Estrela da Alva escrita por Princesa Dia


Capítulo 19
O que aconteceu com Alice


Notas iniciais do capítulo

Hey! Decidi postar um capítulo de virada, para ajudar a desestressar de todos os preparativos de ano novo. Espero que gostem. ❤️



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POV. Rosálie Hale

Eu nunca pensei que um dia faria isso, pedir desculpas a uma humana, no caso bruxa, mas eu sabia reconhecer quando eu estava errada e mesmo que eu tivesse que engolir o meu orgulho eu tive que ir lá e falar as malditas palavras, Alice não me daria paz se assim eu não fizesse. Mas Isabella me surpreendeu, de uma forma que ninguém havia conseguido fazer, ela realmente se importava com eles e saber isso tornava tudo mais fácil; minha pergunta sobre Alice foi apenas uma maneira que encontrei para iniciar a conversa, mas quando eu vi a cara que ela fez... terror era o que passava pelos seus olhos, terror pelas lembranças, pelos medos antigos, definitivamente eu não queria saber o que tinha acontecido.

Bella nos levou até a sua casa, era grande, linda e bem arejada, bem parecida com a mansão Cullen, com algumas diferenças sutis, Esme com certeza adoraria aquele lugar; Bella tinha um gosto tão bom quanto ela.

Podem entrar. -Ela seguiu na frente deixando a porta aberta para que fossemos logo atrás.

Caramba Bella, sua casa é muito bonita. -Alice mais a frente, era a mais animada de todos nós, Bella riu.

Obrigada Lice, eu mesmo redecorei quando Charlie decidiu voltar para Forks.

—Tem bom gosto, menina. -Não havia como discordar dela.

—Obrigada de novo.

—Esme adoraria esse lugar. -Revirei os olhos, Alice estava parecendo Edward com todo esse negócio de ler mentes.

—Traga ela algum dia, vou adorar lhes mostrar o resto da casa. -Os olhos da baixinha brilharam, provavelmente já planejando tudo; Bella riu mais uma vez. -Bem... eu vou lá em cima guardar as minhas coisas e eu já desço, vocês podem ficar à vontade. -Falou já das escadas, a garota caminhava rápido.

—Pode deixar. -Emmett respondeu animado.

—Você não devia ter dito isso. -Edward avisou vendo o irmão se jogar na poltrona, colocando os pés em cima da mesa de centro e ligando a TV com o controle remoto. Bella gargalhou enquanto desaparecia escada acima, ouvimos os passos dela se afastando em direção ao norte, olhei para Emmett com os olhos em fendas.

—Tire os pés da mesa, Emmett.

—Por quê? -Ele fez um bico fofo que me deu vontade de apertar, mas me controlei; Edward riu ao ouvir a direção dos meus pensamentos, lhe lancei um olhar mortal que foi prontamente ignorado, ele caminhou até onde o irmão estava e se sentou no sofá confortavelmente.

—Por que não estamos em casa.

—Mas ela disse para ficar à vontade. -Reclamou cruzando os braços, revirei os olhos.

—Não interessa. Tire os pés. -Falei novamente, ele bufou fazendo o que eu tinha mandado.

Edward riu, mas eu o ignorei; Jasper permanecia na entrada, ainda desconfortável, Alice por outro lado passeava pela sala à passos silenciosos, analisando tudo nos mínimos detalhes, percebi ela parar na frente de uma bancada perto das escadas, cheio de fotos que eu nem havia percebido antes, me aproximei também, eram cinco porta-retratos no total; a primeira era um casal que pareciam muito apaixonados, eles estavam sentados debaixo de uma árvore enquanto o marido a abraçava por trás, os braços de ambos envolvendo a redonda barriga da mulher, meu coração se apertou com a imagem, uma imagem que eu nunca poderia ter; meus olhos pularam para a foto seguinte, era o mesmo casal agora sentados em uma praia, o braço esquerdo dele envolvia os ombros da esposa e a mão direita dos dois entrelaçadas sobre os joelhos desta, ambos observavam com um sorriso no rosto, dois garotinhos que provavelmente estavam em seus seis anos, brincando ao lado; suspirei avançando, na terceira foto se via agora um dos garotos, com seus treze anos talvez, abraçado a uma jovem de cabelos castanhos meio ruivos, um sorriso enorme estava no rosto dos dois, era Isabella e Charlie Swan; a quarta era uma jovem com 14 ou 15 anos, ela tinha os cabelos longos e escuros como a noite, olhos castanhos chocolates e miúdos, os lábios rubros voltados para cima em um sorriso enquanto ela se esticava na ponta do pé apertando os braços envolta do pescoço de uma mulher que também sorria, sua mãe, senti uma vontade imensa de chorar, mas eu sabia que o choro não viria, aquela era uma típica imagem de mãe e filha que desfrutavam um momento juntas, sem se preocupar com nada além do sorriso uma da outra, um momento que eu deveria ter tido se minha mãe tivesse me dado a oportunidade; suspirei balançando a cabeça, meus olhos se afastando para longe daquela imagem, eu não queria sentir inveja delas, não queria me entregar a esse sentimento. A quinta e última foto, no entanto, era a mais perturbadora, eram cinco jovens, dois garotos e três garotas, o primeiro da esquerda era alto, seus cabelos loiros cuidadosamente alinhados, um sorriso brincava em seus lábios enquanto ele disfarçadamente (ou não tão disfarçado assim) encarava com seus olhos azuis brilhantes a garota baixinha ao seu lado, era a mesma da foto anterior a diferença era que agora ela estava com o cabelo preso em um coque frouxo e fazia uma pose elegante para a foto, ela estava um pouco de lado com a mão na cintura, uma perna levemente inclinada para frente e a cabeça levemente inclinada para o lado, ela sorria; a outra garota ao seu lado era diferente, seus cabelos cor de bronze estavam soltos sobre o ombro esquerdo e chegavam até o quadril, os braços estavam cruzados sobre o peito enquanto seus olhos caramelos brilhavam em direção a câmera e um sorriso discreto aparecia em seus lábios, a terceira garota estava na ponta direita, os cabelos castanhos meio ruivos cortados um pouco abaixo dos ombros e tinha umas ondulações nas pontas, seus olhos esmeralda brilhavam de diversão, a mão direita no quadril e a esquerda atravessada na barriga segurando o outro pulso, uma perna levemente inclinada para a frente, um sorriso sapeca estava em seus lábios, havia algo familiar na forma como ela sorria, parecia Alice quando queria aprontar das suas; o último garoto estava no meio das duas, com os braços nos ombros de cada uma enquanto sorria abertamente, seus cabelos eram cobres igual a segunda garota e os olhos eram verdes igual a terceira, ele era mais alto que ambas as duas, mas nenhuma delas parecia se importa com esse fato e apesar da pouca idade que ele aparentava ter, uma aliança de ouro brilhava em seu anelar esquerdo; meu rosto se contraiu em uma confusão palpável, olhei para Edward que continuava sentado perto de Emmett encarando a TV com um extremo interesse, meus olhos se voltaram para a foto novamente e em seguida para Edward outra vez e de novo para a foto, eles eram tão parecidos que chegavam a quase ser a mesma pessoa ou no mínimo irmãos gêmeos.

—Mas como... -Comecei a falar, mas a mão de Alice foi para o meu braço me detendo, ela encarava a mesma foto que eu, mas era como se ela não estivesse vendo nada, apenas o vazio. Edward se levantou em um rompante.

—Mas que diabos? -Encarei ele confusa, a que ele se referia, a visão de Alice ou a foto? Edward não me ouviu ou fez de conta que não, Alice piscou dando um sorriso.

—O quê? -Ela parecia bem inocente.

—Por que está me bloqueando, o que foi aquilo que você viu? -Eu não precisava ser Jasper para saber que ele estava nervoso, o vampiro loiro se aproximou colocando a mão no ombro dele, mas Edward se afastou do toque. -Anda, Alice, desembucha.

—Edward... -Jasper tentou avisar, mas ele o ignorou.

—Eu não sei do que está falando Edward, eu não vi nada.

—Você viu, viu Bella gritando, eu quero saber o que era aquilo. -Alice virou a cara, mas eu vi seu rosto contrair levemente.

—Eu não vi nada. -Edward ia avançar para arrancar a verdade a força da anã, mas Jasper o segurou; antes que ele pudesse se desvencilhar ouvimos os passos de Bella se aproximando das escadas. O loiro lançou um olhar de aviso para ele e o soltou.

—Pronto, gente, eu voltei. -A Swan falou descendo as escadas com um enorme sorriso em seu rosto que desapareceu assim que viu as nossas caras. -Credo, o que aconteceu? -Trocamos olhares confusos, tirando a anã de jardim e o Edcabeça quente nem sabíamos o que tinha realmente acontecido.

—Estava comentando o quanto eu achei a sua casa bonita, Bella. -Todos encaramos Alice incrédulos, sério? Não tinha desculpa melhor? Até Emmett teria inventado uma. Edward bufou voltando para o seu lugar e esfregando o rosto furiosamente, os cotovelos apoiados nos joelhos, Bella o encarou confusa.

—Obrigada, Alice, mas você já disse isso. Tem certeza que não aconteceu nada? -Agora ela tinha se ferrado.

—O que poderia ter acontecido, Bella? -Bati a mão no rosto, Alice só poderia ter sido adotada por ter falado uma coisa tão estúpida, mas pera aí... ela era adotada.

—Tudo bem, então. -Falou se virando para Edward, ela o empurrou um pouco para o lado se sentando junto a ele, encarei os dois desconfiada, esses dois pareciam tão sincronizados, mesmo que Edward não pudesse ler a mente dela ele se movia como se fosse protegê-la em qualquer momento, como se ela fosse uma boneca de porcelana, eu tinha certeza que ele pararia uma bala se fosse preciso (bem, na verdade, ele já parou um carro, mas isso não vem ao caso) e Bella também parecia se mover em torno dele, como se ele a puxasse sempre para perto, como um imã, eles pareciam Esme e Carlisle juntos, balancei a cabeça tentando afastar esses pensamentos, mas eles insistiam em ficar quando Edward inconscientemente ergueu um braço e pousou no encosto do sofá por trás dela.

—O que é isso? -Edward perguntou encarando um objeto no colo dela, era uma caixa branca de madeira que parecia ser bem antiga.

—Segredos da Ordem. -Respondeu com aquele maldito sorriso de sabe tudo.

—Ordem? -Alice parecia confusa, mas ao mesmo tempo parecia que algo em sua mente havia despertado.

—Segredos? -Edward por outro lado parecia estar bem inteirado do assunto.

—Por que não se senta conosco, Alice. -Bella falou indicando o outro sofá ao seu lado, a baixinha encarou o gesto com desconfiança, mas fez o que ela mandara.

—Vocês também. -Falou se virando para mim e Jasper que continuávamos em nossos lugares. O loiro foi o primeiro a se mover, se colocando de pé atrás da esposa e depositando uma mão em seu ombro. Eu para não ficar para trás caminhei até onde Emmett estava e me sentei em seu colo, prendendo os braços em seu pescoço.

—Edward me falou que você não se lembra da sua vida humana. -Iniciou suavemente, revirei os olhos, é claro que o Edward boca de matraca teria falado, ele me lançou um olhar fulminante que eu prontamente ignorei dando de ombros, quem manda ficar xeretando a mente dos outros, ele revirou os olhos. -Existe alguma coisa que você se lembre? -Alice balançou a cabeça. -Olha Alice, a sua história não foi fácil, mas qual de nós teve um história fácil? -Sua pergunta foi retórica, mas ainda assim eu estremeci ao me lembrar da minha própria história, com certeza eu concordava com ela.

—Você sabe o que aconteceu comigo?

—Mais ou menos. Tudo o que sei foi o que Cynthia me contou e o que eu consegui investigar depois. -Alice franziu a testa.

—Cynthia? -Bella suspirou assentindo.

—Era como se chamava a sua irmã, ela era 9 anos mais nova que você.

—Eu tenho... -Parou balançando a cabeça. -Eu tinha uma irmã? -A outra assentiu levemente, ela se levantou entregando a caixa branca para Edward e se sentando junto a Alice segurando em suas mãos.

—Cynthia morreu há alguns anos, Lice, mas você tem uma sobrinha, ela se chama Alice Christina, em sua homenagem. -A baixinha soluçou e Bella a envolveu em seus braços, todos nós estávamos em silêncio apenas observando a interação entre elas.

—O que minha irmã falou pra você? -Sua voz estava entrecortada, Bella apertou os lábios quando se afastou.

—Tem certeza que você quer saber, Alice? Eu não estava brincando quando disse que sua história não foi fácil.

—Eu preciso saber. -Bella suspirou novamente.

—Tudo bem, mas antes... -Ela pegou a caixa e tirou de dentro um papel que analisou com cuidado, muitas emoções passaram pelo seu rosto, principalmente veneração e saudade. Alice, Edward e Jasper engasgaram e curiosa eu me inclinei para ver melhor, meus olhos se arregalaram.

—Caralho, a foto está... -Emmett começou a falar surpreso.

—Se movendo? Sim, eu sei. Na verdade é um feitiço bem simples, algum dia eu posso mostrar a vocês.

—É nós três. -Alice exclamou ainda encarando a foto, Bella sorriu alisando a imagem uma última vez antes de entregar para ela, a baixinha o aproximou do rosto, como se não conseguisse enxergar bem o suficiente de longe.

—É sim. -Seus olhos se perderam no passado e Edward a encarou curioso.

—Tiramos essa foto em 1915, quando já conseguíamos nos suportar melhor.

—Eu não entendi. -A fadinha comentou voltando a observá-la, Bella sorriu voltando sua atenção para ela.

—Eu e Edward nos conhecemos no expresso a caminho de Ilvermorny, ele foi a primeira pessoa com quem tive contato em minha vida. -Todos a encararam curiosos.

—Como assim, Bella? -Jasper questionou.

—Eu nunca havia conhecido outras crianças, Jasper; não até aquele dia.

—Sua mãe era super protetora, hein? -Comentei com ironia.

—Na verdade, Rosalie, minha mãe não queria me proteger, o que ela sempre quis foi me esconder de todos, mas então eu fui chamada para estudar em Ilvermorny e os planos mudaram.

—Eu não estou entendendo. -Alice reclamou balançando a cabeça. -Por que sua mãe queria te esconder?

—Eu não quero falar sobre isso agora, Alice. -Resmungou se levantando e ficando de frente para a janela, os braços cruzados sobre o peito enquanto os olhos estavam fixos na floresta; ficamos em silêncio apenas a observando, quando ela se voltou para nós seus olhos estavam marejados. -Eu vou contar tudo a vocês sobre mim, mas não agora, o mais importante no momento é vocês.

—Você não precisa nos dizer nada, Bella. -Edward rebateu nos lançando um olhar reprovador, revirei os olhos.

—É claro que ela precisa.

—Rosa...

—Não, Edward. Ela está certa, eu preciso dizer, principalmente por que você, eu e Alice construímos uma história juntos.

—Eu ainda não entendi isso, vocês eram ou não amigos? -Emmett questionou confuso, Bella deu uma risada trêmula.

—Sim e não, depende do momento em que estivermos falando. -Franzi a testa.

—Agora nem eu entendi. -Resmunguei irritada.

—Eu vou explicar. É o seguinte, eu e Edward nos conhecemos primeiro...

—Sim. No expresso, já entendemos.

—Rosalie. -Edward me repreendeu.

—Que é!? -Bella deu um sorriso torto.

—Sim, em um expresso. Nós esbarramos e eu caí de bunda no chão...

—Eu adoraria ter visto isso. -Comentei com um risinho, Edward bufou se jogando para trás e fechando os olhos. -Que foi!? -Perguntei me virando para ele.

—Será que dá pra falar sério, é da nossa vida que estamos falando e você tá parecendo o Emmett, inconveniente que nem ele. -Revirei os olhos.

—Eu não sou inconveniente. -Emmett falou chocado, eu o ignorei.

—Tenho culpa se a vida de vocês é interessante. -Rebati sem conseguir conter a ironia, Edward abriu a boca para argumentar, mas a namorada bruxa dele o cortou.

—Céus, vocês são piores que Tony e Lizzie juntos. -Encarei ela confusa.

—Quem é Tony e Lizzie? -Ela deu um sorriso amarelo.

—Vocês terão a oportunidade de conhecê-los.

—Suas respostas evasivas são ainda mais irritantes que Edward. -Bella riu.

—Cale a boca, Rosalie. -O ruivo mal humorado chiou irritado, revirei os olhos nenhum pouco me importando.

—Podemos voltar pra história? -Alice interrompeu impaciente.

—Eu acho uma boa ideia. -A bruxinha respondeu voltando a se sentar ao lado do rabugento, a caixa novamente protegida em seu colo. -Eu e Edward esbarramos...

—Você já falou isso. -Resmunguei rolando os olhos.

—Rosalie, não interrompa. -Alice reclamou impaciente.

—Edward, é claro, foi um perfeito cavalheiro comigo.

—Que surpresa. -Todos olharam para mim, confesso que eu teria corado se ainda fosse humana; todos estavam frustrados, apenas Isabella mantinha um sorriso divertido nos lábios. -Tá, eu não falo mais nada. -Resmunguei empinando o nariz, a Swan soltou uma gargalhada melodiosa.

—Sabe, você me lembra muito uma amiga que eu conheci em Ilvermorny. -Franzi a testa curiosa, mas como havia prometido não falei nada. -Eu estava nervosa naquele dia, -Voltou a contar, seus pensamentos se distanciando para longe. -Eu nunca havia tido contato com pessoas antes, além da minha mãe, não saberia lidar com elas, além disso ela havia me largado sozinha sem nenhuma palavra de conforto, nenhum abraço apertado, nada além da frase ‘Não me decepcione, Mary’. -Encarei ela mais atentamente, de certa forma sua história era parecida com a minha, Bella havia sofrido o desprezo da mãe assim como eu, talvez pudesse ver nela alguém para desabafar, alguém que me entendesse.

—Quem é Mary? -Emmett perguntou confuso.

—Sou eu, é meu segundo nome.

—A tá.

—Edward me tratou de forma tão gentil que eu fiquei assustada, eu nunca havia sido tratada daquele jeito; eu queria apenas me esconder e chorar, então agi como uma criança acuada que queria escapar, Edward tentou, mas ele não era bem conhecido por sua paciência e acabamos discutindo, desde então vivíamos em pé de guerra, até tentamos nos aproximar no início, mas estávamos sempre cercados de mal entendidos que desistimos de tentar e nos contentamos em viver apenas como dois inimigos declarados.

—Então vocês se odiavam. -Jasper constatou.

—Básicamente isso.

—E eu? -Alice perguntou ansiosa.

—Nós duas nos conhecemos já em Ilvermorny, estávamos nos preparando para a seleção das casas...

—Seleção das casas? -Jasper a interrompeu.

—Ilvermorny era mais parecido com um internato, os alunos entravam no início do ano letivo e só voltava para casa nos feriados e férias, então era necessário colocá-los em casas para que se sentissem mais confortáveis; existiam quatro casas lá, Thunderbird, Wampus, Pukwudgie e Horned Serpent.

—Que nomes estranhos. -Emmett comentou.

—São animais mágicos, eles representam o todo de um bruxo, o corpo, a mente, a alma e o coração; o aluno é selecionado conforme sua personalidade mais forte, caso seja escolhido por mais de uma casa o aluno tem a oportunidade de escolher aonde queira ficar, é raro ser escolhido pelas quatro casas, mas acontece uma vez ou outra.

—Você conhece alguém que foi selecionado pelas quatro? -Jasper perguntou interessado.

—Hum... sim.

—Quem? -Edward também estava curioso, Bella se remexeu inquieta.

—Não vem ao caso.

—Eu também quero saber. -Emmett falou animado, ela se encolheu.

—Não importa.

—Foi um de nós? -Alice estava entusiasmada com a ideia.

—Isso não é importante, Alice.

—Foi você. -Acusei, ela bufou se jogando para trás e fechando os olhos.

—Por Deliverance Dane, vocês são impossíveis. -Rebateu voltando a nos encarar.

—Deli... o quê? -Emmett perguntou confuso, na verdade todos nós estávamos.

—Deliverance Dane, é uma bruxa... de Andover e sim, eu fui escolhida pelas quatro casas e não, eu não sei o que isso significa.

—Como você sabia que eu ia perguntar? -Jasper estava surpreso.

—Vocês estão ficando previsíveis.

—Em que casa você ficou? -A baixinha perguntou animada, Bella riu.

—Você quis dizer em que casa nós ficamos. -Edward e Alice trocaram um olhar surpreso. -Horned Serpent.

—Nós estávamos na mesma casa? -Edward questionou.

—Por que acha que foi difícil a nossa convivência? Estávamos quase 24 horas por dia próximos e as coisas se tornaram ainda mais complicadas quando seus pais me adotaram.

—Vocês são irmãos. -Emmett gritou animado, Bella e Edward trocaram um olhar chocado.

—Isso tá ficando interessante. -Falei com um sorriso travesso, Bella se encolheu.

—Não somos irmãos. -Murmurou envergonhada.

—Eu e Emmett também não.

—O que está querendo dizer, Rosalie? -Edward perguntou irritado.

—Eu? Nada.

—Você não falou como nos conhecemos, Bella. -Alice chamou a atenção dela, que riu.

—Isso vai ser engraçado. -Franzi a testa confusa.

—Por que vai ser engraçado? -Alice questionou.

—Você esbarrou em uma garota... -Rolei os olhos.

—Que cliché. -Bella assentiu ainda rindo.

—E Edward e eu fomos ajudá-las.

—Mas que diabos, mesmo sendo inimigos vocês eram como imãs. -Acusei exasperada.

—Rosa...

—Você tem razão Rosalie, nós dois éramos como imãs; de alguma forma sempre estávamos juntos quando o assunto era detenção ou quando nos oferecíamos, inconsciente da presença do outro, para ajudar na biblioteca ou na enfermaria, Edward e eu éramos parecidos em muitos aspectos e era isso que nos incomodava mais.

—E como vocês se tornaram tão amigos? -Jasper questionou.

—Edward salvou a minha vida, mais de uma vez. -Assobiei.

—Já conhecemos esse complexo de herói dele. -Rebati ironicamente, Edward me lançou um olhar mortal, mas não falou nada.

—Em uma dessas vezes, Edward de alguma forma conseguiu ver os meus medos e passou a me entender melhor, então decidimos estipular uma trégua, Alice como minha melhor amiga não aceitou a aproximação muito bem, ela tinha medo que Edward me magoasse, então ele teve que trabalhar bastante para conseguir conquistar a confiança dela, é claro que Edward deu alguns escorregões, mas com o tempo nos tornamos a famosa Ordem de Allus. -Emmett gargalhou estrondosamente e eu franzi a testa.

—Que raio de nome é esse? -Ela deu de ombros.

—É estoniano, significa todos nós. Foi nossa diretora quem sugeriu o nome, éramos inseparáveis e nos metíamos em tantos problemas que ela achou... apropriado.

—Que tipo de problemas? -Jasper questionou.

—Do tipo muito perigoso.

—Certo, e foi num desses problemas que eu fui transformada. -Alice falou séria, Bella engoliu em seco balançando a cabeça.

—Eu não sei se eu vou conseguir falar sobre isso, Alice.

—Por favor, Bella. -Isabella suspirou, seus olhos brilhavam com as lágrimas contidas.

—Certo, eu vou te contar o que eu sei. -Murmurou escondendo o rosto na mão, ela respirou fundo antes de nos encarar outra vez. -Você veio de uma família de No-maj’s, isso você já sabe. -A baixinha assentiu. -Por isso quando você chegou em Ilvermorny estava tão perdida quanto eu, foi isso o que mais nos aproximou; eu já havia conhecido Cassandra Swan no expresso, ela era a tia avó de Charlie, e também as irmãs Johnson, as três já estavam em anos mais avançados e foi quem nos auxiliou no início, nos tornamos um grupo inseparável, até visitamos você algumas vezes.

—Onde eu morava?

—Biloxi, no Mississipi, foi onde você nasceu.

—Você sabe quando é meu aniversário?. -Bella sorriu.

—Eu não seria a sua melhor amiga se eu não soubesse. Isso é no dia 13 de março, você nasceu em 1901.

—Pera lá... -Edward exigiu, seus olhos estavam arregalados. -Alice é mais velha do que eu? -A Swan assentiu, seus lábios apertados tentando conter a risada, nós por outro lado não nos importamos em esconder o nosso divertimento.

—Perdeu o trono, maninho. -Alice o provocou, Edward fechou a cara.

—Eu fui transformado primeiro, continuo sendo o mais velho.

—Isso não podemos negar, querido. Você tem espírito de velho mesmo. -Todos riram quando eu falei isso, Edward me fulminou com o olhar.

—Vai se ferrar, Rosalie.

—Não disse.

—Ok, tudo bem, crianças. -Isabella falou rindo, rolei os olhos por ouvi-la nos chamar de crianças, mas não estava realmente aborrecida. -Voltando para a história; seu pai Alice, era um comerciante de pérolas o que lhes concedia certa condição social, mas por causa do trabalho ele passava mais tempo no litoral e menos tempo com vocês; sua mãe era quem cuidava de você e da Cynthia e quem dava a vocês todo amor, Mary era uma mulher incrível e me desculpe te dizer isso Alice, mas não sei como ela se casou com aquele homem.

—Meu pai era ruim?

—Você vai perceber que ele nem chegou a ser um pai. -Bella estava sombria, eu não estava gostando do rumo que essa conversa estava tomando.

—Por quê? -Bella balançou a cabeça engolindo em seco.

—Você era uma garota doce, um pouco hiperativa, mas era uma criança feliz; nunca passou pela sua cabeça que você pudesse ser uma bruxa. -Bella se levantou indo até a parede de vidro. -Nosso professor de história da magia foi designado para ir até a sua casa levando a carta da escola e para comunicar aos Brandon o que você era, seu pai não estava, ainda bem, mas ele falou com a sua mãe e Mary não duvidou nem por um segundo das palavras dele, ela conhecia bem a filha talentosa que ela tinha.

—Talentosa como? -A garota se virou apoiando-se no vidro e encarando a amiga.

—Antes mesmo de nós bruxos atingirmos a idade de onze anos coisas estranhas acontecem ao nosso redor, objetos explodem de repente ou voam, além de algumas outras coisas, mas existiam alguns bruxos que possuíam uma sensibilidade maior, como era o seu caso.

—Que tipo de sensibilidade? -Alice voltou a questionar.

—Eu cheguei a comentar com Edward mais cedo que existem alguns bruxos com qualidades excepcionais como a legilimência, a clarividência e a hipnose; o seu caso era a clarividência e ela se manifestava desde que você era criança. -Todos nós arregalamos os olhos, menos o enxerido do Edward que com certeza já sabia disso.

—Então eu prevejo o futuro desde criança? -Alice estava histérica, Bella sorriu.

—E eu suponho que você mantenha essa habilidade, assim como Edward manteve o dom dele. -Todos encaramos ele.

—É sério que esse topetudo enxerido lia mentes até quando era humano? -Perguntei indignada, Edward estreitou os olhos e Bella jogou a cabeça para trás rindo.

—Eu achava que só eu te chamava assim. -Edward a encarou incrédulo, meu sorriso se alargou.

—Estou começando a gostar de você. -Falei animada, ela sorriu.

—Obrigada. Respondendo a sua pergunta Alice, sim, você já previa o futuro antes, no início era como se fossem sensações, todo mundo achava engraçado ver a pequena Alice com uma capa de chuva em um dia ensolarado e logo depois começar a chover, eles riam e diziam ‘Alice sempre acerta.’; sua mãe sempre colocava um prato a mais na mesa quando você falava que sua avó estava chegando, Mary confiava em seus dons e quando Randolph apareceu ela decidiu que precisava te mandar para Ilvermorny, ela queria te dar essa oportunidade, mas havia seu pai, ele nunca permitiria e ainda trancaria a filha e a esposa em um manicômio por apenas cogitarem essa ideia. -Bella rangeu os dentes. -Então sua mãe inventou essa história, disse a ele que você estava sendo perseguida por um dos rapazes da cidade, um que não tinha nada além de um casebre destruído, seu pai ficou furioso, nunca que Alice se casaria com alguém tão pobre, então ele não pensou duas vezes quando Mary inocentemente sugeriu que a mandasse para um colégio interno o mais longe possível do condado e assim foi feito; você ficou triste por ter que se afastar de Cynthia, mas sabia que aquela era uma oportunidade que você não poderia recusar.

—Então eu abandonei a minha família? -Bella balançou a cabeça.

—Não diga isso Alice, era necessário esse sacrifício, as coisas poderiam piorar se você não controlasse seus poderes, você poderia machucar alguém ou se machucar, quando um bruxo não libera a magia presa em si, ele começa a perder o controle da sua mente. E mesmo que você estivesse longe por tanto tempo, você sempre voltava para elas, sempre voltava para Cynthia. -Alice fechou os olhos e inspirou fundo.

—E depois disso o que aconteceu?

—Você foi para Ilvermorny, seus dons começaram a se desenvolver, de sensações você passou a ter visões e as coisas começaram a se complicar, -Alice abriu os olhos encarando ela. -as pessoas começaram a murmurar a seu respeito, ‘a filha esquisita dos Brandons.’, muitos passaram a te chamar de feiticeira ou bruxa, bem... eles não estavam totalmente errados, mas Mary ficava frustrada com os comentários e te aconselhava a manter seu dom guardado e assim você o fez.

—Mas...?

—Era complicado, havia os momentos que você não conseguia se conter e as coisas pioravam, um dia um primo seu veio falar com você... -Bella parou desviando os olhos.

—O que aconteceu? -Ela suspirou.

—Ele queria tentar a sorte no oeste, ele era o mais próximo de um irmão que você tinha e quando ele te deu a notícia você soube que não podia permitir que ele fosse, você implorou a ele, chorou para que ele não fosse, mas Richard não te deu ouvidos, a notícia chegou poucos dias depois de sua partida, ele havia morrido em um acidente na estrada. -Bella fechou os olhos respirando fundo, Alice estava de olhos arregalados, a mão cobrindo a boca. -Você me enviou uma carta arrasada e no mesmo momento eu fui ao seu encontro. -Falou abrindo os olhos a encarando. -Eu e Edward estivemos com você durante o enterro e nós dois percebemos como as pessoas te olhavam, sua tia inclusive a acusou de ter agourado a viagem dele, seu dom passou a ser uma maldição para você. As coisas se tornaram ainda piores quando você previu... -Bella parou de falar e Alice já estava de pé diante dela.

—O quê? -Bella engoliu em seco.

—Eu não acho uma boa ideia.

—Por favor...

—Você previu o assassinato da sua mãe. -Alice por incrível que pareça oscilou um pouco e Jasper já estava atrás dela a amparando, me coloquei de pé junto com Emmett e Edward.

—Alice? -Bella chamou se aproximando, mas Alice estava com os olhos fixos em um ponto distante. -Alice, o que foi? O que está vendo? -Perguntou agarrando a mão dela, Alice soluçou.

—Eu estou na floresta. Tem uma garota correndo, eu... não consigo ver..., um carro está se afastando, tem... um penhasco... -Bella soltou a mão de Alice se afastando, seus olhos já estavam marejados quando Alice piscou a encarando. -O que é isso?

—Essa foi exatamente a visão que você teve antes dela morrer. -Falou com a voz entrecortada.

—Por que eu tive essa visão se ela já está morta? -Bella travou os lábios.

—Existe um ponto sobre o seu dom que você não disse a ninguém a não ser para mim e para uma das irmãs Johnson.

—Que ponto?

—Você pode ver fatos do passado, pontos isolados que se conectam com o futuro, mas nesse caso eu suponho que seja apenas uma lembrança da visão que você já teve antes. -Alice caiu sentada no sofá, seus ombros tremeram com os soluços, embora as lágrimas não estivessem presentes.

—Por que eu não impedi, por que eu a deixei morrer? -Bella se aproximou abaixando-se em sua frente, colocando as mãos sobre os seus joelhos.

—Você tentou Alice, a pessoa correndo na floresta era você. Além do mais, quando você teve a visão sua mãe já tinha saído. -Alice desviou os olhos encarando a parede de vidro.

—Eu tinha que ter feito alguma coisa, eu tinha que ter salvado ela...

—Alice. -Bella chamou suavemente, ela a encarou. -Você tentou, eu posso te garantir isso; essa não foi a sua primeira visão sobre isso, você teve outras e por três meses você tentou evitar, mas chegou o momento em que você não podia mais fazer nada.

—Por que mataram ela? Por que fizeram isso? -Exigiu, Bella apertou os lábios.

—Seu pai casou-se novamente, seis meses depois.

—E o que isso tem a ver? -Perguntou irritada, existiam poucas coisas que deixava a garota irritada e eu podia dizer que o seu passado, recém descoberto, era uma delas, a Swan se afastou novamente.

—A esposa de seu pai era jovem, bonita e filha de um dos sócios dele...

—Eu não estou conseguindo entender, Isabella. -A Swan torceu o cabelo em um coque apertado, ela estava nervosa.

—Ela adorava sua irmã, mas desdenhava você. -Alice parou analisando as informações da amiga. -Você era uma garota muito perspicaz e comentou comigo algo que a sua madrasta deixara escapar um dia, o casamento já estava sendo planejado a algum tempo.

—Foi ela que mandou matar a minha mãe? -Exclamou exasperada.

—Cynthia me disse que você discutiu com seu pai, mas ela não sabia o motivo até alguns anos mais tarde. Você acusou a sua madrasta e seu pai não gostou nada disso, quando foi de madrugada você fugiu.

—Mas por que eu fugiria?

—Na mesma noite você procurou seus tios, era a casa mais próxima, e eles diziam para quem quisesse ouvir que você estava louca; o xerife da cidade dizia a mesma coisa, com a diferença que ele me dera as informações que eu precisava. -Isabella parou observando a amiga, Alice estava com os olhos fixos, um leve tremor percorria seu corpo.

—Que informações foram essas, Bella? -Jasper perguntou se sentando ao lado da esposa e a envolvendo em seus braços.

—Foi meu pai que mandou matar ela e tentou me matar na mesma noite que eu fugi. -Sussurrou, Jasper a encarou de olhos arregalados.

—O quê!!? -Alice voltou a soluçar.

—Ele tentou me matar, meu pai tentou me matar.

—Eu sinto muito, Alice. -A Swan falou se colocando de joelhos em sua frente e escondendo o rosto em seu colo. -Me perdoe. -Murmurou com a voz embargada.

—Pelo quê? -Perguntou com a voz fraca.

—Eu devia tê-la protegido.

—Você não tinha como saber. -Bella levantou a cabeça para encará-la, um sorriso triste estava em seus lábios.

—Mas eu devia ter estado lá, eu pensei... eu pensei que você... estaria segura se eu estivesse longe, não pensei que ele faria isso. -Falou com a voz embargada.

—O que meu pai fez?

—Ele... ele te mandou para um sanatório em outro condado.

—Desgraçado. -Jasper falou apertando os punhos.

—E como eu fui transformada? -Isabella balançou a cabeça.

—Eu não sei, tudo que eu sei é que o sanatório em que você estava pegou fogo.

—E é isso? Para todos eu estava morta.

—Quando eu não tive mais notícias suas eu fui atrás de você, Cynthia estava inconsolável, ela havia acabado de receber a notícia.

—Eu... eu...

—Não se sinta culpada, Alice. Assim como sua mãe, você foi apenas uma vítima da infidelidade do seu pai, só estou lhe dizendo isso para que saiba que ela sempre te amou.

—Eu sei que sim. -Bella deu uma risada descontraída.

—Sabe o que é engraçado? -Alice balançou a cabeça. -Ela sempre duvidou que você estivesse realmente morta e ela estava certa o tempo todo. -Os olhos de Isabella se encheram novamente com as lágrimas, a baixinha a envolveu em seus braços finos.

—Obrigada, Bella, por ter me contado tudo e por ter cuidado da minha irmã.

—Eu não pude cuidar de você, eu tinha que cuidar dela então. -A voz dela saiu abafada.

—A culpa não foi sua. -Alice murmurou afetuosamente.

—Eu sei, mas isso não diminui o sentimento. Eu... eu senti sua falta bailarina.

—Bailarina? -Alice perguntou se afastando, um sorriso estava em seus lábios.

—Você gostava de dançar, influência de Cassandra Annie Swan. -Alice estremeceu, a Swan a encarou preocupada, o sorriso desaparecendo do seu rosto.

—Annie!? -O riso aliviado de Isabella preencheu o ambiente.

—Só você a chamava de Annie ou de Clara.

—Por causa do quebra nozes.

—Sim, por causa do quebra nozes... Você ainda dança? -Bella perguntou curiosa, Alice deu um sorriso envergonhada.

—Acho que esse é um dos hábitos que eu acabei esquecendo. -Revirei os olhos.

—Faça me o favor, né, Alice. E o que você faz quando está andando, nunca nem vi. -Resmunguei, Jasper e Bella riram.

—Dessa vez tenho que concordar com ela, querida. Você parece dançar quando caminha e tenho que dizer que é a melhor bailarina que eu conheço. -Bella soltou uma risada melodiosa.

—Isso é porque nem a viu dançar mesmo, Alice parece que flutua, mais esplendorosa que Ana Pavlova.

—Vocês estão me deixando constrangida. -Edward riu.

—Alice, constrangida? Eu realmente vivi para ver isso. -Alice revirou os olhos, mas um sorriso animado permanecia em seus lábios.

—Agora estou curioso para vê-la dançar. -Jasper falou em expectativa.

—Não tenho certeza se ainda consigo fazer isso.

—Você é vampira Alice, pelo amor de Deus. -Resmunguei impaciente.

—Isso não significa nada. -Ela falou nervosa.

—Claro que significa.

—Você não precisa fazer nada agora, Alice. -Bella falou indo em socorro da amiga. -Sei que é informação demais pra você e respeitaremos o seu tempo. -Alice sorriu aliviada.

—Obrigada.

—Pelo quê? Acredite, você já fez muita mais coisa por mim do que eu por você.

—Acho que podemos ignorar isso já que eu nem me lembro.

—Mas eu lembro e não importa quanto tempo passe, eu sempre serei grata. Vocês sempre serão a minha família, sabem disso, não é? -Alice assentiu.

—Desde o momento que a vi, eu soube que você era alguém importante. -Alice murmurou apertando a amiga em seus braços. -Da próxima vez que fugir me leve com você. -Bella estremeceu se afastando.

—Você deixaria Jasper? -Alice riu.

—Claro que não, eu o levaria comigo, assim como Carlisle e Esme, até mesmo Rosalie, Emmett e Edward por mais que os três sejam idiotas. -Fulminei a baixinha irritante, enquanto a Swan ria. -Mas agora que a encontramos não vamos desistir de você, agora também é da família, Bella. -A Swan sorriu em meio às lágrimas.

—Você não existe Alice. Eu prometo, eu não vou mais fugir. -E as duas selaram aquela promessa com um abraço apertado, o elo estava intacto.


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Notas finais do capítulo

Feliz ano novo pra vocês. (❁´◡`❁)❤️



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