq eu msm (na minha vida pessoal) não sou muito do tipo que "dá nome aos bois" :S Não fico me preocupando em rotular nenhum dos meus relacionamentos então acabo transmitindo isso para os meus personagens (desculpem :S), mas achei justo com esses dois em PLELETA ♥ Bucky merece, Steve merece, os dois merecem, todo mundo merece ♥ Só queria compartilhar uma curiosidade que acabei de reparar huahauhaua

Eu juro que imaginei o segurança do museu como o Stan Lee, mas foi totalmente sem querer hauhauahuahaua Meu cérebro simplesmente criou esse personagem e, de repente, era o Stan Lee huahauhauahuahau Enfim... Espero que tenham gostado ^^ Vejo-os no próximo, certo? Espero que sim ♥ E vão assistir Guerra Infinita que tá maravilhoso ♥

Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*



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