Aquela parte de pós-encantamento nunca fez muito sentido para Ginny. Ela passava a conhecer a pessoa de verdade, não era mais aquela paquera da esquina ou de qualquer outro lugar, era uma pessoa com um nome, com uma história real, com sentimentos e opiniões, que poderiam ser convergentes ou divergentes das dela.

Odiou quando chegou esse momento com Dean e com Michael, quando descobriu que eles não eram bem o que ela estava procurando e esperando, mas nada mudava em relação a Harry. Toda aquela enleada apenas a fazia ter mais vontade de conhecê-lo, fazer parte de sua vida. Nunca poderia imaginar que ele teria tantas histórias diferentes para contar-lhe, enquanto que ela só conseguia contar histórias de seus irmãos.

O que poderia contar de si? Não tinha uma vida muito emocionante. Fracassou como atleta e decidiu seguir um emprego normal de secretária, antes de ser promovida — e nem ela sabia direito o que estava fazendo de sua vida atualmente.

Assim como já tinha acontecido, Harry foi levá-la até em casa.

— Obrigado, eu estava precisando conversar — ele disse.

— Você não precisa me agradecer por isso.

Harry ficou sem saber se deveria abraçá-la ou apenas acenar, então Ginny decidiu por eles.