Tudo o que Trish possuía foi queimado com o incêndio. Foi Jenny quem percebeu que ela saíra da prisão sem carregar nada, preparando uma mochilinha com roupas do que julgou ser seu tamanho. Trish só perceberia ao chegar que a meia-irmã lembrara-se de incluir a tinta de cabelo branca, escondida enrolada num tapete de ioga. Jenny não parecia ruim e não a odiava como os pais, mas a delinquente estava ferida demais pra ser capaz de reconhecer isso.

O motorista que o pai colocou à sua disposição só tinha ordens de não levá-la a nada que pudesse causar problemas e trazê-la a tempo pro vôo, então ela podia ir aonde quisesse.

Primeiro, considerou visitar o túmulo de Emily, mas foi informada de que não poderia. Isso causaria problemas demais: todos achavam que era sua assassina. Então, tudo o que fez foi visitar uma igreja.

Escolheu uma católica, que era sua religião. Emily gostava de olhar para as nuvens no céu e dizer que as mães de ambas estavam juntas, as vigiando de lá. Sempre dizia que tê-la encontrado era um plano de Deus, ao qual agradecia todo dia.

Trish não sentia vontade de agradecer naquele momento, mas ainda assim, rezou.