Don't Wanna Know escrita por Queen Jeller


Capítulo 21
Capítulo 21 - Will I see you


Notas iniciais do capítulo

Nem sei como agradecer as nossas 3500 visualizações nessa história! Só sei dizer que tenho muito orgulho e espero que o capítulo esteja a altura dos agradecimentos. Comentários são bem vindos!



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Não era tão difícil assim abrir meu coração pelo menos internamente para Roman. A cada dia que passava, nós criávamos uma rotina mais fixa e saudável entre nós. Já havia partes de mim no apartamento dele, assim como havia partes dele no meu apartamento.

Era nossa segunda semana juntos. A semana de nos estabelecermos em uma rotina entre nosso trabalho no orfanato, onde éramos estritamente profissionais, entre o FBI e entre nossas casas. Tínhamos tempo para os amigos, tempos sozinhos, para cuidarmos de nossas coisas. Os melhores tempos porém eram os que ficávamos a sós aproveitando a companhia um do outro.

Era sábado de manhã e o frescor do lado de fora e nossa disposição apesar da minha intensa dor de cólica fez com que saíssemos pra correr. Diferente dos últimos dias, onde tudo estava muito branco de neve, agora o gelo estava derretendo e o verde da natureza voltava a aparecer. Corremos em uma praça não muito distante e no caminho de volta sentamos em uma sorveteria após muita insistência de Roman.

— Nossa corrida não vai valer de nada se tomarmos esses sorvetes logo depois. — Eu comecei logo que sentamos com nossos sorvetes.

Eu e ele ainda estávamos muito suados e bagunçados por conta da corrida, mas isso não o deixava menos charmoso e nem a mim, de qualquer modo.

— Não que isso esteja me importando, — ele disse e tomou um pouco do meu sorvete em surpresa — mas se importar pra você eu posso tomar seu sorvete.

Eu o olhei com uma falsa seriedade e levantei as sobrancelhas.

— Sem chance. E você também não gosta de chocolate amargo e esse teu sorvete de cereja é tão doce que me dá náuseas.

Ele riu e me roubou um beijo e depois me olhou bem sério.

— Eu preciso de doce na minha vida, querida, — Ele completou me beijando mais uma vez — além de você, é claro.

Não pude não rir, o que também o fez rir.

— Isso soou ridículo. — Eu disse e ele então fingiu ofensa.

— Eu sou um romântico, ok? Desculpa se você não é.

— Eu não sou? — Eu completei, também fingindo ofensa.

Voltamos a rir novamente.

— Isso foi ridículo, realmente. — Ele completou e então voltamos a rir.

— Com quem você aprendeu a ser tão piegas? Pelo amor de Deus, não me diga que é conselho que o Kurt te dá.

Ele fingiu pensar.

— Eu leio bastante, então provavelmente isso saiu de alguns dos livros.

— Preciso inspecionar sua biblioteca então.

— Vai mandar no que eu leio agora, tenente Zapata? — Ele completou fazendo reverência.

— Posso te sugerir coisas novas pra ler.

Terminamos nosso sorvete, mas ficamos sentados aproveitando a brisa, até que ele puxou a minha mão e nos levantamos pra voltar pra casa dele.

Nós já não ficávamos grudados o tempo todo na rua. Não por falta de necessidade, ou por medo de alguém nos ver, mas porque havíamos adquirido confiança de que um estaria ali com o outro sempre que precisássemos.

Chegamos na casa dele, e ainda era estranho perceber como eu estava familiarizada com o local. Joguei meus fones e meu iPad no balcão da cozinha e ele sentou-se perto do balcão, enquanto eu fui em busca de água.

— O que vamos almoçar hoje?

— O que você achar melhor.

— Você poderia cozinhar hoje. Tô com preguiça

— E o que eu ganharia com isso?

— Alimentar sua fome? — Perguntei sugestivamente. — A minha também?

— Ainda não estou convencido.

— Um beijo. Senão você vai ficar com fome.

Ele riu e me puxou, me roubando um beijo rápido.

— Achei que não precisava cozinhar pra você pra ganhar beijo.

— Babaca. — Eu respondi depois de intensificar um roubado beijo, o que o fez me agarrar com força.

Nos separamos e seus olhos azúis estavam bem dentro dos meus olhos castanhos, mas acompanharam uma gota de suor que escorreu do meu pescoço para meus seios.

— Você é muito romântica!  — Ele afirmou com seriedade e quando íamos nos beijar de novo, o meu telefone tocou.

Era Weller.

— Você ta na casa do Roman? — Ele disse logo que atendi.

— Bom dia, rapaz! Tudo bem? — Respondi com ironia.

— Jane está indo pra casa do Roman, então se você estiver aí, principalmente sem roupa, estou avisando pra você arrumar uma desculpa.

— Obrigada por avisar. — Eu disse com animação então decidi ironizar o comentário dele. — Roman, você sabe onde ta minha calcinha?

Roman me olhou em confusão e então eu escutei Weller rindo.

— Tchau, Kurt. — Disse e desliguei.

Roman estava me olhando com um olhar ainda mais confuso e com a ponta das orelhas vermelhas, o que me fez rir antes de ir até ele.

— Eu precisarei ir. Sua irmã está vindo, segundo o Kurt.

Ele me olhou com um pouco de tristeza, mas ainda confuso.

— Por que você… — Ele quase falou, mas eu tratei de responder logo.

— Weller tava me zoando dizendo que era pra eu arrumar uma boa desculpa se Jane nos pegasse sem roupa, então eu decidi brincar com ele quanto a isso.

Ele riu e me beijou.

— Você é muito sagaz. — Ele respondeu e eu o olhei.

— E você adora isso. Tenho que ir. — Eu disse e puxei meu iPod e virei pra ele. — Arruma tudo aqui, ok? — Eu disse e roubei um beijo dele.

— Nos vemos depois.

***

Não demorou e nos vimos a noite quando ele foi pra minha casa e assim prosseguimos, a cada dia indo um a casa do outro e alimentando sempre um ao outro com o melhor que havia de nós dois, até o dia que não pude ir e Roman me ligou.

— Sua casa ou minha casa? — Ele perguntou parecendo empolgado e me afastei um pouco do pessoal pra responder.

— Desculpa, querido, mas não sei que horas apareço em casa hoje. — Eu disse e respirei fundo pois estava cansada. — Você pode ir pra minha casa, mas não sei que horas vou chegar pois ainda estamos no meio de um caso correndo contra o tempo.

Ele respirou frustradamente do outro lado do telefone, mas aquele nunca tinha sido motivo para brigarmos e não ia ser agora que isso ia acontecer.

— Eu vou passar lá então. — Ele disse. — Bom trabalho e boa sorte. Não esqueça de descansar depois.

— Ok, chefe. — Eu disse com humor depois falei bem verdadeiramente. — Obrigada por cuidar de mim. — E instantaneamente sorri enquanto desligamos.

Patterson apareceu logo na minha frente assim que desligou, sem sequer me deixando deslizar o sorriso do rosto.

— Quem está cuidando de você? — Ela perguntou curiosa e eu revirei os olhos.

— Estava falando com meu médico. — Eu disse tentando desconversar e ela riu em descrença.

— Péssima desculpa. — Ela rebateu e então voltamos pro caso.

Faltava pouco pra pegar mais um membro da Dabbur Zann, mas esse pouco me fez ir pra casa somente 3 horas da manhã. Aceitei a carona de Patterson e somente quando estávamos no carro que vi que havia uma mensagem do Roman enviada pouco depois da meia noite.

“Bem, eu espero que você morra de rir com meu lado piegas, pois eu adoro saber que você está sorrindo e que a culpa é toda minha, mas hoje faz um mês que você me beijou e eu não posso deixar de lembrar. Eu lembro do nosso primeiro beijo todo dia, embora você me dê vários outros durante os últimos 30 dias, então não podia deixar de lembrar que hoje fez exatamente um mês.

Eu quem agradeço por me deixar cuidar de você, por cuidar de mim, da minha filha, do meu lar e do meu coração. Espero poder ter mais 60, 90, 1000 e quantos mais dias você quiser ter minha companhia para teimar com você, te beijar deliciosamente, te escutar contando com todos os detalhes qualquer história bizarra ou mesmo pra te escutar me chamando de babaca, idiota ou qualquer outro adjetivo peculiar simplesmente por te fazer sorrir ao falar algo piegas. É um prazer pra mim ser um idiota, pois sou um idiota muito apaixonado por você e não tenho mais medo de ser quem eu sou por causa disso.

Feliz um mês.”

— Por que você não me conta logo por quem está tão apaixonada? — Patterson perguntou e já estávamos paradas em frente a minha morada

— Pelo desconto que acabei de ganhar no Maybelline. — Eu disse com ironia e ela então riu.

— Como você era tão boa em jogo se blefa tão mal, garota?

Eu a olhei fingindo insulto.

— Não questione minhas habilidades, garota. — Eu disse e dei um beijo na bochecha dela.

— Dorme bem. — Ela disse e então se foi.

Entrei em casa e realmente percebi que Roman havia estado lá, pois a chave estava fora do lugar, mas ao entrar percebi que ele não havia ficado pois seus sapatos não estava onde ele sempre deixava.

Havia porém um cooler ao pé da mesa.

Havia um envelope em cima verde, e dentro havia umas 10 unidades da minha cerveja favorita.

Pra mulher mais dedicada, do sorriso mais bonito e merecedora de um descanso essa noite. Fique bem. Roman.

POV ROMAN

Acordei escutando alguém se arrastando ou andando pela casa. Minha cabeça ainda estava dormindo, então eu lentamente abrir meus olhos pra encontrar Tasha entrando no quarto.

Ela me olhou e sorriu quando me viu acordado e veio em meu sentido. Olhei pra janela tentando me situar que horas eram e pelo horário eu sabia que era o ápice da madrugada, quase de manhã.

Ela não falou nada, apenas me beijou e se colocou acima de mim, sentando em cima de mim com uma vontade que fez cada parte de mim instantaneamente pegar fogo e eu retribui o beijo com a mesma intensidade.

Eu havia planejado toda uma noite pra gente hoje, mas o trabalho havia frustrado tudo.

— Você não cansa? — Perguntei quando descolamos nossos lábios e colamos nossas testas um pouco ofegantes e ela tentava tirar minha blusa.

Após tirar, ela me deu um beijo rápido e disse.

— Do trabalho sim, mas não teria graça comemorar o fato de que eu tenho um namorado maravilhoso sem ele comigo.

Eu retribui com um sorriso e a beijei, deslizando logo depois sua blusa e tendo a certeza que essa noite não seria como o que eu havia planejado: seria melhor do que eu havia pensado, como sempre Tasha tinha o dom de fazer acontecer.

 

 


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Notas finais do capítulo

Feliz um mês de Tasha e Roman. Feliz 2018 a todas. Comentários são bem vindos!



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