Precisamos um do outro escrita por Moon


Capítulo 48
Semana Hospitalar - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Os últimos dias de Riley no hospital finalmente passam e o pequeno raio de sol só quer voltar para casa, mesmo que isso signifique que ela terá de enfrentar alguns de seus medos.



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POV Topanga

A sexta-feira estava nublada. E minha filha estava como o clima: silenciosa, calma e desanimada. Mas ela insistia em dizer que estava tudo bem e sorrir para todos que a visitavam. Auggie não pareceu perceber que a irmã não estava muito bem e ficou feliz de brincar com ela, que o atendia prontamente.

Eles passaram algumas horas brincando antes que eu interrompesse.

— Auggie. - Eu o chamei. - Compra um café para mim, por favor, querido.

Eu peguei o dinheiro na bolsa e o entreguei.

— Quer alguma coisa, Riley? 

— Uma salada de frutas, por favor. - Ela respondeu olhando para o Auggie.

— Se quiser alguma coisa também pode comprar, querido. - Eu o disse entregando mais uma nota.

Assim que Auggie deixou o quarto me sentei no leito perto da Riley. Toquei seu rosto com delicadeza e ela fechou os olhos e suspirou com o gesto.

— Como você está de verdade?

— Eu estou cansada. - Ela sorriu sem achar graça como se tentasse não chorar - Eu estou dormindo pouco, porque estou tendo pesadelos. E estou com saudade de casa. E ao mesmo tempo com medo de voltar para a minha rotina.

— Vai ficar tudo bem, meu anjo. - Ela sorriu e me abraçou delicadamente.

— Eu sei que vai ficar tudo bem. Eu tenho vocês. - Ela disse deixando o abraço. - Tem muita gente que me ama e que se importam comigo. Só em casa eu tenho quatro pessoas, na escola são vários outros, ainda tem toda a nossa família, os funcionários do Topanga’s. Eu sei que vou ter muita ajuda.

— Quatro?

— Você, o papai, o Auggie e o Liam. - Ela respondeu e eu ri. 

— Eu fico tão feliz com o modo como o Liam se ajustou com você e o Auggie, como ele se adaptou na nossa casa. - Ele era um bom rapaz e era bom tê-lo por perto, mas as vezes eu me perguntava se havíamos sidos sensatos de colocá-lo dentro de casa sem o conhecer direito. - O Cory comentou que você estava muito bem quando veio buscar o Liam de manhã para dar carona pra escola.

— Foi a única noite que eu dormi. - Ela disse num suspiro como uma confissão. 

Eu sabia que ela não queria me preocupar, mas também não aguentava mais ficar fingindo que estava tudo bem.

— E por que? - Questionei.

— Eu não sei porque. Eu não sei explicar. Eu me senti… - Ela hesitou. - Como se eu soubesse, mesmo dormindo, que ele não deixaria nada de mal acontecer. Eu não sei explicar, eu só sei que foi como se eu soubesse que estava segura. E eu sei que não faz o menor sentido. E que eu estou segura. É só que…

— Quando você dorme se sente em perigo novamente. - Eu a completei e ela assentiu com a cabeça, com o olhar distante.

— E eu não sei porque que com ele isso com não acontece. - Ela estava sendo sincera. - Talvez seja porque ele me preparou sem saber que isso iria acontecer, me treinando por tantas horas no telhado. Talvez porque a última imagem na minha cabeça de antes da porta daquela vã se fechar seja o Liam tentando me alcançar. Ou talvez porque ele ficou conversando comigo por mensagem na primeira noite enquanto eu não conseguia dormir. Eu não... Eu não sei porque. Talvez nem seja ele. Talvez tenha sido coincidência que eu tenha dormido na noite que ele estava aqui. Eu não sei.

— Você não precisa entender tudo, querida. - Ela me abraçou outra vez e ficou ali em meus braços por alguns instantes até Auggie entrar como um furacão com o meu café, um iogurte e a salada de frutas da irmã.

Deixei os dois brincando e liguei para minha melhor amiga pra conversar sobre o que Riley havia me dito. Eu estava preocupada com a recuperação dela. Com o que ela havia vivido. E precisava  da minha melhor amiga para me falar o óbvio.

— Os médicos falaram que isso poderia acontecer, Topanga. - Ela disse com a voz doce. - O hospital pode oferecer alguma ajuda para a Riley. Terapia, talvez.

— Vai ficar tudo bem com a minha menina, não vai? - Perguntei e ela me acalmou dizendo que já está tudo bem e que logo Riley estará em casa. 

POV Maya

Josh confessou, após muita insistência, que havia escutado o Lucas dizer algo que o incomodou, mas não quis falar sobre o que se tratava. Liguei para ele entre aulas para dizer que eu estava insegura com aquele silêncio e ele prometeu conversar comigo sobre isso em um outro momento, pediu desculpa e me assegurou que eu não tinha razões para ter qualquer insegurança. Desliguei a chamada me apressando para chegar aos armários e pegar o caderno para a próxima aula.

Peguei o caderno, deixei o livro da aula anterior no armário e encontrei Farkle nos corredores, indo para a mesma aula.

— É estranho te encontrar pelos corredores sem estar com a Riley ao teu lado. - Ele disse antes mesmo do “oi”.

— Eu também estou com saudade dela, Farkle… - Eu respondi rindo. - Mas amanhã ela vai ter alta e eu vou ter meu raio de sol de volta na minha vida.

— Nas nossas vidas. - Ele me corrigiu.

Percebi uma silhueta familiar. Mas não poderia ser ele ali caminhando normalmente pelos corredores da escola. O aperto do Farkle no meu braço me indicou que ele estava vendo o mesmo que eu, e não era uma alucinação ou alguém parecido, era ele mesmo. Instintivamente peguei o celular e tirei uma foto discretamente antes de entrar no corredor para desviar do caminho dele.

O que ele está fazendo aqui? — Digitei e mandei para Liam.

ISSO É O BRANDON? AQUI NA ESCOLA? — Liam me respondeu caixa alta e eu confirmei.

Ele me ligou para saber o que estava acontecendo e eu disse que eu estou tão sem informação quanto ele. Liam disse que falaria com Stiles quando eles fossem comprar o almoço que levariam pra Riley e para a gente não andar sozinho e avisar se soubesse de mais alguma coisa ou se precisasse de ajuda.

POV Riley

Minha mãe saiu para falar no telefone e eu fiquei com Auggie brincando com umas massinhas que ele havia trazido para o hospital. Ele estava elétrico e animado.

— Você volta amanhã pra casa? - Ele perguntou com os olhos esperançosos.

— Eu espero que sim. - Eu toquei seu rosto delicadamente sorrindo.

— Mas você ainda está doente?

— Eu estou bem. Mas os médicos precisam fazer exames para confirmar se está tudo bem mesmo.

— Você vai ficar doente de novo?

— Não, meu bem. - Eu o acolhi no meu colo. - Nada de mal vai acontecer novamente.

— A nossa casa está ansiosa para te receber de volta. 

— Eu estou com saudade também.

Auggie me abraçou delicadamente se aninhando no meu colo. Eu o acolhi em meus braços sentindo saudade de casa e de quando ele era tão pequeno que eu tinha medo de derrubá-lo.

— Que cena mais linda! - Ouvi a voz de nosso pai soar no quarto e Auggie se levantou correndo até ele.

Meu pai levantou meu irmão no ar o girando enquanto ria. 

— Vocês estão com fome? - Ele perguntou colocando meu irmão no chão enquanto minha mãe entrava atrás dele.

— Eu acabei de tomar um café. - Minha mãe declarou.

— É. Eu acabei de ganhar uma salada de frutas, mas ainda não comi.

— Eu ainda não tomei meu iogurte também.

— Então podem guardar no frigobar, que já é hora de almoço. - Ele declarou nos repreendendo. - Como que vocês vão comer besteira a essa hora?

— Foi culpa minha! - Minha mãe entrou em nossa defesa, levantando as mãos como em rendição e rindo levemente. - Eu esqueci da hora. Não percebi que estava perto da hora do almoço.

— Mas o almoço já chegou. - A voz do meu irmão soou entrando no quarto com sacolas. - Strogonoff para seis.

— Diretamente do Topanga’s. - Disse Liam atrás do Stiles com mais sacolas. 

— Muito obrigada, meninos! - Minha mãe agradeceu pegando uma das sacolas e colocando sobre a pequena mesa que havia no quarto. E eles a seguiram colocando as demais sacolas ali. Abriram e foram tirando as marmitas de isopor. Seis marmitas. E talheres.

Almoçamos juntos. Conversamos, rimos, comemos. Eu me senti em casa naquele quarto de hospital. Se Maya e Farkle estivessem ali eu poderia afirmar que tinha tudo o que eu precisava naquele quarto.

Logo que acabamos de comer, nós sabíamos que a despedida estava chegando. Enquanto Stiles escutava as recomendações de meus pais para a noite que ele ficaria comigo, batidas na porta foram seguidas por uma enfermeira. Ela tinha alguns remédios, e alguns documentos.

— Essa é a sua família, Riley? - Ela perguntou com a voz doce.

Era a Michelle. Era uma das enfermeiras que cuidaram de mim quando eu cheguei. Ela era muito gentil e tinha sempre aquele sorriso no rosto.

— É sim, Michelle. - Eu confirmei sorrindo e os apresentei indicando com a mão. - Esses são os meus pais, Cory e Topanga. O meu irmão mais velho, Stiles. O caçula, Auggie. E o Liam é um amigo.

— Eu lembro de você. - Ela comprimentou Liam com um aperto de mão. - Você dormiu aqui na quarta, não foi?

Ele confirmou e a cumprimentou de volta sorrindo.

— Você ainda está tendo dificuldade para dormir? - Ela perguntou se aproximando de mim e eu assenti com a cabeça. - Hoje a gente vai regularizar esse sono, está bem?

Ela pegou o estetoscópio e auscultou meu peito e minhas costas. 

— Você já almoçou? 

— Sim. Já almocei sim!

— Então já pode tomar esse remédio. - Ela me entregou a pílula e pediu que Liam buscasse um copo com água. - É um relaxante muscular, para diminuir a tensão. E mais tarde, eu volto com uma pílula de melatonina. Que é o hormônio do sono para te fazer dormir durante a noite, e regularizar de vez o teu sono.

Liam me entregou o copo com água e eu tomei o remédio. 

— Você vai dormir muito bem hoje, querida. - Michelle sorriu para mim.

— Obrigada! - Agradeci e ela se despediu de todos com seu sorriso doce.

— Acho que essa é a nossa deixa. - Meu pai falou depois que a enfermeira saiu enquanto minha mãe pegava suas coisas. - Você vem conosco, Liam?

— Vou sim! - Ele concordou e se despediu de mim com um beijo na testa.

Auggie me abraçou e se levantou da cama dando a mão para Liam, enquanto meus pais me abraçaram e beijaram se despedindo. 

Stiles ficaria para dormir comigo hoje. E logo que os demais membros da minha família foram embora, meu irmão mais velho me avisou que eu teria uma visita. Derek. Ele havia passado muitos dias mais que eu com aquela alcateia. Meu irmão me contou que ele estava muito mal no dia que o resgataram, que nos resgataram. Eu nunca o tinha conhecido, mas sabia que ele era muito importante para as pessoas que eu amo. 

Eu e meu irmão ficamos conversando. Ele me contou sobre as aulas dele, sobre a volta pra casa da matilha, em especial da Lydia. Quase uma hora depois ele recebeu uma mensagem, e me mostrou. Era o Derek, ele estava ali e estava subindo pelo elevador. E instantes depois, leves batidas na porta denunciaram que ele tinha chegado.

— Pode entrar. - Eu disse me sentando na cama e escutando seus passos adentrando o quarto.

— Boa tarde. - Ele nos cumprimentou sério. - Oi, Stiles.

— Como você está, cara? - Meu irmão caminhou até ele e o abraçou. - Vejo que está bem melhor do que na última vez que eu te vi.

— Vantagens da licantropia. - Ele riu levemente.

Ele então se virou para mim e ficou sério. 

— Então essa é a sua irmã? - Ele perguntou para o meu irmão, mas sem desviar os olhos dos meus.

— A Stilinski perdida. - Eu estiquei a mão para cumprimentá-lo e ele se aproximou para alcançar a minha mão. - Eu sou a Riley.

—  Derek. - Ele me cumprimentou com um beijo na mão. - É um prazer te conhecer.

— Stilinski perdida, é? - Meu irmão questionou rindo. - Você já foi encontrada, maninha.

— Como que foi descobrir que tem uma irmã? - Derek perguntou se sentando e meu irmão sentou ao seu lado.

— Foi bem louco. - Ele respondeu num suspiro.

— Um pouco assustador. - Eu completei.

— E um pouco instigante também.

— Surpreendente. - Completei rindo do modo como estávamos complementando a resposta um do outro.

— Mas como se tudo finalmente fizesse sentido. - Ele finalizou a resposta.

Derek olhava entre mim e meu irmão enquanto falávamos.

— Essa menina é o seu maior pesadelo, Derek! - Meu irmão disse com um sorriso brincalhão nos lábios. - Você não dizia sempre “ainda bem que só tem um Stiles”?

— É. Eu dizia. - Ele riu lembrando.

— Lhe apresento um Stiles melhorado. O Stiles 2.0 é a Riley.

— Eu tenho certeza que ela é melhor que isso! - Derek respondeu. - Você só me colocou em encrenca. A Riley mal apareceu e já salvou a minha vida.

Eu fiquei sem graça e senti meu rosto ruborizar.

— Aliás. - Derek olhou para mim. - Foi pra isso que eu vim aqui. Eu tenho um voo daqui a pouco, mas eu tinha que vir aqui agradecer.

Ele levantou e caminhou até a minha cama, onde eu estava sentada. Ele estava calmo e pegou levemente minha mão.

— Eu tinha que vir agradecer pessoalmente, antes de ir embora. - Ele sorriu de lado. - Você nem me conhecia, e se colocou em risco para me ajudar. Para salvar a minha vida. E eu nunca vou conseguir agradecer o suficiente.

Eu não sabia como responder. Apenas abri os braços para abraçá-lo. E ele me abraçou.

— Obrigado. - Ele sussurrou no meio do abraço.

— Eu confio na matilha. - Eu respondi enquanto deixava o abraço. - Tanto para me salvar, quanto sobre o quanto eles se importam com você.

Ele se despediu. Abraçou meu irmão e foi embora.

POV Stiles

Era a última noite da Riley no hospital, e eu ficaria com ela. Depois que Derek saiu ela ficou um pouco reflexiva e introvertida, ela estava ficando assim às vezes desde que foi internada. Mas ela estava bem e eu sei que se alguém consegue superar qualquer coisa, essa pessoa seria a minha irmãzinha.

— A minha mãe quer que eu faça terapia. - Ela comentou interrompendo o silêncio.

— Você quer fazer?

— Talvez eu precise. - Ela respondeu me olhando. - Mas ao mesmo tempo, eu fico pensando… O que eu vou falar para o terapeuta? Que eu tenho medo de não ser humana, e que eu desconfio das pessoas ao meu redor por causa da matilha de lobisomens que me sequestrou ou que eu não consigo dormir sem ver o Brandon salivando com enormes presas nos meus pesadelos?

— Você pode falar de tudo isso, sem mencionar a parte que pode te fazer ser internada em um manicômio. Dizendo que você tem medo de não saber quem é, e que anda desconfiada na rua por causa dos seus sequestradores e que um desses caras aparece nos seus pesadelos.

— Você está certo. - Ela me olhou e riu de lado. - E também tem coisas boas acontecendo. Não é como se tudo fosse ruim.

Ela parecia ter se arrependido de falar como se sentia, talvez porque ela sabia que eu me sentia responsável e não queria me ver preocupado.

Continuamos conversando, ela falou sobre a possibilidade de que nós dois não sejamos humanos e confessei que achava impossível. Eu acho que saberia se eu fosse algum tipo de criatura sobrenatural. Ela concordou relutante.

Falamos também sobre os pesadelos que ela estava tendo, sobre voltar para casa no dia seguinte, sobre a recuperação dela, sobre o que ela se lembrava do tempo em que ela ficou amarrada naquele apartamento e sobre várias outras coisas. Conversamos até um enfermeiro trazer seu remédio, ela tomou-o ansiosa pela tranquila noite de sono que lhe havia sido prometida e depois disso não demorou muito até que ela estivesse sonhando.

E o sono rendeu até a manhã de sábado que ela levantou animada para voltar para casa. Assim que acordou ela já foi tomar banho e se arrumar, tomou café da manhã e ficou assistindo o jornal enquanto eu tomava banho.

Quando deixei o banheiro escutei batidas na porta, e a abri. Era o médico responsável com dois enfermeiros. Eles me entregaram os documentos com os resultados dos exames e explicaram detalhadamente as melhoras no quadro, enquanto a doutora concluía falando do exame de sangue e dos poucos sintomas de efeito colateral por causa da drogas que Riley ainda poderia ter, batidas na porta interrompeu-a.

Cory e Topanga estavam ali agora. Entraram no quarto sem graça e prestaram atenção nas últimas explicações. A doutora explicou que fariam apenas um exame físico simples e que Riley estava bem para voltar ao lar.

Os enfermeiros e a médica a examinaram completamente. Pedindo que ela ficasse de pé, com a ajuda das muletas por causa da perna esquerda ainda engessada, aferindo a pressão e a temperatura. Tiraram os pontos no seu pulso. Ela teria de voltar na segunda para tirar os pontos na testa. Foi agendado também o retorno com o hematologista e o ortopedista antes de liberarem ela.

Logo os pais dela estavam, sorridentes, assinando os papéis de sua alta. Eu e Riley os encontramos na frente do elevador e uma enfermeira loira veio até Riley e a entregou uma caixa embrulhada.

— É simples, mas é de coração. - Ela disse com um sorriso tímido entregando a caixa para Riley. - É de toda a equipe médica do hospital. Você foi um verdadeiro exemplo para todo mundo aqui, sempre sorridente, mesmo depois de tudo o que te aconteceu, e sempre tratando todos amorosamente.

— Obrigada, Anna. - Riley respondeu e abraçou a moça. Eu a cumprimentei com um sorriso e Topanga a abraçou.

— Obrigada por cuidarem tão bem do nosso raio de sol! - Topanga agradeceu o gesto e o elevador se abriu no nosso andar e todos nos despedimos antes de entrar.

Ainda no elevador, Topanga toca o ombro de Riley para chamar sua atenção antes de falar.

— Filha, você quer comer em algum lugar específico, ou passar em algum lugar antes de ir pra casa?

— Eu só quero ir pra casa. - Ela respondeu enquanto a porta do elevador se abria no estacionamento do hospital. Eu estava carregando a mochila de Riley e Topanga carregava o presente que Riley havia ganhado e Cory observava atentamente a filha se virando com as muletas enquanto caminhava ao seu lado.

O caminho para a casa foi rápido, calmo e silencioso, Riley estava ansiosa. Todos nós estávamos.

As escadas foram um desafio, já que o joelho de Riley estava imobilizado. Eu me ofereci para carregá-la e ela se recusou dizendo que teria que aprender como subir as escadas sozinha. Após o primeiro lance de degraus ela me encarou com ar de desistência. 

— Eu acho que eu posso aprender outra hora. Eu quero chegar logo em casa. - Ela disse me olhando antes que eu a levantasse nos braços após entregar a mochila dela para Cory.

A subida foi rápida e ela estava iluminada enquanto Topanga colocava a chave na fechadura.

— Eu nem acredito que estou em casa. - Ela sorriu abertamente e a porta foi aberta.

— Seja bem-vinda de volta! - Todos gritaram em sincronia de dentro do apartamento e Riley se assustou, mas riu.

Maya foi a primeira a abraçar a amiga, e logo todos os demais amigos e familiares a abraçaram. Estavam ali Maya, Farkle, Liam, Josh, Auggie, Lucas, Zay, Smackle, Ava, Shawn, Katy, os pais de Cory e os pais de Farkle.

Um almoço especial estava servido. Haviam balões rosa pelo apartamento e uma decoração simples e florida sobre a mesa. 

Os pais de Cory, os pais de Farkle, os pais de Maya e Cory sentaram-se na mesa iniciando uma conversa, enquanto Topanga e Katy acomodavam todos no pequeno apartamento. Havia uma mesa pequena para Auggie e Ava. E o resto de nós seríamos acomodados na sala.

Assim que Riley desconfortável no sofá e deixou as muletas no chão, Liam buscou um banquinho para que ela pudesse colocar sua perna e melhor se acomodar, e sorri observando o gesto. Era bom saber que eles tinham um ao outro. Ao redor de Riley sentaram Maya e Farkle. Eu estava na poltrona e Josh estava em um puff. Katy nos contou e voltou com quatro cadeiras de plástico para Liam, Lucas, Zay e Smackle.

Após todos terem seus lugares, Shawn, Cory e Liam ajudaram Topanga e Katy a servirem todos. E então tudo estava bem. A casa estava cheia e a Riley estava em casa e todas demais preocupações não importavam naquele momento.


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