Chang caminhou, dando um segundo olhar aos objetos com um interesse falso. Seus olhos demoraram-se no vaso de alabastro.

— Bonita — ela disse em uma cortesia debochada.

— Não é para ser bonita — retrucou Ginny.

— Um souvenir, então? Deve ser difícil sobreviver tanto tempo longe de casa.

Estava acostumada demais a "mulheres de vida fácil" — e seus mais diversos adjetivos — para identificar o veneno em sua voz e ao que se referia.

— Eu não sou botânica, mas elas sobrevivem a quase todos os climas, exceto polar, desértico e temperado. Essa é especial, todos pensaram que não duraria muito — Ginny começou a assinar alguns papéis, apenas para ter algo a fazer.

Não levantou o olhar para interpretar a expressão no rosto de Chang.

— Mas não estamos aqui para falar de minhas viagens, estamos? — ela perguntou — Estamos aqui para tratar de negócios.

— Você realmente acreditou nisso? — Cho retrucou.

— Então você quer saber de minhas viagens?

Ginny jogou o corpo para trás, assim que um movimento foi captado em seu campo de visão. Cho bateu os punhos em sua mesa, inclinando-se em sua direção.

— Só vim te dar um aviso, já que você é nova nisso.

Estava chamando-a de criança?

— Harry é meu. Desista.