White Room escrita por Kev1n


Capítulo 8
O Último Confronto


Notas iniciais do capítulo

Espero que tenham curtido a nossa jornada, esse é o último capítulo oficial da fic, farei um próximo capítulo como um spin-off, mas será chamado de epílogo, aproveitem e não chorem, por favor



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— Nada de gracinhas Khael. — Repreende o general. — Como você sabe dos nossos nomes?

— Eu sei de tudo e todos. — Disse a máquina.

— Hitler está morto? — Adam pergunta.

— Sim, ele está, há muito tempo. — A CPA responde.

— Eu vou te destruir? — Pergunto.

— Sim, você vai. 

— Então por que você não me destrói primeiro? — Questiono-a.

— Porque eu não posso interferir no futuro. — A máquina retruca. — Mas posso lhe advertir sobre algo.

— O que? — Pergunto confuso. 

— Tudo o que você sabe sobre mim e sobre esse lugar foi uma mentira criada pela Martha. — A CPA me diz.

— Como eu posso saber qual é a verdade correta? 

— Coloque os óculos. — Interrompe Marjorie.

Coloco os óculos e um flash vem diante de meus olhos, estou numa casa, sou uma criança, estou com meu pai, John, e com uma mulher de cabelos loiros e longos. Vejo a criancinha sendo feita de vítima por cócegas feitas pela mulher.

— Para mamãe, para por favor. — Balbucia a criança entre risos e soluços.

Então Martha não é minha mãe verdadeira mãe, e sim essa mulher. Ouço alguém dar alguns socos na porta. Os pais se entreolham.

— Eu vou ver quem é. — Fala John.

John vai até a porta e a abre, é Martha, está descabelada e fede, como se tivesse passado um mês sem tomar banho, a mulher para de fazer cócegas na criança e a carrega lá para cima.

— Oi Martha. — Ele fala enquanto prende a respiração. — O que está fazendo aqui essa hora da noite?

— Eu consegui John, eu consegui. — Ela fala histericamente.

— O que você conseguiu? — Pergunta John curioso.

— Eu consegui criar a máquina, usei no meu coelho e ele ficou super veloz, o próximo passo é testar em humanos, eu sugiro testarmos em crianças já que elas são mais suscetíveis a serem dominadas pelos adultos e obedecerem a eles. — Retruca Martha totalmente louca.

— Ok Martha. — John responde. — Depois vemos isso, vou fechar a porta e irei dormir, boa noite Martha. — John fecha a porta, mas Martha empurra ela e entra na casa.

— Sim, sim, sim. — Repete Martha de maneira cínica. — E seu filho pode ser o nosso primeiro experimento.

— Não encoste no meu filho ou eu te mato. — Fala John furioso.

— Isso é o que veremos. — Martha tira das costas, presa nas suas calças uma arma. — Você acha que eu sou louca, não é? Mas eu não sou louca. — Ela grita e atira três vezes eu seu corpo.

A mulher loira desce a escadas correndo.

— John? Ai meu Deus do céu. — Ela corre até o corpo de John. — Sua maluca. — Ela grita e avança em Martha, e a mesma dá dois tiros em sua cabeça.

Martha, solta a arma, tendo consciência do que fez. Ela olha para as escadas de soslaio e as sobe vagarosamente. Chegando no segundo andar, ela procura pelo quarto do pequeno Jake, abrindo a porta do 3º quarto, ela encontra a criança chorando. Martha o pega pelo colo, desce as escadas, o coloca em seu carro e vai com ele até sua casa, onde se encontra a máquina, a CPA.

A cena muda, estou na Instalação da CPA, a máquina já está instalada num grande salão, o mesmo salão em que estávamos, ao seu redor haviam muitas, muitas crianças mesmo, havia uma divisória que dava acesso a uma outra sala onde tinham computadores e vários cientistas. Martha estava na sala, cuidando das crianças, mantendo elas tranquilas, a mulher pega um walkie-talkie no qual é o único objeto de comunicação entre ela e os cientistas.

— Podem começar o experimento. — Ordena ela.

— Mas a senhora ainda está aí dentro. — Questiona um dos cientistas.

— E vou continuar aqui. — Ela o repreende.

Os cientistas se entreolham e após um tempo preparam a inicialização do experimento. Com tudo pronto, eles ligam a máquina, em um monitor podemos ver uma barra vazia sendo enchida por uma luz verde com uma porcentagem em cima da mesma. A barra vai aumentando até chegar ao 100%, a CPA começa a emitir uma luz branca e um barulho de motor começa a soar, as crianças começam a chorar, um tremor surge no prédio todo, os vidros tremem com a máquina, as luzes começam a piscar, devido à enorme quantidade de energia que a CPA suga.

A máquina para, a luz se apaga, as crianças param de chorar, o pequeno Jake está entre elas, os cientistas ficam boquiabertos quando percebem que a máquina realmente funciona. Martha está de pé no meio do salão.

— Poder. — Martha começa a dizer de maneira cínica. — Finalmente poder.

Ela atravessa o salão, chegando no lado onde os cientistas estão, ela os explode com sua mente, as crianças correm assustadas, Martha se teleporta para frente das crianças e usa algum tipo de persuasão para deixa-las calmas.

— Calma meus bebês, vocês estão seguros comigo, não precisam se preocupar, ninguém irá machucá-los. — Martha fala de maneira calma, se agacha e as crianças abraçam ela ao seu redor, a cena começa a brilhar, meus olhos começam a arder, tiro os óculos e os jogo no chão, ele se derreteu.

— Se a Martha já teve tudo o que queria. — Falo esfregando meus olhos por causa da dor. — Por que ela quer destruí-los?

— Depois de um tempo. — Marjorie começa. — A CPA começou a usar a máquina para bens estatais, criando exércitos de super-homens, alguns deles foram usando para salvar crianças que Martha tinha capturado e as levaram para uma instalação de difícil localização e começaram a ser treinados de maneiras árduas para se tornaram superpoderosos, e eles sempre ficavam presos num grande quarto branco. Isso te lembra algo Jake?

— Sim, claro que lembra. — Penso confuso.

— Quando Martha soube o que a CPA estava fazendo, ela ficou emputecida e começou a destruir essas instalações e a atrasar as pesquisas da Instalação, foi quando a CPA criou um escudo nela e em todas as outras instalações para impedir que Martha entrasse e destruísse, mas não impedia que outros mutantes pudessem invadir e fazer seu trabalho sujo. — Continua Marjorie. — Depois de muito tempo descobrimos a verdade e decidimos acabar com tudo, mas precisávamos de alguém poderoso, alguém como você Jake.

— De que lado vocês duas estão e tem mais alguém com vocês? — Pergunto.

— Não fazemos parte de nenhum lado. — July me responde. — Só queremos que Martha pare de tentar destruir tudo e todos e que a CPA pare de criar super-humanos. Além de nós duas, Freddie, Milla, Luke, Adam, Khael, James, Sophia, também fazem parte da resistência da resistência.

— Um grupo que resiste a resistência, isso é confuso. — Fala Khael.

— Por que não me contou que fazia parte disso? — Marcus pergunta para Adam.

— Porque não sou obrigado a lhe dizer tudo o que eu faço ou deixo de fazer. — Lacra Adam e Marcus se fecha.

— Todos nós queremos a destruição da CPA, então por que não destruímos logo ela? — Kitty pergunta.

— Porque se vocês me destruírem, Martha conseguirá se infiltrar aqui e destruirá tudo e todos. — A máquina responde.

— Eu não vou cair nesse joguinho. — Diz o general e atira na CPA, até suas balas acabarem.

— Seus... idiotas... — Fala a CPA em um último vestígio de sua vida.

— Agora tudo acabou, vamos embora. — Ordena o general, no instante que ele vira sua cabeça para sair dali, ela é arrancada por Martha.

— Tirem o Jake daqui, levem-no até Luke rápido. — Adam fala e executa seu verdadeiro poder, criando uma luz de sua mão que cega Martha temporariamente, o que dá tempo de Nicole usar seu grito e criar uma passagem até o corredor, July, Marjorie, Nicole e os outros correm para fora da instalação.

Após correr por alguns segundos, percebemos que estamos perdidos.

— Esperem, reconheço aquele lugar, eu fiz aquela marcação na parede, venham por aqui. — Chama Khael que ao chegar no final do corredor é partido ao meio por nada, mas esse nada é justamente Martha que se materializa e começa a vir em nossa direção.

Começamos a corre pelo lado contrário ao que Khael, dobramos um corredor, dobramos outro, viramos mais outro, esbarramos em algo invisível, Martha aparece em nossa frente, Adam se prepara para cegá-la mais uma vez.

— Não dessa vez seu viadinho. — Martha fala furiosamente, ela enfia sua mão na barriga de Adam, sua mão aumenta rapidamente e o parte ao meio.

— Sua vadia. — Marcus grita histericamente e usa seu poder para virar Martha do avesso, ele nos dá a liberdade de conseguirmos fugir e encontrarmos o elevador, apertamos o botão ininterruptamente, esperando o elevador chegar, me viro e vejo o momento exato em que Martha esquarteja Marcus.

O elevador chega e entramos nele, menos Nicole que não conseguiu entrar a tempo e foi puxada por Martha e teve sua boca arrancada do corpo e jogada na parede violentamente, Kitty aperta o botão do térreo e logo depois o botão de fechar a porta, o elevador fecha sua porta antes de Martha aparecer.

— Ai meu deus, a gente vai MORRER. — Grita Kitty enlouquecida.

— Te recompõe mulher. — July grita e dá um tapa em Kitty que se acalma.

O elevador para, suas portas se abrem e saímos dele, mas uma garra aparece e agarra July e a espreme até seu sangue sair forçadamente de seu corpo, gritamos, a garra se segura no elevador e vai diminuindo e percebemos que Martha está vindo, saímos da pequena casa.

Nos encontramos com o pessoal e eles entram em formação, estou confuso, me viro e vejo uma criatura monstruosa, gigante, negra e com vários membros, as pessoas começam a usar seus poderes ou atirar com suas armas.

Luke aparece e me puxa para dentro do caminhão.

— Jake, é o seguinte. — Luke começa. — O seu verdadeiro poder é controlar o espaço e o tempo, isso o faz capaz de voltar no tempo. — Ouço tiros do lado de fora e se aproximando. — O plano é, você voltar ao exato momento de antes da Martha ter criado a CPA e destrua sua casa para ninguém encontrar suas anotações.

— Mas como eu vou fazer isso, eu não sei. — Retruco, os tiros diminuem.

— Você só tem que imaginar o momento exato que você quer ir, aqui venha. — Ele me ajeita e fico em pé diante de um lado do caminhão. — Agora foca no momento exato.

Fecho os olhos, imagino o exato momento quando Martha começou a criar a CPA, sinto um calor na frente do meu corpo, abro os olhos, um portal foi criado e ao redor dele ondulações estranhas, o teto do caminhão é arrombado por algo, Luke me empurra para dentro do portal e consigo ver um membro de Martha penetrando no corpo de Luke por sua cabeça.

[...]

Caio no chão e percebo que realmente voltei no tempo, Martha estava em meu encalço, então preciso ser rápido, saio correndo procurando pela casa de Martha, quando finalmente acho, carros começam a voar para me parar, ou para me destruir, postes de luz voam pela minha cabeça quase me acertando, um vento frio começa a percorrer pela rua e pelo meu corpo me puxando para trás.

Com muita luta consigo me livrar do vento e adentro a casa de Martha, corro por entre o primeiro andar e percebo que a mesma não está lá, subo as escadas. As janelas começam a ser destruídas, a porta da frente é arrombada, passos pesados são dados e os mesmos começam a quebrar as tábuas de madeira do chão, garras começam a arranhar as paredes.

Chego no segundo andar, as portas começam a explodir e as tábuas ficam afiadas e apontam para cima, me impedindo de passar, uso meus poderes e levito até a única porta que não foi destruída, abro ela e vejo uma Martha descabelada, fedida e com roupas totalmente sujas, me aproximo dela com a intenção de matá-la.

— Calma Jake. — A Martha do futuro se materializa e tenta falar comigo. — Você não vai realmente fazer isso, não é?

— Sim eu vou, e você não vai me impedir. — Digo furiosamente.

— Calma meu filho. — Ela fala de maneira calma. — Vamos todos juntos para a casa. — Consigo ver de relance sua mão se tornando algo monstruoso, ela vai me atacar, tenho certeza.

— Tudo bem, vamos para a casa. — Falo e empurro a Martha do passado contra a parede com minha mente, ela está gritando, não sei se de loucura ou de medo. — Mas eu vou sozinho e não sou seu FILHO. — Grito e com meus poderes explodo a cabeça da Martha do passado.

— Seu filho da puta. — Fala a Martha do futuro numa tentativa falha de tentar me matar com suas mãos, ela está desaparecendo, e assim como ela, eu também estou desaparecendo, com meus últimos atos, crio chamas pelo quarto de Martha, para que mesmo com sua morte, ninguém consiga encontrar seus planos, e consequentemente, criar uma outra CPA, Martha já desapareceu por completo, meu corpo está demorando, talvez porque eu já aceitei minha não existência.

Vejo as chamas cobrirem aquele lugar por completo, de repente uma luz branca surge e engole tudo ao meu redor, inclusive eu.

[...]

P.O.V. Mel

Corro ao ouvir gritos de meu filho, chego em seu quarto e o vejo chorando segurando seu lencinho de dormir com seu ursinho de pelúcia perto de seu pé, vou até ele e o coloco no colo.

— Calma meu filhinho, calma, foi só um pesadelo. — Acalmo-o e conta uma história para o mesmo voltar a dormir, quanto ele adormece beijo sua testa e me despeço. — Boa noite Jake.

Volto para meu quarto, John ainda está dormindo, me deito na cama e me cubro com o lençol.

— O que foi dessa vez? — Ele pergunta sonolento.

— Meu pequeno Jake teve apenas mais um pesadelo. — Falo fechando os olhos.

— Quando você foi para o quarto do Jake, eu recebi uma ligação. — John fala.

— E sobre o que era? — Questiono-o

— Martha, ela queimou sua casa e se deu um tiro, pelo menos foi isso que os legistas falaram.

— Meu Deus. — Falo chocada. — Que ela enfim descanse em paz.

— Faço das minhas palavras as suas. — Retruca John e volta a dormir, decido fazer o mesmo.


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas pelas coisas que eu fiz, mas foi preciso, até a próxima, beijos de luz



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