You Only Live Twice escrita por Szin


Capítulo 5
And I never meant to cause you trouble


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEIII BITCH*SSSS!!!!
sim todos pensavam que eu havia sumido né seus marotos?
mas não, to bem vivo (má noticia pros zinimigos né) kkkkkkkkk
então vamos lá....

1 - eu tou na faculdade né? ent eu ando estudando pakasssssss e isso tem afetado minha vida aki no Nyah ( e tudo em geral mas enfim) porem hj eh feriado eu finalmente consegui escrever

2 - meu computador resolveu dar o berro ent eu n podia escrever mesmo que quisse, ou seja, todos os prazos que eu havia dado foram pele cano. vamos ter que repensar em mt coisa agr uashuashuas

E FINALMENTE SAIU CAPITULOS
LIIDS AMORI, OBRIGADO POR NUNCA DESISTIR DE MIM E DESSA FANFIC
E OBRIGADO A TODOS QUE PENSAVAM QUE EU HAVIA MORRIDO E ME MANDANDO MP PRA CONFIRMAR (?????) asuhsauhaushauhas

acho que vao gostarrrrrrrrrrrrrrrrrrrr



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— Vai querer algo? – Mathew, o garçom, me perguntou. Eu fechei a porta  de vidro e sorri para ele.

Eu vinha aqui tanta vezes que podia apostar que o Mathew já sabia meu sobrenome, meu endereço e até a listinha de CDS que eu costumava comprar.

E sabia. 

— Um café com canela pode? – eu sentei no banco alto em frente ao balcão de madeira.

— E pra comer? – ele anotou o café no caderninho e sorriu para mim.

— Pastel de Belém tem?

Ele deu uma risada simpática e anotou de novo – Nem sei porque pergunto, você sempre pede o mesmo.

Mathew era um cara alto com uma barba ruiva e sem cabelo algum. Era encorpado e possuía três piercings no total. Um no lábio e mais dois na orelha direita.

Thália tivera uma paixonite por ele quando entrara ela primeira vez aqui, porém devido à diferença de idades a coisa não durou muito e ela logo o esqueceu. Ele era simpático também, sempre sorridente e quando necessário, sempre vinha com os melhores conselhos.

Eu queria ser como ele quando chegasse nos meus 25 anos.

Quem não? Gerir uma cervejaria onde tem cds, fitas Vhs e ótimos livros para ler.

Estou tentada a desistir de ir pra faculdade e vir trabalhar aqui.

— Espera só um segundo que eu vou entregar ali dois pedidos tá bom? – ele piscou para mim e seguiu até juntos das mesas.

Suspirei.

Fazia já um dia que e eu Percy tavamos... bem... como tavamos.

Ele me mandou 53 mensagens.

Me ligou 12 vezes

E minha mãe me contou que ele tocou na campainha 4 vezes enquanto eu fui no mercado.

Durante as aulas ele eu nem olhei para ele uma única vez. Eu só conseguia lembrar do grande fora que havia levado de Percy Jackson. E esse, meus amigos, é o real motivo de eu não conseguir olhar nos olhos dele.

Eu me sentia a pessoa mais idiota e burra do planeta. Não, do universo inteiro.

Porque eu não me dei ouvidos no início? Porque eu não fiquei no meu canto na nossa primeira briga?

Eu explico porquê. Porque eu dei ouvidos a Nico Di’Angelo foi por isso. Eu dei ouvidos a ele e me ferrei depois.

Eu me ferro sempre quando o assunto é Percy Jackson.

Me ferro tanto quando ele está por perto.


So I turn to run
And thought of all the stupid things I'd done

— Droga – resmunguei batendo no vidro da máquina enquanto tentava fazer com que o pequeno pacote de biscoito - e não, não é bolacha – caísse no gavetão.

Maldita Máquina! Sério, porque nunca arranjavam ela? Essa droga tratava 3 vezes ao dia, todas as semanas durante três anos. Repito: Droga de Máquina.

— Vamos lá – eu falei batucando no vidro fazendo figura de idiota - Argh!

— Problemas no paraíso? – eu ouvi uma voz sussurrando atrás de mim.

Percy Jackson se encontrava agora do meu lado. Vestia uma das suas jaquetas pretas e umas jeans cinza escuras (bem escuras mesmo). Ele usava uma camiseta nova sem mangas, onde um conjunto de pequenos buracos enfeitava o ombro e bainha.

Professor Xavier fez piadinha com ele, perguntando se ele tinha traças no closet.

Ele olhou pra mim arqueando a sobrancelha.

— Bloqueou de novo?

Eu suspirei apontando para ladra de biscoitos atrás de mim.

— Eu juro que vou falar com o diretor para trocar isso daqui – eu resmunguei. – já é segunda fez que ela fica com meus biscoitos essa semana.

— Você e seus biscoitos – ele zombou peteando o seu moicano enquanto retirava o fone do ouvido esquerdo na qual eu não havia notado que usava – Já pediu para a moça da cafetaria?

— Eu não vou pedir pra senhora vir aqui de novo Percy – eu resmunguei me virando irritada para aquela droga de máquina roubadora de lanche – Essa coisa estúpida é que trava toda a hora.

Percy deu um leve sorriso agarrando em meus ombros me afastando.

— Acalme lá seu temperamento e deixa comigo – ele suspirou se colocando na minha frente enquanto que, fazendo a sua mágica -que nesse caso é dar uns leves abanões - o pacotinho acabou caindo. Ele o pegou me entregando sorridente – Pronto senhorita mal humorada, já pode comer em paz e afastar esse mau feitiozinho que você tem.

— Eu não tô mal-humorada.

— Está sim – ele rebateu cruzando os seus braços com um pequeno sorriso – Você fica sempre assim quando está com fome. Aceite. 

— Que mentira! Eu sou uma senhora Percy. – eu falei abrindo meu pacote de biscoitos e colocando um inteiro na boca enquanto passava por ele em direção ao corredor.

— No entanto parece um ogro comendo – ele riu ainda atrás de mim.

E tudo o que fiz foi mostrar meu dedo do meio.

O meu lindo, sofisticado e feminino dedo do meio.

Eu ainda sou um senhora.


Singing out

I never meant to cause you trouble

Eu não conseguia evitar sorrir…. Percy Jackson já era tão parte do meu dia. A parte boa dele.

Eu queria tanto... eu queria tanto entender as confusões de Percy Jackson. Eu queria tanto entender os seus diálogos desconexos e as suas atitudes confusas e sem noção. Eu queria entender qual o problema dele comigo. O porquê dele me afastar quando eu pensava que estava chegando perto.

 

Eu estava irritada. Muito irritada.

Irritadíssima.

E olha que eu raramente uso o grau superlativo para descrever as coisas.

Mas entendam, eu estava irritada.

— Você  pode, por favor, sair daqui comigo pra gente falar? – Percy se sentou ao meu lado, também ele, irritado. Nós estávamos na biblioteca, ou como Percy lhe chama “lugar infernal onde Annabeth vai quando quer amuar”

E não era mentira, mas não interessa agora.

Ele bufou olhando pra mim sem paciência.  

Não era de esperar visto que a gente tinha discutido à 5 minutos e meio atrás.

E não, não era minha culpa.

— Vai lá ter com sua amiguinha e me deixa estudar em paz.

— Sério que você está estressando comigo por causa da Rachel? – ele arqueou a sobrancelha me olhando confuso – Annabeth eu não tive culpa.

Suspirei irritada (irritadíssima na verdade).

— Claro que não... - murmurei folheado as folhas do manual de Química. 

— A Professora de Economia é que formou os grupos não eu! – ele justificou – agora eu tenho que controlar a mente das pessoas é?

— Só vai embora! – eu quase gritei.

Quase. Por pouco mesmo.

Porém, foi o suficiente para a senhorita Conceição fazer um shiu na minha direção.

— Pare de me importunar e vá embora.

— Eu não vou a lugar nenhum enquanto você estiver chateada comigo – ele suspirou peteando o topete de cabelos negros que lhe caiam pela testa.

— Espere sentado então – eu resmunguei continuando com os olhos fixos no caderno.

Eu ouvi ele suspirar, já esperando que ele se levantasse e se fosse como sempre.

Mas naquele dia foi diferente.

Naquele dia Percy Jackson foi mais teimoso que o costume.

Mais teimosos que eu.

— Você que falou – ele resmungou agarrando no seu fone os colocando no ouvido enquanto se debruçava sobre a mesa me encarando.

Eu fiquei olhando para ele chocada.

— Não saio daqui enquanto você não ficar bem comigo. – ele resmungou fechando os olhos ficando em silêncio.

— Percy pelo amor de Deus sej- eu só queria socar ele. Sério.

Por mais lindo que ele fosse, tinha dias que ele era impossível.

E hoje era um deles.

Argh! Eu me sentia Angelica Schuyler descrevendo o Hamilton meu deus.

— Pode falar o que quiser que eu não vou sair daqui – ele sussurrou baixinho olhando pra mim. Eu senti o meu corpo todo tremendo naquele segundo – Pode apostar.

Promessa cumprida. Ele teve 2 horas inteiras comigo na biblioteca sem se mexer uma única vez. (Isso porque ele acabou dormindo e babando em cima da mesa da secretária) Foi necessário eu repetir três vezes que já não estava brava com ele e que podia vir comigo beber café para ele, finalmente, arredar o pé dali.

E foi o melhor café da minha vida.

 

— Hey Annabeth? – a mão de Mathew sacudiu na minha frente – Terra chama Annabeth.

— Ahn? – eu afastei o rosto, que estava apoiado sobre a mão direta, o encarando.

— Que foi?

— O seu café – ele apontou para a xicara branca que, curiosamente, foi para na minha frente – faz uns 2 minutos que entreguei para você.

Ah... isso explica.

— Desculpe – eu murmurei com um suspiro. Peguei no açucareiro em cima do balcão, polvilhando-o em cima da canela – Eu me perdi.

— Isso eu notei – ele deu um sorriso – Está tudo bem?

— Vai ficar... eu acho.

— Bem, eu não sei o porquê dessa sua carinha triste – ele piscou para mim se esticando sobre o balcão apoiando o rosto nas duas mãos.

Ele parecia um duende, meu deus.

— Mas chegou um carregamento novo que talvez vai animar você. – Ele sacudiu as sobrancelhas divertido.

Como ele conseguia fazer aquilo? Sério já tentei, mas nunca consegui.

— Um carregamento?

— Aqui entre a gente – ele sussurrou para mim como se fosse um segredo – acho que tem uma pilha de CD's novos no corredor da esquerda.

— Sério?

— Ah ham – ele riu baixinho e fez sinal para a prateleira dos livros ao fundo – e acho que já chegou aquele livro que você pediu na semana passada.

Eu sorri.

Mathew era sem dúvida o melhor garçom do mundo.

— Acabe aí seu pastelzinho português e vai lá dar uma olhada sim? – ele batucou no balcão e se afastou até à máquina do café na qual começou limpando.

1) Mais respeito com meus pasteizinhos portugueses. Eles são divinais.

2) Deus precisa dar um lugarzinho no céu a Mathew. Ele merece. 

Bebi meu café sem pressa. Eu não havia dormido muito pelos vistos.

Toda a minha cabeça girava em torno daquele maldito nome que pertencia ao maldito dono.

Você é um ser maldito Percy Jackson!

Quando terminei, peguei na minha bolsa e fui até ao corredor junto das guitarras e baixos que se mantinham fixados na parede. E tal como Mathew prometera, uma pilha de CD’s  novos estava perfeitamente organizado numa das prateleiras.

Nem foi preciso 2 minutos que dois deles já haviam sido escolhidos pela minha pessoa.

Esses ninguém tira de mim bebé.

Mathew me deu um saquinho de plástico quando fui informar para ele que ia levar os dois.

— Eu falei que isso animar você – ele piscou para mim digitando na registadora velha no canto do balcão. Rapidamente os guardei na minha mala.

Citando melhor personagem de Senhor dos Anéis: "My Precious".

— Vai ficar por aqui ainda?

— Ah sim, não quero ir pra casa ainda - eu desabafei.

Eu não queria mesmo.

— Bem, eu vou tar por aqui até ao final da tarde, qualquer coisa me chama sim Annabeth? - Mathew sorriu colocando um pano limpo sobre o ombro.

— Descansa - eu sorri em resposta. Avançei à estante dos livros e escolhi o primeiro que me veio nas mãos. Me sentei no puff verde ao lado de candeeiro que só era acendido após as 7 da noite.

Era uma das coisas boas desse lugar, ele sempre fechava tarde. Durante a semana as portas eram trancadas às 11 horas da noite, já no fim de semana e sexta feira o horário era até mais tarde para aqueles que gostavam de apreciar as bandas da garagem que sempre vinham tocar quando o gerente pedia.

Esse lugar aqui é o paraíso, sem sombra de dúvida meu caro leitor.

Vocês nunca notaram que tem que ter sempre um “mas” nas nossas vidas? Nunca?

O meu acabou de entrar. Percy Jackson havia passado pela porta no mesmo segundo.

E ele não vinha sozinho.

Eu só queria dar o fora dali rápido quando eu a vi.

And you find you never left the start

Rachel Elisabeth Dare sorria agarrada no seu braço. O sorriso enjoado estava tão aberto quanto o daquele palhaço assustador do IT e os olhos tão irritantemente brilhantes quantos os seus cachos vermelhos.

Eu estava irritada.

Irritada com Percy Jackson.

Irritada com Rachel Dare.

Irritada com a porcaria da cafetaria/cervejaria na qual estávamos.

Irritada com o mundo e comigo mesma.

Irritadissíma. 

Eu só queria dar o fora dali o mais depressa possível e nunca mais olhar na cara de Percy Jackson e da enjoada da garota que não soltava seu braço.

Suspirei fundo me levantando não conseguindo evitar olhar para os dois.

Não conseguindo não me culpar por ter caído na conversa de Percy Jackson.

“Eu não quero que as coisas mudem”

Mas mudaram com ela não foi?

“Eu gosto como estamos”

Mas já não estamos mais.

“Eu tenho saudades de você”

Pelos vistos não tinha tanto assim...

Guardei o livro o mais rapidamente que pude.

Só sai daí garota! Só se afaste e corra daí.

Mas sempre tem de existir um “mas”... sempre.

Sempre tem que dar errado... sempre.

Sempre comigo.

Eu olhei de novo. Ela fazia sinal para ele esperar enquanto caminhava em direção ao banheiro que ficava nas portinhas do lado das mesas e cadeiras. Eu caminhei rapidamente até ao pequeno puff pegando na minha mala.

Eu não queria mais ficar assistindo àquilo.

Eu não queria mais me relembrar de Percy Jackson e todos os momentos bons e ruins que vivera com ele. Eu não queria mais e ponto.

Meu objetivo era sumir dali e ir para casa o mais rápido possível sem ser notada.

Mas foi tarde demais.

Os olhos de Percy Jackson pararam em mim no segundo em que olhei para ele. Ele uniu as sobrancelhas e o maxilar travou na mesma hora.

Apertei a mala em minhas mãos enquanto os olhos verdes de Percy Jackson se mantinham fixos em mim sem nunca desviar uma única vez.

Respirei fundo.

Os seus lábios se moverem tentando pronunciar o que supus ser o meu nome.

E tudo o que fiz foi sair o mais rápido que pude.

Caminhei pela calçada tentando chegar na paragem de táxi mais próxima e desaparecer. Simplesmente desaparecer da fase da terra e dos olhos de Percy Jackson.

Mas era difícil demais, complicado demais.

— Annabeth! – eu ouvi ele chamar.

Porque tem que ter sempre um “Mas”? Porquê?

Eu não olhei, continuando meu caminho. Eu já conseguia enxergar o pequeno automóvel amarelo ao final da rua.

Só suma.

—Anna! – ele estava correndo. Eu ouvia seus passos.

Só vai embora!

— Pode parar? – ele agarrou meu pulso, mas eu puxei de volta com a mesma força.

— Me deixa em paz – eu desviei os olhos.

Eu não conseguia olhar para ele. Eu não conseguia deixar de lembrar de todos os sentimentos idiotas que eu sentia por Percy Jackson.

— Podemos conversar – ele puxou de novo minha mão.

— Você já tem alguém para conversar não é mesmo? – eu retruquei o fitando com tanta raiva.

E com tantos outros sentimentos que eu desejava não sentir agora.

Ele uniu as sobrancelhas me encarando.

— Porque você não me atendeu as chamadas? – ele perguntou mais calmo.

— Porque eu não queria – eu respondi.

— Annabeth – ele suspirou penteando o moicano e me olhando – pare de ser assim.

— Pare você de ser assim, só me esquece droga! – eu resmunguei puxando de novo o meu pulso, me soltando do seu aperto. Porém, o seu corpo se encostou no meu e as suas mãos agarraram os meus braços

— Quando você vai perceber que não dá para esquecer você? – ele encostou o seu rosto junto do meu – Quando? Quando você vai entender que eu não quero você longe?

Eu não consigo descrever o estado de Percy Jackson nesse paragrafo.

Eu não conseguir descrever o quanto seus olhos estavam brilhantes e intensos a as suas respirações descontroladas e afoitas por entre a sua garganta. Eu não consigo descrever o quanto seu maxilar enrijecia a cada segundo as suas sobrancelhas se uniram num arco perfeito enquanto ele me encarava e as suas mãos continuavam me prendendo.

Eu não conseguia descrever o quanto próximos os seus lábios estavam dos meus e o sabor do ar que provinha dos seus pulmões.

— Pare ok? – ele murmurou num tom rude – Pare de me manter afastado quando o que eu mais quero é estar próximo de você Annabeth.

… não. Não de novo.

Come on, baby,
don't let it break your heart

— Não faça isso Percy – eu murmurei num tom frio – não faça.

— Mas não faço oque Annabeth? – as suas mãos tremeram ao redor dos meus braços. O seu maxilar enrijeceu pela quinquagésima vez e os olhos se mantiveram fixos como uma arma mirando o alvo. – Fala comigo porra!

— Não faça eu me sentir especial para você – eu tentei empurra-lo, porém ele era mais forte se colando ainda mais em mim.

— Mas você é! Você é Anna!

— Então se sou porque você me afasta? – eu explodi. Eu estava irritada, triste, machucada. Tudo isso por causa desse traste – Porque você sempre me chega para trás quanto eu mais quero é...

Eu não tinha coragem de falar isso.

Eu não queria me humilhar mais do havia me humilhado naquela tarde em sua casa.

— O que você quer Annabeth? – ele me olhou sério. Os seus dedos relaxaram por um segundo e a sua respiração abrandou paciente.  – Me diz por favor!

— Me deixa em paz… por favor Percy. – eu murmurei baixando o meu rosto de novo.

Naquele momento eu me arrependi de tudo.

Daquela sessão de filmes.

Das mensagens trocadas.

Dos almoços passados.

... eu me arrependi de estar apaixonada por Percy Jackson.

E me arrependi muito mais do que fiz no momento a seguir.

Segurei o seu pescoço o puxando contra mim, enquanto sentia os seus lábios se encostando aos meus de forma abrupta. Eu sabia que depois disso ele iria me afastar e me olhar daquela forma que ele sempre olhava.

Mas isso não aconteceu.


When you're tired of aiming your arrows
Still you never hit the mark

Ele não me afastou. A suas mãos agarram o meu rosto, indo ao encontro do meu aperto. Os seus dedos seguraram o meu maxilar enquanto a sua língua se movia contra a minha num mover de lábios que me fazia desejar nunca acordar.

Eu senti ele sorrir. As suas mãos desciam para a minha cintura me abraçando enquanto os lábios deslizaram para o meu pescoço e ali permaneceram durante leves segundos.

— Annabeth? – ele chamou ao fim de um tempo…

— Sim? - eu sussurrei, sentindo o seu rosto descansar sobre os meus cabelos, tombando na curva do meu pescoço.

— Você é tudo o que eu quero também…


Even in your rains and shadows
Still we're never going to part


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