Papeis, livros, eu-lírico e eu te amo escrita por Tia Lina


Capítulo 12
Laços estreitos


Notas iniciais do capítulo

Oláááááááááá, enfermeira ^^ Tudo bem com vocês? ^^

Primeiramente, gostaria de dizer que essa semana não tem Toská. Repetindo, essa semana não tem Toská. Já peço perdão de antemão, mas o capítulo dessa segunda tá dando muito trabalho pq ele é importante para dar abertura ao final da história (calma, não significa que vai acabar daqui duas semanas, mas é que acontece umas coisinhas que começarão a ser explicadas no próximo ^^). Tenho ele todo esquematizado e a maioria das cenas prontas, ainda estou na fase de juntar, corrigir, editar, analisar... Enfim, minhas manias doidas huahauhauahua Mas semana que vem voltamos com a programação normal ^^

O outro recado eu deixo nas notas finais, fiquem espertos ;D

BoA leitura ^^



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Sua mãe fez questão de deixá-lo em frente à casa do loiro daquela vez, ela estava ansiosa demais, parecia ser ela a convidada a passar a tarde na casa do interesse amoroso. Bucky achou graça e chegou a zombar, mas no fundo ele entendia. Fazia anos que nutria esses sentimentos e ninguém torcia mais para que isso desse mesmo em algum lugar do que a sua mãe. Mesmo que ele tenha dito que ela poderia partir, a matriarca fez questão de aguardar até que Steve atendesse à porta, o que serviu somente para desesperar o moreno, porque ela sempre tinha coisas embaraçosas a dizer somente para deixá-lo sem graça. Bucky suspirou pouco antes de tocar a campainha.

Ouviu passos apressados dentro da casa e um “já vai” abafado pela maciça branca vinda de um timbre muito conhecido. Sentiu vontade de rir soprado ao imaginá-lo correndo desesperado por todo o caminho até ali, mas manteve-se sério, encarando os desenhos na madeira. Steve abriu um sorriso no mesmo instante em que abrira a porta, e puxa! Como ele ficava bem naquela camiseta vermelha e naquele moletom cinza! Se Bucky precisasse escolher, aquele seria seu look favorito dele. Steve alargou um pouco mais o sorriso e se recostou no batente, cruzando os braços.

— Por acaso ficou mudo? – Gracejou.

— Só um momento. – Ele se virou de costas para o loiro e acenou para a mãe. Steve desviou sua atenção e se endireitou, acenando também.

— Divirtam-se, crianças. – Ela gritou do carro.

— Não se preocupe, senhora Barnes, garantirei que ele se alimente. – Steve gritava de volta.

— Não dê trabalho ao Steve, James. – Ela sorriu, dando partida no carro. – E, por favor, usem camisinha.

Bucky engasgou com sua própria saliva enquanto a mãe lançava um sorriso endiabrado em sua direção, partindo logo em seguida. Steve gargalhava alto atrás de si e ele não queria ter que encará-lo de novo.

— Puxa, a sua mãe é espirituosa! – O loiro comentou divertidamente, puxando-o para dentro da casa pelo pulso quando percebeu que ele não se moveria. – Não precisa ficar vermelho, tá tudo bem, sua mãe gosta de dizer essas coisas para te atazanar, meu pai faz a mesma coisa. Deve ser coisa de pais. – Ele deu de ombros quando Bucky finalmente o encarou.

— Eu sinto muito. – Ele sussurrou.

— Tudo bem, Bucky. – Steve sorriu outra vez. – Vem, vamos para o meu quarto, meu pai está assistindo a um documentário na sala e eu prefiro não o incomodar.

— Ele é bravo ou algo do tipo? – Bucky questionou por questionar enquanto seguia Steve. O loiro riu soprado e resolveu levá-lo até a sala.

Quando Bucky avistou todos aqueles papéis, e miniaturas, e componentes eletrônicos, ele compreendeu exatamente o que Steve quis dizer com “não incomodar seu pai”. O senhor no sofá não parecia ser muito mais velho que os seus pais, e definitivamente se parecia exatamente como uma cópia 20 ou 30 anos mais velha de Steve. Os cabelos loiros estavam grisalhos em algumas partes, e ele cultivava um bigode muito bem aparado e cuidado. Steve chamou atenção do homem, que pausou o documentário somente para olhar na direção do filho. O senhor Rogers se levantou e caminhou até Bucky, abrindo um sorriso amigável enquanto estendia a mão.

— Prazer, sou o pai do Steve, seja lá o que ele te contou, é mentira. – Chacoalhou a mão do moreno com vivacidade, mantendo o sorriso, que se parecia muito com o do loiro. – Meu nome é Joseph, e você pode me chamar assim mesmo, sou novo demais para admitir um “senhor Rogers”. E você é?

— Bucky Barnes.

— Ah, o menino do beijo, digo, o menino da festa, claro. – Ele sorriu novamente. – Foi um prazer conhecê-lo, rapaz.

Bucky se sentiu envergonhado ao descobrir que o pai do Rogers sabia sobre o beijo, mas Steve o arrastou para longe no momento seguinte sem nem dar tempo de se explicar ou mesmo corar. Steve disse que assistiriam filmes em seu quarto e tudo o que o homem fez foi se oferecer para preparar um lanche, o que o loiro negou educadamente. Na segurança do quarto do loiro, Bucky voltou a se sentir ansioso. O que acontecia agora?

— Perdoe-me pelo meu pai, e eu espero que não tenha ficado chateado, mas eu não costumo esconder as coisas dele. – Se Steve levasse aquela mão à nuca outra vez, Bucky sentia que poderia atacá-lo.

— Não tem problema, eu também não escondo nada dos meus.

— Verdade? – Ele arqueou uma sobrancelha. – E o que sua mãe disse quando contou a ela?

— Digamos que eu não precisei contar para que ela ficasse sabendo. – Ele franziu o cenho, como se estivesse se recordando de algo constrangedor.

— Ow, então tínhamos expectadores ontem à noite?

— Podemos assistir ao filme? – Bucky estava mesmo sem graça. Steve riu soprado.

— Você fica uma graça quando está sem graça, Barnes. – Ele riu novamente. – Vou buscar a pipoca, pode se acomodar na minha cama.

— Mas eu não quero invadir a sua intimidade assim. – Franziu o cenho novamente.

— Estou te convidado, você não está invadindo. E tem outra, se você acha que permitirei que assista ao filme do meu tapete, você está muito enganado James Buchanan Barnes. – Cruzou os braços e arqueou a sobrancelha, o que acabou arrancando um riso soprado do moreno.

— Tudo bem. – Suspirou. – Prometi à minha mãe que me comportaria.

— Ótimo. – Steve alargou o sorriso.

— Você tem algum tipo de preferência? – Ele questionou antes do loiro deixar o quarto.

— Como? – Steve uniu as sobrancelhas.

— Digo, se prefere algum lado específico da cama para ficar.

— Não, pra mim tanto faz, eu durmo na cama inteira, não tenho nenhuma mania. – Deu de ombros, mas sorriu de viés antes de voltar a caminhar para fora. – Por quê? Você tem preferência?

— Durmo sempre do lado direito da cama, mas prefiro ler sempre do lado esquerdo. – Deu de ombros também, retirando os tênis para pisar no tapete. – Nunca descobri o motivo, eu só me acostumei assim.

— Wow! Você é mesmo um mar de mistérios interessantes e inesgotáveis, não? – Ele riu soprado. Bucky preferiu não responder, escolhendo apenas caminhar até a cama. – Pode se acomodar em qualquer um dos lados, logo estarei de volta com a pipoca. – Bucky aquiesceu e ele saiu.

Aquilo era absurdamente estranho e novo.

Bucky não frequentava outros quartos, ele não gostava da sensação de invasão. Raramente aparecia no dos pais e, quando fazia, ficava parado à porta para não incomodá-los. Com Natasha era mais complicado, porque a ruiva sempre fazia questão de arrastá-lo até sua cama para conversarem mais à vontade sempre que a visitava, e por esse motivo a visitava tão pouco. Natasha sempre se deu à liberdade desde que se conheceram, ele sabia que, se não fosse por ela, jamais seriam amigos. Mas aquilo era bem diferente do que estava habituado.

Porque Natasha era sua amiga há mais tempo do que conseguia calcular, ele sequer tinha alguma recordação na qual ela não estivesse, não era incomum tê-la por perto em seu quarto. Seus pais viviam entrando e saindo de seu quarto sempre que precisavam, e não era como se ele realmente se sentisse incomodado com isso, eram seus pais afinal. Mas aquele era um quarto totalmente diferente, de alguém que ele mal conhecia. Era pior, porque era o quarto de alguém por quem ele nutria sentimentos desde os doze anos de idade, alguém que o havia beijado há menos de 16 horas. Bucky estava começando a ter dificuldades respiratórias, precisava se acalmar.

Percebeu que fazia muito tempo que estava em pé ao lado da cama e engoliu seco, ele não poderia continuar a ser assim tão patético. Suspirou cansado e colocou o primeiro joelho no colchão. Naquele instante notara que a bagunça de roupas não estava em lugar nenhum do quarto, talvez Steve tenha encontrado algum espaço de seu tempo para deixar seu quarto um pouco mais aconchegante para que assistissem ao filme confortavelmente. Bucky chegou a sorrir enquanto se acomodava melhor, colocando um travesseiro em suas costas e se recostando à cabeceira. Aquele quarto parecia bem menor agora.

Steve até tentou, mas ele simplesmente não conseguia parar de sorrir feito o bocó que era. Essa era a única explicação, era um bocó. Passou pela sala com duas bacias de pipocas, deixando a menor para seu pai, que agradeceu sem desgrudar os olhos da televisão. Seguiu com a maior para seu quarto e não conseguiu esconder outro sorriso quando avistou o Barnes olhando para os seus pôsteres com certo vislumbre. Ter guardado toda aquela bagunça que costumava ficar sobre sua cama parecera uma excelente ideia naquele momento. Sorriu para Bucky assim que se aproximou, estendendo-lhe a bacia de pipocas.

— Você promete não julgar a escolha do filme? – O loiro arqueou uma sobrancelha, indo até a mesa de seu notebook, voltando com ele em mãos.

— Depende. – Bucky arqueou uma sobrancelha, pescando uma pipoca.

— Eu disse que seria algum filme com o qual a crítica sequer se importa por ser extremamente cliché.

— Você me chamou até aqui para assistir à alguma comédia romântica das décadas de 80 ou 90, não chamou? – Bucky cruzou os braços, tentando muito parecer ofendido. Steve riu.

— São clássicos, Bucky, não fique ofendido. – Se sentou ao lado do Barnes, colocando o notebook em uma de suas coxas e na de Bucky que estava mais próxima a si. Steve virou o rosto para encará-lo. – Claro que você pode aproveitar o fato de ter escolhido o lado direito da minha cama para adormecer no meio do filme, prometo ser um ótimo travesseiro. – Riu soprado.

— Eu não vou dormir. – Ele revirou os olhos, mas sorriu.

— Eu não me importo se você dormir na minha cama.

Bucky sentiu suas bochechas esquentarem e sabia que estava sem graça, se Steve percebeu, não comentou nada, porque no instante seguinte a tela do notebook se acendeu e o filme começou.


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Notas finais do capítulo

Habemus filme! hauhauhauahuahau Agora só resta saber o que vem depois ~insira aquele emoji pensante aqui.

Seguinte, meus caramelinhos, como vocês já devem ter percebido, meu siricutico não tem fim. Estava reavaliando Toská dia desses e reparei que estamos próximos do final (não tão próximos assim, mas perto o suficiente ^^). Eu sei que sentirei saudades, assim como espero que deixe saudades também. E no meio de toda essa avaliação, uma música não parava de ecoar na minha mente. Trabalho como bartender, então escuto MUITA música de final de semana, era domingo e eu ainda estava cantarolando várias músicas da festa que trabalhei ao mesmo tempo em que estava quase pegando no sono quando uma cena inteirinha surgiu na minha cabeça e eu pensei "puxa! Isso daria uma boa Stucky!"

A notícia é que haverá uma nova Stucky quando Toská acabar, yeeeey! ~joga gliter~

Ela já tem nome e um capítulo e meio prontos (precisava anotar as ideias para que não me fugissem, neah?), mas não tenho trabalhado nela, estou mais preocupada com Toská e PLELETA no momento ^^ Assim que terminar de escrever Toská, começarei a trabalhar nessa nova, que se chamará...

~rufem os tambores~

Intrínseco.

Espero que gostem dessa nova aventura também ^^ Agradeço a companhia e paciência ♥ Até o próximo e XoXo ;*



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