Preço do Amanhã escrita por Cristabel Fraser, Sany


Capítulo 24
Broken


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoal, daí vcs me perguntam: PA sendo atualizada em plena terça-feira? Vc enlouqueceu Bel? Eu respondo: Não minhas lindezas eu não enlouqueci rss... ando na correria de sempre e com o feriado achei que conseguiria vir postar, mas correria total, mas tentei ao máximo caprichar e com o olhar atento da nossa diva Sany (que saudades das fanfics dela) vcs tbm estão? Pois é, eu tbm sou leitora meus amores. Amados não tem como eu expressar minha gratidão que tenho por cada um de vcs, os comentários são tão maravilhosos, pode ser uma pequena frase, mas é tão bom saber que alguém aí do outro lado se importa conosco aqui deste lado. Sei que sou repetitiva, mas me sinto tão feliz e agradecida em poder escrever aqui e ter vcs pra ler, muitas das vezes fico insegura “será que vão gostar?” daí os comentários dá aquela injeção de ânimo. Vocês gostam do pov do Peeta? Me digam, eu amo. Fico imaginando a sensibilidade dele nos livros antes do telessequestro. A mente do Peeta devia pensar 24 hrs na Kat né? Bem, leiam o capítulo de hj e me digam o que acha dele assim... já falei demais, eu sei, kkkkk... só mais um recadinho. Vocês por acaso, gostam de coletânea de One-shot? Bem, já tem 7 ones postada. Há várias autoras daquelas que temos saudades de ler algo, então gostaria de convidar vcs aqui para nos visitar e ver o que acham de cada história contada. Deixarei o link nas notas finais, ok?

Boa leitura...



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Eu queria que você soubesse que
Adoro o jeito que você sorri
Eu quero te abraçar forte
E levar sua dor para longe

Eu guardo a sua fotografia
E eu sei que ela me faz bem
Eu quero te abraçar forte
E roubar sua dor

Porque eu estou em pedaços
Quando me abro
E eu não me sinto como
Fosse forte o suficiente

(Broken - Madilyn Bailey ft. Jake Coco)



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Pov. Peeta

 

Pego um pincel e o entrego a Hope. Seguro sua mãozinha, que agora, contém o objeto de pintura e molho a ponta na tinta azul. Em seguida, o deslizo sobre a tela amarelada e escuto sua risada ao notar que a cor azul está em uma faixa.

— Vamos começar fazendo o céu – digo, continuando a pintura a partir da primeira faixa que acabamos de fazer.

Assim que tomamos o café da manhã, peguei Hope para passar um tempo comigo no quarto de pintura. O mesmo cômodo que sempre venho para espairecer e onde, Katniss e eu tivemos nossa primeira vez.

Minha filha está cada vez mais esperta e mesmo não conseguindo dominar sua fala, tenta ao máximo se comunicar conosco. Me encontro sentado na banqueta, frente a tela com ela sentada em meu colo. Hope, que segura o pincel desajeitadamente, o mergulha novamente no pote de tinta azul e o desliza sobre a tela, mas no mesmo instante, levanta a cabecinha e me olha com um sorrisinho travesso e passa o pincel sobre meu rosto.

— Ah, não acredito que você fez isso! – Com meu dedo indicador, molho na tinta azul e faço uma manchinha na ponta de seu nariz, acabando por tirar uma gargalhada dela.

De repente, começamos a fazer uma mistura de cores na tela, entre um riso e outro. O resultado é, uma tela colorida e nós dois manchados de diversas cores.

— Pelo visto a diversão está boa. – Katniss abre a porta e espia o que estamos fazendo.

— Quer se juntar a nós? – pergunto, ela fecha os olhos fazendo uma careta de pânico, mas o sorriso discreto e divertido vem em seguida.

— Não quero me sujar de tinta.

Seguro Hope em meus braços e me levanto nos aproximando de Katniss.

— Como foi com sua mãe?

— Foi bom. Conseguimos um número considerável de xaropes, essências e remédios para diversos sintomas e tratamentos. – Sua voz sai em tom de que está satisfeita.

— Que bom. – Desde cedo, Katniss foi até sua mãe e Prim, para juntas prepararem alguns medicamentos e deixarem estocado no boticário. — Suas idas e vindas à floresta traz muitos benefícios.

— Foi assim que, meu pai conheceu minha mãe e se apaixonaram... – conta ela, divagando.

— Ela indo à floresta?

— Não. – Ela ri. — Meu pai, às vezes, coletava ervas medicinais na floresta e as vendia para a botica da família de minha mãe. Ela que o atendia. Depois minha mãe transformava as ervas em remédios. Daí começaram a ter contato e se apaixonaram no processo. – Katniss dá de ombros.

— Bem, já te contei como eu me apaixonei por você. Acredito que, toda a história que meu pai me contou sobre, como queria ter se casado com sua mãe e ela preferiu um trabalhador das minas, o qual, os pássaros paravam para o escutar quando ele cantava, despertou certa curiosidade em mim em te observar... – Me aproximo um pouco mais dela, tendo nossa filha em meus braços e afasto alguns fios soltos de seus cabelos, os colocando atrás de sua orelha e nossos olhos estão presos. — E me perdi em você... – suspiro como um incurável apaixonado. — Ah, como eu a amei desde o dia em que te ouvi cantar pela primeira vez. Aquele dia, em que os pássaros também pararam para te escutar.

— Peeta... – sussurra ela, enquanto aproximo meu rosto para plantar um casto beijo em seus lábios.

Sempre trago à mente como me apaixonei por essa mulher em minha frente. Ao me afastar, percebo o sorriso tímido que adoro contemplar.

— Gostou do quadro que a Hope e eu acabamos de pintar? – chamo sua atenção para a arte que fazíamos antes.

— Está lindo... – pigarreia ela, disfarçando uma risada. — Uma verdadeira obra de arte.

Troco um olhar com Hope e acabo por arquear minhas sobrancelhas, fazendo graça e a pequena acaba rindo. Estamos completamente sujos de tinta.

— Vou dar um banho nessa pequena e também tomar um – digo, me retirando e Katniss nos segue.

 

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A semana não tem sido fácil para nenhum de nós, mas principalmente para Katniss. Mais um Festival da Colheita e presto a atenção em seu nervosismo. Todos os anos, desde que fomos colhidos para irmos em nosso primeiro Jogos Vorazes, ela fica tensa. Teme por tantos entes queridos que, nem sei mais como consolá-la. Além de mim mesmo que, tento me ocupar em continuar mantendo nossa família a salvo.

Pa-pa-papai...— Hope me chama, ao segurar em minha perna. Olho para baixo e lanço um sorriso a ela que, sorri de volta mostrando seus dentes e suas covinhas aparentes nas bochechas gorduchas.

— Cadê a mamãe? – pergunto brincando, ela alarga mais o sorriso e começa a tagarelar em sua fala. — Certo, sei bem o que a senhorita quer. – Seco minhas mãos em um pano, disposto no balcão da cozinha e ando em direção ao armário sendo seguido por Hope. Abro a primeira porta e pego o pote onde guardo os biscoitos que preparo. — Tome, um biscoito de menina pra garotinha mais linda do Distrito 12. – Como se não bastasse, ela fica esperando com a outra mão estendida, para que eu dê outro biscoito. — Sabe o que sua mãe vai dizer, se eu ficar te dando um monte de biscoito? – Entrego mais um biscoito e sai alegre já roendo.

Hope está andando bem sozinha. Agora caminha para todo o canto. Inclusive, não podemos deixar de jeito nenhum a porta aberta, se não a garotinha sai andando de casa em casa na Vila dos Vitoriosos.

— Não consigo achar aquele pato de madeira, que o Esdras deu pra Hope. – Katniss entra em meu campo de visão e percebo que já se aprontou para a colheita, que dará início às duas.

— Deu uma olhada atrás do sofá? Hope está com mania de esconder alguns objetos de sua preferência lá – sugiro, ela ergue as sobrancelhas e acaba soltando um fraco sorriso.

— De quem será que ela puxou essa mania?

— Minha é que não foi. – Me defendo.

Assim que almoçamos, disse a Katniss que ajeitaria a cozinha para ela ter mais tempo de se aprontar e arrumar nossa filha.

— Achei! – exclama ela. — Ela estava chamando por este pato, ainda há pouco. Se eu não achasse, não pararia quieta durante a colheita.

— Percebeu que ela fica fazendo, quaque, quaque, toda vez que vê o Doryan?

— Percebi e adora quando ele brinca assim.

— Essa é a nossa filha— enfatizo, a abraçando.

— Sim, nossa filha – repete ela, espalmando suas mãos em minhas costas.

Exatamente às duas, estamos sentados em nosso habitual lugar e o prefeito inicia com a mesma história de Panem. As equipes de filmagem, já apostas filmando tudo, apenas pioram a sensação de terror em que nos encontramos. Os jovens entre doze e dezoito anos como o de costume, estão aguardando os nomes serem colhidos. Olho a multidão tentando encontrar minha sogra que segura Hope e as encontro no fundo.

Os dedos de Katniss entrelaçados aos meus, os apertam com firmeza e a encaro tentando passar um pouco de tranquilidade. Ao seu lado Doryan se encontra sentado e ao lado dele está Haymitch com cara de poucos amigos, mas desta vez sóbrio. Logo a lista de vitoriosos do Distrito 12 é lida pelo prefeito e a seguir dá lugar a Effie que, como sempre saúda:

— Feliz Jogos Vorazes! E que a sorte esteja sempre a seu favor! – Katniss prende a respiração tanto na hora de Effie ler o nome da garota, como na hora de ler do garoto. Freener Trent e Nosk Prewitt, esses são os novos tributos do Distrito 12, da 77º Edição dos Jogos Vorazes.

Não há voluntários e o prefeito lê o longo Tratado da Traição. Depois vem o hino e os tributos são levados sob custódia para a despedida dentro do Edifício da Justiça. Também é uma dolorosa despedida de nós com nossas famílias, afinal somos mentores e desta vez, Doryan irá nos acompanhar. Também Hope irá conosco, além de ser muito pequena para ficar sem nós, recebemos há poucas semanas, diretamente do gabinete do presidente Snow, um comunicado dizendo que, deveremos levá-la, pois haverá um momento no programa de Caesar Flickerman especial com sua participação. Mais um motivo para que Katniss ficasse tensa, mas tentando acalmá-la, eu disse que se todos a amassem, seria uma imunidade a mais para ela.

— Vocês dois, tomem cuidado e tentem não conversarem certos assuntos, em determinados locais – adverte minha sogra ainda abraçada a Hope.

— Vamos tomar cuidado e a senhora e a Prim, fiquem atenta também. – Katniss abraça a mãe e cochicha algo em seu ouvido. Logo Hope é passada para os braços de Prim que a enche de carinho e beijos.

— Tome, sei que faz biscoitos pra Hope, mas quis fazer estes para ela. – Meu pai me entrega um pacote e em seus olhos há uma mistura de emoções.

— Obrigado, pai – agradeço dando-lhe um abraço. — Mas por que não entrega a ela, o senhor mesmo? Daqui a pouco vamos dar o lanche.

Devolvo o pacotinho a ele. Meu pai segura Hope e a coloca sentada em seu joelho quando se senta. Ele brinca um pouquinho com ela e lhe entrega o pacote com os biscoitos. Hope olha em minha direção e logo para Katniss que, assente já sabendo que pergunta em silêncio se pode comer. Hope olha para meu pai sorrindo e leva sua mão ao rosto dele para fazer um carinho. Meu pai fica encantado com o gesto e entrega dois biscoitos em suas mãos.

Nosso tempo se encerra e num instante o trem já parte da estação. Mais tarde, o jantar é servido e tentamos conhecer um pouco mais os tributos. Freener de apenas quinze anos, é a filha do açougueiro e Nosk de dezesseis, é o segundo filho de uma família simples que, mora na Costura. Ele diz que conhece Katniss de longe.

— Meu pai trabalha nas minas e também conhece o Gale – conta ele.

A menina é mais calada, mas ambos aproveitam bem todo o jantar. Doryan tenta puxar conversa, mas todos estamos cansados, então decidimos ir para nossos compartimentos. Hope não demora em nada para dormir. Katniss também está calada e decidimos deitar.

 

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Chegamos à Capital. Como sempre na estação, todos nos recebem eufóricos. Katniss quer esconder Hope, mas cochicho em seu ouvido que nada disso adianta, afinal em breve toda Panem a verá.

Já no Centro dos Tributos, Doryan se encarrega em mostrar os aposentos dos tributos.

— Você viu a Hope acenando pra multidão? – Katniss está assustada com a desenvoltura de nossa pequena.

— Até parece o pai dela, né? – Sugestivamente ergo as sobrancelhas e recebo um olhar reprovador.

— Se ela puxar totalmente a você... – Seguro sua bochecha e planto um beijo em seus lábios antes que demonstre sua ira.

— Ela será a garota mais adorada – completo, não me afastando dela totalmente. Hope está andando de um lado para o outro explorando todo o quarto.

— Você é um Conquistador mesmo, não é? – desdém ela, e a puxo pela cintura.

— Só me contento em conquistar você sempre. – Torno a beijá-la, mas desta vez aprofundo nosso contato e ela arfa.

— Tem criança no recinto, é melhor parar com isso – adverte ela, mas sei que está fascinada, pois me lança um sorriso enviesado.

— Hope, vem aqui com o papai. – Seus olhinhos azuis cheios de curiosidade, encara tudo a sua volta, mas vem caminhando até onde estou.

Katniss diz que preparará o banho dela e ficamos brincando nesse meio tempo.

O outro dia é cheio. Os tributos são levados até o Centro de Transformação, onde estão se aprontando para a cerimônia de abertura. O Distrito 12 é bem aplaudido, novamente Cinna e Portia capricharam nos modelos. O presidente Snow dá as boas vindas e logo estamos de volta ao Centro dos Tributos.

Os próximos dias é mais o treinamento com Freener e Nosk. Doryan sempre está comigo atento a tudo o que digo. Durante a sessão particular com os Idealizadores dos Jogos, eles não têm uma pontuação tão elevada assim, no entanto, preciso conseguir pelo menos patrocinadores para os dois.

A grande noite da entrevista é hoje. Além dos nossos tributos, Katniss, eu e Hope também estamos sendo preparados. Tanto Cinna, quanto Portia fizeram uma roupa sofisticada pra nós três, acredito que Hope adorou seu vestido pomposo, pois volta e meia fica se admirando frente ao enorme espelho. Seus cabelos castanhos caem em pequenos cachos e há uma tiara com uma flor que combina com a estampa alaranjada de seu vestido.

Logo estão fazendo os últimos ajustes, para nossa pequena participação, no programa de Caesar Flickerman. Effie a todo instante, está eufórica e dizendo o quanto sente orgulho de nós.

Escutamos a música de abertura do programa de Caesar e sua conhecida voz.

— Bem-vindos, sejam muito bem-vindos. Hoje teremos a oportunidade de conhecer cada tributo. – Katniss está agarrada em meu braço esquerdo e Hope se encontra em meu braço direito, como sempre olhando tudo curiosamente a nossa volta. — Mas antes de darmos início as entrevistas, temos o prazer de receber, os amantes mais apaixonados e agora não desafortunados... do Distrito 12. Peeta e Katniss Mellark! – grita ovacionado e essa é nossa deixa. Caminhamos até o palco e todos na plateia se levantam para nos receber. — Ah, minha nossa desta vez temos o prazer também de receber o fruto do amor deste casal magnífico. – Caesar se aproxima mais e Hope estica sua mão até o terno cintilante dele.

— Acredito que ela gostou das suas roupas, Caesar – digo com naturalidade e ele solta uma de suas risadas.

— Vamos nos acomodar, o sofá do amor aguarda vocês... – aponta ele, e lá está o “sofá do amor”. Caminhamos até ele e eu me sento, logo Katniss se acomoda em meu colo com Hope que acabei entregando a ela. — Uh, uh, uh... agora vocês são realmente uma família. Como anda a vida de casado?

— Melhor impossível, Caesar. Nem todos tem a sorte de estar com quem ama. – Minha voz soa a mais encantada possível e troco um olhar apaixonado com Katniss, que acaba encostando sua testa na minha. Hope logo começa a fazer suas gracinhas e acaba tirando gargalhada não só do apresentador, mas de muitos da plateia.

— Claro que, agora você tem que dividir sua atenção – afirma Caesar.

— Exatamente.

— Mas e... você, Katniss... como tem sido essa nova experiência com a maternidade e também conciliar sendo mentora? – Katniss pigarreia antes de responder:

— Apesar de não ter imaginado que chegaria até aqui, tem sido uma experiência maravilhosa. Hope não me dá trabalho algum, é uma criança muito tranquila e carinhosa, assim como o pai dela e mesmo agora como mentora tento manter tudo nos eixos.

— Ah, como sempre você se sai bem naquilo que faz, Katniss. Essa é nossa garota em chamas! – exclama ele efusivamente. Hope tenta pegar o microfone dele e acha graça com isso. — Hum, tem alguém aqui que quer apresentar o programa? Diga algo querida? – pede ele. Hope arregala seus olhos e depois encara a nós dois, talvez procurando por algum tipo de aprovação.

— Vai lá, diga algo a ele, filha? – Katniss mexe em seus cachinhos e ela faz algum som e sai tão alto que a princípio se assusta, mas logo se solta fazendo todos rirem.

Qua-qua-que...— repete ela várias vezes.

— Nossa que gracinha, isso é um...

— Pato. – Tento explicar. — Ela ganhou um patinho de brinquedo e agora fica imitando. – Caesar tenta tirar mais algum outro som dela, mas só fica repetindo o mesmo quaque, além de rir demonstrando todos seus dentinhos. Ela é a atração do momento. Caesar fica a elogiando a todo instante.

— Peeta, apesar dessa garotinha linda, ter puxado os cabelos de Katniss, os olhos azuis e todo o resto não tem como negar que é você. – Acabo por abraçar as duas.

Mais alguns comentários são dirigidos a nós e logo somos liberados. As demais entrevistas seguem bem e no fim da noite estamos exaustos.

— Hope foi a estrela da noite, não tem como negar – comenta Doryan, enquanto acaricia os cabelos dela que dorme em meus braços.

— Pois é, se isso ajuda-la de algum modo, fico mais tranquilo. – Conversamos um pouco mais e Katniss já pegou Hope dos meus braços e as duas se retiraram para o quarto. — Doryan, sei que isso é demais para todos nós, mas você tem se saído muito bem, quanto as dicas com os tributos. – Ele encolhe os ombros envergonhado.

— Tento fazer como vocês me instruíram.

Sorrio orgulhoso, Doryan é um ótimo garoto e não tenho dúvida alguma de que ele faz parte de nossa família.

— Precisamos descansar, amanhã será um dia longo, longo... – imito Effie, que desta vez teve um pouco de trabalho com a etiqueta do casal tributo do nosso distrito.

Assim que os tributos são levados pelos aerodeslizadores, Katniss e eu vamos até a sala, onde encontramos outros mentores. Um deles, Finnick Odair, caminha sorrindo até nós e nos cumprimenta com simpatia.

— Prazer em revê-los. Vejo que a filha de vocês fez sucesso.

— Finnick. – Katniss ajeita Hope em seus braços. — Essa é a nossa garotinha.

— Ela é linda. Mas pudera, a genética de vocês deu super certo. – Ele sorri.

— Você também tem um filho, certo? – Lembro-me deste fato que escutei há algum tempo.

— Sim, o Andy está com dois anos. Mas nunca trago Annie comigo. A Capital não faz bem a ela... – sussurra a última parte. E logo tira algo do bolso de sua calça. — Aqui ele... – Nos mostra uma foto dos três sorrindo abraçados, sentados na areia em uma bela praia. O garoto é muito bonito também. É uma verdadeira mistura dos pais.

— Digo o mesmo sobre a genética de vocês dois. Seu filho é lindo também – digo e ele agradece com um aceno de cabeça e o sorriso simpático de sempre.

— Boa sorte para os tributos de vocês.

— O mesmo a você, Finnick.

Os jogos dão início e ficamos apreensivos a todo instante. Vez ou outra, Katniss troca de lugar com o Doryan para os cuidados necessários com Hope. Meu companheiro acaba sendo o Doryan e Finnick é muito simpático com ele e conversam sobre vários assuntos, até mesmo as experiências que tiveram quando foram tributos.

Apesar do Distrito 12 ser um dos mais patrocinados e chegar a ficar entre os oito finalistas, acabamos por perder Freener e Nosk quase que com uma hora de diferença um do outro.

— Não aguento mais isso, Peeta... – lamenta Katniss, assim que estamos deitados no trem retornando para nosso distrito. — Agora temos que felicitar uma vencedora exibida, que não está nem aí pra nada.

O vencedor desta edição foi uma garota de dezesseis anos, que se voluntariou por outro no Distrito 1.

— É duro... tentamos dar o máximo de nós por esses jovens, mas infelizmente lá na arena é mortal.

Ela aperta mais seus braços ao meu redor e tento a abraçar com a mesma intensidade.

— Não podemos deixar que jamais levem nossa filha, Peeta.

— Não precisamos nos preocupar com isso agora. Vamos dar um jeito. Eu prometo. – Beijo o topo de sua cabeça e seguimos a viagem tentando transmitir segurança um ao outro.

Neste momento é só o que podemos fazer.

 


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Notas finais do capítulo

Viram esse banner? (Olhos de coração) imagino a Hope assim com essa carinha de anjo.

Hum... algo importante que quero dizer, no próximo capítulo farei uma passagem rápida, ligeira, nos próximos Jogos Vorazes, pq, pq, estamos caminhando para a nossa criação Legendary Quell (citado na sinopse). Então só tenho algo a dizer, continuem dando vossas opiniões e nos contem o que esperam sobre a nova etapa de PA que será em breve, muito breve.

Agora o link da coletânea a qual falei nas notas iniciais, espero que gostem, estamos criando este projeto com muito carinho.

https://fanfiction.com.br/historia/765201/Tudo_e_todas_as_coisas/



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