Complicated escrita por NathyYellow


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Why do you have to go and make things so complicated?

I see the way you're

Acting like you're somebody else, it gets me frustrated

Tell me

Era uma noite de lua nova daquelas escuras e que somente a iluminação das estrelas e dos chalés estavam, ela não tinha sono e tinha tanta coisa passando na cabeça dela.

Pela primeira vez em anos, ela queria sumir. Sumir e não voltar mais, ou sumir de quem quer que ela fosse naquele momento. Começava pelo aquele maldito sonho, ela sempre ficava daquela forma quando a lembrança de Leo era trazida a tona, nunca tinha superado a morte dele, e nunca achava que iria.

E então tinha o pai, lhe lembrando de que monstros invadiram uma penitenciaria e que ela podia ser uma ladra fugitiva procurada internacionalmente, o que a levou a lembrança daqueles três últimos anos, onde tinha feito mesmo um monte de merda das quais não se orgulhava.

Para fechar com chave de ouro ainda ouvira Dário, lhe reduzindo e humilhando na frente de todos, dizendo que era uma garotinha que precisava ser protegida e ainda que estava afim dele. Era a pior coisa, não tinha desmentido aquele pedaço de merda, porque teria trabalho demais, ele podia inventar mais desculpas para a saída dramática, dizer que era ciúmes ou qualquer merda do tipo. Ela sentiu lagrimas brotarem e deixou escorrer sem se importar dessa vez, em silencio.

Ela puxou o isqueiro na mão, e pegou o maço de cigarro que tinha conseguido antes de sair para a floresta, não tinha acendido um naquele momento, e desde que voltara aos Estados Unidos, não tinha colocado um na boca, mas naquele momento precisava mesmo relaxar.

Ela levou a boca e acendeu o isqueiro levando para perto do cigarro, quando uma sombra apagou ele. Ela achou que fosse o vento, mas quando tentou de novo, ele apagou e foi tirado da mão dela.

— Mas que carajos... — Ela xingava em espanhol, quando notou Dário, parado em meio as sombras, ele se aproximou e ela revirava os olhos olhando para frente novamente, definitivamente ele era a ultima pessoa que queria ver no momento. — O que você quer? E por que não pode me deixar fumar?

— Porque eu detesto cigarros e ai não conseguiria falar com você. — Ele respondeu se sentando ao lado dela a uma boa distancia ainda, mas ainda perto. — ... Espera, você estava chorando? Se for pela luta que você apanhou...

— Não era sobre a luta, e não me interessa se você não gosta de cigarros, porque quer falar comigo?

—... Porque estava chorando? Eu nunca vi você derramar uma lagrima, nem quando estava fodida de ferimentos.

— Por motivos que alguém como você nunca iria entender. Não foi para saber sobre meus sentimentos que você veio aqui. Esqueça que me viu chorando, é idiotice.

— Tente. Você não sabe se eu iria ou não. — Dessa vez não tinha gracinhas ou provocações na voz dele.

— Tudo. Eu estou tendo um péssimo dia, e ter você me humilhando na frente de todo mundo só colaborou.

— Mas, você ganhou a segunda luta, claro eu não estava em meus cem por cento...

— Eu não estou falando disso! Estou falando naquelas merdas que você disse no refeitório. Pensou nos abandonar? Essa é verdade. Derrotou as três sozinho? O que raios eu estava fazendo lá? Tomando um chazinho e esperando que você lidasse com tudo você mesmo. Afinal você é o todo poderoso senhor do submundo, eu deveria mesmo ter deixado Alecto ir para cima de você, ou saído com Helana e deixado você com as três para se livrar. — Ela se virou para encará-lo, jogando o maço para o lado. — Pior, Helana fez a parte de te livrar de um juramento que iria te matar! E é assim que você agradece? Mentindo sobre o que houve, por quê? Por que aumentar, Dário? Você já foi incrível lá sozinho. Você realmente me salvou do grifo, e você neutralizou uma delas. Então porque aumentar mais? Qual o seu problema? E se tentar começar a negar, saiba que eu tenho memória fotográfica, eu sei exatamente e em cada detalhe do que eu vi do que rolou ali.

Ele ficou em silencio a encarando, como se ou não soubesse o que dizer ou não quisesse, ele não respondeu, por isso ela que continuou.

— Como eu disse você não iria entender.

—... Você é mesmo o Naruto, tem mesmo o discurso no justsu. Eu tava enganado. — Ele falava em tom de zombaria finalmente, mas agora passava a mexer no isqueiro. — Se você não é ninguém, as pessoas simplesmente não olham para você, passa a ser um zero a esquerda, um idiota que não fez nada de bom no mundo. Minha intenção não era te humilhar ou qualquer dessas merdas que você falou, eu sou mesmo incrível é só... Queria parecer mais incrível do que já sou.

—Mas você fez, e sabe que causou essa impressão... Não precisa disso. Apesar de me abandonar na caverna, você já é... Incrível. — Ela falou aquilo mais baixo. — Só não diminua as pessoas que estavam ao seu lado, quando eu parei e olhei para você naquela caverna é porque eu estava preocupada. Eu vi que ela tinha atingido sua perna e se você não conseguisse se mover, eu te tiraria dali. De uma forma ou de outra. Não ia deixar você morrer como o Obito, você tem olhos vermelhos, mas não tem o Sharingan, não ia valer a pena. — Ela acaba brincando no final.

—... Você ta dizendo que ia arriscar a sua vida por alguém que você mal conhecia? Ou duvidando que eu fosse capaz de sair sozinho? E da para repetir a parte do incrível? Eu quero gravar para usar contra você.

— Eu to dizendo, eu nunca abandonaria alguém do meu time, não importa qual merda ele fez no passado, não me interessa, ali naquele momento, você era meu companheiro de equipe, e “aqueles que abandonam um companheiro, são piores do que lixo”, devia ter aprendido com o Kakashi. E nem fodendo que eu vou repetir isso.

—...Tcs. Você é um porre quando quer, ou seja, quase sempre. Mas é por isso que vive se fodendo, se arriscando pelos outros assim, uma hora você morre.

— Não me importo. — Ela falava olhando para frente, agora sim, ele parava para prestar atenção nela.

— Como é? Como assim não se importa de morrer?

— Se for, arriscando a vida por alguém que eu me importe, eu não me importo. Na verdade, seria muito melhor para muita gente se eu... Sumisse. — Ela falava virando para frente e abraçando os joelhos.

— Olha aí, voltou a falar merda agora. — Ele cruzou os braços parecendo irritado. — Não tem nada mais importante do que a sua própria vida. E nem vem com esse papo de “seria melhor se eu sumisse” — Ele fazia uma imitação péssima da voz dela. — Você não acredita mesmo nisso que eu sei. Você sempre ta se metendo em merda para ajudar os outros, e mesmo super irritadinha... Você não... Me explanou. Você meio que sustentou minha história. Por que você faria isso? 

— Você não sabe as merdas que já passei para falar se eu acredito nisso ou não. E se eu te explanasse ali, você iria negar até a morte, ou falaria de um jeito para parecer que eu estava mentindo, e eu ficaria mais puta ainda, e não ia adiantar nada, você continuaria mentindo.

— Eu não menti! Eu só... Aumentei um pouco o que realmente aconteceu. — Ele não negou nada do que ela acusou e então se aproximou mais e tocou o ombro dela. — Você mesma não acabou de dizer que não importa as merdas que fizemos no passado e sim o agora? Eu estou vendo você agora, é um Naruto com a cabeça quente que acaba se metendo em merda e se fodendo porque pega a responsabilidade para si, não pensa direito antes de cair para o pau, e mesmo que lute bem ainda perderia para mim se fosse a sério, mas luta bem. Então para com essa porra de “é melhor se eu sumisse”. Eu sou incrível mesmo, mas você também é... — Ele parou um segundo antes de completar a olhando, ela esquecia que ele enxergava bem no escuro e por isso a fitava naquela hora, complementava como se sempre quisesse dizer aquilo. — Você é bem legal.

Ela parou e então olhou para ele e acabou sorrindo de leve secando o rosto de antes.

— Você não é um idiota completo mesmo e está certo. Sabe...  — Ela suspirou em seguida, ele não tinha tirado a mão do ombro dela. — ...Eu provavelmente vou colocar alguém que amo em perigo.

— Então não coloque. E é claro que eu to certo. Eu sempre estou. — Ele dizia com um sorriso convencido, como se ela não estivesse mandando ele parar de ser babaca a cinco minutos atrás.

— Não é tão simples... Meu pai, não Zeus, meu pai mortal, ele quer me ver, ele é advogado em Seattle, e bem... A ultima vez que tive em Seattle um dragão de fogo apareceu. Então... Já imagina se eu for lá. Fora que eu vou ter que explicar coisas sem que ele me interne no hospício. E ele nem sabe das minhas tatuagens, imagina a cara dele. — Ela deu um riso nervoso. — Ele pirou quando eu coloquei isso. — Ela tocou o piercing no nariz.

— Bem... — Ele parecia medir o que falaria a seguir, como se pensasse bem. — Sabe, você não precisa ir sozinha. Tenho certeza que alguém te ajuda, aquela sua amiga filha de Apolo...

— Não. — Ela falou firme olhando para frente. — Se alguém for comigo as chances de dar merda aumentam consideravelmente, eu sou imã para desastres, nem negue, você estava em missão comigo.

— O Naruto também era, e olha aonde ele chegou no final. Você não quer colocar ele em perigo, mas ainda assim vai sozinha. E se der alguma merda?

— Eu acabo com a raça do monstro que vier. Simples assim.

— E se for mais de um?

— Eu faço uma “retirada estratégica”, pelo ar. — Ela dizia em tom irônico, mas ele ainda mantinha a postura séria.

— E se você se machucar? Afinal, você tem tendências a isso. — Ele levou a mão às costas dela onde a Erínia a havia acertado na ultima missão, como que para fazer o ponto dele.

— Antes eu do que um amigo se machucar por minha culpa. — Ela dizia com o tom de voz mais baixo ele mantinha a mão nas costas dela, apesar da careta séria.

— Não confia nas habilidades dos seus amigos?

— Lógico que confio! Eu não confio é... Nela. — Ela apontou o chalé de Hera, como se aquilo explicasse tudo.

— O que ela te fez? — Ele perguntou bem calmo. Celine deu uma risada, apenas uma encarando feio.

— A chifruda não gostou de ser chifrada... De novo. Vendo meu irmão eu entendo o motivo. É muito pouco tempo, você já leu os mitos reais, aqueles que Hera é sempre uma cuzona se as coisas não saem do jeito que ela quer? Então, meu irmão, Jason, é filho da aparência romana, e ele se da bem com Juno... Que é Hera, dito isso... O que você, senhor gênio, diz sobre mim?

Dário ficou quieto olhando dela para o chalé de Hera, levantou um dedo do meio e apontou para ele e depois sorriu a ela.

— É isso que penso. Foda-se essa chifruda. Truce ficou viva até agora não foi? Então significa que tem exceções, mas se você pedir com jeitinho... Talvez eu vá com você, te salvar mais umas vezes, princesa.

— Depende, você vai aumentar as histórias e me fazer parecer uma menininha frágil que precisa ser protegida enquanto eu salvo a sua bunda? — Ela respondia com um sorriso o olhando.

— Não preciso. Salvar você é quase minha especialidade já. — Ele dizia se gabando mesmo, ela nem podia discordar, o que era o pior.

Ela que dessa vez sorriu e aproximou o rosto do dele, o encarando, o mesmo olhar provocativo de antes.

— Que fofo. Você se preocupa comigo. — Ela respondia esperando que descentrasse ele, mas ele sorriu e aproximou o rosto do dela dessa vez, com o mesmo olhar.

— Lógico você não vive sem mim. Fazer o que não é? Mas não espere que eu morra por você.

— Não... Não espero. Evite morrer que é melhor, e você que se ofereceu. — Ela respondia sem se afastar.

— Você não pediu ainda. — Ele respondeu com um mesmo sorriso de antes, dava para ver nos olhos dele que se divertia com aquilo.

— Eu preciso mesmo? — Ela falava se aproximando mais um pouco de forma quase inconsciente do que estava fazendo. Ele não se afastou.

— Claro que sim. Mesmo que eu não goste da ideia de você morrendo por besteira... É necessário pedir certas coisas.

Ela se calou um segundo o mirando, mais do que isso ela descia o olhar para os lábios dele, como se pensasse no que fazer a seguir, quando tomou uma decisão e ia se aproximar para responder, ela sentiu alguém no ar e pousar ali, o que a fez tomar um mega susto e recuar em seguida.

—... Não queria atrapalhar o namoro, mas está tarde e vocês estão no meu telhado. — Gerard falava com um leve sorriso. — Vá para um quarto, niña.

 — Vai se foder, Gerard. Ele... Ele não é meu namorado. Eu tenho uma luta com ele amanha... E... — Ela estava sem graça, em anos, ela estava realmente sem graça. — Você pode devolver meu isqueiro agora? — Ela se virou para Dário levantando.

— Só quando você perder para mim amanhã. — Ele respondeu e entrou num portal de sombras, a fazendo bufar em seguida.

— Pelotudo. — Ela xingou e então encarou Gerard naquele momento, apesar da cara de nada que ele sempre tinha, parecia estar se divertindo. — Já disse que ele não é meu namorado. Estávamos discutindo.

— Eu nem falei mais nada, está bem na defensiva. Como eu disse, vão para o quarto. — Ele respondia, e ela só saiu voando em seguida dali para o quarto.

Daquela vez ela ficou imaginando coisas, coisas que não tinham ocorrido e querendo tirar a imagem mental da cabeça, aquele idiota não ia mexer com ela. Não daquela forma.


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