Estrela da Alva escrita por Princesa Dia


Capítulo 16
Bem como antes


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, um capítulo fresquinho, espero que gostem (❁´◡`❁).



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POV. Bella Swan

Encarei as roupas em cima da cama indecisa, eu havia separado dois conjuntos para hoje; o primeiro, era um vestido azul rodado meia manga, um casaco preto que cobria quase todo o vestido e sapatilhas azuis; o segundo, uma blusa branca de alcinhas, uma blusa meio transparente branca de mangas compridas e botões, calça jeans preta e saltos baixos, branco. Analisei as roupas por um tempo até que me decidici pelo segundo conjunto. Depois que me vesti fiz uma maquiagem leve e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto. Me olhei no espelho constatando com um sorriso satisfeito que eu estava pronta.

Eu estava incrivelmente ansiosa está manhã, tanto que já estava acordada desde muito cedo, bem... na verdade eu nem conseguira dormir direito, queria encontrar com Edward logo, queria falar com ele e saber como ficaria a nossa situação agora que finalmente havíamos conversado, queria estar perto dele, estar em seus braços, fazer parte da sua vida novamente, mas não tinha certeza se Edward tinha o mesmo pensamento, eu tinha medo que ele me afastasse outra vez, que voltasse a me ignorar. Suspirei balançando a cabeça, eu não pensaria nisso agora. Ouvi meu celular tocar anunciando uma chamada e corri para atender olhando rapidamente no visor para ver quem era.

Buon giorno, vita mia.* (Bom dia, minha vida.) -Falei com um enorme sorriso em meu rosto.

Buongiorno, è vivace. Cosa è successo? Hai un ragazzo?* (Bom dia, está animada. O que aconteceu? Arranjou um namorado?)

Cosa!!? No, certo che no, dove ti è venuta l'idea?* (Quê!!? Não, claro que não, de onde tirou essa idéia?) -Perguntei me mostrando um pouco ofendida, a garota riu.

Era nervosa, quindi è davvero un ragazzo.* (Ficou nervosa, então é mesmo um namorado.) -Estreitei os olhos para o quarto vazio.

Besteira isso. Não deveria estar fazendo alguma coisa, tipo... -Afastei o aparelho celular da orelha para ver a hora, eram 7:33 da manhã e Londres era 8 horas a mais de diferença. -sei lá, dando aula? E aliás onde está? Não está em Hogwarts? -Respondi pegando minha bolsa e seguindo em direção à porta, ela riu.

Mudou de assunto rápido, hein? -Revirei os olhos diante do comentário insinuante. -E não, não deveria, estou com duas aulas vagas agora, então aproveitei pra dar uma passadinha em casa e ver a Sam.

Não acha que anda muito folgada? Eu não tive esse negócio de aula vaga. -Respondi saindo do quarto, ela riu novamente.

É claro que não, isso é só pra quem pode, querida. -Respondeu divertida, revirei os olhos, é claro que ela teria dito isso.

Okay, signora, posso fare qualsiasi cosa, farò finta di non averlo sentito.* (Ok, senhora eu posso tudo, vou fingir que não ouvi isso.) -Respondi com uma risadinha. -E lei come sta?* (E como ela está?)

Bem espertinha pro meu gosto, acredita que essa sem vergonhazinha acabou de me chantagear pra comer sorvete? A mãe dela vai me matar. -Eu ri.

O que você queria? Ela aprendeu com a melhor de Londres.

Ok, lo ammetto, me lo sono meritato.* (Ok, eu admito, essa eu mereci.)—Revirei os olhos enquanto eu descia as escadas.

Como vai as coisas por aí? -Questionei esperando que ela iniciasse uma narrativa eufórica sobre a sua semana, mas o que se seguiu não foi mais do que um silêncio perturbador, Lizzie era conhecida por sua tagarelice incessante e apenas uma pessoa era capaz de tirar esse humor. -Cosa ha fatto ora?* (O que ela fez agora?) -Perguntei parando na base da escada, esperei que ela me respondesse, mas isso não aconteceu. -Lizzie..? -Ouvi um suspiro resignado do outro lado da linha.

Non dovrei dirti questo.* (Eu não deveria te contar isso.)—Lamentou, o que me deixou ainda mais preocupada.

Cosa è successo?* (O que aconteceu?)

Tony mi ucciderà.* (Tony vai me matar.)

Fala logo. -Exigi, ela suspirou.

Virgíny è stato visto ieri a Hogsmeade.* (Virgíny foi vista ontem em Hogsmeade.) -Ok, isso era uma informação suspeita, mas não havia motivo para tanto alarde, ou será que havia?

E... -Incentivei, mas não houve uma resposta. -Desembucha.

James estava com ela. -Sua voz era apenas um sussurro, mas eu conseguira ouvir; senti o ar escapar dos meus pulmões dolorosamente, me apoiei no corrimão para não cair de cara no chão.

O quê!!? -Minha voz saiu uma oitava mais alta.

—Tony acha que fizeram uma trégua já que eles não estavam se matando.

Oh mio Dio* (Oh meu Deus...) -Murmurei me sentando no último degrau, senti as lágrimas se acumularem em meus olhos.

Per favore dimmi che va bene.* (Por favor me diz que está tudo bem.)

Por que não me falaram antes, Lizzie? Charlie pode estar em perigo. -Falei ignorando totalmente a sua preocupação, minhas emoções mudavam rapidamente de assustada para irritada e logo em seguida alarmada.

Não acredito, Tony esteve monitorando os passos dela, nós saberíamos se eles tivessem tentado deixar Londres. -Sua voz era confiante o que me deixou mais tranquila, mas não menos preocupada.

Non avresti dovuto farlo, Lizzie.* (Vocês não deveriam ter feito isso, Lizzie.)

Eu sei, me desculpe, mas você sabe como Tony pode ser um idiota super protetor.

Sim, eu sei. -Suspirei. -Mas se vocês querem realmente me proteger, não comecem a esconder as coisas de mim.

Hai ragione, ti prometto di non farlo più.* (Tem razão, eu prometo não fazer mais isso.)

Grazie Lizzie. Mi fido di te, lo sai, vero?* (Obrigada, Lizzie. Eu confio em você, sabe disso não é?)

Sì, lo so, mi dispiace davvero* (Sim, eu sei, me desculpa mesmo.)

Tudo bem Lizzie, só fique de olho em tudo e cuide de todos aí, principalmente de Tony e Fred.

Starò, non preoccuparti.* (Eu vou ficar, não se preocupe.) -A sinceridade em sua voz me fez relaxar um pouco mais. -Eu... eu preciso desligar agora, tenho algumas coisas pra fazer antes da próxima aula. -Sua voz era quase suplicante.

Certo che c'è.* (É claro que tem.) -Falei com ironia, não queria que ela ficasse preocupada comigo; Lizzie riu mais relaxada.

Non inizia.* (Não começa.)

Ok, mande um beijo para as coisas que precisa fazer. -Alfinetei, ela riu mais ainda.

Tá bom, eu mando. Eu preciso ir agora.

Va bene. Ciao bambola.* (Tudo bem. Tchau bonequinha.)

Per favore, per favore, sii bene.* (Por favor, por favor, fique bem.) -Sua voz era novamente suplicante.

Starò, non preoccuparti; ora arriverà presto.* (Eu vou ficar, agora vai logo.)

Va bene, ti amo.* (Está bem, eu te amo.) -Sorri torto.

Anche io, la mia vita.* (Eu também, minha vida.) -E a ligação se encerrou, como Lizzie suspeitara eu não fiquei bem, o medo e o remorso me corroía por dentro, eu sabia que algo tinha acontecido, por mais que estivesse longe eu sabia quando eles me escondiam algo, havia uma ligação entre nós que não poderia ser quebrada, mas ainda assim eu me recusei a averiguar e saber que Tony não me diria nada mesmo que eu lhe perguntasse também não ajudou; Tony era tão orgulhosos quanto eu, ele jamais admitiria que alguma coisa havia saído do seu controle assim como eu também não havia admitido antes, mas Tony não podia controlar tudo, algo poderia ter dado terrivelmente errado e o que eu faria se eles se machucassem? Eu nem poderia cogitar a hipótese. Senti meu rosto molhado e percebi que estava chorando, é claro que eu estaria, eu estava em pânico, todos estavam em perigo, minha família, Billy, Alice, Edward, todos que estavam ao meu redor poderia ser o próximo alvo deles, Virgíny não ia parar, ela não pouparia esforços até me destruir completamente, até me ver totalmente quebrada; o medo estava me sufocando, medo de que mais uma pessoa morresse tentando me proteger e agora que o desgraçado do James estava de volta à caçada Virgíny teria uma vantagem. Coloquei a cabeça entre os joelhos tentando conter o pânico, eu precisava tomar uma decisão, mas eu não tinha certeza sobre o que fazer, eu poderia subir, é claro, arrumar as minhas coisas e partir no primeiro voo em direção à Londres afim de garantir que tudo estaria realmente bem, mas ainda havia Edward e Alice, eu acabara de encontrá-los, não estava preparada para deixá-los ir, não depois de tantos anos; Eu precisava proteger todos eles, eu só não sabia como eu faria isso, quanto tempo Virgíny levaria até descobrir que Edward e Alice não estavam mortos, quanto tempo até ela encontra-los..? Minha cabeça estava explodindo com tantos pensamentos, eu precisava decidir, ir ou ficar, mas não seria agora, eu precisava de tempo, eu precisava primeiro me acalmar. Suspirei apagando o rastro de lágrimas, eu precisava sair agora ou chegaria atrasada, ‘Mais tarde’ prometi a mim mesma enquanto me dirigiria até a porta; Tony daria conta, certo? Tony esteve monitorando os dois, Lizzie falara, eu teria tempo.

Revirei a mochila em busca das chaves do carro, eu já estava seguindo em direção ao Aston quando avistei um volvo prata reluzente estacionado na vaga de Charlie, sorri vendo Edward encostado ao mesmo; estava em um jeans preto, blusa social rosa clara, casaco escuro e tênis branco, um sorriso brincava em seus lábios enquanto ele ignorava a fina garoa que caía.

—Oi. -Falou assim que cheguei mais perto dele.

—Oi. -Seu sorriso se alargou.

—Fiquei me perguntando se você aceitaria uma carona. -Ele estava tímido.

—Claro. -Respondi com um sorriso jogando as chaves de volta na mochila.

—Então, vamos senhorita Swan? -Perguntou abrindo a porta para que eu entrasse, gargalhei.

—Sempre cavalheiro, senhor Masen. -Ele riu também e o ar ficou preso em meus pulmões ao percebê-lo tão próximo, era impressionante como Edward ainda tinha esse efeito sobre mim. Suspirei ao vê-lo fechar a porta e dar a volta no carro assumindo a direção, Edward riu mais uma vez ao perceber que eu o admirava, corei vergonhosamente e desviei os olhos tentando me concentrar, mas o fato de ter o cheiro dele impregnado em todo o canto não ajudava muito, tentei colocar o cinto três vezes, mas em nenhuma das tentativas eu tive êxito, Edward riu mais uma vez, pelo visto ele estava de muito bom humor, e se aproximou para me ajudar, prendi a respiração, nossos olhos se encontraram por um momento antes de ele se afastar. -Obrigada. -Murmurei ainda inebriada pela sua presença.

—Não por isso. -Desviei os olhos do seu sorriso torto e encarei a rua, Edward deu partida se afastando da casa, o silêncio pairou por algum tempo enquanto eu tentava voltar a respirar normalmente. -Você está linda. -Meu coração perdeu uma batida, olhei para ele vendo-o sorrir.

—Obrigada, você também está. -Edward dirigia rápido pelas ruas de Forks, mas em nenhum momento isso me preocupou.

—Como você está? -Sua pergunta me pegou de surpresa.

—Bem... eu acho. -Edward me avaliava, a preocupação estampado em seu rosto.

—Esteve chorando? -Compreendi imediatamente, só não sabia dizer se ele tinha ouvido ou se estava tão visível assim em meu rosto, pelo brilho em seus olhos eu apostaria toda a minha fortuna que eram as duas opções.

—Você ouviu? -Ele me observou por um tempo antes de questionar.

—Quem é James? -Suspirei, eu sabia que a pergunta viria e que eu teria que falar a verdade em algum momento, isso não significava que eu estava preparada para isso.

—James é um vampiro sádico, que se diverte caçando bruxos. -Estremeci ao me lembrar da sua última caçada, aquela em que perdi Joseph. -Ele e Virgíny se conheceram há 70 anos, ele a estava caçando, mas Virgíny não era idiota, ela propôs a ele uma sociedade, James a ajudaria e em troca ela entregaria de bandeja para ele todos aqueles que se colocasse em seu caminho. -Respondi rangendo os dentes. -Mas James cometeu o pior de todos os erros, ele se apaixonou por ela. Virgíny não se importa com os sentimentos de ninguém, tudo é em prol dos seus próprios interesses, alguns anos atrás ela teve um caso com outro vampiro, James não sabia disso até dois meses atrás, os dois tiveram uma discussão feia, James quase a matou por isso, mas ele preferiu abandoná-la; pelo visto a raiva e o orgulho dele não era tão grande assim, já que ele voltou correndo para ela. -Minhas mãos se fecharam em punhos sobre o meu colo.

—Por que ele te preocupa tanto? -Encarei ele através das lágrimas.

—James é um rastreador, Edward, o que significa que não existe um único lugar seguro para eu ir, não existe um lugar no mundo que eu possa me esconder sem que ele me encontre e quando James me encontrar todos que estão ao meu redor correm perigo.

—Podemos te proteger. -Estremeci.

—Não, vocês não podem; você nem se lembra dela, Edward, não sabe do que Virgíny é capaz.

—Isso não importa, Bella. Nós somos sete, eles são apenas dois, podemos lidar com eles.

—Eu não quero que se envolva e principalmente que arraste a sua família para isso Edward, já basta todos aqueles que já morreram, eu não vou carregar mais essa culpa em minhas costas. -Falei decidida, Edward jogou o carro no acostamento de uma vez, abri a boca para brigar com ele, mas Edward já segurava a minha mão.

—Não me peça para não fazer nada, para vê-la lutar com essa louca até seu último suspiro, você não pode proteger a todos sozinha Bella e eu não vou deixar isso acontecer, não posso te perder, não quando acabo de te encontrar, você é minha vida agora. -Ele falou colando seus lábios aos meus, me surpreendi no primeiro momento, mas logo eu estava o correspondendo, o beijo era urgente por parte de nós dois. Ele separou nossos lábios, mas nossas testas permaneceram grudadas. -Talvez você não acredite em mim, mas eu te esperei meu amor, por todos esses anos eu estive esperando por você, por mais que eu não me lembrasse do seu rosto, -Ele falou acariciando minha face. -da sua voz, do seu sorriso, dos seus lábios. -Seus dedos percorreram o contorno da minha boca. -Por mais que eu não me lembrasse do seu cheiro, -Suas mãos desceram pelo meu pescoço e se deterão em meus ombros, nesse ponto eu já não conseguia mais conter as lágrimas. -eu ainda sim te esperei. Eu te amo Bella, com tudo de bom que ainda exista em mim e eu não posso mais viver em um mundo em que você não esteja, então não me peça para desistir de você, para deixá-la ir, por que isso eu não posso fazer. -Senti as lágrimas em meu rosto, um sorriso apareceu em meus lábios.

—Eu nunca pediria isso a você, eu também te amo Edward, com toda a força do meu ser; você se tornou uma estrela pra mim, que me trazia a luz da manhã depois da noite mais escura, eu sofri tanto quando você foi tirado de mim, quando eu percebi que você não estaria mais comigo, quando eu percebi que não viveríamos os sonhos que planejamos. -Os soluços irromperam em meu peito, Edward me envolveu em seus braços, eu podia sentir a sua angústia. -Nunca me senti tão quebrada quanto me senti naquele hospital, eu pensei que meu coração se rasgaria naquele momento, e... quando eu te vi aquele dia no refeitório, eu achei que estava sonhando, tudo que eu conseguia pensar naquela hora era que eu não merecia esse milagre. -Edward se afastou para olhar em meus olhos.

—Eu que não mereço tê-la em meus braços. -Falou afagando a minha bochecha, suspirei pesadamente.

—Eu sei do que ela é capaz, Edward. Eu não posso te perder de novo, eu não vou suportar. -Ele me abraçou.

—Shiiii, querida, isso não vai acontecer, eu vou ficar sempre ao seu lado, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe. -Estremeci.

—Já aconteceu uma vez.

—Mas não vai se repetir, temos a eternidade se lembra? -Assenti, Edward beijou meus cabelos se afastando muito à contra gosto. -Precisamos ir agora, já estamos atrasados; se bem que eu gostaria de rapta-la hoje. -Falou travesso, revirei os olhos sorrindo; Edward voltou a dirigir dessa vez mais rápido do que antes.

—Como está sua mãe? -Perguntei tentando afastar da minha mente nosso assunto anterior, Edward deu um sorriso torto.

—Ela está bem, foi apenas um susto. -Encarei ele sem entender, Edward deu de ombros. -Esme tem estado muito emotiva ultimamente e quando ela fica assim ela costuma desaparecer por muitos dias, isso sempre nos deixa louco de preocupação, às vezes temos que redobrar os nossos cuidados com ela.

—Então, não é sempre que ela fica assim. -Edward balançou a cabeça. -Sabe o motivo?

—Esme perdeu um filho quando era humana, ele morreu poucos dias depois que nasceu, isso a destruiu, Esme havia pulado de um penhasco quando Carlisle a encontrou e por alguma razão estranha seu coração ainda batia. -Meus olhos se arregalaram.

—E devo supor que ela não aceitou a transformação muito bem.

—Na verdade, Esme foi a que melhor aceitou essa nova vida, ela já havia conhecido Carlisle quando era mais nova e ela já estava apaixonada por ele desde então, isso facilitou bastante na adaptação dela, mas ela ainda não superou, entende? -Assenti.

—É difícil mesmo para uma mãe perder seu filho, nem sei como me sentiria se isso acontecesse comigo. -Estremeci, Edward me encarou por um momento antes de desviar os olhos para a estrada.

—Alice se assustou quando não a encontrou em casa ontem. -Explicou.

—É frequente isso acontecer? -Edward deu de ombros.

—Antes não, eram apenas períodos isolados, mas desde que nos mudamos tudo se tornou mais... intenso, entende? -Balancei a cabeça concordando. -Nós nos preocupamos com ela, a primeira vez que aconteceu Esme desapareceu por dois anos, Carlisle quase enlouqueceu, se isso fosse realmente possível para um vampiro.

—Como ela estava depois que voltou? -Edward franziu o cenho.

—Não sei, ela parecia mais leve, mais feliz. -Sorri.

—Eu posso entender ela, eu lido com uma dor parecida todos os dias e olha onde estou, me escondendo da minha família. -Bufei percebendo o quanto a mãe dele e eu éramos parecidas. -Existem momentos que essa dor é demais para ela, Esme só precisa de um tempo sozinha para lidar com ela, para novamente enterrá-lo dentro de si. -Desviei os olhos para fora enquanto falava. -Quando ela estiver longe a certeza de que vocês estão com ela para tudo será a âncora que a trará de volta para vocês, só deixe que ela recolha novamente os pedaços do seu coração. -Edward sorriu.

—Obrigado.

—Não precisa me agradecer, sei o quanto vocês a amam. -Ele assentiu ainda com um sorriso em seu rosto que me aquecia por dentro. -E por falar em vocês, onde estão seus irmãos? -Perguntei, era a primeira vez desde que entrara no carro que eu me dera conta que estávamos sozinhos, e geralmente o carro dele sempre estava cheio.

—Eles decidiram usar o carro da Rosalie hoje. -Falou com uma risadinha, encarei ele com um sorriso travesso.

—Decidiram foi? -Edward riu.

—Ok, eu confesso, eu os expulsei. -Ri com ele.

—Como você é mal, Masen.

—Eu só queria aproveitar mais o tempo com a minha esposa. -Falou com entusiasmo, arregalei os olhos ao perceber do que ele me chamara, Edward desviou o olhar quando também percebeu.

—Se vocês tem dois carros, por que usam apenas um? -Perguntei tentando desviar o assunto, Edward deu de ombros.

—O dela é um pouco... chamativo demais, e nós tentamos não chamar muita atenção.

—Acho que vocês não têm tido muito sucesso. -Falei rindo, Edward me encarou confuso. -Jessica, Lauren... -Sugeri, ele também riu.

—Isso é ciúmes, Swan? -Revirei os olhos.

—Claro que não, só estou dizendo que vocês não estão tendo sucesso no objetivo de vocês. -Rebati irritada, ele continuou rindo.

—Uhum... -Revirei os olhos. Percebi que já havíamos chegado e por incrível que pareça não estávamos tão atrasados assim já que o estacionamento estava parcialmente cheio. Edward estacionou ao lado de uma BMW vermelha e o meu queixo caiu. -Eu disse, chamativo demais.

—Acho que eu devo concordar com você. -Falei observando as pessoas ao redor do veículo, eles estavam babando por ele. Eu ainda olhava pela janela quando a porta ao meu lado se abriu e uma mão branca apareceu, sorri a segurando e saindo do carro, Edward e eu ficamos muito próximos, nossos corpos quase se tocando, olhei para cima, para os seus olhos, já que ele era muito mais alto do que eu, senti a vontade de me esticar sobre os pés e beijar os seus lábios, mas antes que eu pudesse fazer isso, Edward sorriu se afastando e passando a mão pela minha cintura me conduzindo em direção ao colégio, foi então que me toquei que todos nos encaravam, com certeza a notícia de que Edward e eu havíamos nos beijado chegariam ao ouvido de todos antes mesmo que o almoço terminasse, e olha que nem nos beijamos mesmo...

Edward me acompanhou até a porta da sala, embora eu tenha insistido que ele também estava atrasado. Paramos do lado de fora e ele deu um sorriso torto.

—Nos vemos na hora do almoço? -Perguntou colocando as mãos nos bolsos da frente da calça, meus lábios se apertaram em uma linha firme, considerando que Rosalie parecia me odiar, eu não achava uma boa ideia, mas como era Edward que estava me convidando...

—Claro. -Falei com um sorriso amarelo, duas garotas passaram por nós lançando olhares desconfiados.

—Então eu vou guardar um lugar pra você.

—Ok. -Edward sorriu se aproximando, minha respiração ficou suspensa ao senti-lo depositar um beijo em minha bochecha.

—Nos vemos depois, minha Bella. -Não consegui responder ao vê-lo se afastando, fiquei boba ao ouvi-lo me chamar pela segunda vez de ‘minha Bella’. Suspirei entrando na sala, todos me encararam, mas os ignorei indo direto para o meu lugar. E durante toda a manhã eu estive distraída, apenas mantive o pensamento em Edward e em como tudo parecia está voltando a se encaixar perfeitamente bem como era antes. Como sempre deveria ter sido.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo eu havia planejado para ser bem maior, mas quando eu percebi isso já estava em mais de 7.000 palavras, então tive que dividir isso pelo meio, espero que não tenha prejudicado a qualidade do capítulo.

De qualquer forma, espero que gostem.❤️



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