Papeis, livros, eu-lírico e eu te amo escrita por Tia Lina


Capítulo 13
Colisão


Notas iniciais do capítulo

Olááááááááááá, enfermeira, tudo bem com vocês? ^^ Hoje não tô muito 40 ~digamos que não foi uma semana muito gostosa, mas isso não deve nos impedir de continuar na luta, certo? A vida não fica esperando a gente melhorar pra acontecer, então segue o baile e vida que segue huahauhauahuahauhau

Desculpem-me pelo atraso no capítulo, estava com a cabeça tão cheia que acabei me esquecendo de checar os dias da semana (sério, eu realmente nem lembrei dos dias da semana :S), enfim... Eu só queria dizer que eu gosto do desenrolar desse capítulo e gosto do que ele representa nessa história, espero que gostem também ♥ No mais, é só ^^

BoA leitura ^^



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Parecia que havia passado uma eternidade desde que o personagem principal – cujo o nome ele não fizera questão de se lembrar – havia se acidentado e Sandra Bullock fora o visitar no hospital, no entanto o filme ainda estava no começo e Bucky já não aguentava mais. Aquele não era exatamente o seu tipo de filme favorito, mas Steve ficava tão bonito enquanto observava atentamente as cenas que Bucky não conseguia nem fechar os olhos e nem pedir para que ele mudasse o filme. Havia um leve sorriso nos lábios rosados que ele sabia ser despretensioso e despercebido, e os olhos assumiram uma coloração intensa que denunciava seu gosto por aquele tipo de história.

Bucky quase conseguiu achar adorável a forma como Bill Pullman sorria para Bullock na tela do notebook de Steve enquanto o loiro espremia os olhos num sorriso bonito e nada contido. Num dado momento, Steve riu soprado e devolveu o olhar ao moreno que o observava minuciosamente. Bucky não pareceu se incomodar com seu expectador, na verdade ele sequer parara para processar a informação porque era bonito demais tê-lo assim tão perto. Steve tinha esse jeito doce de encará-lo que o fazia se sentir especial, era uma sensação gostosa que se alojava no seu estômago e subia em ondas elétricas pela sua espinha dorsal.

Steve, por outro lado, gostava da forma curiosa e interessada com a qual os olhos esverdeados o escaneavam, fazia parecer que Bucky possuía algum tipo de poder mágico em sua retina que permitia-o analisar todos os pensamentos confusos que se passavam em sua mente, colocando-os – de alguma maneira curiosa – em ordem. Bucky o encarava como se aquele olhar fosse o responsável por transportar todo o sangue de suas veias por toda a extensão de seu corpo para garantir sua existência. Era absurdo, ele sabia, mas Steve sempre se sentia um pouco mais vivo enquanto Bucky o observava.

— Você desistiu do filme? – O loiro perguntou baixinho.

— Não é exatamente meu estilo favorito. – Bucky fez uma careta involuntária.

— Eu sou o seu estilo favorito pelo jeito. – O Barnes ficou em silêncio e Steve riu soprado. – Você vai perder a melhor parte se continuar me olhando.

— E qual é a melhor parte? – Bucky desviou sua atenção para a tela do notebook.

— A que eles caem na neve. – Steve sussurrou bem próximo ao seu ouvido, deixando um rápido selar em sua bochecha.

Porque Steve tomara aquela liberdade de tocá-lo e Bucky não protestara.

A primeira vez que a perna do loiro encostou na sua, o Barnes sentiu que poderia morrer em combustão no minuto seguinte, porque Steve era quente. Quando o Rogers percebeu que ele não se incomodara com sua proximidade, recostou-se no moreno, fazendo questão de manter as laterais dos corpos unidas, porque Bucky era feito de um calor curiosamente confortável. Era aquela mesma sensação de uma xícara de chocolate quente debaixo dos cobertores em pleno inverno depois de um dia de aulas exaustivas. Se desse mais asas à sua imaginação, Steve concluiria que Bucky tinha o mesmo calor que emanava daquilo que as pessoas chamavam de lar. O Rogers encontrara um lugar aconchegante para morar e não era em um imóvel a ser alugado. Ele ainda não sabia exatamente onde aquilo os levaria, mas iria até o fim para descobrir.

O Barnes decidiu dar uma segunda chance ao filme, mesmo que sua vontade fosse a de responder a Steve que perderia toda a sua parte favorita se não o estivesse observando. Ele ainda não sabia que tipo de feitiço o atingira, mas era difícil negar algo ao loiro quando ele sempre parecia tão adorável em qualquer tipo de situação. Enquanto isso, Bullock se metia em todos os tipos de confusão no filme, o que incluía uma gravidez mal interpretada que ele precisava assumir que fora engraçada. As pipocas tinham acabado há algum tempo, então não havia o que fazer com as mãos, Bucky escolheu cruzar os braços enquanto ria vez ou outra com alguma cena. Steve mantinha as suas em seu colo, mas fazia questão de manter seu antebraço na coxa do moreno, lembrando-o de que estava logo ao seu lado. Aquilo, às vezes, dificultava sua concentração.

Principalmente quando ele ria e se movia, porque aquele contato era novidade e completamente desesperador. Bucky estava gostando daquilo muito mais do que tinha coragem de admitir em voz alta, ele precisava decorar exatamente cada uma daquelas sensações para revivê-las em sua mente mais tarde, quando estivesse sozinho em seu quarto. Aliás, aquela se tornara a sua especialidade com o passar dos anos. Bucky passava tanto tempo imaginando cenas que às vezes era complicado dizer o que tinha realmente acontecido ou não. Bullock e Pullman finalmente haviam declarado seu amor quando o Barnes despertou de seus devaneios e olhou mais uma vez para Steve, que exibia o sorriso mais idiota e bonito do mundo todo. Bucky acabou sorrindo também, porque aquilo era um detalhe precioso demais para se perder com o tempo.

Quem projetara aquele sorriso fizera um trabalho tão bom que Bucky começava a ter inveja do arquiteto.

— Eu sei que não é exatamente uma obra prima da cinematografia, mas é um filme agradável de se ver a dois. – Sorriu para Bucky desta vez.

— Não é exatamente meu estilo favorito. – Ele repetiu o que dissera anteriormente, completando logo em seguida. – Mas é um filme agradável.

— Quer saber porque esta é minha comédia romântica favorita?

— Por quê?

— Porque sempre achei poeticamente devastadora a forma como eles declaram seu amor.

— Não sei se compreendi muito bem. – Bucky fez uma careta.

— Sempre achei inspirador a forma como ele diz “eu te amo de volta” quando ela diz “eu te amo”. Perceba que não foi um “eu também”, nem um “eu também te amo”. Ele diz “eu te amo de volta” e eu sempre gostei de pensar que é porque ele está devolvendo na mesma medida tudo aquilo que recebeu sem ter pedido ou mesmo esperado. Acho ridiculamente triste porque nunca conheci ninguém que prestasse atenção nesse detalhe.

— Você tem uma forma poética de enxergar a vida, não é mesmo? – Bucky riu soprado, achando aquele lado de Steve adorável.

— O que posso dizer, meu eu-lírico é um poeta amargurado e incorrigível. – Steve deu de ombros, rindo também.

— É com isso que conquista as pessoas? Com o seu eu-lírico melancolicamente poético? – Bucky utilizou seu melhor tom zombeteiro, mas Steve manteve o sorriso ameno.

— Nem sempre, às vezes eu só cozinho waffle para elas, mas nem sempre elas compreendem as minhas intenções, às vezes eu só preciso pegar pesado mesmo. – Alargou o sorriso e Bucky ficou sem palavras outra vez.

— Seu esporte favorito é me deixar sem graça, não é mesmo? – Bucky conseguiu sussurrar depois de muito tempo.

— Ah, isso eu não vou poder negar. – Steve sorriu. – Eu gosto de como fica adoravelmente irresistível quando fica sem graça, assumo a minha culpa.

— Você é um conquistador, Steve Rogers. – Ele riu soprado, suspirando em seguida. – Acho melhor eu ir embora, está ficando tarde e eu tomei muito do seu tempo. – Bucky se levantou.

— Espera. – Steve deu a volta na cama e parou à sua frente. – Fica para o jantar, eu já avisei ao meu pai que talvez você fosse jantar conosco.

— Eu não quero abusar da sua boa vontade.

— Você não está abusando. – Ele sorriu. – Eu só quero te alimentar.

— Mas...

— Eu quero que me faça companhia para jantar, eu gosto da sua companhia e gostaria que ficasse e que gostasse da minha também.

— Mas eu gosto da sua companhia. – Bucky respondeu sem parar para pensar. Quis devolver as palavras à boca quando viu Steve sorrir.

— Eu sei que você gosta, ou não teria aturado Enquanto Você Dormia por todo esse tempo. Eu quis dizer que eu queria que gostasse da minha companhia para o jantar, a não ser que me queira como jantar. – Ele arqueou uma sobrancelha, abusando do tom zombeteiro.

Bucky ficou completamente sem reação depois daquela, atrapalhou-se com as palavras e escolheu se calar em seguida, virou as costas para Steve e só conseguia pensar em sair daquele quarto o mais rapidamente possível antes que ele realmente fizesse a besteira de atacá-lo sem nem pedir seu consentimento antes. Mas Steve riu soprado e foi mais rápido mais uma vez.

— Espera, Bucky, não precisamos disso, ok? Não fique sem graça, foi somente uma brincadeira meio estúpida. – Se ao menos aquele sorriso não fosse tão bonito... – Mas tem uma coisa que eu preciso mesmo te dizer, e dessa vez é sério. – Steve ainda sorria quando se aproximou um pouco mais.

— E o que é? – Bucky suspirou, aguardando qualquer coisa, menos o que realmente veio.

— Você sabe que você é realmente péssimo para esconder as coisas, certo? Tipo, eu saquei há algum tempo que você tem uma queda por mim, seus olhos te traem muito.

Ele arregalou os olhos, ficando sem resposta mais uma vez. Steve sorriu outra vez.

— Não precisa ficar sem graça o tempo todo, se eu quisesse te afastar, teria feito assim que percebi, no entanto, você está aqui agora, não está? – O loiro começou a brincar gentilmente com uma mecha de cabelo do moreno. – Tá tudo bem, Bucky, é sério.

— Você não prefere que eu vá embora? – Ele sussurrou porque sabia que não poderia confiar 100% em sua voz naquele momento. Então engoliu seco quando o loiro encostou a testa na sua enquanto ainda sorria.

— Não. – Steve sussurrou de volta por conta da proximidade. – Pra falar bem a verdade, eu prefiro que fique por muito tempo.

— “Muito tempo” quanto? – A mão que acariciava seus cabelos foi parar na sua nuca rapidamente.

— Até você se enjoar do meu gosto. – Ele sorriu novamente enquanto sussurrava mais provocações.

— Isso não vai acontecer. – Bucky suspirou quando a outra mão de Steve tomou rumo até sua cintura.

— Podemos testar a sua teoria. – Arqueou uma sobrancelha, puxando-o delicadamente para mais perto.

— É, acho que podemos. – Bucky apoiou as suas na cintura do loiro.

— Ah, Bucky, alguém já te disse o quão adorável você é?

— Não, nunca.

— Então deixe-me te mostrar. – E ele sorriu de novo. E dessa vez Bucky não conseguiu resistir por muito tempo.

Não aguentando mais aquela distância estúpida, Bucky foi quem clamou os lábios do Rogers com urgência no segundo beijo que trocaram.


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Notas finais do capítulo

Kiss kiss fall in love

Obrigada pela companhia e até o próximo ♥ XoXo ;*



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