É a primeira vez que meus móveis são sacudidos dessa forma. Que os cômodos de meu apartamento ecoam meus gemidos.

É a primeira vez que trago um homem para casa, ao invés de ir à dele.

Já faz quase três meses desde que voltei da casa de meus pais, que continuo com a mesma pessoa. Quase três meses desde que namoro Tristan.

Não consigo descrever. Voltar todos os dias para a mesma pessoa, ignorar e rejeitar todas as outras querendo pleitear minha atenção, me esforçar para enxergar seu rosto, decorando cada dia um detalhe novo.

No fim, a moça da pele de alabastro era a viúva de seu irmão, que Tristan ajudava a cuidar dos filhos pequenos quando podia. Ele não me deixou visita-los.

Atinjo o orgasmo sem pudor algum, ignorando o vizinho que espancava a parede me mandando calar no apartamento ao lado. Minhas unhas deixam um rastro em suas costas. Ele nunca deixou de me satisfazer. É o melhor amante que já tive.

Porém...

Há algo que preciso dizer sobre o amor. Achei que estar com quem se amava fosse ser mais... Satisfatório. Claro, a sensação de ter Tristan é ótima, mas ainda não é... Exatamente... O suficiente..?