Patricia cambaleou pelo beco, um rastro de sangue denunciando sua passagem, manca e cega do olho inchado. Mas sorria, o que naquela situação parecia demoníaco.

Era criança, mal fizera treze, mas a briga de hoje botaria medo em adultos. Três adolescentes, um deles armado. Seguindo por instinto as técnicas de desarme que ensinara-se, sumiu com a pistola, e a briga corporal que sucedeu era um grande borrão de vermelho.

Finalmente chegou à rua suja que reconhecia. Seguiu ao prédio acabado e bateu fracamente à porta. Quando a morena abriu, surpresa ao vê-la, desmaiou em sua soleira, sabendo que encontrara refúgio.