Recomeçar escrita por Flower


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

E aí meus mel! Que saudade de vocês. Bom, eu disse que postaria todas as quartas-feiras, mas terça-feira à noite é quase quarta... Então, vamos ao capítulo. AH, eu amei os comentários de vocês e espero que esse capítulo possa alcançar as expectativas de vocês, obrigada.

Observações: Cosmopolitan - Drinque famoso pelo seriado 'Sex and the city’;
Kilauea - Vulcão localizado no Havaí.

Boa leitura!



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Oliver Queen

As luzes piscam concomitantemente, dando-nos certa claridade. A música alta vem do andar de cima, onde se encontra a pista de dança, e invade o andar de baixo se mesclando com as vozes que gritam com os barman’s por suas bebidas, enquanto que os mesmos exibem um verdadeiro show com garrafas de variedades de cores na preparação de um simples drink, posso dizer que esses caras poderiam ser considerados Van Gogh’s do álcool, pois seus drinks são verdadeiras obras de arte.      

Lá fora existem filas de espera intermináveis para entrar, como se estivéssemos no juízo final e a Verdant fosse o céu. Por mais que estivesse localizada em um bairro não tão sofisticado e até mesmo um pouco perigoso, o Glades deveria entrar para a história por nos proporcionar a melhor boate de Star City.

E aqui estamos nós, Tommy Merlyn e John Diggle são as melhores companhias que um homem pode ter, são meus melhores amigos, e juntos nós estamos curtindo a Noite dos caras. Essa noite tem lugar fixo em nosso calendário, é uma ordem que ela aconteça todas às sextas-feiras do mês, costuma ocorrer como um mantra que deve ser seguido à risca, porque uma semana sem a nossa noite é como se chupássemos bala com papel, ou é como se toda semana de um trabalho exaustivo não tivesse uma válvula de escape. É uma noite em que o álcool de forma moderada e mulheres, tornam-se o parque de diversão dos adultos.

Eu estou impecavelmente bem vestido, o terno Dolce & Cabana de tom grafite se alinha perfeitamente em meu corpo, e o meu perfume almiscarado é capaz de exalar a distâncias. Tommy e John não ficam atrás, suas roupas de grife também gritam bom gosto, e isso se torna um íman para a atração de mulheres.

Mas antes que eu continue contando como estou atualmente, preciso dizer a vocês que os tempos até chegarem aqui foram obscuros, poderia citar uma passagem bíblica que diz existir um vale da morte que se encaixaria perfeitamente a essa fase que vivi, em contrapartida, a minha falta de crença não me permite. E antes que vocês me usem como um teto de vidro e me apedrejem, eu tenho motivos sólidos para isso.

Porque esses últimos anos desde que perdi minha esposa, meus familiares e amigos foram a minha base, o chão, foram os responsáveis por me reconstruírem. Eles me ajudaram a participar de reuniões que eram organizadas por homens que também haviam perdido suas mulheres, não só durante o parto, mas sim em todas as situações da vida. Por meio de conselhos de amigos, obriguei-me a contratar um psicólogo particular que me ajudou a ver William como meu filho, sem rancor, pois infelizmente eu criei um bloqueio que me fazia renega-lo sempre que o via, porque ele tinha o nome que ela havia escolhido, porque olhos deles eram idênticos aos dela, e isso era muito doloroso. Eu sei o quanto fui egoísta e cego durante essa época, ainda mais com um ser ingênuo que não tinha culpa alguma do acontecido, mas o sentimento de raiva consumia meus sentidos, me cegando por completo. O apoio profissional e familiar depois de um tempo fez com que a negação ao meu filho fosse abstraída, meus olhos foram abertos, e pude perceber o quanto eu estava errado, o tamanho do erro que eu estava cometendo não sendo um pai presente para meu filho, e ser pai, é algo inexplicável, um sentimento extraordinário. Eu entendi que poderia ser pai, dando sempre o meu melhor, porque ele se tornara luz dos meus olhos e um dos motivos para prosseguir a minha vida, isso era totalmente compreensível. Porém a morte de Samantha não entrava em minha cabeça, nunca entraria. Mas as sessões com o meu psicólogo abriu minha cabeça para novos horizontes, fazendo-me nutrir força o suficiente para guardar todas as lembranças que me remetiam a ela dentro de uma caixa de aço inoxidável blindada em um dos lugares mais profundos de minha alma, um lugar que só ela havia conseguido chegar e que eu duvido que outra mulher poderia alcançar novamente. Assim, os tempos foram passando e ao decorrer de sua passagem, vi William crescer, entrar na sua primeira escolinha, dando-me orgulho de suas pequenas e simples conquistas. Também retomei meu trabalho nas Indústrias Queen Consolidated, como diretor executivo, e por mais que um dia eu tenha amado Samantha com todas as forças da minha vida, eu era homem, e depois de tanto tempo eu voltei a ser o mesmo Oliver Queen do passado, a única diferença é que agora eu tinha um dos empregos mais desejados de Star City, responsabilidade, perspectiva e, claro, eu era pai. Esses acontecimentos me trouxeram até aqui, e hoje posso dizer que sou feliz com o que conquistei, e estou aprendendo a lidar com o meu passado.

Sem mais delongas, chega de passado, vamos voltar ao que importa, onde estamos. Fiquem comigo, é só o que peço a vocês.

Tomo um gole de meu Dry Martini, enquanto permaneço a observar o local. — Impressão minha ou isso aqui está mais cheio do que costuma ser? — pergunto em voz alta para que Tommy a minha esquerda possa ouvir.

— Não me preocupo com isso, contanto que a maioria seja do sexo feminino e esteja aberta a novas aventuras. — ri, dando o gole final ao seu uísque.

— Falar em sexo feminino... Vocês estão vendo o que eu estou vendo? — pergunto ao direcionar meu olhar para o balcão repleto de pessoas alvoroçadas apoiadas sobre ele com suas comandas em mãos.

— Ela é linda! — diz John. — Mas não faz seu tipo, Oliver.

— Não faz meu tipo? Todas as mulheres fazem o meu tipo. E você, não está aberto para negócio John. — desvio meu olhar da mulher a apenas alguns metros de distância de onde estou e passo a observar Tommy. — Ela não faz seu tipo, Tommy. – rio.

— Todas as mulheres fazem o meu tipo. — me remenda de forma irônica.

— Tudo bem, mas ela não, hoje não. — volto a olhar a mulher que nos roubou a atenção. E ela é esplêndida, está trajando um belo vestido vermelho que se adequa perfeitamente às curvas de seu corpo, dando ênfase a sua bunda. Ele não é longo e nem curto, seu comprimento vai até a altura de seus joelhos. E o par de saltos altos da cor nude é capaz de me levar à loucura, imaginando-a nua somente com eles. — Senhores vocês me dão licença? — solto um sorriso singelo ao ouvir a compreensão de meus amigos e com passos rasos, alcanço a linda mulher e passo a apoiar meus braços sobre o balcão.

Mulheres adoram os mistérios da conquista, se você quer trilhar o caminho da alegria que te leva as suas calcinhas o segredo está na calma, na atitude e, claro, em um bom drink. Existem bebidas que parecem ser à base de ferormônio, capazes de levar qualquer mulher à loucura, e eu estou disposto a levar essa mulher aonde ela quiser ir comigo.

— Posso lhe oferecer uma bebida? — meu olhar procura por ela, seu cabelo loiro está solto com cachos não tão rebeldes caindo sobre seu ombro. Ela olha para ambos os lados como se procurasse por minha voz e por fim, volta a olhar para frente, ignorando-me. Limpo a garganta em um pigarreio e volto a pergunta-la. — Posso lhe oferecer uma bebida?

Ela volta a olhar para mim por cima de um dos ombros. — Desculpe você está falando comigo?

— Eu não falaria com nenhuma outra mulher esta noite a não ser você. — procuro um dos meus melhores sorrisos e o exponho.

— Infelizmente você chegou tarde demais, eu já pedi minha bebida. — observo as peras de suas bochechas corarem em um tom fortemente avermelhado enquanto ela acena para mim com sua comanda em mãos.

Observo o barman colocar um copo na direção da linda mulher e pegando a comanda de sua mão. — Eu não acredito. Soda. É isso que você vai beber em uma noite como essa? Com toda a certeza, eu sei de um drink que se encaixa perfeitamente em você!

— Verdade? Então você vai me oferecer um Cosmopolitan? — solta uma risada gostosa, apoiando seu queixo em sua mão em que o cotovelo continua apoiado sobre o balcão.

— Você não é uma dessas mulheres loucas em Sex and the City, não é? — arregalo meus olhos por certos segundos e termino com um breve sorriso, divertindo-me com sua risada engraçada.

— Você acaba de descobrir um de meus segredos. — ela levanta seu rosto novamente e acerta sua postura, rapidamente busca seu copo onde as bolhas de gás correm até sua superfície. — Eu tenho que ir, mas mesmo assim, obrigada por tentar me oferecer uma bebida.

— Eu ainda continuo acreditando que você está criando o oitavo pecado capital ao pedir um refrigerante como sua bebida em uma das mais badaladas boates de Star City. — encosto o meu dedo indicador em seu braço singelamente, fazendo-a olhar para mim de volta.

— Estou dirigindo, não posso ingerir bebida alcóolica. — sua resposta é direta seu arrepio ao meu toque é imediato.

Passo a minha língua lentamente em meu lábio inferior ao sentir sua resposta ao meu toque e sorrio por fim. — Oliver Jonas Queen. — estendo minha mão até ela.

— Prazer. — ela aperta a minha mão fortemente, um aperto repleto de atitude, diferente das mulheres que estou acostumado a lidar. Com toda a certeza ela é diferente de todas que estou acostumado, essas já teriam aceitado a minha bebida e a essa hora já estaríamos em um orgasmo estelar.

Nosso aperto de mãos não dura mais que alguns segundos. — Vejo que você não vai aceitar mesmo a bebida... Então ao menos me fale o que te trouxe aqui! — dou o último gole de meu Dry Martini e coloco a taça com o limão pregado em sua borda sobre o balcão.

— Estou comemorando algo com algumas amigas. — ela toma um gole de sua Soda e seu batom também em um tom avermelhado fica cravado ali na borda. O que é muito excitante.

Muito.

O primeiro passo foi arruinado quando ela decidiu negar meu galanteio ao lhe oferecer uma bebida. Mas tudo na vida pode parecer não tão fácil, até para mim, então tenho que lançar um segundo passo que é sua atenção, mulheres além de serem cortejadas, adoram que nós homens se interessem por sua vida, que se preocupem com o que fazem ou deixam de fazer, e isso fará com que eu conseguisse que essa mulher grite meu nome a noite inteira.

— Então me deixa comemorar com vocês, eu também estou com amigos e eles adorariam conhecer as suas amigas. — sorrio, dando um passo a frente, aproximando ainda mais nossos corpos.

— É que elas não estão interessadas em conhecer outras pessoas. — à medida que ela sente minha aproximação, dá um passo para trás.

Seu recuo me assusta um pouco, mas o sinônimo de meu sobrenome é perseverança. — Entendo, não vou insistir! Mas então, me conte algo da sua vida, o que merece essa comemoração regada a Soda? — pergunto com uma risada irônica no final.

— Você já me ofereceu uma bebida, já tentou mostrar interesse em minha vida... Qual o próximo passo para me tentar levar para a cama? — meu queixo cai lentamente, deixando minha boca levemente entreaberta e antes que eu possa deixar transparecer, fecho-a engolindo a saliva e solto um sorriso cafajeste sem ao menos perceber.

— Eu não sei, me diz você. — minha voz é rouca, um silêncio de questão de segundos se instala entre nós dois, posso enxergar todo o maquinário que se monta na cabeça dessa mulher, arquitetando uma resposta. E prontamente, sem perda de tempo, ela dá um passo à frente, excluindo o total espaço que há entre nós, respondendo-me.

— Nenhum. — sua resposta rasteja enquanto sua boca fica entreaberta de forma com que eu possa sentir seu bom hálito que me remete à hortelã. — Estou de carro, vamos? — ela vira de costas para mim de forma a querer me provocar e pega sua bolsa ao lado apoiada também sobre o balcão.

Sua voz rouca inebriada por seu hálito hortelã e sua bunda apertada naquele vestido, faz meu pau pulsar contra a calça de meu terno, criando ainda mais vida. Essa mulher tem o dom de me surpreender, o que há tempo eu não via. E assim, após ouvir seu vamos colo minha mão em seu braço e a arrasto para fora da boate sem deixa-la se quer se despedir de suas amigas, como se ela estivesse preocupada com isso. Seu carro está estacionado no estacionamento atrás da boate, e eu o trilho sem largar seu braço até alcança-lo. À medida que chegamos até o carro, empurro seu corpo contra a porta, fazendo com que ela fique de costas para mim, deslizo a mão de seu braço até a lateral de sua cintura, e ela empina sua bunda ainda mais para mim. Sentindo sua aproximação, envergo meu corpo podendo encostar minha ereção em seu traseiro, e logo posso ouvir seu gemido apertado. Sorrio baixo, levando minha outra mão até seus cabelos, afastando-os de seu pescoço, onde deposito meu rosto na curvatura. Começo a depositar beijos lentos por ali, somente com o intuito de sentir sua pele e seu cheiro. E o cheiro dela me remete ao jardim Claude Monet, é um floral delicado que eu poderia viver só para absorver a essência. Com a voz ainda rouca, sussurro quebrando o silêncio.

— Me passa a chave do carro! — com a mão que está cravada na lateral da cintura dela, a viro para mim em questão de segundos. Passando a olhar sua boca carnuda, que solta uma gargalhada ao me ouvir.

— Eu vou dirigir. — ela deposita a mão espalmada em meu peito, afastando-me. Logo, a mesma mão desliza de meu peito e vai até a outra, abrindo sua bolsa e pegando a chave. — O carro é meu.

— No manual dos primeiros encontros não está escrito que a mulher quem tem que dirigir! Por mais que eu saiba que vocês são as melhores quando o assunto é freio de mão. — solto uma risada e alcanço a chave de sua mão.

— Machista! Você é um completo idiota machista. Me devolva as chaves! — ela vira o jogo me empurrando contra a porta do carro. Levanto a mão exibindo as chaves em uma altura inalcançável para ela. Faço um sinal negativo com a cabeça, enquanto exibo meu sorriso campeão. — Eu disse para você me devolver. Agora! — ela impulsiona o corpo contra o meu na tentativa de me alcançar, e seus seios se esfregam na altura do meu peitoral, deixando tudo ainda mais divertido.

— Você não tem chances.

— Cala a sua boca!

— Seu pedido é uma ordem.

E é assim que minha boca desce até a dela, permitindo que nossos lábios se unam, no início ela tenta se debater contra meu corpo, espalmando as mãos em meu peito novamente, mas em segundos ela baixa a guarda deixando sua boca entreaberta para que minha língua possa adentra-la. Seu gosto é como degraus que nos permitem chegar ao céu, e eu quero percorrer por eles, sugar o que tem de melhor dela. Nosso beijo é molhado e agressivo, nossas línguas se encaixam em um molde perfeito. Suas mãos que antes estavam empurrando meu peito tentando nos separar, agora me puxam contra ela, até que não exista mais nenhum espaço entre nós. E não há, não deveria ser permitido.

Ela busca ar à medida que trocamos as posições de nossas cabeças durante o beijo, mas eu não deixo, pois eu sou o seu cilindro de ar e eu quero tudo dela. Nossos corpos estão completamente colados, mas ela arranja espaço para erguer seu joelho esquerdo e roça-lo em meu pau ouriçado. Gemo entre o beijo selvagem desde o inicio até que ela o finaliza.

— Nos tira daqui. — sua respiração é ofegante, como alguém que entrou em apneia por mais de seis minutos de baixo d’água e conseguiu chegar à superfície.

Meu cérebro não consegue organizar uma resposta que se adeque ao momento, então decido apenas acatar sua ordem. Esse é o momento em que ela corre para o outro lado do carro, entra e se senta no banco carona, eu poupo o cavalheirismo e também entro no carro. Meus olhos se dirigem para o corpo dela, enquanto minhas mãos tateiam a abertura para o encaixe da chave abaixo do volante. Antes que eu possa arrancar com o carro dali, sinto o corpo dela subir sobre meu colo, colando seus lábios nos meus com força. Seus braços se entrelaçam em meu pescoço e agora é ela quem dita o ritmo do beijo.

É um beijo com pressa, com vontade, apocalíptico. Nossas respirações ocupam todo o carro completamente fechado, deixando os vidros embaçados. Ela inicia movimentos frenéticos encima de mim, aumentando a temperatura de nossos corpos. Um gemido único sai de sua boca quando finalmente consigo encontrar forças para pará-la.

À medida que nossos lábios se separam, abro os olhos para enxerga-la, mas a falta de iluminação dentro do carro torna tudo mais difícil me permitindo enxergar somente suas pupilas dilatadas e o azul de seus olhos brilharem. Minha vontade é voltar a beija-la o mais rápido possível, mas essa garota merece muito mais do que isso, então quebro novamente o silêncio com minha voz ainda rouca.

— Eu conheço um hotel a duas quadras daqui, tenho uma reserva. Em minutos estaremos lá! — ela assente com a cabeça e antes que escorregue de mim para o banco do carona, mordo seu lábio inferior depositando um singelo beijo em seus lábios.

Ela não diz nada, e eu não me preocupo, meus pensamentos giram em torno de tê-la nua encima de mim cavalgando com a mesma brutalidade de minutos atrás, o que não me deixa ter nenhuma conversa civilizada pré-transa. E o caminho que eu faria em dez minutos consigo fazer em cinco, todos os sinais vermelhos foram burlados, e eu não me importo nem um pouco com isso.

Entro na garagem sofisticada do grande hotel, estacionando o carro na primeira vaga que encontro, saio do carro dando a volta no mesmo e antes que eu possa colocar minha mão sobre a maçaneta, a porta se abre e já posso sentir o corpo dela quente colar no meu novamente. Eu a agarro com um de meus braços enquanto que com a outra mão livre, fecho o carro com o bloqueador automotivo. Meus lábios procuram pelos dela iniciando um novo beijo repleto de desejo, e eu pouco me importo se parecemos dois cachorros no cio em pleno estacionamento do Hotel.

Sem parar o beijo começo a tropeçar por cima dela, guiando-nos até a porta do elevador que nos levará até o andar que se encontra meu quarto. E vocês devem estar se perguntando como eu sei chegar a ele sem o enxergar, e a resposta é que eu tenho toda a trajetória em minha cabeça, não é a primeira vez que isso acontece.

À medida que colocamos nossos pés dentro do elevador, ela afasta nossos lábios e abre os olhos para encontrar os meus. Minha mão desliza até o botão do elevador e eu coloco o andar que ficaremos. Assim que levanto meu olhar novamente para o dela, minhas pernas dão passos largos até seu corpo e o empurro com certa força contra a parede. Ela volta com os braços ao redor do meu pescoço, pregando-os ali e com um impulso seus pés se afastam do chão e suas pernas entrelaçam minha cintura, me prendendo. Tudo acontece em poucos segundos, e ela então volta a mandar, a exigir minha boca e então voltamos a nos beijar na única frequência que conhecemos até que ressoa o sinal do elevador indicando que estamos no andar solicitado. Eu me afasto da parede, colocando minhas duas mãos na base da bunda dela a segurando por ali.

Sigo com passos eufóricos até a porta do quarto e afasto nossas bocas por alguns segundos, podendo ouvir lamúrias vindo dela, exigindo que eu continue. A minha mão direita deixa de segurá-la por um instante e passa a procurar o cartão magnético no bolso direito da minha calça, e enfim o encontra. Enquanto a leitura do cartão é feita, ela deixa seus lábios no lóbulo da minha orelha, mordiscando-o.

Me provocando.

E então sua boca desce, deixando sua ponta da língua riscar a pele do meu pescoço com verdadeira calma. Isso me faz querer gozar mentalmente, e eu estou perdido porque ela acabou de descobrir um dos meus pontos fracos. Abra-te Sésamo, a porta lê o cartão e então adentro o quarto, fechando a porta com um dos meus pés. Ando em direção a uma estante onde tem algumas revistas e com uma das mãos ainda livre, limpo-as da superfície para sentar o corpo dela ali.

— Assim você vai acabar rápido demais comigo. — minha voz ainda enrouquecida volta a quebrar o silêncio.

Sua cabeça se afasta de meu pescoço e seus olhos percorrem até os meus. — Então temos que ser mais rápidos.

Suas mãos deslizam até meu paletó empurrando ele para trás. Eu a deixo fazer o que quer de mim enquanto somente a assisto, me excitando ainda mais. Suas mãos desajeitadas voltam a se encontrar desta vez nos botões de minha camisa, e ela não tem o mínimo de paciência para desabotoá-los, logo sinto os botões serem arremessados ao chão à medida que ela rasga a camisa, já puxando para baixo e me livrando dela.   

Sua língua se instala na parte superior de meu peitoral e de imediato sinto meus músculos se contraírem com o molhado de sua boca. Minhas mãos correm até a base de suas coxas que estão depositadas ao redor de minha cintura, e começo a subir o tecido de seu vestido para cima, a velocidade é tamanha que acabo por rasga-lo e a procissão que ela faz com os lábios pelo meu peitoral é pausada. Suas mãos se voltam para o fecho na lateral do vestido, o abrindo por completo. Com rapidez, volto a agarrar sua cintura com um de meus braços e erguê-la para cima, enquanto que com a outra mão livre, arranco de vez todo o vestido.

A visão é dos deuses, cada minuciosa parte de seu corpo é repleta por delicadeza. Ela está vestindo lingeries de renda de um tom rosa claro que combina perfeitamente com sua pele, tirá-las me parece um crime. Até que a parte de cima da lingerie é aberta por ela mesma e o escorregar da vestimenta me faz acordar de meu transe. Ela coloca as mãos em meu maxilar puxando meu rosto para ela novamente, e antes que inicie outro beijo ela sussurra da forma mais sensual que já ouvi.

— Eu quero muito! — seus olhos estão pregados nos meus, suas pupilas estão tão dilatadas que eu mal consigo ver o azul que as rodeia, nossas respirações estão afobadas e se mesclam uma na outra.

Eu não consigo dizer nada. De novo.

Meus lábios se aproximam do queixo dela e prontamente ela entreabre sua boca lascivamente. Deixo minha barba mal feita roçar no início de seu pescoço quando ouço um gemido baixo ao pé do meu ouvido, fazendo meu pau gritar por liberdade. De imediato sinto as mãos dela no meu cinto, o abrindo com velocidade. Afasto minha boca dela e olho para baixo, minhas mãos se unem as dela e antes que ela abra o botão de minha calça e a mesma escorregue até o chão, pego em um bolso antifurto escondido um preservativo, colocando-o sobre a estante. Faço com a cabeça um sinal positivo para cima e para baixo e então ela abaixa com força a minha calça juntamente com a cueca Box preta que estou vestindo, fazendo meu pau vivíssimo pular para fora.

Ela olha para baixo e morde com vontade seu lábio inferior, deixando o local ainda mais avermelhado. Então coloca as palmas das mãos em meu peitoral tentando nos separar. Eu não faço ideia de quais sejam os pensamentos pecaminosos que rodeiam sua mente, mas quais sejam eles eu não serei capaz de ser forte o bastante para aguentar.

Sendo assim, eu pressiono meu corpo para frente determinado a impedi-la de qualquer outra ação que não seja eu dentro dela o quanto antes. — Eu preciso de você agora. — sussurro.

Ela retorna com um sinal positivo com a cabeça e volta a encostar meus lábios, dessa vez ela não tem pressa, eles brincam com os meus como se estivessem em um parquinho de diversões. E eu só consigo retribuir suas carícias com a mesma calma. Logo minhas mãos procuram pelas laterais de sua calcinha rendada, puxando-a para baixo, até que a mesma saia por completo pelos seus pés ainda com os saltos altos. Eu a quero sem obstáculos quero-a nua exatamente da forma que eu imaginei quando a vi pela primeira vez apoiada sobre o balcão daquele bar. Ansiando por mim sem ao menos ainda me conhecer. Quero toma-la forte, ouvir sua voz pedindo por mim, por mais de mim. E eu quero agora.

Nossas bocas se separam, e minha mão volta a procurar pelo preservativo. Abro o mesmo com os dentes e sem demora o deslizo por meu pau que se sente vitorioso. Levanto meu rosto procurando pelo dela, e antes que ela faça qualquer outro movimento, dou a primeira investida até o final. Ela entreabre a boca e arregala os olhos nos meus. Isso poderia durar uma eternidade, ela está pronta para mim, extremamente molhada e apertada. Posso sentir a parede do seu interior apertando meu pau contra ela. Quente.

Finalmente de sua boca entreaberta desabrocha um gemido alto que ocupa todos os cantos do quarto. — Por favor... só não para.

Meu quadril é amarrado com as pernas dela que fazem um laço, prendendo-me ali. Sua voz quebradiça pedindo por mais me tira do eixo, e o pequeno espaço que existe entre nós me deixa livre para aumentar as estocadas. Eu vou até o fim e o retiro quase que por completo e depois invisto novamente.

— Me diz seu nome! — imploro quase sem voz.

— Não importa. Só seja mais forte... mais forte! — seus lábios roçam meu pescoço e seus dentes brincam com a minha pele, deixando mordidas profundas capazes de deixarem marcas.

Minha excitação é tão grande que eu não sou capaz de pedir mais nada a ela, pois eu já tenho tudo que poderia. Assim, desço minha cabeça para um de seus seios depositando a língua na auréola de seu mamilo, mordendo, lambendo tudo por ali. Deixando-o arrepiado, ouriçado, avermelhado. Nossas vozes estão em um misto de gemidos e palavras sem sentido. E eu sinto que estamos chegando ao nosso ápice, ela está se contraindo ao redor de meu pau, negando que eu possa retira-lo de dentro dela. Ela está uma piscina de tão molhada.

Merda.

Merda.

Merda.

Eu sinto nossos corpos estremecerem juntamente, parecemos uma sinfonia de Beethoven. Ao mesmo tempo, nem um segundo a mais ou um segundo a menos. Ela crava as unhas em minhas costas pela centésima vez, deixando-a ainda mais arranhada e em meu ouvido solta um suspiro final entre gemidos cansados. Meu corpo responde como Kilauea explodindo dentro dela, e ela corresponde a mim da mesma forma, nos transbordando.

E agora estamos apenas parados como cumplices de um roubo em um grande banco de investimentos que deu certo, de olhos fechados, com os corpos regados um do suor do outro. É mágico como nos encaixamos perfeitamente, como um simples orgasmo nos faz chegar à órbita um do outro.

É apenas, sensacional.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e me adianto que prometo melhorar nessas cenas mais "quentes", ok? Estou nos comentários esperando por vocês. ♥



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