Estrela da Alva escrita por Princesa Dia


Capítulo 23
Preocupação


Notas iniciais do capítulo

Antes de começarmos o capítulo eu quero agradecer por cada comentário e o apoio de cada um de vocês, vocês são realmente uns amores. Espero que aproveitem esse capítulo (❁´◡`❁).



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Preocupação

 

POV. Bella Swan

A primeira coisa que senti quando despertei foram os braços de Edward ao meu redor e essa era a melhor sensação, poder acordar de manhã ao lado do homem que amo, principalmente depois de tantos anos.

—Bom dia, minha pequena. -Murmurou depositando um beijo em minha testa, sorri.

—Bom dia, príncipe. -Edward deu uma risada suave enquanto afagava os meus cabelos.

—Como passou a noite? -A forma como ele falou despertou em mim um desconforto, minha noite havia sido horrível, os pesadelos me aterrorizando em boa parte da madrugada.

—Bem. -Murmurei de uma forma estranha, Edward me olhou como quem sabe de alguma coisa.

—Você não me parece convencida. -Mordi os lábios nervosa.

—Eu... eu preciso de uns minutos como humana. -Eu estava desviando o assunto e Edward sabia disso, mas ainda assim, ele não queria me pressionar.

—Ok.

Corri para o banheiro o mais depressa possível, fugindo daquela conversa desconfortável, eu estava  apavorada demais para expressar as minhas preocupações.

Depois que terminei o banho, coloquei um vestido de renda branco que marcava com um elástico logo abaixo do busto, uma jaqueta e sapatilhas pretas, prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo alto deixando alguns fios emoldurando o meu rosto e voltei para o quarto, Edward estava sentado na cadeira de balanço olhando a floresta interminável.

—Eu vou tomar café, você me faz companhia?

—Claro. -Sorri quando ele se aproximou dando um beijo em minha testa, aspirei o seu perfume suave percebendo pela primeira vez que Edward havia trocado de roupa, ele vestia uma camisa social azul claro, casaco e jeans preto e tênis esportivo branco.

Edward envolveu a minha cintura me puxando para fora do quarto em direção a cozinha, ele ficou encostado na parede ao lado da porta enquanto eu preparava panquecas para o meu desjejum.

—Por que está assim? -Encarei Edward confusa, ele me analisava minuciosamente.

—Assim como?

—Angustiada, preocupada. -Dei um sorriso torto.

—Pensei que não podia ler os meus sentimentos. -Ele franziu o cenho.

—E não posso, mas posso ler você. Você está agitada, fica andando de um lado para o outro e toda vez que fica nervosa ou preocupada você morde os lábios. -Sorri.

—Você e Tony são iguaizinhos, gostam de ficar me analisando. -Um vinco se formou em sua testa. -Eu estou preocupada com a minha família, eu não tive uma noite muito boa. -Expliquei derramando a calda sobre as panquecas.

—Eu sei. -Olhei para ele de cenho franzido.

—Eu falei muito? -Eu estava começando a me preocupar com o que eu falava dormindo.

—Um pouco. Na verdade, eu fiquei mais preocupado porque você se agitou muito mais. -Explicou vindo sentar-se à mesa comigo.

—E o que eu falei?

—Você sente falta da sua mãe. -Assenti, eu sonhava muitas vezes com ela. -Disse que me amava. -Edward deu um sorriso torto.

—Isso você já sabia.

—Mas é sempre bom ouvir você falar. -Revirei os olhos.

—E o quê mais? -Perguntei dando uma garfada em minha panqueca, mas o garfo parou a meio caminho da boca quando vi a cara séria de Edward. -O que foi?

—Você falava um nome, Fred, pedia para que ele fugisse. Eu não entendi muito bem, mas depois você falou que ele estava machucado. Eu fiquei nervoso quando você começou a chorar. -Encarei Edward por um momento, eu lembrava do sonho perfeitamente e sabia o que estava para vir, e eu sabia também o que eu deveria fazer para impedir.

—Eu preciso ligar para casa. -Anunciei saindo da mesa apressada e seguindo em direção às escadas.

—Bella...? -Edward chamou me seguindo.

—Eu já volto, Edward. Me espere aqui. -Corri para o quarto pegando o meu celular no criado mudo, onde eu tinha o deixado ontem, olhei pela janela tempo o suficiente para perceber que a viatura de Charlie não estava na garagem, ele já havia saído.

—O que você vai fazer? -Edward perguntou ao me ver descendo as escadas e discando o número de Lizzie, a ligação não completou, soltei uma imprecação.

—Eu estou tentando avisá-los. -Anunciei voltando a discar, dessa vez o número de casa.

—Avisá-los de quê? -Enquanto chamava eu cruzei os dedos orando baixinho para que quem atendesse fosse Lizzie ou Lexi, qualquer uma das duas, menos...

—Anthony. -Praguejei baixinho. -Alô?

—Tony... sou... sou eu.

—Alexandra não está. -Rebateu seco, mordi os lábios nervosa.

—E Lizzie?

—Também não está. -Ficamos por alguns momentos em um silêncio desconfortável.

—Tem notícias de Fred? -Indaguei tentando transmitir desinteresse, o que não deu muito certo.

—O que você quer, Isabella? -Pelo canto do olho vi Edward se remexer desconfortável com o tom rude.

—Eu tive um sonho.

—Que tipo de sonho? -Indagou pela primeira vez preocupado, suspirei.

—Do tipo premonitório.

—Quem é dessa vez? -Esfreguei a testa nervosa.

—Frederico.

—Fred? -Indagou desconfiado. -Mas ele está em Hogwarts.

—Eu sei disso.

—Então por que está tão preocupada. -Indagou irritado.

—Eu não estou disposta a negligenciar mais um sonho, Anthony. -Ele ficou em silêncio por um tempo.

—Ok. -Suspirou. -Pelo visto temos um problemão pela frente.

—Eu tentei falar com Lizzie para que ficasse de olho nele, mas ela não atende.

—As aulas dela eram mais cedo hoje, você não vai conseguir falar com ela agora. -Explicou, suspirei.

—Precisamos avisá-la.

—Eu vou fazer isso. Eu... só preciso pensar um pouco. -O silêncio perdurou mais uma vez até que Tony voltou a falar. -Fred está em aula agora, então temos alguma vantagem. Eu vou em Hogwarts mais tarde e conversarei com Lizzie e Minerva sobre a possibilidade de colocar alguns homens no colégio. Fred não vai gostar disso, mas é para a segurança dele.

—Isso me deixa mais tranquila.

—Que ótimo, então, tchau.

—Tony, espera... -Pedi ansiosa, ele bufou impaciente.

—O quê, agora?

—Você... você ainda está com raiva? -Não era bem essa a pergunta que eu gostaria de ter feito, mas era a única que eu conseguia pensar no momento.

—Você realmente quer saber a resposta?

—Eu sinto muito.

—Eu preciso desligar. Não se preocupe que eu vou tentar resolver a questão do Fred o quanto antes. -Ele estava mudando de assunto, isso era óbvio. Suspirei me rendendo.

—Tudo bem, obrigado. -Murmurei um pouco triste, Anthony hesitou por um momento antes de voltar a falar.

—Me dê mais um pouco de tempo. -Meus lábios se repuxaram levemente.

—Todo o tempo que você precisar.

—Obrigado, eu... eu tenho que ir.

—Está bem, me liga quando precisar. -Esperei que ele finalmente desligasse, mas isso não aconteceu. Tony permaneceu em silêncio enquanto eu ouvia a sua respiração pesada no aparelho.

—Eu te amo, meu anjo. -Senti as lágrimas quentes e traiçoeiras, um sorriso pequeno se formou em meu rosto enquanto a emoção preencheu o meu peito, nem tudo estava perdido.

—Eu também. -Quando ele por fim desligou fechei os olhos sentindo as lágrimas marcarem o meu rosto, um toque suave em minha bochecha indicou a aproximação de Edward, que por um momento havia esquecido, abri os olhos o fitando desolada, a distância doía tanto; Edward acariciou a minha bochecha, sentir o toque frio em minha pele era refrescante, suspirei me lançando em seus braços.

—Quer conversar sobre isso? -Ofereceu. Eu sabia que não haveria melhor hora que aquela para dizer a ele, mas ter que falar com Tony naquele momento já tinha sido exaustivo demais. Balancei a cabeça negando, e ele se calou apenas me apertando em seus braços.

—Temos que ir. -Anunciei me afastando e enxugando o rosto. -Podemos conversar sobre isso mais tarde. -Edward assentiu segurando a minha mão.

—Você está bem? -Eu podia facilmente identificar a preocupação em seu tom de voz, dei-lhe um sorriso confiante.

—Eu vou ficar.

—Podemos ficar em casa hoje. -Sorri.

—Somos alunos responsáveis, Edward.

—O que não nos impede de ficarmos doentes. -Rebateu risonho, revirei os olhos.

—Nada de artimanhas, Cullen. Teremos muito tempo para conversarmos. -Me inclinei sobre a ponta dos pés, lhe dando um selinho, Edward me segurou pela cintura aprofundando o contato, transformando o nosso rápido momento em um beijo intenso.

—Eu só gostaria de aproveitar o dia com você já que Alice vai roubá-la mais tarde.

—Veja pelo lado bom, amanhã será sábado.

—Quanto a isso eu gostaria de te fazer um convite.

—Qual convite?

—Você ainda não conhece Esme, e ela está ansiosa para isso. -Começou. Me afastei dele seguindo de volta para a cozinha.

—E você quer que eu vá amanhã à sua casa. -Conclui lançando um olhar por sobre o ombro, ele assentiu. -Bem... eu acho uma ótima ideia. -Respondi me sentando.

—Então, estamos combinados? -Concordei voltando a comer. Edward disse que avisaria a todos depois e começamos a conversar sobre várias coisas diversas, a maioria eram coisas banais como qual era o meu doce preferido, tudo que envolvesse chocolate, principalmente mousses, porque era a cor dos olhos da minha mãe, ou qual era a cor que eu mais gostava, azul, porque era a cor que ele gostava em mim, ele ficou surpreso. Quando terminei de comer, lavei as louças e subi para escovar os dentes; quando desci, já trazendo a minha bolsa, eu segui Edward para fora.

—Clair de Lune? -Perguntou ao ligar o som do Audi, dei de ombros.

—É a minha favorita. -Ele sorriu me roubando o fôlego.

—Também é a minha.


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Notas finais do capítulo

♡ (❁´◡`❁)



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