Depois do dia cansativo que teve foi para sua nova casa, deitou-se em seu quarto esperando o tempo passar, quando viu um ser loiro e irradiante entrar no seu quarto.

—Pelo tártaro, até aqui? -Bateu a mão na própria testa.

—São seis horas, meu querido. -Revirou olhos.

—Não sou seu querido. -Se arrumou na cama porque só então percebeu que só estava de cueca, ruborizou se cobrindo com a coberta, sem perceber que Will ruborizava um pouco também, mas para disfarçar ele apenas se sentou no pé da cama puxando seus materiais para fora da bolsa.

—Faça sua parte e eu faço a minha. -Disse o loiro com indiferença.

—Então por que não fez na sua casa? -Revirou os olhos.

—Porque ai eu não poderia te ver. -Piscou para o menor o vendo ruborizar ao fechar a cara.

Ficaram algumas horas sentados escrevendo sem dizer nada quando Will soltou:

—Deixa eu ver sua parte, para mudarmos algumas coisas, já que claramente a minha está perfeita.

—Não, minha parte está ótima muda a sua. -Disse com rispidez, na verdade estava apenas tentando disfarçar que passou horas e a única coisa que estava escrita em seu caderno era:

"Ele é tão irritante, esse cabelo que fica caindo em seu rosto, irritante, esses olhos azuis que me fazem tremer, advinha? irritante! e o pior de tudo, esse sorriso que ele faz, ele me faz esquecer toda a tristeza, isso é bem, irritante." 

—Qual é, pare de ser chato, deixa eu ver o que você escreveu. -Disse Solace puxando o caderno da mão de Nico. O moreno pulou em cima dele jogando o caderno do outro do quarto. Ficaram em uma posição constrangedora, com os rostos próximos, se encararam um por um momento, quando o moreno ia se levantar foi puxado para baixo de novo, as bocas se encontraram por um momento mínimo, se separaram rapidamente, Nico levantou e saiu do quarto indo em direção ao banheiro, ficou um tempo lá se encarando no espelho, até que decidiu sair de lá, não foi muito maduro sair correndo, voltou para o quarto não encontrando ninguém lá, apenas seu caderno em cima da cama, deitou-se pensando na onda quente que passou no seu corpo naquele momento, o Professor Gleeson tinha razão, é preciso saber se controlar perto de coisas que não são suas.