You Only Live Twice escrita por Szin


Capítulo 6
One life for yourself one for your dream


Notas iniciais do capítulo

TERMINEI
FINALMENTE. FIM DA HISTORIA GENTE ♥
Feliz ano novo!!!! eu queria postar mais cedo mas n deu :( terminei finalmente essa fic que eu amei de coração escrever ♥

obrigado especial à liids que tah aguardando atte agr que eu poste isso
e obrigado a td o mundo que nunca desistiu dela ♥

VCS SO VIVEM DUAS VEZES ♥



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Nós estávamos a poucos metros da fila.

Nico conversava ao celular enquanto Thália verificava pela terceira vez os ingressos em sua mão. Percy estava do meu lado, o seu braço rodeava os meus ombros enquanto eu mandava uma mensagem para a minha mãe avisando que havia chegado em segurança e que estava tudo bem.

Mesmo sabendo que ela iria perguntar o mesmo daqui a 15 minutos.

— Sua mãe de novo? – Percy perguntou como se pudesse ler a minha mente. Eu olhei pra ele sorrindo enquanto colocava meu celular de volta no bolso da jaqueta azul que havia levado.

Eu não queria que me roubassem o celular. (pequena observação: já aconteceu)

— Ela está preocupada – eu respondi, enquanto puxava o zíper prateado até ao pescoço.

— Você está com frio? – Percy olhou pra mim – Se você quiser eu vou pegar meu casaco ao carro do Nico.

Eu sorri. Ainda nem conseguia acreditar que isso estava realmente acontecendo.

— Relaxa eu tô bem – os meus dedos alcançaram os dele, entrelaçando sua mão na minha – Lá dentro nem vai estar tanto frio assim.

— Verdade – ele sorriu pra mim, beijando os meus cabelos. Os meus braços o rodearam e beijaram cuidadosamente o seu rosto. Ele gargalhou baixinho.

— Que foi? – a minha pergunta saiu abafada pelo moletom escuro que ele usava.

O seu cabelo estava mais bagunçado que o normal, talvez devido ao vento. Para além do moletom preto que tinha vestido, usava também uma calça justa e sem rasgos que condizia perfeitamente com all star preto que ele havia recebido como presente de aniversário semana antes.

— E pensar que sua mãe queria vir junto - ele riu mais alto – Ela está com medo que você não chegue a casa inteira.

— É minha primeira vez saindo da cidade – eu estava rindo também – minha mãe só está com medo que eu me machuque.

— Você está comigo Annabeth, nada vai acontecer com você. – Ele prometeu baixinho.

— Minha mãe não entende isso Percy – eu olhei para a fila enorme à nossa frente – eu só espero que isso não demore.

— Estamos quase, quase – ele falou para mim acenando para. Nico que mantinha o celular encostado ao ouvido. Ele acenou de volta sorrindo. – Espero que eles não se percam da gente.

 

Vocês devem estar se perguntando “Hey, espera, mas vocês estão onde mesmo?”

Eu respondo com todo o prazer caro leitor. Bem no centro de Nova York, do lado de fora do estádio onde aquela banda vai tocar daqui a precisamente 15 minutos e 37 segundos.

E tudo o que eu queria era ficar bem lá na frente com esperança que Chris Martin me notasse no meio de todos.

 

A gente estava namorando.

Oficialmente e com todas as letrinhas perfeitamente encaixadas nessa mesma frase.

Foi confuso? Um pouco…

Depois daquela tarde, Percy se ofereceu pra me levar até casa, não sem antes se despedir de Rachel que acabou ficando sozinha dentro do pub. Eu nunca tinha visto tanto ódio em um olhar só, acreditem.

Mas nem isso foi capaz de tirar meu sorriso naquela tarde. Nada mesmo.

O dia seguinte foi uma bagunça. Talvez porque nós mesmos o tornámos desse jeito.

Eu estava descendo a rua como fazia todas as manhãs. Mamãe e Painho haviam acabado de sair e  eu estava indo pegar o ónibus como sempre. Havia começado a clarear com os primeiros raios do dia e um frio de morte já se fazia sentir entre as minhas mãos.

E eu estava nervosa. Tanto quanto possível.

Percy e eu não trocámos nenhuma palavra sobre o que aconteceu.

E tendo em conta o historial de “chega para trás” de Percy Jackson eu estava com receio de o fazer. Mas era demais.

Ele era demais.

O jeito que ele me fazia sorrir, quer fosse por mensagens ou ele mesmo conversando comigo.

O jeito que ele me deixava com saudade mesmo eu tendo passado quase 4 horas com ele no dia anterior.

O jeito que Percy Jackson era Percy Jackson do meu lado.

E de novo, tudo o que eu pensava, era se o historial de “chega para trás” de Percy Jackson voltasse a aumentar.

— Bom dia – uma voz conhecida me soou ao ouvido. Percy Jackson se postou do meu lado com um sorriso sapeca no rosto e um olhar cansado por conta do sono. Eu quase dei um pulo do susto que havia tomado, se não fosse seu braço pesando sobre o meu ombro, me segurando.

— Bom dia – eu respondi simplesmente.

Talvez porque eu não queria gaguejar tanto quando meu corpo temia.

Mas eu não conseguia evitar um sorriso.

— Eu tive saudades de você – ele falou baixinho. Como Percy Jackson sempre fazia.

— Teve tantas assim? – eu tive a ousadia de rir.

Ele me olhou com a sobrancelha arqueada e o rosto sério.

Você está brincando com o fogo Annabeth.

Mas ele ignorou, continuando parado do meu lado. A sua mão pegou a minha num gesto calmo e um sorriso de lado apareceu bem ali, nos ladinhos da sua boca.

E que belos ladinhos, se me permitem dizer.

— Você está comigo né? – ele perguntou mordendo o lado de dentro da boca me olhando com suplicio.

Me perdoem a pausa mas só eu adoro essa palavra? “Suplicio”. É gostoso de se falar mesmo.

— Você dúvida? – eu perguntei tão baixinho quanto ele.

Ele sorriu, ficando mais perto.

A sua mão tocou em meu rosto. Estava tão fria quanto o vento que subia à rua e que insistia em me fazer tremer sempre que deixava alguma parte do corpo descoberta.

A minha mão viajou até ao seu pescoço puxando os cabelo negros do seu moicano. Eu quase podia sentir o seu corpo estremecendo.

— A gente vai perder o ónibus – ele riu baixinho aproximando o seu rosto da minha boca.

— Então a gente devia ir – eu pigarreei com um sorriso.

— Devia mesmo.

Eu fiz careta e me afastei.

— Então? - Ele me olhou confuso, resmungando. – Cadê meu beijo de bom dia?

— Mas eu já dei um bom dia – eu ri mais ainda descendo a rua enquanto ignorava Percy Jackson atrás de mim.

Chegamos cedo quando o ónibus parou na frente da escola. Durante a viagem, Percy acabou cochilando em meu ombro enquanto os animais (vulgo adolescentes que não sabem falar baixo) gritavam animados lá atrás.

Mano, como eles já têm tanta energia logo pela manhã?

Eu só queria voltar pra casa e me enfiar debaixo das cobertas por uma semana e meia.

— Percy? – eu chamei bainho. Ele sacudiu o rosto e se aninhou em mim tossindo um pouco. Eu voltei chamando ele dessa vez passando a mão seus cabelos – Chegamos.

— Ahn? – ele abriu os olhos correndo todos os assentos e parando em mim – Já?

— Ah ham – eu sorri mais ainda – você apagou.

Ele sorriu de novo encarando as nossas mãos. Eu nem havia notado que passamos a viagem de toda com os dedos entrelaçados em cima do meu colo.

— Eu apaguei mesmo. – Os seus olhos estavam mais despertos agora – Culpa sua.

— Minha?

— Você é muito confortável sabia Chase? – ele sorriu enquanto levantámos.

Ajeitei a gola do meu casaco branco enquanto guardava minha carteira na minha mala. Percy desceu a pequena escadinha atrás de mim enquanto bagunçava os cabelos negros pegando em seu fone.

— Hey – ele pegou na minha mão quando estávamos caminhando junto do portão. Notei que dona Amélia, a moça da portaria me olhou confusa quando me viu de mão dada com Percy Jackson.

Era como se eu conseguisse ouvir seus pensamentos

“Outra alma perdida”

“Que deceção”

Mas eu não ligava.

Eu sabia como era Percy Jackson e sabia que ele não era como o mundo o pintava.

Eu o conhecia tão bem e sentia orgulho disso.

E mais… eu me sentia feliz do meu jeito.

A mão de Percy continuou segurando minha mão. – Bora tomar um café?

— Mas as aulas-

— Ainda faltam 20 minutos – ele encolheu os ombros sorridente enquanto me puxava para junto dele – a gente pode fazer muita coisa em 20 minutos.

Eu cedi.

Não porque ele pediu. Mas sim porque eu queria. Queria estar com ele tanto quanto ele queria estar comigo. Fomos ao café mais próximo. Era só descer a rua que já demos com ele aberto logo pelas 8 horas. Percy abriu a porta para a mim e nos sentámos na mesa mais próxima. A moça do balcão olhou para a gente e suspirou cansada.

“Mais um dia de trabalho” – eu quase ouvi ela falar. Quase.

— O que vocês querem? -ela perguntou rapidamente. Retirou o bloquinho do bolso do avental e sorriu pra gente enquanto penteava a franja do seu cabelo escuro.

— Dois cafés – Percy pediu, porém me olhou atento – você quer mais alguma coisa?

Eu corei envergonhada e olhei pra moça.

— Pastel de belém tem? – eu ouvi Percy rir baixinho.

— Temos sim – ela apontou olhando pra Percy – e você moço?

Os seus olhos se fixaram em Percy e um pequeno sorriso cresceu ali.

— Pode ser um também – Percy pediu ainda com os olhos postos em mim.

A moça anotou tudo e deu mais um sorriso

— Certeza que não quer mais nada? - ela encarou Percy mordendo o lábio.

…. Sério isso?

— Estamos bem – a resposta soou ligeiramente rude, porém ele rapidamente se recompôs – obrigado.

Ela se afastou nos deixando sozinhos.

Só nos dois.

— Você e seus pasteis de Belém – ele riu de mim arrumando o fone dentro do bolso. Ele estava especialmente bonito hoje. Sua jaqueta escura o protegia do frio de Inverno enquanto por dentro, um moletom, também preto, estava marcado com o refrão da musica que ambos conhecíamos.

We Live In a Beautiful World.

— Nem vem – eu falei fazendo sinal com a mão para que ele parasse – não enche o saco.

— Eu não estou fazendo nada – ele riu mais ainda, apoiando o rosto sobre a mão.

— Ah ham pois – resmunguei.  

Eu estava tão feliz. Tão feliz mesmo.

— Annabeth? – ele me chamou ao fim de uns segundos. Levantei o rosto para ele sentido a sua mão alcançar a minha por cima da mesa. Os seus olhos verdes pararam em mim e a sua boca vermelha murmurou gentilmente.

— Eu também estou com você.

E eu respondi com toda a segurança que encontrei.

— Eu sei…

Como prometido, chegámos na escola a tempo. Percy foi todo o caminho em silêncio de mão dada comigo. E eu me sentia estupidamente segura do seu lado. Eu esperava que ele me largasse quando entrássemos pela escola.

Mas não aconteceu.

Foi todo o caminho segurando minha mão. Só quando passamos o barzinho ele me olhou e abraçou os meus ombros. Eu estava tão vermelha e envergonhada que tudo o que fiz foi baixar o rosto quando alguém se lembrava de olhar pra gente. Percy não se importava. Ou então fingia não se importar.

— Preciso ir no meu armário – eu falei puxando ele na direção contrária.

— Vejo você depois? – ele perguntou ouvindo a campainha tocar. Na sua mão direita segurava o Livro de Física, enquanto a outra se mantinha presa na minha.

Infelizmente a gente não ia ter aulas juntos hoje.

E eu quase podia ouvir a humanidade gritando “CHORA VAI”.

— Mais tarde eu vou ter Esporte Percy – eu lamentei. Ele fez beicinho mas sorriu.

Era tão bom ver esse seu lado.

As pessoas passavam por nós. Umas nos ignorando outras nem tanto assim, mas sinceramente, eu não ligava, não mais.

Percy me deu um beijo discreto. Acho que ele também não queria chamar mais as atenções. Mais do que agora.

— Hey Annabeth! – Leo Valdez, meu colega de carteira de Economia se aproximou sorridente – Trouxe o projeto?

— Está aqui – eu apontei pro meu armário ele fez um joinha tentando se afastar da multidão de alunos que circulavam pelo corredor, tentando chegar à sua sala – Beleza então! eu vou andando sim? Tchau aí Jackson!

Percy acenou com o rosto sorrindo pra mim. A sua mão penteou uma das minhas mechas, enquanto carinhosamente beijou o meu rosto. Eu estava tão focada nele que nem notei uma segunda interrupção.

Que, nesse caso aqui, tem cabelos grisalhos, uma gravata roxa e uns óculos retangulares.

— É bom ver que estamos produtivos hoje hein senhor Jackson? – Professor Xavier se postou do nosso lado ajeitando os óculos sobre a cana do seu nariz.

— Professor – Percy me soltou do seu aperto o encarando.

A essa altura eu estava mais corada que Percy.

— Você vai entrar ou não? – ele perguntou apontando para a porta da sua sala já aberta – Ou quer que eu espere pelo senhor? Eu não me importo.

Percy teve a ousadia de rir. As suas mãos me soltaram e ele pegou na sua mochila a colocando sobre o ombro – Que é isso professor? Longe de mim ocupar o senhor.

Eu quase notei um sorriso no rosto cansado de Xavier. Percy seguiu andando pra dentro da sala seguido pelo mais velho que não resistiu em me encarar com um sorriso de “você acabou por ser corrompida hein?”

Mas eu não ligava.

Nada mesmo. Nadinha de nada.

Quando entrei, a professora Lorena já estava sentadinha no lugar escrevendo algo sobre o computador já ligado. Ela me olhou de cima a baixo enquanto colocava o óculos na ponta do nariz.

— Chegou atrasada Annabeth.

— Desculpe – eu falei me sentando ao lado de Mayara que já tinha tudo perfeitamente organizado em cima da mesa.

TOC era algo assustadoramente maravilhoso.

Dois dos seus cadernos estavam postos sobre a mesa, onde eu notei que várias post-its coloridos saiam pela aba de folhas brancas. O estojo verde estava no canto superior direito ao lado da sua agenda e claro, do livro da disciplina. 3 canetas – uma preta e duas azuis – estavam dispostas ao lado da borracha e do seu apontador azul. E por fim o seu lápis, perfeitamente alinhando com seu corretor e sua canetinha de sublinhar.

Eu achava isso a coisa mais adorável do mundo.

Pena que, para Mayara, a coisa não era tão legal assim.

Eu conheci ela no ano passado. E junto comigo, ela própria também tinha uma quedinha por Percy Jackson (e não, eu não sentia ciúmes disso). A gente sentava junto em 3 aulas durante a semana, e eu me lembro da primeira vez que gente se sentou juntas.

Foi numa segunda feira. Estava frio lá fora e ela havia chegado primeiro como sempre. Ela tinha seus cabelos presos no coque desarrumado e seu óculos estava tão limpinho que eu quase senti nojo de mim por não saber limpar os meus. Ao seu lado, seu habitual copinho do Starbucks com café estava pela metade e ela estava sempre tão focada nas coisas que eu quase achei ela estranha.

Mas depois eu percebi o porquê.

Bastou uma aula apenas para ver que algo não estava bem com ela. A primeira vez foi quando eu, sem querer, misturei seus lápis e suas canetas. Ela falou que estava tudo bem, mas arrumou tudinho o mais rápido possível como se estivesse com agonia de algo. A segunda, foi no meio da aula. Ela estava sussurrando algo que, mais tarde, me apercebi ser números. Não tardou para entender que ela estava contando quantas vezes o ventilador rodava e rodava e rodava e… enfim. A terceira foi no final. A Professora pediu que ela fosse arrumar algo no armário escolar, porém como já estava tocando eu arrumei tudinho na sua mochila.

Quando ela chegou ela me olhou com estranheza e retirou tudo o que eu havia arrumado apenas para arrumar de novo do seu jeitinho e forma certa. Mayara tinha TOC e eu aprendi a conviver com isso.

Mayara também tinha bom gosto.

Ela assistia Doctor Who todos os dias no metô quando ia e vinha de sua casa. Ela lia tão ou mais que eu, e pelo que sei ela escrevia fanfics na internet (porém ela nunca me deixou ler nenhuma). Nós não passávamos muito tempo juntas, visto que ela tinha suas amigas e eu as minhas, porém, ela se dava bem com Thália e com Nico. Tinha vezes que ela se pegava no celular e ficava rindo, mais tarde ela me explicou que tinha um amigo de muito longe que morava em outro país e que os dois se conheceram devido às fanfics. Ela fala com ele até hoje e pelo que me conta, parece ser gente boa mesmo.

Eu me sentei do seu lado como toda a quinta feira. Ela olhou pra mim e sorriu piscando o olho. Ela tinha um sorriso meigo também. Tanto quanto o de Percy.

— Bom dia – ela sorriu pra mim arrumando o celular.

— Bom dia May – eu respondi retirando meu livro e minhas coisas.

Ela me olhou, mas dessa vez, o seu sorriso era diferente.

— Que foi? Tenho hálito? – automaticamente eu levei a mão a boca.

Ela riu folheando as páginas do seu livro.

— Nada. Não liga – ela conteve de novo o sorriso.

Deviam ver essa menina rindo no WhatsApp. Ela parece estar batendo com a cara no teclado de tantos hsjshshdh que mandava. Mayara melhor pessoa.

Estou devendo um pudim pra ela ainda.

— Que foi May? – eu perguntei de novo.

— Você não vai contar pra mim? – ela me deu outro sorrisinho.

Parecia até “aquela carinha” que circula no Twitter.

Eu nunca consigo fazer ela direito.

— Contar o quê?

— Ah vai catar coquinho Annabeth! – ela me deu uma tapa suave sobre o braço – eu vi você e o Percy hoje mesmo no cafezinho da esquina.

“vai catar coquinho” quem usa isso ainda?

Aparentemente Mayara. Eu costumava falar que ela era uma idosa presa num corpo de adolescente. E ela era. Com certeza que era.

Eu sorri envergonhada.

— Ah isso.

— Ah isso né? Parece que vou ter que arranjar outro crush para mim – ela suspirou dando falso ar de deceção – parece que você já ficou com ele.

— Não fala isso! Eu não fiquei com ninguém.

Ata— ela sorriu mais ainda voltando a piscar pra mim – Fico feliz por você...

 

Durante o Show nós ficamos bem lá frente junto da grade. Percy se postou atrás de mim ao lado de Nico Di’Angêlo enquanto Thália se mantinha agarrada a ele. Chris Martin seguiu entrando enquanto toda a multidão (incluindo eu) aplaudia. A gente pulava, gritava e cantávamos juntos sem nem ao mesmo pararmos uma única vez.

Eu me sentia no paraíso.

A meio do Show, Percy comprou uma cola e três cervejas para todos, e quando chegou aquela musica, Percy Jackson me segurou por debaixo dele, me colocando em seus ombros. Eu sorri, cantando ainda mais alto acenando para Chris Martin que acabou por tocar em minha mão sorridente.

Repito: Eu estava no paraíso.

 

— Você podia vir comigo – Percy pegou na minha mão. As suas mãos estavam cobertas pelo moletom e os cabelos molhados por conta da chuva que havia pegado na vinda para cá. Nós estávamos sentados numa das mesas da cafetaria quase vazia. Eu me mantinha em seu colo enquanto os seus braços me rodeavam impedindo de sair.

Não que eu saísse, mas enfim.

— Você acha? -  Eu perguntei puxando as mangas o imitando. Ele sorriu para mim e beijou meu rosto.

Ele estava tão feliz. Tanto quanto eu.

— Você não? – aquela sobrancelha perfeita se arqueou pela décima vez naquele dia.

— Eu não sei -  a voz quase falhou naquela resposta. Eu quase podia sentir o sangue circulando nas minhas bochechas.

Ele sorriu.

— Você só vai conhecer minha mãe, não a rainha de Inglaterra Annabeth – ele falou num tom tão desbochado que eu me senti a garota mais idiota na fase da terra.

Relaxa, você só vai conhecer sua sogra!

A sua mão tocou no meu rosto e ele murmurou gentil.

— Você não precisa de ter medo.

E eu sabia que não.

Eu já havia conhecido a mãe de Percy das reuniões escolares e das festas da cidade. Ela sempre ficava servindo as suas tartes de morango na feira de Junho juntamente com seus queques no 5 de Maio.

Ela era sorridente. Mais que alguma fez pensei que fosse.

Ela tinha uma voz doce com um olhar carinhoso.

Então porque eu estava com medo?

— Eu tenho medo – eu falei baixinho.

Percy me encarou confuso.

— Medo de quê?

— Sei lá, acho que é vergonha – eu admiti sentindo o meu rosto esquentar tanto quanto as tartes de sua mãe. Ele sorriu de novo para mim. Mais que alguma vez pensei que fosse.

— Você não precisa – os seus dedos roçaram contra a minha bochecha enquanto eu passava as mãos sobre o seu moicano bagunçando. – Vai dar tudo certo.

— Eu sei.

 

E deu… Sally Jackson era a melhor sogra do mundo.

Pena que não se podia dizer o mesmo do marido.

 

Eram 9 da noite.

Eu sei disso porque painho estava assistindo a sua novela preferida do horário nobre. Ele estava vestindo uma calça de treino e uma camiseta escura das antigas. Ele ajeitava o óculos pela décima vez encarando a Tv enquanto Yoda se mantinha do seu lado na qual ele acariciava sem nem olhar.

Painho adorava Yoda tanto quanto eu.

— Você não está prestando atenção na novela Annabeth – ele comentou sem nem desviar os olhos da TV.

Eu realmente não estava. Percy havia me mandando mensagem naquele momento.

— Eu estou pai – eu falei teclando sobre a tela do celular.

— Ah ham tô vendo – ele olhou para mim e sorriu – arranja namorado e já nem assiste novelas com seu pai.

Eu o encarei sorrindo também – Isso não é verdade.

Ele olhou para mim e fez um bico  - Você já nem liga ao velho do seu pai não é Annabeth? Agora arranjou um namorado aí, como você falam hoje em dia mesmo? – ele tocou sobre o seu queixo encarando o teto – Ah! Um Boy! É isso que chamam agora não é?

Eu ri correndo para o sofá e saltando para junto dele. Yoda pulou assustado correndo pela casa e nós rimos.

— Eu sempre vou assistir novelas com você pai – eu o abracei.

Meu pai era meu melhor amigo. Ou um deles mesmo.

— Acho bem hm? – ele sorriu para mim e afagou os meus cabelos – Como vão as coisas com o Percy?

Meu pai gostava de Percy. Mais do que achei que gostaria.

Eles se conheceram quando Percy me veio buscar para o cinema de domingo. Painho estendeu a mão para ele, conversou com ele e sorriu (ao contrário da minha mãe que ficou quieta na cozinha sem nem aparecer uma vez). Meu pai chegou fazendo piadinha em frente a Percy Jackson.

— Vão bem – eu fui sincera. Eu estava feliz, mais do que alguma achei que estivesse.

— Ele é um bom garoto – ele sorriu encarando a Tv – Pena que sua mãe não partilhe a mesma opinião que eu.

— E não partilho – a voz da minha mãe se fez soar atrás de nós. Meu pai deu um sorrisinho divertido e eu fiz o mesmo. Era hilário ver as picardias entre minha mãe e Percy.

Minha mãe criticava. Percy ignorava.

Minha mãe comentava. Percy ignorava.

Minha mãe gritava. Percy? Continuava ignorando.

Percy irritava minha mãe não fazendo nada mesmo.

 

— Frederick – minha mãe olhou para o meu pai com uma expressão severa.

— Sim querida? – painho se recompôs olhando também para ela.

— Hoje é quarta feira – ela falou cruzando os braços.

Meu pai franziu o senho a encarando. Ele estava tão confuso quanto eu.

— Você não esqueceu de nada não? – ela arrastou a voz num falso tom carinhoso – como colocar o lixo no contentor?

— Ah tem que ser hoje? Eu estou casado querida – meu pai se relaxou sobre o sofá.

E realmente estava.

Ele mal havia dormido 6 horas essa semana.

Minha mãe suspirou – Deixe eu vou lá.

— Não precisa – eu rapidamente me pus de pé – eu vou, podem ir dormir.

— Certeza? – minha mãe me olhou ajustando a franja loira que caia pela minha testa.

— Podem ir.

Ela sorriu beijando minha testa – Eu tenho a melhor filha do mundo.

— E o melhor genro não? – eu falei quando ela se preparava para subir as escadas. Meu pai riu tão alto quanto podia e minha mãe me encarou furiosa.

— Não abuse Annabeth, pela sua saúde.  – ela reclamou. Meu pai levantou a puxando pelas escadas enquanto Athena Chase reclamava do quão insolente eu estava sendo e que isso era influência daquele garoto.

Eu já sentia o desprezo da minha mãe só pensando em Percy Jackson.

Quando peguei os sacos coloridos da cozinha coloquei meu celular no bolso e meu fone no ouvido. A playlist já estava pelo meio quando botei no play.

Vesti um dos casacos de minha mãe e saí na rua. Não estava tanto frio quanto pensei que estivesse.

Desci a calçada cantando baixinho.

Eu só queria deitar na cama e dormir de tão cansada que estava. Os contentores estavam ao final da rua mesmo ao pé da casa de Percy. E tal como a escola manda, fiz a distribuição certinha como o ambiente gosta.  Separei as garrafas e o plástico e por fim o metal. Em menos de 5 minutos os sacos estavam vazios e eu estava pronta para ir embora.

Se não fosse pelo que sucedeu a seguir.

Eu primeiro nem ouvi. Juro que não.

Pareciam até que estavam chamando um cavalo.

— Oh! – alguém gritou. Eu tive que tirar o fone para ver quem estava gritando daquele jeito a essa hora da noite. – Moça!

Meus olhos pararam no muro.

Mais precisamente no muro onde Gabe, o padrasto de Percy, estava sentado. Segurava uma garrafa vazia em sua mão esquerda, enquanto se tentava apoiar na direita tentando não cair. Vestia uma camiseta branca com nódoas de gordura enquanto soluçava de tanto álcool que havia bebido.

Eu o olhei.

— É você é – ele gritou para mim caminhando desajeitadamente até mim. Eu recuei – É você que anda piorando aquele garoto.

Ele nem a 3 metros de mim estava eu já conseguia sentir o cheiro.

— É você que anda piorando aquele inútil – ele soluçou de novo e colocou a garrafa vazia aos lábios.

Eu me afastei, mas ele gritou de novo.

— Não vire as costas para mim imunda – ele atirou a garrafa sobre o asfalto quebrando-a em mil pedaços. Eu estava enojadamente assustada. Ele cambaleou de novo até mim.

Eu estava prestes a gritar quando uma silhueta se atravessou na minha frente.

— Vá para dentro Gabe – Percy falou calmamente. Como se estivesse pedindo.

— Você não me dá ordens sua aburração – ele cambaleou de novo cuspindo cada palavra.  Ele avançou um passo na nossa direção e Percy se postou bem na sua frente.

— Vai. Para. Dentro – as palavras de Percy soaram com tanta frieza que pareciam facas cortando.

Gabe o olhou. Lambeu os lábios com um sorriso desbochado nos lábios.

— Vai me bater Percy?

Ele não respondeu.

— Vai me bater? – Gabe olhou para mim – seja homem, defenda sua cadelinha e m-

Ele não terminou a frase.

Percy lhe acertou com um soco tão forte que Gabe acabou caindo no chão sem nem revidar. Agarrei no braço dele o olhando. O maxilar estava preso e o punho ainda estava fechado com tanta força que os nós das suas mãos estavam brancos.

Ele estava tremendo.

— Percy…

— Vai para casa – ele murmurou se afastando.

— Mas-

Eu estava com medo. Por mim e por ele.

— Tá tudo bem – ele me olhou se ajoelhando ao lado de Gabe – ele nem vai lembrar. Nunca lembra.

— E-

— Amanhã a gente fala Annabeth – ele se apressou pegando no braço de Gabe o colocando em volta do seu pescoço, o levando do chão ainda inconsciente.

— Você fica bem? – eu perguntei ainda tremendo.

— Sim, não se preocupe…. A amanhã a gente fala – prometeu baixinho enquanto arrastava o corpo gordo de Gabe de volta para casa.

 

A musica mudou.

Chris Martin agora caminhou para o centro do palco e as luzes se apagaram deixando apenas um feixe de luz azul iluminando a banda. Percy me desceu dos seus ombros assim que ouviu as primeiras notas serem tocadas.

Era aquela musica. Daquele álbum que Percy me havia dado.

E mais… era nossa musica preferida.

De todos nós…

 

— Porque ele fica me encarando? – Nico perguntou olhando para Yoda que estava sentando sobre a grana com os olhos fixos no garoto sentado sobre a mesa do parque.

Era sábado e estava bem quente para desespero de Nico. A gente havia combinado se encontrar no parque todos juntos e claro, eu levei Yoda comigo.

Esse frouxo havia ficado mais de uma semana comendo e dormindo que minha mãe praticamente me obrigou a trazer ele para todo o sítio que eu fosse.

Só faça ele se mexer Annabeth! Qualquer dia você tem um salame como animal de estimação! – minha mãe falou pra mim.

Tudo bem que Yoda era meu cão. Mas ela podia passear ele não? Afinal, se servia para aquecer os seus pés quando ela ficava assistindo Downton Abbey também servia para o resto certo?

Errado.

Minha mãe gostava de Yoda, mas não gostava de cuidar dele.

Ele me dá arrepios Annabeth – ela disse uma vez quando pedi que massajasse sua barriga pois o coitado havia comido algo do jardim dos vizinhos que acabou por agonia-lo. Doutor Francis – o veterinário francês que ficava fazendo piadinha com Yoda – nos contou que o pobrezinho havia pegado uma indigestão e que muito possivelmente teríamos que fazer uma lavagem ao estômago do cachorro.

Felizmente isso não aconteceu.

Ele acabou por vomitar no carpete e minha mãe ficou pistola.

Sr. Francis passou dois remédios e aconselhou muitas massagens na barriga. E infelizmente nessa altura eu estava em semana de provas e painho ainda não havia chegado.

Resultado? Minha mãe estava de férias e era a única que podia ficar tomando conta dele.

Mas ela não queria.

—Mãe! – eu a chamei pegando em Yoda suspirando – ele é só um cachorro!

— Mas ele tem rugas! – ela se queixou fazendo careta. Eu adorava ver minha mãe fazendo caretas, porém, esse não era o caso – Me dá agonia ficar tocando nele!

— Ai mãe! – eu resmunguei – A senhora também vai ficar velha e enrugada e não é por isso que eu vou deixar de tomar conta de você.

Minha mãe arregalou os olhos e dilatou as narinas. Eu quase imaginei ela deitando fogo pela a boca. Quase.

— Retire já o que falou Annabeth! – ela ajeitou os óculos se levantando.

Eu suspirei já cansada. Eu teria uma prova pela manhã e precisava estudar.

— Ele é seu cão também – respondi entregando Yoda para ela  e subindo rapidamente as escadas ignorando os protestos que Athena Chase fazia favor de gritar.

Podia falar que a relação entre minha mãe e meu cachorro progrediu. Mas seria mentira.  Athena continuava o achando a coisa mais feia do mundo e Yoda não dava a mínima para ela.

Na verdade, acho que ele não dava a mínima para ninguém mesmo.

Pelo menos era isso que eu pensava antes de levar Percy Jackson lá a casa.

Vocês vão entender porquê mais na frente.

— Annabeth ele não tira os olhos de mim – Nico desviou os olhos tentando não olhar para Yoda que mantinha seu olhar preso a ele como se enxergasse um frango frito no lugar de Nico.

Ou um ET.

Eu não faço a mínima.

— Eu acho que ele está tentando te conhecer – eu encolhi os ombros também olhando para ele.

— Isso é quando eles te cheiram não quando te olham – Nico resmungou com o capuz da camiseta sobre os seus cabelos.

A alergia não estava pegando leve com ele.
Felizmente a gente havia pegado a mesa sobre a sombra dos carvalhos. Eu sabia o quanto o sol irritava Nico. Literalmente mesmo.

— Talvez ele te ache estranho – eu admiti.

Na verdade, ele nunca havia feito aquilo com ninguém. Na maioria das vezes Yoda olhava, se virava a bunda e voltava a se deitar como se nada fosse.

Com Nico não. Nós estávamos à quase 15 minutos ali e Yoda não havia desviado nem uma vez os olhos de Nico. Era como se dentro da sua cabeça ele estivesse falando algo como “Hey que raio de humano é você? Está sol criatura tira o capuz”.

Ou então, algo mais provável ainda.

“O lado negro sinto em você”

Yoda era um mestre sábio.

Cada vez acredito mais nisso, podem apostar.

— Hey! – Thália Grace acenou para a gente. Percy vinha logo do seu lado caminhando. Tal como Nico, Thália se sentou sobre a mesa, Percy por outro lado se sentou sobre a grana, e foi nesse momento que Yoda levantou as orelhas e correu para o seu colo.

— Hey amigão! – Percy sorriu acariciando suas orelhas.

— Como você se dá com ele – Nico, assim como minha mãe, fez careta olhando para Yoda que sacudia a língua feliz da vida – essa coisa é horrorosa.

— Ah é fácil – Percy deu um sorriso de lado pegando em Yoda o virando para Nico – ele é a sua cara.

Nico resmungou enquanto nós caímos na gargalhada.

Como sempre acontecia quando estávamos juntos…

 

Os seus braços rodearam a minha cintura e cantámos baixinhos junto com todos. Eu olhei para Percy, ele fechou os olhos como se estivesse meditando. Eu o imitei.


And though you might be gone 
And the world may not know 
Still I see you celestial


A sua boca murmurava baixinho a letra e o seu corpo estava quente. Eu me aninhei sobre ele, e junto dele, cantei também. Chris Martin avançou até ao piano, agora também iluminado, ele pousou o microfone sobre o suporte em cima do teclado e voltou cantando. Dessa vez, mais ameno e profundo.

Tal como Percy Jackson.

Vários lanternas de celular dançavam na escuridão. Thália estava agora abraçada a Nico enquanto os dois sorriam cantando baixinho.

Eu sorri.

Nós estávamos bem agora. Todos nós.

Chris Martin acenou para a gente. Ele pegou no microfone gritou “Vamos, todos juntos”. E nós obedecemos cantando o mais alto que podíamos…


But when I'm cold, cold 
When I'm cold, cold 
There's a light that you give me 
When I'm in shadow 
There's a feeling you give me, an everglow


— Você está quentinha – ele murmurou ainda deitado sobre a cama. Eu não respondi ainda ouvindo a musica que estava tocando no leitor de Cds do seu quarto. Eu olhava. Ele estava de olhos fechados e o cabelo estava inclinado para a esquerda. O seu braço direito rodava a minha cintura enquanto a mão esquerda alisava a minha coluna por debaixo da sua camiseta que eu havia vestido há poucos minutos atrás.

— Não quero sair daqui – eu murmurei beijando o seu ombro descoberto. Ele abriu olhos me encarando.

 Eu me sentia tão confortável.

A covinha esquerda se elevou e um sorrisinho de lado apareceu ali.

O meu sorrisinho de lado.

— Eu também não – ele murmurou penteando agora as mechas do meu cabelo. Os seus olhos correram o quarto.

Primeiro observou a porta fechada.

Depois as roupas espalhadas sobre o chão.

E por fim, o meu braço ao redor dele na qual as nossas mãos estavam entrelaçadas.

O seu corpo se remexeu escorregou para cima de mim. A sua boca se encostou na minha e ele gentilmente acariciou o meu corpo. A sua respiração lenta embatia contra a minha e eu o abracei o mais que pude. Eu sentia o calor das suas costas contra os meus dedos.

— Você é a melhor – ele murmurou quando os seus lábios se afastaram dos meus.

Eu podia jurar que eu nunca havia visto os seus olhos tão brilhantes como naquele momento. Eu beijei o seu pescoço e ele gemeu baixinho. – Se isso for um sonho – ele continuou pausadamente – não me acorda nunca.

Eu beijei o seu maxilar.

— Não é – prometi – não é não.

Ele soltou uma risada baixa e voltou a me beijar. O seu corpo caiu de volta em cima do meu e os seus braços me puxaram para mais perto.

— Como você sabe? – ele perguntou mergulhando rosto sobre os meus cabelos.

— Porque é real demais para ser um sonho – eu sussurrei.

Ele sorriu e pegou nas cobertas nos cobrindo de novo.

E mais perfeito também…

O show havia terminado.

As pessoas começaram saindo e Percy segurou minha mão. Eu consegui notar Thália e Nico bem lá frente junto de uma roulotte de cerveja.

— Foi um bom show- ele sorriu para mim.

— Foi um ótimo Show! – eu falei um pouco mais alto que o que gostaria.

Percy sorriu entrelaçando os nossos dedos. Estávamos caminhando até à saída quando sinto ele travar atrás de mim.

— Percy? – eu o olhei confusa – então?

— Você quer ir embora? – ele perguntou com um sorriso de lado e um olhar cansado.

— Não, mas-

— Então vem comigo – ele sacudiu os ombros invertendo a direção até à saída do outro lado do estádio junto da cidade. Ele corria me puxando pela rua enquanto descíamos até à praça de táxis que esperavam pacientemente os seus clientes

— Percy! Minha mãe vai me matar se eu não for para casa! – eu estava rindo.

Porque eu estava rindo?

— Não ouviu o que o Chris Martin falou? – ele apontou para o estádio já vazio com um sorriso marcando os seus lábios – Você só vive duas vezes lembra?


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Notas finais do capítulo

vamos rezar que Ed HSeeran e COdplay venham esse 2018 aki
eu espero mt mesmo!
ent eu vou começar tirando minha carteira de motorista ah seria!
vamos ver se consigo neh gente!!!

Obrigado Liids, por tudo msm ♥ espero que tenha gostado da homenagem!



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